GRUPO 7.4 MÓDULO 18
Índice 1. Considerações finais...3 Referências bibliográficas...4 2
1. CONSIDERAÇÕES FINAIS A ideia inicial de produzir este texto foi tentar sinalizar para o futuro pedagogo que a gestão, ao contrário do que se pensa, está presente também no ambiente corporativo. Diante disso, mostramos que a formação inicial não tem sido suficiente para atender às demandas da sociedade e do setor produtivo e, neste contexto, as empresas se veem cada vez mais forçadas a inserirem a formação continuada ou, como eles preferem dizer, o treinamento e desenvolvimento no ambiente corporativo. Na tentativa de solucionar problemas de formação de recursos humanos, as empresas se valem principalmente do treinamento em serviço, o que para muitos educadores é um sério problema, pois eles têm ojeriza à palavra treinamento. Por outro lado, este ponto de vista deve ser repensado, pois educação e treinamento são termos que se complementam na medida em que, segundo Borges (2004), a educação amplia a percepção e a compreensão que as pessoas têm em relação ao trabalho que fazem; a educação lhes ensina o porquê. O treinamento, por sua vez, aumenta as habilidades e a competência e ensina aos trabalhadores o como de um trabalho. O treinamento melhora o que a pessoa faz; a educação melhora a própria pessoa. Concordamos com Delors (2001) que a educação tem por missão, por um lado, transmitir conhecimentos sobre a diversidade da espécie humana e, por outro, levar as pessoas a tomarem consciência das semelhanças e da interdependência entre todos os seres humanos do planeta. Desde tenra idade a escola deve, pois, aproveitar todas as ocasiões para esta dupla aprendizagem. Algumas disciplinas estão mais adaptadas a este fim, em particular a geografia humana, a partir do ensino básico, e as línguas e literaturas estrangeiras mais tarde. Passando à descoberta do outro, necessariamente, pela descoberta de si mesmo, e por dar à criança e ao adolescente uma visão ajustada do mundo, a educação, seja ela dada pela família, pela comunidade ou pela escola, deve ajudá-los a descobrir a si mesmos. Só então poderão, verdadeiramente, colocar-se no lugar dos outros e compreenderem as suas reações. Desenvolver esta atitude de empatia na escola é muito útil para os comportamentos sociais ao longo de toda a vida. Ensinando, por exemplo, aos jovens a adotarem a perspectiva de outros grupos étnicos ou religiosos, pode-se evitar incompreensões geradoras de ódio e violência entre adultos. Assim, o ensino das histórias das religiões ou dos costumes pode servir de referência útil para futuros comportamentos. Por fim, Delors (2001) afirma que os métodos de estudo não devem ir contra este reconhecimento do outro. Os professores que, por dogmatismo, matam a curiosidade ou o espírito crítico dos seus alunos em vez de os desenvolver, podem ser mais prejudiciais do que úteis. Esquecendo-se de que funcionam como modelos, com esta sua atitude, arriscam-se a enfraquecer nos alunos a capacidade de abertura à alteridade e de enfrentamento das inevitáveis tensões entre pessoas, grupos e nações. O confronto através do diálogo e da troca de argumentos é um dos instrumentos indispensáveis à educação do século XXI. 3
Tudo isso é muito importante, mas a figura do pedagogo quer seja na escola ou na empresa é fundamental para o sucesso das pessoas ou, como muitos preferem, para o desenvolvimento de recursos humanos. Para finalizar, gostaríamos de ressaltar ainda que a educação é um tema que interessa a todos os setores da sociedade, inclusive ao corporativo, e, sem dúvida, está na agenda de todas as empresas empenhadas em aumentar a competitividade que é um fator imprescindível no setor produtivo. Mas para que isso aconteça, elas precisam de gestores educacionais, ou seja, do pedagogo empresarial para fazer a gestão da educação na empresa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALONSO, Myrtes. A gestão/administração educacional no contexto da atualidade. São Paulo: Avercamp, 2003. ALPERSTEDT, Cristiane. Universidades corporativas: discussão e proposta de uma definição. Revista Administração Contemporânea, vol. 5 n º.3. Set/dez, 2001. Disponível em: <http ://www.scielo.br/scielo.br>. Acesso em: 1 2/10/2009. BARRETO, Yara. Como treinar sua equipe. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1995. BISPO, Patrícia. Influências da globalização. Disponível em: <http://www.rh.com.br/portal/desenvolvimento/materia/4719/ influenciasda-globalizacao.html>. Acesso em: 11/10/2009. BOOG, Gustavo G. Manual de treinamento e desenvolvimento. São Paulo: Markron Books, 1994. BORGES, Pedro Faria. Gestão escolar: guia do diretor em dez lições. In: ACURCIO, Marina Rodrigues Borges. A gestão da escola. Belo Horizonte/Porto Alegre: Pitágoras/Artm ed, 2004. CANABRAVA, Tomasina; VIEIRA, Onízia de Fátima Assunção. Treinamen to e desenvolvimento para empresas que aprendem. Brasília: Senac, 2006. CARVALHO, P. C. Recursos humanos. Campinas: Alínea, 2000. CHIAVENATO, Ida lberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 2004. DELORS, Jacques (Org.). Educação: um tesouro a descobrir. 6. ed. São Paulo/Brasília: Cortez/Unesco, 2001.. A educação para o século XXI: questões e perspectivas. Porto Alegre: Artmed, 2007. EBOLI, Marisa. Educação corporativa no Brasil: mitos e verdades. 3. ed. São Paulo: Gente, 2004. LI BÂN EO, José Carlso; OLIVEIRA, João Ferreira de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003. NOGUEIRA, Rodrigo dos Santos. A importância do pedagogo na empresa. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro. br/pemp03.htm>. Acesso em: 11/10/2009. RIBEIRO, Amélia Escotto do Amaral. Pedagogia empresarial: atuação do pedagogo na empresa. 5.ed. Rio de Janeiro: Wak, 2008. 4
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