TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RECÉM-NASCIDOS COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E ALEITAMENTO MATERNO

Documentos relacionados
TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RECÉM-NASCIDOS COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR

Nutrição Neonatal. Rivianny Arrais Faculdade de Medicina Universidade Federal do Ceará

Residência Saúde Fonoaudiologia DISCURSIVA C COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO D A. wwww.cepuerj.uerj.br ATIVIDADE DATA LOCAL

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DO ALEITAMENTO MATERNO EM RECÉM- NASCIDOS PRÉ-TERMOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

RESIDÊNCIA SAÚDE UERJ 2017 FONOAUDIOLOGIA (201) PROVA DISCURSIVA ORGANIZADOR 1

CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

Maíra Faria Nogueira FATORES ASSOCIADOS À INCOORDENAÇÃO SUCÇÃO-DEGLUTIÇÃO-RESPIRAÇÃO EM RECÉM-NASCIDOS DE RISCO

Método Mãe Canguru: avaliação do ganho de peso dos recém-nascidos prematuros e ou de baixo peso nas unidades que prestam assistência ao neonato

Baixo ganho ponderal. em bebês em Aleitamento Materno Exclusivo ENAM Honorina de Almeida; Douglas Nóbrega Gomes

Programa Analítico de Disciplina NUR320 Nutrição Materno-Infantil

Fonoaudiologia. Caderno de Questões PROVA DISCURSIVA. SRH Superintendência DESEN. de Recursos Humanos

Alimentação do Recém-Nascido Pré-Termo: Revisão Integrativa

PADRÃO DE RESPOSTA. Residência Saúde 2014 NÍVEL SUPERIOR. Fonoaudiologia

RESPOSTAS FISIOLÓGICAS EM PREMATUROS: COMPARAÇÃO ENTRE. Autores: JANAÍNA DE ALENCAR NUNES, MARIA CLAUDIA CUNHA,

Aleitamento materno e Alimentação dos lactentes portadores de fissuras labiopalatais (FLP)

CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE UBERABA

Sistema Estomatognático

CONDUTAS E REABILITAÇÃO NA DISFAGIA OROFARÍNGEA. Priscila Watson Ribeiro Serviço de Fonoaudiologia do HCFMB

Indicadores de Qualidade em Terapia Nutricional Infantil

Aplicação do instrumento de avaliação da prontidão do prematuro para iniciar alimentação oral e desempenho em seio materno com translactação*

REVISÃO MARÇO Programa de Tratamento Fonoterápico Pacientes Internados em Unidade Hospitalar e em Regime de Internação Domiciliar

EVOLUÇÃO PONDERAL DE CRIANÇAS NASCIDAS COM PESO INSUFICIENTE

Fonoaudiologia em Neonatologia. O Sistema Estomatognático em Neonatos

REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM CRIANÇAS MITOS E VERDADES

TÍTULO: FATORES BIOPSICOSSOCIOCULTURAIS ASSOCIADOS AO DESMAME ANTES DOS 24 MESES DE IDADE

REDE BRASILEIRA DE PESQUISAS NEONATAIS

Noções de Neonatologia. Prof.º Enf.º Diógenes Trevizan

Juliana Silva de Souza PERFIL DO ATENDIMENTO FONOAUDIOLÓGICO NA UNIDADE NEONATAL DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ALEITAMENTO MATERNO DO PREMATURO EM UMA UNIDADE NEONATAL DA REGIÃO NORDESTE

O USO DO COPO NA ALIMENTAÇÃO DE LACTENTES: EXISTE UM MODELO IDEAL?

REDE BRASILEIRA DE PESQUISAS NEONATAIS

FONOAUDIOLOGIA NA NUTRIÇAO ENTERAL. Fga Ms Lúcia Inês de Araújo

Marlou Cristine Ferreira Dalri. Declaração de conflito de interesse

Baixado do Site Nutrição Ativa Duração mediana do aleitamento materno e do aleitamento materno exclusivo

Vanessa Maria Fenelon da Costa 2012

MAMADEIRA OU COPO? COMPORTAMENTOS DE LACTENTES DURANTE A ALIMENTAÇÃO

Materiais e Métodos As informações presentes neste trabalho foram obtidas a partir de revisão bibliográfica e do prontuário do paciente

FACULDADE SÃO LUCAS CLAUDINEIA VIEIRA LOPES SUCÇÃO EM MAMA VAZIA ASSOCIADO AO COPO NA TRANSIÇÃO ALIMENTAR DO PREMATURO

INCIDÊNCIA DE ALTERAÇÕES CEREBRAIS DETECTADAS ATRAVÉS DE ULTRA-SONOGRAFIA DE CRÂNIO DE BEBÊS DE RISCO DO HOSPITAL MATERNO-INFANTIL DE GOIÂNIA-GO

DISCURSIVA FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO PEDIATRIA MED. ADOLESCENTE NEONATOLOGIA CARDIOLOGIA PEDIÁTRICA

Caracterização da técnica de transição da alimentação por sonda enteral para seio materno em recém-nascidos prematuros

REDE BRASILEIRA DE PESQUISAS NEONATAIS

ESTUDO DIRIGIDO PÓS FONOAUDIOLOGIA HOSPITALAR NEONATAL UVA. 3 Em que semana gestacional ocorre o desenvolvimento da face?

Módulo 5: TEMPERATURA

Diretrizes e melhores práticas para a Tecnologia Hi-VNI da Vapotherm. Guia de bolso pediátrico

LÂMINAS SOBRE ALEITAMENTO MATERNO E A ODONTOLOGIA MATERIAL EDUCATIVO PARA PUÉRPERAS

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Estágio - Santa Cassa de Maceió de julho de Domingo Prova de Fonoaudiologia. 1-Quais as fazes da deglutição:

Mucopolissacaridose Alterações Morfofuncionais Faciais

Diagnóstico Diferencial

PLANIFICAÇÃO - CURSO PROFISSIONAL DE NÍVEL SECUNDÁRIO

Assistência de enfermagem na transfusão feto-fetal: estudo de caso

Manejo e nutrição de bezerras e novilhas. Luciana Ferri Frares Médica Veterinária

ALOJAMENTO CONJUNTO. Edison Barlem

Síndrome hipertensiva Gestacional e desfecho neonatal o que esperar

Hospital de dia de Pediatria. Consulta Externa

Patrícia Santos Resende Cardoso 2012

PAULA DA COSTA AZEVEDO. Utilização da relactação como método de transição alimentar em recém-nascidos prematuros com ou sem morbidades perinatais

Reflexos orais em recém-nascidos pré-termo e a termo Oral reflexes in newborn preterm and term

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA SBP Parecer jurídico n. 01/2019 DIRETORIA. PRESCRIÇÃO DE DIETAS REALIZADAS POR MÉDICOS. POSSIBILIDADE.

PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO DESTINADO À ELABORAÇÃO DE UMA DISSERTAÇÃO ORIGINAL NO ÂMBITO DO CURSO DE MESTRADO EM EPIDEMIOLOGIA (1ª EDIÇÃO)

conhecidos pela comunidade científica e difundidos na sociedade, principalmente aqueles que

Resumos Aprovados para Apresentação de Pôster: Aspectos Clínicos da Deficiência Transversal de Maxila

processos normais relacionados à aquisição e desenvolvimento da audição, voz e fala das crianças.

REDE BRASILEIRA DE PESQUISAS NEONATAIS

ANAIS DO 1º WORKSHOP DE BOAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO CURSO DE MEDICINA ( ISSN )

Prontidão para início da alimentação oral e função motora oral de recém-nascidos pré-termo

Paciente: E.R.V Idade: 33 anos Sexo: Feminino Polissonograma

Módulo 1 / Semestre 1 Carga horária total: 390ch Unidade Curricular. Semestral

IV Seminário de Iniciação Científica

CATEGORIA/ ÁREA DE PESQUISA: Nível Superior (BIC) / Ciências biológicas e da saúde (b) OBJETIVOS

GEP NEWS, Maceió, V.2, n.2, p , abr./jun. 2018

Protocolos de Eficácia Terapêutica e Avaliação. M.Sc. Profª Viviane Marques

CONSIDERANDO o uso de drogas ou combinações de drogas que apresentam efeitos sobre o sistema nervoso, cardiovascular e respiratório;

PADRÃO DE RESPOSTA Residência Saúde 2013

Risco Ocupacional X Vacina. José Geraldo Leite Ribeiro

DISTÚRBIOS METABÓLICOS DO RN

Consiste no processo de introdução de uma sonda apropriada através da cavidade nasal ou oral até o estômago.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Lidiane de Oliveira Carvalho

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO ESCOLA DE MEDICINA SEMIOLOGIA PEDIÁTRICA (MED128) 2º SEMESTRE DE 2015

ISSN ÁREA TEMÁTICA:

DISSERTAÇÃO Mestrado

O LEITE IDEAL PARA O RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO E A TRANSIÇÃO DA SONDA PARA O PEITO

Nutrição em Cuidados Paliativos Pediátrico

SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO 2010 AMAMENTAÇÃO: OS DEZ PASSOS FUNDAMENTAIS PARA UM BOM COMEÇO

O uso dos indicadores de qualidade em hospitais:

Proporcionam alívio que conduz à ansiedade até hipnose, anestesia, coma e morte.

Introdução Descrição da condição

PRESTAÇÃO DE CONTAS JANEIRO/2015

EFEITOS DO TUBO OROTRAQUEAL SOBRE AS HABILIDADES ORAIS E A PERFORMANCE ALIMENTAR DE RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO

A IMPORTÂNCIA DO CUIDADO DE ENFERMAGEM FRENTE AO PARTO PREMATURO: SENTIMENTOS VIVENCIADOS PELA MÃE 1

Seu bebê encontra-se nesse momento sob cuidados intensivos na UTI Neonatal, por apresentar um quadro de risco à saúde.

TERAPIA IMUNOPROFILÁTICA COM PALIVIZUMABE

A deglutição é definida como processo que resulta no transporte do alimento da boca ao estômago. Preparatória

Gaudencio Barbosa R4 CCP Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço- HUWC UFC

REPERCUSSÃO DA DISPLASIA BRONCOPULMONAR SOBRE A PRONTIDÃO E PERFORMANCE ALIMENTAR DE RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Faculdade de Medicina

MÉTODO CANGURÚ NEONATOLOGIA

Rotineiramente são seguidos alguns critérios para inclusão ou exclusão no programa de assistência domiciliar:

IDENTIFICANDO E PREVENINDO A OCORRÊNCIA DE TRAUMA MAMILAR EM PUÉRPERAS ATENDIDAS NO PROJETO CPP

Transcrição:

TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RECÉM-NASCIDOS COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO, UERJ - RJ, BRASIL Fga. Daiana Evangelista e Fga. Andressa Oliveira

INTRODUÇÃO: DISPLASIA BRONCOPULMONAR E SAÚDE PÚBLICA 3.000 a 7.000 neonatos são considerados broncodisplásicos, anualmente nos EUA. (Monte LF, Silva Filho LV, Miyoshi MH, Rozov T., 2005) Atualmente, a DBP tem sido reconhecida como uma das principais causas de problemas respiratórios crônicos na infância. Dificuldades na alimentação, nutricionais e/ou no desenvolvimento NPM (Silva Filho LVF, 1998) Tratamento: medicamentos específicos, assistência respiratória e nutrição adequadas. trabalho respiratório aumentado com maior gasto energético.

TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RECÉM- NASCIDOS COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E ALEITAMENTO MATERNO As pesquisas referentes à DBP nos últimos 20 anos no mundo concentram-se em: padronizar critérios de diagnóstico, definir conceitos e incidências da doença. Ainda são poucos os estudos que procuraram descrever as dificuldades esperadas na alimentação e investigar estratégias eficientes para lhe dar com elas. Objetivo Verificar: O tempo de transição da sonda para a via oral plena nos lactentes com DBP; O índice de aleitamento materno na alta; Descrever as intercorrências observadas durante os períodos de alimentação.

TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RN COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E Método Revisão de prontuários (estudo retrospectivo) Critério de inclusão: Lactentes que tiveram diagnóstico de DBP pelos neonatologistas e nascidos entre agosto de 2002 a junho de 2005 (total= 18, denominados grupo 1) Para comparação foram selecionados 18 lactentes sem DBP ou outras complicações, com idade gestacional entre 29 e 32 semanas, nascidos na mesma unidade no período de agosto de 2002 a setembro de 2004 (denominados grupo 2) Critério de exclusão: RN com malformações orais, cerebrais ou cardíacas, e que tinham idade gestacional ao nascimento (IG) maior que 32 semanas. Nesta unidade todos os RN eram atendidos pela equipe de fonoaudiologia. Teste t de student para comparar os dois grupos, considerando 5% para significância estatística (p<0,05).

TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RN COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E Diagnóstico médico de DBP: dependência de O 2 por período maior ou igual à 28 dias associado à achados radiológicos. Tempo de transição alimentar (TTA): em dias Inicio- permanência no SM sugando de maneira nutritiva por no mínimo 5 min ou receber um volume > 5ml por outra forma de VO. Conseguia manter esse padrão ou aperfeiçoá-lo nas dietas seguintes ou dias subseqüentes, ganhando peso. Término: quando era constatado que o lactente não mais necessitava da sonda. Não foi incluído o período de SNN (digital ou no SM), estimulação gustativa ou sensório-motora-oral (SMO) prévio, nem os dias em que foram realizados apenas avaliações da sucção nutritiva, mesmo que em dias consecutivos. O hospital possui o título de Hospital Amigo da Criança e a mamadeira não é utilizada como rotina na unidade.

TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RN COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E Resultados TABELA 1 e 2: PERFIL DOS GRUPOS E TEMPO DE TRANSIÇÃO ALIMENTAR Grupo 1 Grupo 2 Variáveis n média mediana DP n média mediana DP IG 18 29,07 28,8 1,57 18 30,81667 30,8 1,16 TTSV 18 39,89 39 14,36 9 7 7,5 5 IGC 18 36,1 36,35 1,84 16 33,27333 33,2 1,011694 Peso 18 1824,44 1805 293,34 15 1619 1625 205,02 TTA 18 18,22 15 14,79 18 6,5 5,5 3,68 p=0,002 * Tempo (dias) Freqüên cia n Grupo 1 Grupo 2 Freqüência Freqüên acumulada cia n n Freqüência acumulada n 10 7 7 16 16 20 4 11 2 18 30 2 13 0 40 4 17 0 50 1 18 0

Técnicas de alimentação utilizadas durante a transição alimentar/dbp Finger-feeding N=12 50% Inc SRD porém maior possibilidade de reabilitação Translactação N=6 66% EC (sonolência) Copo N=18 83,33% Inc. SRD 50% Respiratória SM N=16 75% EC Respiratórias: SatO 2, cianose, esforço respiratório, BAN; Incoordenação S/R/D: ritmo lento de sucção, acúmulo em cavidade oral, escape extra-oral, cansaço, tosse, engasgos; Sinais de retraimentos: agitação, irritação, recusa alimentar, soluço, expressão facial de desconforto; Padrão oral inadequado: ruído na sucção, excursionamento exagerado de mandíbula, padrão de amassamento, movimento incoordenado de língua; Estado de consciência: não despertar com pouco interesse na alimentação.

Alimentação na Alta/DBP 18 16 14 12 10 8 6 3 15,78% 10 52,63% 18 Total Complemento SME 4 2 0 5 0 Aleitamento 68,41% Mamadeira

TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RN COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E Discussão Pacientes com DBP precisaram de um período maior de treino de VO (18 dias), conforme esperado, apesar dos grupos serem semelhantes quanto a IG ao nascimento e do grupo 1 ter maior peso no início da TA. Interferência da DBP na alimentação: lenta e trabalhosa, com inúmeras intercorrências. Mizuno (2007): - menor freqüência de sucção com pressão intra-oral fraca, resultando em menos deglutições e pior eficiência na alimentação (relação volume/minuto), - dificuldade de coordenação S/R/D em lactentes com DBP de grau leve a severa. Pior a performance quanto maior o grau da doença.

TRANSIÇÃO ALIMENTAR EM RN COM DISPLASIA BRONCOPULMONAR E Importância da manutenção da sato 2!! A hipoxemia influência no ganho ponderal e no desenvolvimento cerebral, devendo ser mantidos estáveis os níveis de saturação durante a alimentação, o sono ou a vigília. Mizuno sugere aumento no suporte respiratório visando reduzir o risco de quedas na SpO 2 e minimizar a hipoxia induzida por depressão respiratória. Via de alimentação mais segura? SM e Translactação: maior estabilidade, conforto e menor freq. de sinais de retraimento X Copo e chuca: > dif. respiratória e de coord SRD possivelmente devido > fluxo de leite. Com o treino oral (finger-feeding) houve melhora significativa no padrão oral, proporcionando a alta em SME em grande parte das crianças.

Considerações Finais A recuperação clínica da DBP precisa de um longo período, pois está vinculada a superação das dificuldades na respiração e na alimentação e nada melhor do que a evolução cautelosa e gradativa diretamente no seio materno. O longo período de internação pode representar real baixa na lactação materna. Investimento na manutenção da lactação: devendo a equipe de saúde juntar esforços durante toda a internação no que diz respeito ao incentivo à ordenha precoce e aproximação do binômio mãe-bebê e se necessário através da translactação. Apesar do tempo e das intercorrências durante a alimentação, o aleitamento materno exclusivo é possível em muitos casos e representa menor custo para a família e melhor prognóstico de saúde geral para o bebê. AME em RN com DBP: É POSSÍVEL, DÁ TRABALHO... MAS VALE A PENA! (Dr. Ricardo Nunes)