X EDAO ENCONTRO PARA DEBATES DE ASSUNTOS DE OPERAÇÃO RESULTADOS DO P&D SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAL E OPERATIVA NA AES ELETROPAULO



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X EDAO ENCONTRO PARA DEBATES DE ASSUNTOS DE OPERAÇÃO RESULTADOS DO P&D SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAL E OPERATIVA NA AES ELETROPAULO Lídia da Costa Stateri Edson Pereira dos Santos Elieth Simões Perondi AES Eletropaulo AES Eletropaulo AES Eletropaulo São Paulo SP São Paulo SP São Paulo - SP RESUMO A capacidade de se antecipar faz uma grande diferença no desempenho da Operação da Distribuição, pois as incertezas e sazonalidades são os elementos críticos de Gestão. Para se atingir um patamar desejável na Gestão da Operação objetivado pelo suporte à tomada de decisão, se estruturou dentro da AES Eletropaulo o monitoramento de elementos importantes para o desempenho: turmas, infra-estrutura de atendimento, limites dos contratos de energia, dentre outros. Neste contexto foi criado o SIGO que,simultaneamente ao acontecimento dos eventos, possibilita: O recebimento de alertas automáticos, através de dispositivos móveis como pager ou celular bem como e-mail ou intranet; A gestão e o acompanhamento das informações em ambiente analítico integrado (turmas, ocorrências, meteorológicas, etc.). O monitoramento dos elementos importantes de gestão do desempenho Este trabalho tem por objetivo apresentar o desenvolvimento da solução SIGO na AES Eletropaulo que retrata a correlação entre eventos, dados históricos e variáveis disponíveis, visando a melhoria do atendimento emergencial, bem como sua gestão. O piloto foi desenvolvido em um projeto de P&D, através de uma parceria entre a empresa distribuidora de energia AES Eletropaulo e o Centro de Pesquisas Fundação CPqD, utilizando técnicas de inteligência de negócio (BI). Os resultados deste P&D já foram apresentados em seminários como o CIDEL e CITENEL, e o projeto encontra-se em fase de implantação na AES Eletropaulo. PALAVRAS-CHAVE Informações Gerenciais e Operativas, Operação da Distribuição, Processo Tomada Decisão, Sistema de Informação. 1.0 INTRODUÇÃO Para o melhor entendimento deste trabalho apresentaremos no desenvolvimento a seguinte seqüência: Conceitos utilizados dentro do SIGO, onde são apresentadas as terminologias desenvolvidas especialmente para o projeto, a fim de unificar o entendimento Concepção da Solução, onde são apresentados desde o processo de integração dos dados com os sistemas legados até as necessidades de infraestrutura em tecnologia da informação. Criação da Base de Conhecimento, onde são apresentados detalhadamente a forma de criação da base de conhecimento, estruturada, alimentada tanto automaticamente quanto manualmente, para as informações não estruturadas que afetam o negócio da Operação, e a estruturação da gestão de problemas que afetam a Operação através da metodologia PDCA (Plan Do Check Action) para possibilitar a melhoria contínua dos processos de gestão de problemas. Emissão de Mensagens, onde a gestão de alarmes (mensagens de antecipação) e alertas (mensagens de diagnósticos), em tempo real, apresentada em meios móveis (como pager, celular) e meios fixos como e-mail, impressoras, intranet; expandindo a idéia de um sistema SCADA, para a gestão mais gerencial e estratégica das informações de Operação. Os resultados obtidos dentro do Piloto de P&D expansível abrangeu a implementação da gestão de dois cenários de gestão: o Cenário de Ultrapassagem de Demanda Contratada o Cenário de Operação (Reclamações, Ocorrências, etc.) A seguir apresentamos mais detalhadamente as informações aqui expostas sucintamente. 2.0 CONCEITOS Eventos O evento é caracterizado por fatores internos e externos a AES Eletropaulo que afetam a Operação, podem ser típicos ou atípicos, internos ou externos (vide Figura 1 e 2)

Fatores de Infra-estrutura São os recursos internos da empresa que afetam a operação do sistema elétrico, dividem-se em: Infra-estrutura de Rede: Nova Obra, Manobras, Falha de Material Infra-estrutura de Operação: Equipes de Emergência, Manutenção, Operadores, Rádio, etc Figura 1 Eventos PDCA da Operação Refere-se ao ciclo de melhoramento contínuo através de quatro etapas cíclicas Planejamento (Plan), Execução (Do), Verificação (Check), Ação Corretiva (Action). Ciclo de Vida da Operação Conjunto de critérios que orientam a caracterização das inferências e mensagens que são tratadas em tempo real: antecipação, alerta, ação. O ciclo é complementado no tempo Pós-Operação - Análise e Aprendizado. Antecipação Aplica-se a situações que apontam para possibilidade de um acontecimento futuro, e/ou o posicionamento de um fato em determinado limite que indica uma tendência que requer atenção. Figura 2 Eventos capturados pelo sistema Eventos Típicos São eventos típicos os fatores que ocorrem freqüentemente e pertencem às rotinas do serviço, como atendimento a ocorrências. Eventos Atípicos São eventos atípicos os fatores que não ocorrem freqüentemente e não pertencem às rotinas do serviço, como atendimento a uma quantidade exagerada de ocorrências em função de vendavais, raios, greves e enchentes, dentre outros. Eventos Externos O evento externo é caracterizado por fatores que fogem ao controle da empresa como um todo. Podem ser classificados como : Fatores Meteorológicos Fatores de Mobilidade Outros Fatores Externos: Incêndio, Blecaute. Eventos Internos O evento interno é caracterizado por fatores de gestão da empresa como um todo. Podem ser classificados como Fatores de infra-estrutura: equipes, veículos, etc. Fatores Meteorológicos São fatores meteorológicos que afetam o desempenho e a continuidade dos serviços como: Chuva, Umidade, Ventos, Raios, Poluição. Fatores de Mobilidade São fatores que afetam a mobilidade (deslocamentos) das equipes, tais como: enchentes, greves, eventos públicos, véspera de feriado, incêndio. Alerta Aplica-se a situações que apontam para um fato ou conjunto de fatos que denunciam um patamar de severidade já identificado, onde é recomendável uma ação. Item de Monitoramento O que se pretende monitorar é o desempenho ou andamento. Está relacionado a fatos internos (infraestrutura de operações, infra-estrutura de suporte a operações, indicadores de negócio/processos) ou externos (fatores climáticos, fatores de mobilidade, fatores de fluxo de chamadas). Para cada Item de Monitoramento define-se o comportamento nos diversos patamares com flexibilidade de definição (faixas de ótimo, aceitável, crítico, extremamente crítico, ou outra faixa configurável). Inferência É a percepção obtida através do resultado de um cálculo ou observação ou referência catalogada para apoio à decisão no ciclo de vida da operação em tempo real que serve como informação de apoio ao grupo/indivíduo através do recebimento de mensagens ou por consulta à base de conhecimento. Cenário Pano de Fundo. Pode ser compreendido como fotos ou Janelas de Observação temporais, agrupadas segundo uma motivação externa, conhecida e relevante. Refere-se à representação do estado ou a outros atributos de objetos da infraestrutura, ou a fatores, que possam ser aplicados como variável para algum cálculo, ou a enriquecer as análises no tempo Pós-Operação. Estados, cargas e outros atributos que têm características temporais, geralmente devem corresponder ao mesmo período da Janela de Observação.

2.1 A SOLUÇÂO SIGO O SIGO é sustentado, como mostra a Figura 3, por uma base de conhecimento, coletada de vários sistemas legados, de informações meteorológicas e de informações complementares coletadas manualmente. A contextualização do conhecimento como: eventos externos (enchentes, greves, etc.) e de ações internas da empresa, desde o planejamento, execução e checagem das ações para a solução dos contratempos enfrentados, permitem a obtenção da melhoria contínua. Obtendo-se assim uma base de conhecimento completa, em tempo real. Os dados são capturados através de Extração, Transformação e Carga (ETL), baseados na ferramenta Power Center da Informática. 2.1.1 Processo de Integração de Informações O Processo de Integração de Informações dispõe de uma arquitetura dos processos de ETL que compreendeu: a identificação e definição dos sistemas fonte (BDO e Flat Files meteorologia, indicadores, etc), o mapeamento das informações de origem para o destino, o desenho do processo de carga de dados nos bancos de dados, a construção e a validação dos programas de extração, transformação e carga. Para o suporte deste processo foi utilizada a ferramenta PowerCenter Repositório, fornecida pela empresa Informática, a qual permite integrar os dados de forma totalmente gráfica, como mostra a Figura 4. Figura 3 Informações coletadas na base de conhecimento Na camada de pesquisa à base de conhecimento é utilizada a ferramenta de OLAP da Microstrategy em ambiente WEB, onde as pessoas têm acesso ao histórico dos dados, a fim de elaborarem análises operativas ou estratégicas (em forma gráfica ou tabular). A solução possui um módulo de gestão e distribuição de alertas, baseado na ferramenta NarrowCast da Microstrategy que possibilitam a distribuição de mensagens para diversos meios de comunicação fixos (e-mail, intranet) e móveis (celular, pager, etc.) e aplicativos desenvolvidos em Java. Os fatores determinantes na escolha da arquitetura sugerida foram a caracterização da solução como analítica e os volumes estimados de dados de acordo com os requisitos analíticos, o que inclui as janelas de tempo. A arquitetura lógica proposta para o SIGO contempla: a. Processo de integração de informações b. Camada de informações c. Camada Analítica d. Gestão de Alarmes e Alertas e. Camada de Aplicação em Java Figura 4 Exemplo Mapa de Carga da Informação Natureza do Pedido das Reclamações 2.1.2 Camada de Informações A camada de Informações dispõe de uma arquitetura em dois níveis, sendo um banco de dados relacional (BDR) para suporte aos requisitos em um nível maior de detalhe, e um banco de dados dimensional (Data Mart) para suporte às funcionalidades analíticas desempenhadas através da ferramenta OLAP. Figura 5 Fatos do Sistema Piloto, dados com múltiplas dimensões, pré-carregadas no sistema Figura 6 Exemplos de Dados Relacionais (BDR)

O banco de dados também foi implementado de forma a atender aos requisitos de integração de informações em tempo próximo do real, incluindo informações que suportem o processo de gestão de alarmes. Os modelos de dados foram desenvolvidos e implementados em ambiente ORACLE. 2.1.3 Camada Analítica A camada Analítica, acessível via WEB, implementou alguns requisitos, como piloto, identificados dentro do SIGO. Para o suporte desta funcionalidade foi utilizada a ferramenta de OLAP da MicroStrategy em ambiente totalmente WEB Figura 9 Exemplo de Consulta de Desligamentos classificado por quantidade com apenas um clique do mouse Figura 7 Exemplo de Consulta de Desligamentos por ETD Sazonal O ambiente analítico integrado permite ao usuário a elaboração de análises das diversas informações com visão diferenciada de acordo com a dimensão desejada, desde a forma mais integrada e estratégica, até a forma mais detalhada e operacional, cujas diminutas facilidades podem ser vistas representadas nas figuras 7 a 10. Figura 10 Mesmo Exemplo Visto Em forma de Gráfico com apenas um Clique no mouse 2.1.4 Gestão de Alarmes E Alertas Figura 8 Exemplo de Consulta de Desligamentos não Sazonal com apenas um clique do mouse A distribuição de mensagens de alertas (prognósticos) e de alarmes (diagnósticos), em tempo próximo ao real, graduados pela severidade do alerta, aos usuários internos da AES Eletropaulo, agrupados por perfis, através de dispositivos de comunicação móvel (Pager e Celular) ou fixos (email, intranet, etc.). Permite, dentre outras coisas, otimizar e antecipar a atuação da empresa em casos de: Possibilidade de falta de energia elétrica, decorrente de condições atmosféricas adversas; Determinação da quantidade de recursos humanos necessários para o melhor desempenho nas situações de emergência; Situações de anormalidades e emergência; Possibilidade de transgressão de indicadores; Possibilidade de ultrapassagem da demanda contratada por ponto de conexão; Eventos externos (greves, enchentes, etc.).

O processo de gestão de alarmes foi implementado de forma integrada entre as Camadas: Analítica (OLAP) Processo de Integração de Informações (ETL). Aplicação em Java Para o suporte, a distribuição dos alertas foi utilizada a ferramenta NarrowCast, fornecida também pela empresa Microstrategy. 2.1.5 Requisitos de Desempenho O processamento das cargas de dados de forma eficiente e nas janelas definidas foi imprescindível para a garantia de tempo de resposta compatível com o processo de análise para tomada de decisão. A atualização da Base de Dados da solução através da carga periódica das informações a partir do BDO, flat files e aplicações do SIGO, foi cumprida de forma eficiente, nas janelas de tempo definidas, para possibilitar a análise com qualidade das informações mais recentes agregadas. O piloto do SIGO tem um desempenho satisfatório que não compromete a elaboração de análises, consultas e relatórios em tempo hábil, independentemente do nível de detalhe das informações (sumarizadas ou detalhadas). Para tanto, o piloto possibilitou a construção de um ambiente próprio de homologação. performance, integrado aos servidores através de fibra ótica. 2.2 CRIAÇÃO DA BASE DE CONHECIMENTO 2.2.1 Captura da Infra-Estrutura de Rede Parte da base de conhecimento é criada a partir de fonte interna da AES Eletropaulo como o GIS e Sistema ATENDE (Gerenciador de Ocorrências em Tempo Real). 2.2.2 Captura Automática dos Fatos (Eventos Internos e Externos) Parte da base de conhecimento é criada a partir do conjunto do registro dos fatos (eventos), do ciclo da operação, integrado-a com várias fontes internas (ex.: Sistema ATENDE) e fontes externas (ex.: Sistema de Informações Meteorológicas, SisRaios) que geram informações, a partir de fatos concretos em tempo real. Coletadas através de mecanismos de ETL (abordados no capítulo anterior) demonstrado na figura 12. Robustez O piloto disponibilizou o acesso de 17 usuários nominais no ambiente analítico, e 1000 usuários nominais no ambiente de recepção de mensagens de alertas ou alarmes, vide figura 11.. Figura 12 Captura automática dos fatos Figura 11 Infra-estrutura do Piloto Possui um sistema de dados históricos que suporta o armazenamento das informações de forma integrada e por um período mínimo de 5 anos online. A arquitetura de hardware e software permite o crescimento da quantidade de usuários, informações e consultas, dependendo, porém da expansão da capacidade de armazenamento, processadores e licenças adicionais. Por tratar-se de um sistema integrado aos sistemas de tempo real, não podendo o ambiente de homologação interferir com a velocidade de processamento dos sistemas fontes, foi identificada a necessidade de aquisição de Storage de alta Figura 13 Interface WEB de Captura Manual dos Fatos 2.2.3 Captura Manual dos Fatos (Eventos Internos e Externos) Parte da base de conhecimento é criada a partir do conjunto do registro e avaliações manuais, como a informação de eventos do tipo: enchente; incêndio, perda de infra-estrutura de rede computacional, etc., associadas geograficamente a áreas definidas pelo usuário. Estas informações não são estruturadas, não sendo possível serem coletadas automaticamente, sendo

provenientes de diversas fontes, como TV, rádio, telefonemas, etc., e que em função da sua importância, devem ser inclusas da base de conhecimento, para que se insira a gestão de problemas, e se obtenha a melhoria contínua, conforme mostra o próximo item. Um exemplo de Interface de captura manual dos fatos pode ser visualizado na figura 13. latente, e com níveis de detalhamento diferenciado de acordo com o meio de comunicação utilizado, visando uma melhor preparação para as situações de crises ou de potenciais crises, permitindo-se antecipar a situações reais, ou ainda alertar situações de crises. 2.3.1 Mensagens de Antecipação 2.2.4 Complementação da Base de Conhecimento Ações Executadas - PDCA A complementação da base de conhecimento (knowledge base) acontece através de uma interface WEB onde são cadastradas, dentre outras coisas, as ações praticadas para solucionar os problemas, permitindo a aplicação de metodologia PDCA (figura 14). Figura 15 Mensagens Antecipação Figura 14 PDCA da gestão estratégica e gerencial na Operação Para a obtenção de melhoria contínua e do estabelecimento de processos de trabalhos mais eficientes, são localizados os erros e acertos das ações praticadas no passado, sendo planejadas as ações para solução dos problemas e registradas as ações executadas, bem como os desvios entre o planejado e o executado. Sendo efetivamente criada uma base de conhecimento, não ficando o planejamento das ações apenas no feeling das pessoas envolvidas com o problema. Também é verificada a eficácia das ações, definindo-se uma nota às ações tomadas, criando-se assim um repositório com melhores padrões estabelecidos das ações executadas relacionadas à gestão de problemas, permitindo-se rodar o ciclo PDCA. A complementação da base de conhecimento ao longo do tempo permitirá que a Eletropaulo tenha em seus registros uma base de soluções de problemas de gestão da operação, dando lugar além da melhoria contínua no processo de gestão, ao estabelecimento de normas técnicas mais adequadas às situações encontradas. Estas muitas vezes são inesperadas, entretanto são situações que já ocorreram no passado, e muitas vezes não foram vivenciadas pelas mesmas pessoas. Abordagem automática Através da análise automática das variáveis que estão sendo monitoradas são identificadas situações com a possibilidade de um acontecimento futuro que requer atenção, com base nas variáveis associadas aos fatos (eventos). A aplicação de regras, com base nos itens de monitoramento, gera resultados atualizados, relacionando os usuários de destinos às mensagens de antecipação e/ou para a conformação de tendências, onde são enviados alertas, com históricos mais consistentes, conforme mostra a figura 15. Abordagem manual Através da análise manual, cujo operador, através da comparação de cenários passados, identifica situações atípicas que podem vir a ocorrer, divulgando aos usuários as mensagens de antecipação e/ou para a conformação de tendências. 2.3.2 Mensagens de Diagnóstico 2.3 EMISSÃO DE MENSAGENS O SIGO emite mensagens em tempo quase real, para dispositivos móveis (pager, celular) e fixos (email, impressoras) aos usuários internos escolhidos de acordo com a necessidade de informação

determina potenciais ultrapassagens de demandas contratadas através da análise da curva de demandas por ponto de conexão, por extrapolação, ampliando o grau de certeza com relação à ultrapassagem bem como do instante em que ocorrerá. Uma mensagem de antecipação é emitida, cuja antecedência possibilitará, desde que haja recursos no sistema elétrico de transmissão e/ou distribuição, a programação e execução de manobras para evitar essa ultrapassagem. Por outro lado, a verificação contínua de valores reais muito abaixo do contratado permitirá ações de revisão contratual. Figura 16 Mensagens de Diagnóstico Abordagem automática Através da análise automática das variáveis que estão sendo monitoradas (itens de monitoramento) situações que já ocorreram, que denunciam o posicionamento de um patamar de severidade onde é recomendável uma ação, cujo diagnóstico já foi possível, através da aplicação de regras préestabelecidas. A aplicação de regras, com base nos itens de monitoramento, gera resultados atualizados, relacionando os usuários de destino às mensagens de diagnósticos, com conteúdo, conforme mostra a figura 16. Abordagem manual Através da análise manual, cujo operador, através da análise dos fatos (eventos) capturados, diagnostica os fatos e emite seu parecer aos usuários do sistema. 2.4 GRANULARIDADE DOS DADOS As análises efetuadas nos itens monitorados, de acordo com a necessidade do usuário, possuem características diversas que permitem diferentes interpretações das informações, como: Temporalidade: tipo de dia (segunda-feira, feriado, final de semana), Eventos atípicos (greves, enchentes) Níveis de agregação (total da empresa, unidade de negócio especifica, distribuição primária, distribuição secundária, etc.). Figura 17 Gráfico para acompanhar a demanda horária 2.5.2 Cenário de Operação (Reclamações, Ocorrências, Eventos Externos, Etc.) Este é o cenário mais complexo, necessitou da integração com diversas fontes de dados (internas e externas) além das informações manuais de eventos externos, onde é utilizada a metodologia PDCA, conforme já descrito no trabalho. Além do desenvolvimento de diversos relatórios de metodologia para possibilitar a criação de novos itens de monitoramento de forma fácil, sem a necessidade de novas implementações, foi desenvolvido um Dashboard, com o conceito de BSC, conforme mostra a figura 18. 2.5 CENÁRIOS IMPLEMENTADOS NO PILOTO No âmbito do sistema piloto foram desenvolvidos dois cenários distintos: ultrapassagem de demanda e operação. 2.5.1 Cenário de Ultrapassagem de Demanda A cada 30 minutos são disponibilizadas as medições dos pontos de conexão integralizadas de 5 em 5 minutos. A partir daí o operador do SIGO acompanha a evolução da carga de cada Ponto de Conexão, conforme mostra a figura 17, além do monitoramento automático feito pelo SIGO que Figura 18 Dashboard de Operação A cada 10 minutos, são capturadas informações do sistema de gestão de ocorrências.

Estão sendo monitorados no piloto itens relativos a: Ocorrências Emergenciais; Tempo Médio de Atendimento; Disponibilidade de Turmas; Ocorrências / Turma em serviço. Com os dados já disponíveis, com pouco esforço, é possível serem monitorados dentre outros, itens relativos à: Deslocamentos Emergenciais; Reclamações Emergenciais; Eventos Externos; Indicadores regulados e não regulados: Tempo Médio de Preparo, FEC, DEC. 3.0 CONCLUSÃ0 O projeto SIGO permite a gestão e o acompanhamento das informações relacionadas a operação da distribuição, para os níveis gerenciais e estratégicos através: recebimento de alertas automáticos consultas a um ambiente analítico (turmas, ocorrências, informações meteorológicas, etc.). monitoramento configurável de qualquer elemento importante de gestão do desempenho A configuração de alarmes tão conhecida no âmbito operacional deveria ser mais utilizada em âmbitos estratégicos e gerenciais relacionados à Operação. 4.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Branco, Edson Tadeu and Cunha, Fernando Mirancos. "Avaliador de Situação - A Coordenação da Operação na Eletropaulo", XV SENDI, Novembro 2002. [2] ANEEL-CEPEL 2003 "PROCEDIMENTOS DE DISTRIBUIÇÃO", documento para elaboração de edital de procedimentos de distribuição para o setor elétrico brasileiro. [3] ABRADEE 19.42 - "Quantificação Econômica de Insumos sobre os custos da Interrupção e da Imperfeição da Tensão" [4] ABRADEE, "Pesquisa de Satisfação do Cliente 2003" [5] Marchetti, Renato Zancan and Prado, Paulo Henrique Muller "Índice ANEEL de satisfação do consumidor (IASC) 2002", ANEEL, Jan de 2003. [6] Gouvêa, M.R. and Prado Jr., F.A.A, Augusto, M.G.. "Expressão da Satisfação do Consumidor através de indicadores de qualidade uma experiência em São Paulo", XIV SNPTEE, Outubro 2001. [8] David L. Olson and James F. "Decision Support Models and Expert System", Jr Countrey, 1999 [9] Linthicum, David S. Enterprise Application Integration. Ed. Addison-Wesley Information Technology Series, 2000. [10] Sloman, M.; Magee, J.; Twidle, K. and Krammer, J. (1993) An Architecture for Managing Distributed Systems. Proc. 4th IEEE Workshop on Future Trends of Distributed Computing Systems, pp 40-46. [11] Jablonski, S. and Bussler, C. Workflow Management - Modeling Concepts, Architecture and Implementation. International Thomson Computer Press. 1996. [12] Mark Paulk, C. V. Weber, S. Garcia, M. B. Chrissis, et al, " Key Practices of the Capability Maturity Model", Version 1.1, Software Engineering Institute, CMU/SEI-93-TR-25, Feb 1993 [13] Royce, Walker "Software Project Management-A Unified Framework", Addison- Wesley, 1998 5.0 BIOGRAFIAS Lídia da Costa Stateri, Engenheira Elétrica, nascida em 1966 em Guarulhos, São Paulo, Brasil. Graduada em Engenharia Elétrica pela Universidade de Mogi das Cruzes e pós-graduada em Administração na Universidade Mackenzie. Formada, na Escola Técnica Federal de São Paulo, como técnica eletrotécnica. Atua na AES Eletropaulo na Área de Operação a 23 anos. E-mail: lidia.stateri@aes.com fone: (11) 2195-1131. Elieth Simões Perondi, Analista de Negócios, nascida em São Paulo, Brasil. Graduada em Gestão da Qualidade pela Universidade Ibirapuera. Atua na AES Eletropaulo na Área de Operação. E-mail: elieth.perond@aes.com fone: (11) 2195-1032 Edson Pereira dos Santos, Analista de Negócios, nascido em 1969 em São Paulo, Capital, Brasil. Graduado em Ciência da Computação pela Faculdade SENAC de Ciências Exatas e Tecnologia. Formado em técnico em mecânica na Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, e em eletrotécnica Atua na AES Eletropaulo na Área de Operação. E-mail: edsonpereira.santos@aes.com fone: (11) 2195-1283 [7] Magalhães, C.H.N and Gouvêa, M.R. and Silva, F.A.T. and Tahan, C.M.V. and Araújo Filho, L.G.C. "Avaliação do Custo Social de Interrupção do Fornecimento de Energia Elétrica do Lado da Demanda no Estado de S. Paulo", XVI SNPTEE, Outubro 2001.