Megaureter e Refluxo Vésico-ureteral

Documentos relacionados
Urologia Fundamental CAPÍTULO. Megaureter. Ricardo Jordão Duarte Francisco Tibor Dénes

Mal formações do trato urinário. Luciana Cabral Matulevic

Infecção do Trato Urinário na Infância

INFECÇÃO URINÁRIA. BIBLIOGRAFIA: EXAME DE URINA E PATOLOGIAS ASSOCIADAS Nadilson Cunha

Foto Prof. Dr. Silvio Tucci Jr.

DILATAÇÕES URINÁRIAS FETAIS (DUF) Protocolo elaborado por Alexandra Matias, Helena Jardim e Carlos Mariz

REFLUXO VESICOURETERAL: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc

DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DAS ANOMALIAS CONGÊNITAS DO TRATO URINÁRIO CONTRIBUIÇÕES DE 20 ANOS DE ESTUDOS LONGITUDINAIS

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO PEDIATRIA UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

REFLUXO VÉSICO-URETERAL CODIFICAÇÃO E COBERTURA NA SAÚDE COMPLEMENTAR

CASO CLÍNICO: INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

As funções dos rins incluem. Objetivos da aula. Medicina Nuclear Nefrourologia 17/10/2011. Walmor Cardoso Godoi, M.Sc.

ANOMALIAS DO TRATO URINÁRIO UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL

Infecções do Trato Urinário

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO RIO. Dra. Joelma Gonçalves Martin Departamento de pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu- UNESP

Ureterocele. Projeto Diretrizes. Autoria: Sociedade Brasileira de Urologia

Diagnóstico pré-natal de malformações nefro-urológicas

Após um episódio de ITU, há uma chance de aproximadamente 19% de aparecimento de cicatriz renal

Malformações do trato urinário

REFLUXO VESICOURETERAL - ATUALIZAÇÕES EM PEDIATRIA

ENURESE MAPA DE REVISÕES PROTOCOLO CLINICO. Destinatários. Data Palavras-Chave: ENURESE

Tomografia computadorizada

REFLUXO VESICOURETERAL EM CRIANÇAS: ARTIGO DE REVISÃO. VESICOURETERAL REFLUX IN CHILDREN: A REVIEW DOI: /rmu.v1i

Refluxo vesico-uretérico na Criança: Clínica, Diagnóstico e Tratamento RESUMO

Infeção Urinária. Divulgar normas de orientação clínica para diagnóstico, tratamento e seguimento da infecção urinária em Pediatria.

ABSCESSO RENAL OU PERI-RENAL - DRENAGEM PERCUTÂNEA, DRENAGEM DE ABSCESSO RENAL / PERI-RENAL (SUS)

XVI Reunião Clínico - Radiológica. Dr. RosalinoDalasen.

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias

LITOTRIPSIA: COBERTURA E CODIFICAÇÃO

Disciplina de Nefrologia Pediátrica Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP

Síndrome caracterizada por: Urgência miccional (principal sintoma) COM ou SEM incontinência, Também associada a: Polaciúria. Noctúria......

Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Nos primeiros lugares das dores de cabeça da Urologia

Eficácia do tratamento cirúrgico de refluxo vesico-ureteral na população pediátrica

Tratamento da ITU na Infância

Bexiga Neurogênica por TRM. Alfredo Felix Canalini

Estudo Urodinâmico Indicações e Casos. Dr Davi Paluello

Especial Online RESUMO DOS TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO. Fisioterapia ISSN

Nitrofurantoína Prof. Luiz Antônio Ranzeiro Bragança Denis Rangel Monitor de Farmacologia Niterói, RJ 2º semestre de 2016

III Tema: Deflux - Tratamento Endoscópico do Refluxo Vesico-ureteral

DOSSIER INFORMATIVO Doenças da Próstata

Alterações no Trato Urinário

USG do aparelho urinário: hidroureteronefrose bilateral, bexiga repleta com volume estimado de 350 ml com paredes espessadas e trabeculadas.

Exames complementares em nefrologia pediátrica: Interpretação e conduta

Plano de Cuidados Integrados (ICP)

PROTOCOLO MÉDICO CÓLICA NEFRÉTICA. Área: Médica Versão: 1ª

VARIZES DE MEMBROS INFERIORES. Dr Otacilio Camargo Junior Dr George Kalil Ferreira

TRATAMENTO CIRÚRGICO DO REFLUXO VESICO-URETERAL Na População Pediátrica

Válvulas da uretra posterior: Casuística do Serviço de Urologia do Hospital Maria Pia

Duplicação De Uretra Em Criança Com Sintomas Urinários Obstrutivos

Trauma Urogenital Proteus 2016

Megaureter: Diagnóstico e Tratamento

Refluxo Vesicoureteral Os Novos Conceitos e as Dúvidas de Sempre

INTESTINO GROSSO 29/03/2017 INTESTINO GROSSO INTESTINO GROSSO. Ceco, cólon, reto e canal anal Ceco canino saca-rolha ; C

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Disciplina de Nefrologia Pediátrica Departamento de Pediatria Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP

DOUGLAS LOPES BRANCO. TRATAMENTO CIRÚRGICO DO REFLUXO VÉSICO-URETERAL PRIMÁRIO: Análise de 41 casos

LITÍASE URINÁRIA NA CRIANÇA. Vítor Cavadas Serviço de Urologia Centro Hospitalar do Porto

Hidronefrose Antenatal: Avaliação Pós-Natal

Arquivos Catarinenses de Medicina

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO NEFROLOGIA PEDIÁTRICA

Artigo resumido: Successful renal transplantation in children under 6 years of age

Aparelho urinário. Meios de estudo Principais aplicações clínicas. Estudo dos rins Estudo da bexiga A patologia traumática

TUTORIAL DE URO-NEUROLOGIA DISFUNÇÃO MICCIONAL NO IDOSO

Obstrução do tracto urinário

tract in children: lessons from the last 15 years Michael Riccabona Pediatr Radiol (2010) 40:

Artigo de Investigação Médica. Mestrado Integrado em Medicina INVESTIGAÇÃO APÓS A PRIMEIRA INFEÇÃO URINÁRIA FEBRIL NA CRIANÇA: QUAL O PROTOCOLO IDEAL?

Objetivo. Exame contrastado Urografia Excretora. Indicações 15/04/2011. Anatomia. Contra-indicação. Preparo do paciente

CIRURGIAS DO TRATO URINÁRIO

Artigo de Investigação Médica. Mestrado Integrado em Medicina DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DE MALFORMAÇÕES NEFRO- UROLÓGICAS: QUAL O PROTOCOLO IDEAL?

CURSO: MEDICINA DISCIPLINA: PERÍODO: SEGUNDA PROVA TURMA - A ALUNO (A): N DE MATRÍCULA: -

Duplicações pieloureterais e ureteroceles da criança terapêutica cirúrgica

CURSO DE MEDICINA - CRONOGRAMA DE ATIVIDADES COMPONENTE CURRICULAR CARGA HORÁRIA PERÍODO: Urologia DIA ATIVIDADE/AULA PROFESSOR

THE LICH-GREGOIR ANTIREFLUX PROCEDURE: EXPERIENCE FROM 118 CASES

3/6/ 2014 Manuela Cerqueira

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO NA CRIANÇA

Abordagem contemporânea da Bexiga hiperativa refratária

Mesa 9 Urologia pediátrica

Tratamento cirúrgico do refluxo vesico-ureteral na população pediátrica

Proteção Radiológica Infantil

Cólica nefrética em adultos

XIV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalazen.

Ministério da Saúde - MS Secretaria de Atenção à Saúde Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS

6º Período - Fisioterapia PUC Minas - Belo Horizonte

Utilização da Urorressonância para a Avaliação da Hidronefrose Neonatal

CONSENTIMENTO INFORMADO PARA PIELOLITOTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA (CALCULOSE RENAL).

DIRETRIZES PARA A UROLOGIA PEDIÁTRICA

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

CURSO INCONTINÊNCIA URINÁRIA 25 MAIO 2013 COIMBRA

Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Síndromes Nefrológicas. Síndrome infecciosa: Infecciosa

CURSO DE UROLOGIA PEDIÁTRICA. Associação Portuguesa de Urologia

Índice. 1. Resumo/Abstract Introdução Objetivos Métodos Lista de Abreviaturas Epidemiologia..

Hematúria 1. DEFINIÇÕES 2. ETIOLOGIA. Revisão. Aprovação. Elaboração Joana Campos Dina Cirino Clara Gomes A Jorge Correia Data: Maio 2007

ENFERMAGEM PROCESSO DE ENFERMAGEM E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. EXAME FÍSICO Aula 10 Profª. Tatiane da Silva Campos

Prevenção de Infecção do Trato Urinário (ITU) relacionada á assistência á saúde.

TRATAMENTO Figura 5. A Figura 3. Figura 6. Figura 4.

Transcrição:

Megaureter e Refluxo Vésico-ureteral Francisco Tibor Dénes Professor Livre Docente Chefe da Unidade de Uropediatria Divisão de Urologia-HCFMUSP HCFMUSP URO

Megaureter Definição Dilatação e tortuosidade ureteral variada, segmentar ou completa, com diametro > 7 mm Graus de estase / obstrução variáveis Se tortuoso, denomina-se dolicomegaureter Afecção uni ou bilateral

Megaureter Casuística ~ 1 / 1500-2000 nascimentos 2ª. causa de hidronefrose congênita 20% das hidronefroses congênitas. Meninos / meninas = 4 / 1 Lado esquerdo > lado direito (bilat. 20-25%) Ausência / disgenesia contralateral em 9% Incidência familiar descrita

Segmento distal adinamico ou obstrutivo Dilatação ureteral proximal Falta de coaptação das paredes Ausência do bolo ureteral Propulsão inadequada de urina Estase urinária Megaureter Fisiopatologia

US antenatal Diagnóstico de Megaureter Estudo de imagem pós-natal (após ITU) US Urografia, Cistografia, Pielografia, Tomografia

Exames funcionais US ( wash-out diurético): DMSA: DTPA: US doppler: Índice de resistividade das artérias intrarenais Avaliação dos jatos de urina no meato ureteral (frequência e duração)

Megaureter Tratamento Diagnóstico diferencial primário / secundário obstrutivo / refluxivo / não-obstrutivo, não-refluxivo Avaliação anatomica Grau de dilatação ureteral/pielo-calicial Anomalias associadas Avaliação funcional Incidência de ITU

Megaureter Evolução Clínica Megaureter primário não-obstrutivo não-refluxivo: >80% dos casos c/ diagnóstico ante-natal 40-87% melhoram espontaneamente

Megaureter Tratamento Megaureter Primário Não-obstrutivo, não refluxivo: Conservador Refluxivo: Conservador / Cirúrgico Obstrutivo: Cirúrgico Megaureter Secundário Tratamento da afecção primária (Conservador / Cirúrgico)

Megaureter Tratamento Conservador Monitoração anatomica (US) Monitoração funcional (DTPA / DMSA) Indicação p/ cirurgia: piora da função (dilatação) renal ITU recurrente cálculo hematúria

Megaureter Tratamento Cirúrgico Nefrectomia / nefroureterectomia Rim sem função ou displásico

Ureterostomia Megaureter Tratamento Cirúrgico Rim com função prejudicada, dilatação excessiva ou sepsis

Megaureter Tratamento Cirúrgico Reimplante ureteral intra-vesical com modelagem Técnica de Cohen

Megaureter Tratamento Cirurgico Reimplante ureteral intra e extra-vesical sem modelagem Técnica de Politano-Leadbetter ou Pakin

Megaureter Tratamento Cirúrgico Reimplante ureteral extra-vesical com modelagem Técnica de Gregoir

Resultados: Cura: 60-80% s/ modelagem 74-90% c/ modelagem 93-95% c/ infolding Megaureter Tratamento Cirúrgico Resultados piores no megaureter refluxivo Maior proporção de colágeno / células musculares Complicações: obstrução e refluxo Causa: isquemia, edema, disfunção vesical

Refluxo Vésico-ureteral Classificação Primário: alteração da JUV Diagnóstico após ITU Pesquisa de hidronefrose antenatal Pesquisa de irmão ou pai c/ RVU Secundário: aumento da pressão intra-vesical Disfunção vésico-esfincteriana (dissinergia, C.N.I.) Bexiga neurogênica (MMC, espina bífida) Válvula de uretra posterior / estenose de uretra Ureterocele ectópica intra-uretral

Refluxo Vésico-ureteral Classificação internacional Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 Grau 5

Refluxo Vésico-ureteral Casuística Crianças assintomáticas: 0,5-1% RN c/ hidronefrose antenatal: 16-39% Crianças com I.T.U.: 29-70% Crianças c/ pais c/ R.V.U.: 50-66% Crianças c/ irmãos c/ R.V.U.: 35-45% Caucasianos/negros: 3-10 : 1 Recém-nascidos: Após 6 meses: 80% masc / 20% fem 20% masc / 80% fem

Refluxo Vésico-ureteral Cicatrizes renais pielonefríticas

Refluxo Vésico-ureteral Cicatrizes renais pielonefríticas. Risco maior: crianças < 1 ano. Incidência: RVU G I-III: 6,2% RVU GIV-V: 47,9%. Rara/ nova cicatriz após 5 anos. Risco de cicatriz por episódio de pielonefrite 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 1 ITU 2 ITU 3 ITU 4 ITU 5 ITU

Refluxo Vésico-ureteral Cicatrizes renais congênitas. Lesões displásicas secundárias a desordem no desenvolvimento renal, devido a alteração na dinamica de esvaziamento vesical. Incidência: 41% dos neonatos c/ RVU alto grau antes de ITU 19% das crianças sem RVU

Refluxo Vésico-ureteral ( Nefropatia do Refluxo ) Hipertensão arterial Insuficiência renal Retardo do crescimento renal Retardo no crescimento somáticosomát

Refluxo Vésico-ureteral Evolução clínica (5 anos) Grau Idade % de cura I uni/bilat (todas) 91,8 II uni/bilat (todas) 80,6 III unilat (0-2a) 70,0 III unilat (2-5a) 51,3 III unilat (5-10a) 43,6 III bilat (0-2a) 49,3 III bilat (2-5a) 30,5 III bilat (5-10a) 12,5 IV unilat (todas) 58,5 IV bilat (todas) 9,9 Elder J. et al, 2001

Refluxo Vésico-ureteral Associação c/ disfunção miccional / evacuatória Características Frequência miccional e evacuatória alteradas Perdas urinárias diurnas e noturnas / Obstipação / encoprese / soiling Pressão intravesical elevada Instabilidade vesical Resíduo urinário Ausência de lesão neurológica / anatômica. Consequências RVU em 20% das meninas com DME ITU recurrente (46% das meninas com DME + RVU) Maior necessidade de tratamento cirurgico do RVU

Refluxo Vésico-ureteral Como avaliar? Bottoms-up Avaliação inicial do TUI c/ UCM em todo caso de ITU Avaliação subsequente do TUS com US e DMSA Tops-down Avaliação inicial do TUS com US e DMSA em caso de ITU UCM nos casos c/ alteração nos exames US e DMSA

Refluxo Vésico-ureteral Observação Como tratar? Tratamento da ITU aguda e controle (novo tratamento apenas em ITU sintomática) Profilaxia Uso continuo de antibioticos em baixa dose Cirurgia Tratamento endoscópico Cirurgia aberta / laparoscópica Brandström P et al, 2010

Refluxo Vésico-ureteral Profilaxia. Administração antibacteriana diária Cefalexina, TMP-SMX, Nitrofurantoína: 1/3 dose terapêutica. Tratamento da disfunção miccional / evacuatória (Micções de horário 2/2 hs., anticolinérgicos, alfabloqueadores, biofeed-back, dieta, laxativos, enemas). Contrôle periódico

Refluxo Vésico-ureteral % cumulativa de crianças c/ ITU febril % de crianças com ITU febril Tempo em anos após randomização

Refluxo Vésico-ureteral Risco cirurgia (falha da profilaxia) Baixo risco: criança com RVU G 1-3 sem disfunção miccional/evacuatória, menino circuncisado Médio risco: criança com RVU G 1-3 com disfunção miccional /evacuatória, menino não circuncisado, menina c/rvu G4-5 Alto risco: criança com RVU G 4-5 com ITU recurrente Hidas G et al, Antimicrobial Prophilaxis for children with VUR. J Urol. 2015 Nov;194(5):1396-401

Substâncias Refluxo Vésico-ureteral Tratamento Endoscópico Politetrafluoroetileno ( Teflon ) Micropartículas de silicone ( Macroplastique ) Micropartículas de carbono Copolímero de ác.hialurônico ( Deflux ) Poliacrilato/poliálcool ( Vantris ) Técnica

Refluxo Vésico-Ureteral Resultados do Tratamento Endoscópico Porcentagem de cura Grau do RVU Teflon Colágeno Deflux II 85% 81% 87% III 73% 67% 75% IV 50% 40% 41% Capozza, 2001

Refluxo Vésico-ureteral Indicação de Tratamento Cirúrgico ABSOLUTA: Insucesso na profilaxia / tratamento endoscópico (ITU recurrente e novas cicatrizes) RELATIVAS: RVU de grau elevado Comprometimento anatômico / funcional renal Idade do paciente Divertículo paraureteral/duplicidade pielo-ureteral Retardo no crescimento renal

Refluxo Vésico-Ureteral Tratamento Cirúrgico Aberto Cirurgia de Cohen Cirurgia de Politano-Leadbetter ou Pakin B Cirurgia de Gregoir

Refluxo Vésico-Ureteral Resultados do Tratamento Cirúrgico Aberto Sucesso RVU GI-IV: 95-98% RVU GV: 80% Complicações Cirurgia unilateral: RVU contralateral (5%) Cirurgia bilateral: retenção urinária (4-22%)

Refluxo Vésico-Ureteral Tratamento cirurgico laparoscópico (Técnica de Gregoir)

Refluxo Vésico-ureteral Guidelines da AUA Tratamento da criança com RVU Criança < 1 ano Profilaxia antibacteriana se ITU febril Profilaxia antibacteriana se RVU III-IV Profilaxia antibacteriana opcional em RVU I-II sem ITU Circuncisão recomendável Peters C et al, 2010

Refluxo Vésico-ureteral Guidelines da AUA Tratamento da criança com RVU Criança > 1 ano Profilaxia antibacteriana + identificação e tratamento de disfunção miccional Profilaxia antibacteriana opcional na ausência de disfunção miccional Observação sem profilaxia na ausencia de infecção febril, disfunção miccional ou cicatrizes renais Peters C et al, 2010

Refluxo Vésico-ureteral Guidelines da AUA Seguimento da criança com RVU Avaliação anual Exame físico: peso, altura, PA Exame de urina (proteinuria, bacteriuria, cultura) Ultrassonografia DMSA ATENÇÃO: US anormal, RVU III-IV, ITU febril ou creatinina alta Cistografia (radioisotopica > radiografica) Intervalos maiores se RVU alto grau Interromper avaliação se RVU ausente ou GI Peters C et al, 2010

Refluxo Vésico-ureteral Guidelines da AUA Tratamento da criança com RVU e ITU febril recurrente Mudança terapêutica Crianças em observação: Iniciar profilaxia antibacteriana Crianças em profilaxia antibacteriana Mudança nos antibióticos Cirurgia (endoscópica, aberta ou laparoscópica) Peters C et al, 2010

Refluxo Vésico-ureteral Guidelines da AUA Controle da criança após cirurgia Avaliação c/ US (excluir obstrução) Avaliação cistográfica após tratamento endoscópico Avaliação cistográfica opcional após cirurgia aberta ou laparoscópica Peters C et al, 2010

Refluxo Vésico-ureteral Guidelines da AUA Controle da criança após resolução do RVU (espontanea ou cirurgica) Rins normais (US/DMSA): exames clínico e laboratorial anuais Rins c/ cicatrizes: exames clínico e laboratorial + US + cintilografia anuais ITU febril recurrente: reavaliação de disfunção miccional e pesquisa de RVU persistente/recidivado Peters C et al, 2010

Obrigado!