Caso Clínico. Ighor Magalhães de Carvalho HUWC

Documentos relacionados
Hemograma, plaquetas, creatinina, uréia. creatinina, uréia. Lúpus induzido por drogas, gestantes, lactantes e crianças devem ser tratados por médicos

S.K., feminino, 15 anos, solteira, estudante, natural e procedente de Fortaleza.

Prof. Ms. Alex Miranda Rodrigues

Caso Clínico 24/08/11 - "Fraqueza e dor nas pernas" Sex, 02 de Setembro de :26 - Última atualização Qui, 29 de Março de :37

Caso Clínico 14/09/11 - "Falta de ar há 8 meses" Qui, 15 de Setembro de :04 - Última atualização Qui, 29 de Março de :31

Caso Clínico. Flora Cruz de Almeida PET Medicina UFC Fortaleza, 28 de agosto de 2013.

LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES) UMA REVISÃO 1

CASO CLÍNICO. Medicina-UFC. Everton Rodrigues

Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo

Caso Clínico 29/09/11 - "Dor em joelho esquerdo" Qua, 05 de Outubro de :10 - Última atualização Qui, 29 de Março de :28

Profº André Montillo

SECRETARIA DO ESTADO DE SAÚDE (SES) 2015 PRÉ-REQUISITO / CANCEROLOGIA PEDIÁTRICA PROVA DISCURSIVA

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Programa de Educação Tutorial. Daniel Machado do Amaral Outubro 2012

SEVEN-YEAR-OLD INDIAN GIRL WITH FEVER AND CERVICAL LYMPHADENITIS THE PEDIATRICS INFECTIOUS DISEASE JOURNAL Vol. 20, No. 4, April, 2001.

Caso Clínico 16/11/11 - dor na perna esquerda Seg, 05 de Dezembro de :59 - Última atualização Qui, 29 de Março de :24

Glomerulonefrites Secundárias

ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO TRATAMENTO DE LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

Serviço e Disciplina de Clínica Médica. Sessão Clínica 05/11/2018. Orientador: Prof. Luis Clóvis Bittencourt. Prof. Edilbert Pellegrini

Pneumonia intersticial. Ana Paula Sartori

#Id: R.S.S, feminino, 84 anos, natural e procedente de Fortaleza, viúva, ex-costureira, católica. #Fonte da história: Filha. #Q.P.

CASO CLÍNICO III IV WIAH - MAIO 2009

Caso colhido no HUWC no dia ID: A.S.M., feminino, 60 anos, natural e procedente de Maranguape, parda, viúva, católica, dona de casa.

Data da primeira consulta: 18/01/2013. Antonio da Silva, 36 anos, branco, natural e procedente de Ribeirão Preto(SP), solteiro, garçom.

Lúpus eritematoso sistêmico com acometimento neurológico grave: Relato de Caso

REUNIÃO CLÍNICA. Médica residente: Mirla de Sá 05 de Maio de 2015

CASO CLÍNICO. Clara Mota Randal Pompeu PET Medicina UFC

Caso Clínico. Sarah Pontes de Barros Leal

Orientador: Prof. Dr. Israel Ribas Relator: Dr Eduardo Abi-Kair Miguel Netto Debatedor: Drª. Luana Toledo Manhães

MANEJO DOS CASOS SUSPEITOS E CONFIRMADOS DE INFLUENZA NO HIAE E UNIDADES

RESIDENCIA MÉDICA UFRJ

AB0 HLA-A HLA-B HLA-DR Paciente A 1,11 8,35 3,11 Pai O 1,2 8,44 3,15 Irmão 1 B 1,11 8,35 3,11 Irmão 2 O 2,24 44,51 8,15

Manejo de casos suspeitos de Febre Maculosa. Outubro de 2018

RESIDÊNCIA MÉDICA SUPLEMENTAR 2015 PRÉ-REQUISITO (R1) / CLÍNICA MÉDICA PROVA DISCURSIVA

Lúpus Eritematoso Sistêmico - sinais e sintomas

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM GATOS

Caio Abner. 3 de Junho de 2009

Identificação: 66 anos, melanodérmica, feminina, solteira, natural de Campos dos Goytacazes, doméstica.

Caso Clínico. PET Medicina UFC Clara Mota Randal Pompeu

HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA

Residente de Reumatologia da UNIFESP. São Paulo 03/08/2011

CASO CLÍNICO II IV WIAH - MAIO 2009

Caso Clínico HUWC - 03/08/11 - "Edema" Qui, 04 de Agosto de :51 - Última atualização Qui, 29 de Março de :47

Revisão de Reumatologia PARTE II LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO. Dr.Aleksander Snioka Prokopowitsch. Dr.Aleksander Snioka Prokopowitsch

Caso Clínico 5. Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga

R1CM HC UFPR Dra. Elisa D. Gaio Prof. CM HC UFPR Dr. Mauricio Carvalho

Leia estas instruções:

Confira se os dados contidos na parte inferior desta capa estão corretos e, em seguida, assine no espaço reservado para isso.

LÚPUS: PROCEDIMENTOS LABORATORIAIS NO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA

REUNIÃO CLÍNICA REUMAT REUMA OLOGIA T MARIANA B ITTA BITT R AR LOPES LOPES R3 REUMATOLOGIA PUCC

LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ASSOCIADO À DERMATITE HERPETIFORME: UM RELATO DE CASO

O exame do líquor mostrou:

Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia LAGG. Marcelo Viana

CASO CLÍNICO Pôs graduação de ginecologia Enfermaria 28 Rosário Sarmiento Santa casa da misericórdia

DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS NA GRAVIDEZ. Profª Leticia Pedroso

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral

CASO CLÍNICO 1. Lina Oliveira de Carvalho Residente de Reumatologia - Hospital Heliópolis

Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG

Impacto clínico da tripla positividade dos anticorpos antifosfolípides na síndrome antifosfolípide trombótica

CENTRO DE HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA DO PIAUÍ HEMOPI

NOME GÊNERO IDADE ENDEREÇO TELEFONE

Anamnese. Qual sua hipótese diagnóstica? O que você perguntaria na HPP?

PROVA OBJETIVA. b) Liste os outros exames que devem ser solicitado para o esclarecimento do quadro e descreva qual seria a abordagem terapêutica.

Identifique-se na parte inferior desta capa. Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno, você será excluído do Processo Seletivo.

CASO CLÍNICO 21/06 PET MEDICINA UFC DIEGO ORTEGA DOS SANTOS

- termo utilizado para designar uma Dilatação Permanente de um. - Considerado aneurisma dilatação de mais de 50% num segmento vascular

16/04/2013. IDENTIFICAÇÃO: Masculino,negro,59 anos,pedreiro,natural de Itu-SP. QP: Dispneia aos esforços e tosse seca há 4 anos. HPMA: (mahler 6).

CAUSAS DE PERICARDITE AGUDA

Aprendizado baseado na prática clínica... Caso Clínico

Caso 18, adaptado de Relato de Caso Clínico com finalidade didática:

Síndrome de Insuficiência Respiratória Aguda Grave (SARS)

Caso clínico. S.A.G, 35 anos

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE CAMPINA GRANDE-FCM CG

1 a ETAPA - PROVA C/PP PNEUMOLOGIA PEDIÁTRICA

Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas Lúpus Eritromatoso Sistêmico

ANEMIAS HEMOLÍTICAS ADQUIRIDAS. Prof. Dr. David Cavalcanti Ferreira

Trombocitopenia induzida pela heparina

Avaliação do Internato 14/3/2016 Nome:

REATIVAÇÃO DO LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO NA GRAVIDEZ SOBRE A FORMA DE NEFRÍTE LÚPICA

LEISHMANIOSE CANINA (continuação...)

Acidose Tubular Renal

ENFERMAGEM SAÚDE DA MULHER. Doenças Sexualmente Transmissíveis Parte 2. Profª. Lívia Bahia

Perfil FAN e AUTO-ANTICORPOS. Qualidade e precisão para diagnóstico e acompanhamento clínico.

Fonoaudiologia. Caderno de Questões PROVA DISCURSIVA. SRH Superintendência DESEN. de Recursos Humanos

Guia Prático MANEJO CLÍNICO DE PACIENTE COM SUSPEITA DE DENGUE. Estado de São Paulo Divisão de Dengue e Chikungunya

Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)

Lupus Eritematoso Sistémico Revisão Casuística do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia

Viviane Rohrig Rabassa

SEMIOLOGIA DA DOR. Curso de semiologia em Clínica Médica I. Medicina humana 2 ano

12/03/2018 GRANDES ANIMAIS

09/07/ Tromboembolismo Pulmonar Agudo. - Tromboembolismo Pulmonar Crônico. - Hipertensão Arterial Pulmonar

Síndrome dos Anticorpos Antifosfolipídicos na Gravidez

Processo Seletivo para Residência Médica 2010

AULAS TEÓRICAS QUINTA- FEIRA HABILIDADES E ATITUDES MÉDICAS III - 3ª FASE 2010/2

Espectro clínico. Figura 1 Espectro clínico chikungunya. Infecção. Casos Assintomáticos. Formas. Típicas. Fase Aguda. Fase Subaguda.

Clique para editar o título mestre

Transcrição:

Caso Clínico Ighor Magalhães de Carvalho HUWC

Identificação ID: M.J.F.S.,feminino, 25 anos Casada, evangélica, auxiliar de serviços gerais,natural e procedente de Fortaleza Admitida dia 29/08

História Clínica QP: febre e fraqueza nas pernas HDA : Paciente refere que há 2 meses passou a apresentar quadro febril diário com temperatura não mensurada(segundo a paciente elevada),acompanhada de calafrios e sudorese, que não tinha horário específico para ocorrer e cedia com o uso de dipirona. Refere ainda, nesse período, astenia intensa, com dificuldade de deambular por diminuição da força em MMII, hiporexia (perdeu em torno de 10kg), tonturas em ortostase. 1 semana após o início da febre,referiu o surgimento de pápulas pruriginosas em membros superiores que aumentaram de tamanho transformando-se em placas purpúricas e dolorosas que envolviam tronco,membros inferiores,ponta do nariz e lóbulo da orelha.

História Clínica Antes do surgimento de lesões em orelhas e em mãos,referiu bastante queimação nessas áreas e no dia 28/08 apresentou queimação em todas as lesões Teve episódio de diarréia no início do quadro acompanhado de hematoquezia que persistiu até 2 semanas antes do internamento Relata artrite em mão direita em 28/08 Relata edema de MMII que começou dia 29/08 Procurou inicialmente alguns hospitais: -UPA:Dengue -São José:Investigação de hanseníase (sic) e sorologias -Messejana: dor precordial em pontada, sem irradiação. Encaminhada para o HUWC

HPP -Internamento aos 3 anos de idade por pneumonia -Nega comorbidades,alergias e doencas crônicas -Tabagista: 10 a 15 cigarros/dia; bebe vinho esporadicamente -Nega uso de drogas ilícitas -Dorflex quando apresenta dor de cabeça -Colírio para glaucoma(sic

História Familiar -Mãe com episódios de lombalgia sem doenças crônicas -Pai com artrose de joelho direito sem doenças crônicas - Irmãos sem achados HPS -Mora com o companheiro e filho de sete anos em casa de boas condições hidrosanitárias. Cria um gato. Bebe água da cagece

IOA -Cabeça e pescoço: episódios de cefaleia -Neurológico: nega psicose,convulsões,alterações esfincterianas -Cardiovascular:um episódio de dor em pontada em precordio (vide HDA) -Pulmonar: nega dispneia;refere tosse há uma semana com espectoracão esbranquiçada -Genitourinário: nega oligúria,disúria,colúria,corrimento vaginal -Osteomuscular:Nega artrite ou artralgia

Exame físico na admissão Sinais Vitais: PA:110x70mmHg; FC: 153 bpm; FR: 28; Temp:40,1 Geral: EGR, hipocorada(2+/4+), anictérica,acianótica, febril ao toque,orientada e cooperativa. Cabeça/pescoço: linfonodos não palpados AC: RCR, 2T, Bulhas hipofonéticas(b2 em foco pulmomar),s/s AP: MVU com crepitação em base de HTD ABD: Plano,flacido,RHA+,,traube livre,sem dor a palpacão superficial e profunda EXT: ppp, edema em mmii( 2+/4+).

Exames Complementares Exames dia 21/08(São José): -Pesquisa de globias negativa -BAAR: negativo -HIV 1 e 2 : não reagente -Anti-HCV: não reagente -Anti-HBs: reagente -HBsAg: não reagente -Anti-HBc: não reagente -VDRL: reagente -FAN:1:320(padrão nuclear pontilhando fino denso)

29/08(H M) 29/08(H U) 31/08 01/09 02/09 03/09 04/09 Hb 7,0 6,34 6,78 5,5 6,61 Ht 21 20,1 21,5 16,1 19,4 VCM/ HCM 84/28 80/25 79,4/27,1 78/26,5 Leuco 4182 3420 3910 2200 2960 F.Jovens 0% 0% 0% 0% 0% Bastões 0% 1% 1% 1% 0% Segmentado s 90% 74% 90,7% 73,1% 82% Linfo 5% 13% 5,37% 11% 13% Mono 4% 2% 4% 4% Eos.Bas 0/1 0/0 0/0 0/0 Plaquetas 124000 115000 116000 55200 59600

29/08(HM ) 29/08(HU) 31/08 01/09 02/09 03/09 04/09 VHS/PCR 118/- -/11 90/11,9 TAP/INR -/1,4 15,1/1, 27 11,9/1,0 9 TTPA/rel -/2,33 89,2/32,6 51,4/1,8 8 Ur 31 16 18 18 21 26 Cr 0,81 0,5 0,6 05 0,5 0,5 Na+ 125 134 132 140 137 134 K+ 3,6 3,2 2,8 2,5 2,7 2,8 Ca total 7,5 7,7 8,0 Mg++ 1,9 1,6 1,7 1,6 1,5 1,8 Fósforo 4,0 4,4

29/08(H M) 29/08(HU) 31/0 8 01/09 02/09 03/09 04/09 TGO 85 148 314 TGP 40 54 90 FA/GGT 485/308 616/371 BT 0,6 0,5 0,62 BD/BI 0,3/0,3 0,28/0,22 0,48/0,14 PT 7,0 Alb/glo 3,0/4,0 LDH 1303 2940 C3 80(90-180) C4 13(10-40) Fibrinog 144(180-350)

Evolução 29/08/14: Foi iniciado ceftriaxone 2g 12/12h;oxacilina 2g 04/04h;Hidrocortisona 50mg 06/06h 30/08/14: Edema de MMII e MMSS; Dor em mãos e 01/09: paciente apresentava leve melhora clínica,persistindo, porém,com picos febris 02/09:realizou ECO TT que evidenciou: -FE:68%;Função sistólica e diastólica do VE normal;mínimo derrame pericárdico -Válvulas de aspecto morfologico normais sem vegetações

Evolução 03/09: Paciente apresentou piora clínica com persistência de picos febris, associado a desconforto respiratório(fr=32, uso de musculatura acessória SatO2:85%), taquicardia (FC=140), hipotensão (90x40) -Gasometria arterial ph:7,52 po2: 58 pc02: 34 HCO3=72 -Máscara de venturi a 50%

Evolução 03/09: USG ABDOMINAL:ascite moderada; hepatoesplenomegalia homogênea TCAR: Espessamento intersticial peribrônquicovascular(edema?),atelectasia, derrame pleural bilateral (D>E) ausência de imagem em vidro fosco; ausência de hemorragia alveolar TC de abdômen e pelve: Ascite moderada, hepatoesplenomegalia, ausência de trombos, adrenais sem alteração

Evolução 03/09:Hemoce libera alguns exames -Anticoagulante lupico positivo -Teste da mistura positivo: TTPA não corrigiu Foi decidido iniciar pulsoterapia com metilprednisolona 1g

Evolução 04/09 Paciente evolui com melhora clínica com melhora da taquicardia, taquipneia e oxigenação, porém com piora laboratorial; HB 6,6 5.5 Leuco: 2220 (linfócitos:240) Plaq 102.000 55.200 Coombs direto: Positivo 1+ -Reacão AGH monoespecífica: IgG (1+), C3d(1+) Bilirrubina total: 0,6 LDH: 2940

Evolução 05/09: Apresentou piora clínica com hipotensão(100x50), dispneia(fr=32), astenia em MMII Anti-DNA : Reagente Anti-cardiolipina: Não reagente VDRL: Não reagente Hemocultura: Duas amostras negativas em andamento. Encaminhada para UTI onde permanece até hoje.

24

Diagnóstico???

LES + SAAF

Lúpus Eritematoso Sistêmico Eritema malar: eritema fixo, plano ou elevado nas eminências malares, tendendo a poupar a região nasolabial. 1 1. Eritema malar: eritema fixo, plano ou elevado nas eminências malares, tendendo a poupar a região nasolabial. Lesão discoide: lesão eritematosa, infiltrada, com escamas queratóticas aderidas e tampões foliculares, que evolui com 2 2. Lesão cicatriz discoide: atrófica lesão e discromia. eritematosa, infiltrada, com escamas queratóticas aderidas e tampões foliculares, que evolui com cicatriz atrófica e discromia. 3. Fotossensibilidade: Fotossensibilidade: eritema eritema cutâneo cutâneo resultante resultante de de reação reação incomum incomum ao ao sol, sol, por por história história do do paciente ou ou observação do 3 do médico. médico. 4. Úlcera Úlcera oral: oral: ulceração ulceração oral oral ou ou nasofaríngea, geralmente não dolorosa, observada pelo pelo médico. médico. 5. 4Artrite: artrite não erosiva envolvendo 2 ou mais articulações periféricas, caracterizada por dor à palpação, edema ou derrame. 6. Serosite: Artrite: a) artrite pleurite não - erosiva história envolvendo convincente 2 de ou dor mais pleurítica articulações ou atrito periféricas, auscultado caracterizada pelo médico por dor ou à evidência palpação, de edema derrame ou 5 derrame. pleural; ou b) pericardite - documentada por eletrocardiografia ou atrito ou evidência de derrame pericárdico. 7. Alteração Serosite: renal: a) pleurite a) proteinúria - história persistente convincente de de mais dor pleurítica de 0,5 g/dia ou atrito ou acima auscultado de 3+ pelo (+++) médico se não ou evidência quantificada; de derrame ou b) cilindros pleural; celulares 6 ou - b) podem pericardite ser hemáticos, - documentada granulares, por eletrocardiografia tubulares ou ou mistos. atrito ou evidência de derrame pericárdico. 8. Alteração neurológica: a) convulsão - na ausência de fármacos implicados ou alterações metabólicas conhecidas (por exemplo, Alteração uremia, renal: cetoacidose, a) proteinúria distúrbios persistente hidroeletrolíticos); de mais de 0,5 g/dia ou b) ou psicose acima de - 3+ na (+++) ausência se não de quantificada; fármacos implicados ou b) cilindros 7 ou alterações celulares metabólicas - podem conhecidas ser hemáticos, (por granulares, exemplo, tubulares uremia, ou cetoacidose, mistos. distúrbios hidroeletrolíticos). 9. Alterações Alteração hematológicas: neurológica: a) a) convulsão anemia hemolítica - na ausência com reticulocitose; de fármacos implicados ou b) leucopenia ou alterações de menos metabólicas de 4.000/mm3 conhecidas em duas (por ou 8 mais exemplo, ocasiões; uremia, ou c) cetoacidose, linfopenia de distúrbios menos de hidroeletrolíticos); 1.500/mm3 em duas ou b) ou psicose mais ocasiões; - na ausência ou d) de trombocitopenia fármacos implicados de menos ou de 100.000/mm3 alterações metabólicas na ausência conhecidas de uso de (por fármacos exemplo, causadores. uremia, cetoacidose, distúrbios hidroeletrolíticos). 10. Alterações imunológicas: a) presença de anti-dna nativo; ou b) presença de anti-sm; ou c) achados positivos de anticorpos Alterações antifosfolipídios hematológicas: baseados a) anemia hemolítica concentração com sérica reticulocitose; anormal ou de b) anticardiolipina leucopenia de menos IgG ou de IgM, 4.000/mm3 em teste em duas positivo ou 9 para anticoagulante mais ocasiões; lúpico, ou c) linfopenia usando teste-padrão de menos de ou 1.500/mm3 em VDRL em falso-positivo, duas ou mais por ocasiões; pelo menos ou d) trombocitopenia 6 meses e confirmado de menos por de FTA-Abs 100.000/mm3 negativo. na ausência de uso de fármacos causadores. 11. Anticorpo Alterações antinuclear imunológicas: (FAN): a) presença título anormal de anti-dna de FAN nativo; por ou imunofluorescência b) presença de anti-sm; ou ou método c) achados equivalente positivos em de anticorpos qualquer momento, 10 antifosfolipídios na ausência baseados de fármacos em sabidamente concentração associados sérica anormal ao lúpus de anticardiolipina induzido por fármacos. IgG ou IgM, em teste positivo para anticoagulante lúpico, usando teste-padrão ou em VDRL falso-positivo, por pelo menos 6 meses e confirmado por FTA-Abs negativo. 11 Anticorpo antinuclear (FAN): título anormal de FAN por imunofluorescência ou método equivalente em qualquer momento, na ausência de fármacos sabidamente associados ao lúpus induzido por fármacos.

SAAF - Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide Classificação: -Primária: ausência de LES ou outra doença auto-imune. -Secundária: presença de LES ou outra doença auto- imune. Critérios Clínicos Trombose vascular: Um ou mais eventos clínicos de trombose venosa, arterial ou de pequenos vasos em qualquer tecido ou órgão. A trombose deve ser confirmada por imagem, Doppler ou histopatologia, com exceção da trombose venosa superficial. O exame histopatológico não deve demonstrar evidência significativa de inflamação do vaso sanguíneo. Morbidade gestacional: - Uma ou mais perdas de fetos morfologicamente normais (confirmados por ultrasom ou exame direto) com 10 ou mais semanas de gestação. - Um ou mais perdas prematuras de 34 semanas ou menos de gestação devido a pré-eclampsia grave, eclampsia ou insuficiência placentária. - Três ou mais abortos espontâneos consecutivos sem explicação antes de 10 semanas de gestação, excluindo alterações hormonais e cromossômicas dos pais.

SAAF - Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide Critérios Laboratoriais A presença de pelo menos um destes testes - Inibidor Lúpico (Anticoagulante Lúpico) no plasma, em duas ocasiões separadas em um período de 12 semanas, detectado de acordo com as recomendações da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia. - Anticorpos Anticardiolipina IgM ou IgG no plasma ou soro em títulos moderados (> 40 GPL ou MPL unidades, respectivamente) em duas ou mais ocasiões separadas em um em um período de 12 semanas, medidos por ELISA. - Anticorpos Anti-β2GPI presentes no plasma ou soro (em títulos acima do percentil 99) em duas ou mais ocasiões separadas em um período de 12 semanas, medidos por ELISA.

Obrigado