CONTROLE DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Documentos relacionados
HEMODINÂMICA SISTEMA CARDIOVASCULAR. Rosângela B. Vasconcelos

Mantém pressão sanguínea e garante adequada perfusão e função dos tecidos corporais

CIRCULAÇÕES ESPECIAIS

REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL. Sistema Cardiovascular

Mantém pressão sanguínea e garante adequada perfusão e função dos tecidos corporais

Controle do Fluxo e da Pressão Sanguínea

FISIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO. Prof. Ms. Carolina Vicentini

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR

Resposta fisiológica do Sistema Cardiovascular Durante o Exercício Físico

Fisiologia Renal. Arqueada. Interlobar. Segmentar. Renal

Adaptações cardiovasculares agudas e crônicas ao exercício

Sistema Cardiovascular. Prof. Dr. Leonardo Crema

RIO SISTEMA CIRCULATÓRIO RIO OBJETIVOS DESCREVER AS FUNÇÕES DO SIST CIRCULATÓRIO RIO

SISTEMA CARDIOVASCULAR

FISIOLOGIA HUMANA. Sistema Renal - Filtração Glomerular - Prof. Fernando Zanoni

1 - Excreção de substâncias. 2 - Regulação do equilíbrio eletrolítico. 3 - Regulação do equilíbrio ácido-básico

SISTEMA CARDIOVASCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I

Sistema Cardiovascular. Prof. Dr. Leonardo Crema

Integração: Regulação da volemia e fisiopatologia da hipertensão arterial

Anatomia funcional do rim Função renal

BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA FUNÇÃO CARDIO-VASCULAR E EXERCÍCIO

Prof. Adjunto Paulo do Nascimento Junior

Prof. Ms. SANDRO de SOUZA

artéria renal arteríola aferente capilares glomerulares artéria renal capilares glomerulares veia renal

artéria renal arteríola aferente capilares glomerulares artéria renal capilares glomerulares veia renal

LISTA DE EXERCÍCIOS 3º ANO

Regulação da pressão arterial

FISIOLOGIA RENAL E SISTEMA EXCRETOR

Respostas cardiovasculares ao esforço físico

Fisiologia do Sistema Cardiovascular. Profa. Deise Maria Furtado de Mendonça

artéria renal arteríola aferente capilares glomerulares artéria renal capilares glomerulares veia renal

Fisiologia Cardíaca Bloco 1 de exercícios

Regulação do Volume e da Osmolaridade do LEC

SISTEMA CARDIOVASCULAR I

Bacharelado em Educação Física. Função Cardio-vascular e Exercício

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

Filtração Glomerular. Prof. Ricardo Luzardo

Filtração Glomerular

U N I T XI. Chapter 60: SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO. Organização do Sistema Nervoso Autônomo. Organização do sistema nervoso autônomo

4/19/2007 Fisiologia Animal - Arlindo Moura 1

I Curso de Férias em Fisiologia - UECE

Drogas que atuam no Sistema Nervoso Autônomo. Astria Dias Ferrão Gonzales 2017

Coração Vasos sanguíneos: artérias veias capilares Sangue: plasma elementos figurados: Hemácias Leucócitos plaquetas

UNIVERSIDADE DE RIO VERDE FACULDADE DE ODONTOLOGIA PROGRAMA DE DISCIPLINA

FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I

São exemplos de órgãos que realizam excreção em nosso corpo: Rins (exemplo de substância excretada = uréia);

ENSINO MÉDIO SISTEMA NERVOSO

21/9/2010. distribuição do O2 e dos nutrientes; remoção do CO2 e de outros resíduos metabólicos; transporte de hormônios; termorregulação;

Estrutura néfron e vascularização

Sistema Renal. Profa Msc Melissa Kayser

CURSO DE IRIDOLOGIA APRESENTANDO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO. Prof. Dr. Oswaldo José Gola

Fisiologia do Sistema Urinário

26/10/2018. A osmolaridade pode ser entendida como a proporção entre solutos e água de uma solução.

Reabsorção tubular. substâncias. reabsorção tubular.

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM

HOMEOSTASE Entrada + Produção = Utilização + Saída. sede BALANÇO DA ÁGUA. formação de urina INGESTÃO DE ÁGUA PERDA DE ÁGUA (*)

AULA-10 FISIOLOGIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR

Sistema Cardiovascular. Dra. Christie Ramos Andrade Leite-Panissi

Fisiologia V. Fisiologia Cardiovascular Aula 2: CIRCULAÇÃO GERAL

2)Homeostasia: Constância Dinâmica. Explique esta frase. 4)Quais das seguintes substâncias são transportadas através de canais?

SISTEMA CARDIOVASCULAR. Fisiologia Humana I

SISTEMA CARDIOVASCULAR II

SISTEMA CARDIOVASCULAR. Prof. Me. Renata de Freitas Ferreira Mohallem

Filtração Glomerular. Prof. Ricardo Luzardo

FISIOLOGIA DO SISTEMA CIRCULATÓRIO. Prof. Ms. Carolina Vicentini

Cardiologia do Esporte Aula 1 Sistema. Prof a. Dr a Bruna Oneda 2013

Centro de Ciências da Vida Faculdade de Ciências Biológicas SISTEMA URINÁRIO

SISTEMA EDUCACIONAL INTEGRADO CENTRO DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE COLIDER Av. Senador Julio Campos, Lote 13, Loteamento Trevo Colider/MT Site:

Introdução ao Sistema Cardiovascular Propriedades da Fibra cardíaca Regulação da FC: Efeitos do Exercício. Lisete C. Michelini

FISIOLOGIA DA CONTRAÇÃO MUSCULAR DISCIPLINA: FISIOLOGIA I

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: FISIOLOGIA GERAL Código da Disciplina: NDC 200. Período de oferta da disciplina:

Controle da Osmolalidade dos Líquidos Corporais. Prof. Ricardo Luzardo

Sistema Cardiovascular

POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO

FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR

FISIOLOGIA CARDIORESPIRATÓRIA. AF Aveiro Formação de Treinadores

Cardiologia do Esporte Aula 1 Sistema circulatório. Prof a. Dr a Bruna Oneda

Sistema Cardiovascular. Aula 4 Fisiologia do Esforço Prof. Dra. Bruna Oneda 2016

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS

19/10/ login: profrocha e senha: profrocha

Atua como um sistema de controle e regulação (juntamente com o sistema nervoso)

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA. Fisiologia Renal

Biofísica renal. Estrutura e função dos rins

Fisiologia do Sistema Urinário

Sistema Nervoso Central Quem é o nosso SNC?

Fisiologia Renal. Filtração e hemodinâmica renal e transporte no néfron. Prof Ricardo M. Leão FMRP-USP

SISTEMA NERVOSO AFERENTE SISTEMA NERVOSO EFERENTE EFETORES SNP MOTOR SNP SENSORIAL. SNC Encéfalo Medula espinhal

FISIOLOGIA CARDIOVACULAR

CASO CLÍNICO. O fim do mundo está próximo José Costa Leite Juazeiro do Norte Ceará

SISTEMA MOTOR VISCERAL

Organização Morfofuncional do Sistema Renal e sua participação na manutenção da homeostasia

FISIOLOGIA RENAL (Continuação)

Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas vasoativas são de uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva e o conhecimento exato da

Nos diferentes tecidos do corpo, um dos produtos da degradação das proteínas e dos ácidos nucléicos é a amônia, substância muito solúvel e

PROGRAMA DE DISCIPLINA

SISTEMA RENINA ANGIOTENSINA ALDOSTERONA (SRAA) REVISÃO DE LITERATURA RENIN ANGIOTENSIN ALDOSTERONE SYSTEM (RAAS) REVIEW

Terceiro Módulo de Fisiologia Cardiovascular

Profº André Montillo

Sistema nervoso - II. Professora: Roberta Paresque Anatomia Humana CEUNES - UFES

CONTROLE HIDROELETROLÍTICO

Transcrição:

Disciplina de Fisiologia Veterinária CONTROLE DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Prof. Prof. Fabio Otero Ascoli

Mecanismos de Controle da Pressão Arterial Mecanismos Locais Mecanismos Neurais Mecanismos Humorais Mecanismos a curto prazo Mecanismos a médio e longo prazo

CONTROLE LOCAL DO FLUXO SANGUÍNEO Fluxo sanguíneo = Pressão de perfusão / resistência vascular Todos os órgãos são expostos à mesma pressão de perfusão Diferença na resitência é determinada pelo diâmetro de suas arteríolas (vasoconstricção x vasodilatação) Fatores que influenciam na resistência arteriolar são: intrínseco e extrínseco 1. Controle extrínseco : mecanismo que agem externamente a um tecido, por meio de nevos ou hormônios 2. Controle intrínseco: exercido por mecanismos locais dentro de um tecido

CONTROLE LOCAL DO FLUXO SANGUÍNEO Todos os tecidos sofrem influência de ambos mecanismos Mecanismos intrínsecos predominam sobre os extrínsecos : circulação coronariana, cérebro e músculos esqueléticos em atividade (tecidos críticos) Mecanismos extrínsecos predominam: rins, órgãos esplâncnicos e muscúlos esqueléticos em repouso (tecidos que suportam reduções temporárias no fluxo de sangue) Obs: Pele sofre influência forte de ambos mecanismos

CONTROLE METABÓLICO DO FLUXO SANGUÍNEO Mecanismo controlador local mais importante Quando a taxa metabólica local aumenta, arteríolas se dilatam e resistência vascular diminui: 1. Consumo de O2 aumenta 2. Aumenta a produção de produtos metabólicos ( CO2, adenosina e ácido lático) 3. Aumenta o potássio no líquido intersticial

CONTROLE METABÓLICO DO FLUXO SANGUÍNEO Autoregul: 6, 7, 8, 9, 11, 12 Taxa metabólica local aumentada promove: 1. Dilatação das arteríolas e redução da resistência vascular 2. Relaxamento dos esfíncteres pré-capilares, logo abre mais capilares 3. Aumento da área de superfície capilar total para a troca por difusão Obs: O controle metabólico do fluxo sanguíneo envolve um feedback negativo

CONTROLE METABÓLICO DO FLUXO SANGUÍNEO Auto-regulação do fluxo sanguíneo: Controle local predomina sobre o controle neural e humoral (Ex: circulação coronariana)

MEDIADORES QUÍMICOS LOCAIS (PARÁCRINOS) Endotelina -1 (ET-1): liberada pelas células endoteliais em resposta a uma variedade de estímulos químicos e mecânicos Mecanismo de ação: contração do músculo liso vascular, vasoconstricção e redução do fluxo sanguíneo Óxido nítrico (ON): liberada pelas células endoteliais Mecanismo de ação: oposto a endotelina Tromboxano A2 (TXA2) e a prostaciclina (PGI2): Agem de forma antagônica no controle da musculatura lisa vascular e na agregação plaquetária (balanço relativo entre TXA2 e a PGI2 é importante)

MEDIADORES QUÍMICOS LOCAIS (PARÁCRINOS) Histamina: liberado pelos mastócitos em respostas as teciduais ou desafio antigênico Mecanismo de ação: Vasodilatação pela estimulação do ON lesões Bradicinina: pequeno polipeptídeo, que é clivado pela enzima proteolítica calicreína, a partir de proteínas globulínicas que existem no plasma ou líquido tecidual Mecanismo de ação: Vasodilatação pela estimulação do ON

CONTROLE NEURAL E HORMONAL Mecanismos neuro-humorais também são chamados de mecanismos de controle extrínseco Predominam nos órgãos não críticos Controlam a frequência e a contratilidade cardíaca, o que permite que o débito cardíaco seja ajustado para fornecer fluxo sanguíneo adequado Músculo cardíaco está sob o controle neuro-humoral

CONTROLE NEURAL E HORMONAL Sistema nervoso autônomo é o braço neural do controle neurohumoral Neurônios simpáticos e parassimpáticos influenciam o sistema cardiovascular através da liberação dos neurotransmissores norepinefrina e acetilcolina Receptores α-adrenérgicos nas arteríolas e veias abdominais são inervados por neurônios simpáticos pós-ganglionares (ativação vasoconstricção) Obs: Vasoconstricção serve para direcionar sangue para determinados órgãos

CONTROLE NEURAL E HORMONAL Principal papel das veias é atuar como reservatório de sangue A venoconstricção desloca o sangue venoso para à circulação central A venoconstricção causa apenas um pequeno aumento da resistência ao fluxo sanguíneo de um órgão, pois oferecem muito menos resistência que as arteríolas O controle simpático do coração é exercido pelos receptores ᵦ1- adrenérgicos (aumenta a FC, contratilidade e velocidade de condução)

CONTROLE NEURAL E HORMONAL Blood pressure regul 5, 6, 9, 10 Receptores ᵦ2-adrenérgicos são encontrados nas arteríolas, particularmente na circulação coronariana e nos músculos esqueléticos Resumo: 1. Aumento da atividade simpática: vasoconstricção α1 e α2 adrenérgicos e excitação ᵦ1-adrenérgicos aumento na frequência cardíaca e no volume de ejeção Apenas as arteríolas do coração, genitália externa e músculo esquelético são inervados por neurônios autônomos colinérgicos (receptores muscarínicos) Efeito: Redução na frequência cardíaca

REFLEXO BARORRECEPTOR ARTERIAL Blood pressure regul 7 Determinado pelos barroreceptores que são terminações nervosas sensíveis a pressão Regula a pressão arterial Barroreceptores enviam impulsos aferentes ao sistema nervoso central e de forma reflexa altera o débito cardíaco e a resistência vascular Localizados nas paredes das artérias carótidas (seios carotídeos) e do arco aórtico

BAROREFLEXO ARTERIAL PAM = DC x RVS

REFLEXO BAROCEPTOR CARDÍACO Redução da pressão arterial diminui atividade dos baroceptores. Diminui tônus parassimpático para o coração. Aumenta frequência cardíaca. Aumenta débito cardíaco e pressão arterial. Aumento do tônus simpático para o coração. Aumento da frequência cardíaca e contratilidade, aumenta volume sistólico. Aumenta débito cardíaco e pressão arterial.

REFLEXO BARORRECEPTOR VASCULAR Redução da pressão arterial diminui atividade barorreceptora Aumenta tônus simpático para os vasos sanguíneos Aumenta resistência periférica total e pressão arterial (Circulação cerebral e coronariana não são afetadas) Aumeta tônus venoso Reduz capacitância e volume venoso Aumenta volume circulante e retorno venoso Aumenta volume sistólico, débito cardíaco e pressão arterial

CONTROLE HUMORAL DA PRESSÃO ARTERIAL Sistema renina-angiotensina-aldosterona Hormônio antidiurético

S- 20, 21 water - fluids Blood regulatio 15, 16,17, 18, 20 SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA Fígado Cel granulares ECA- Pulmão

ALDOSTERONA S- 5 Late Filtrate S- 22 a 24 water - fluids Secretado pelo córtex adrenal e é o principal mineralocorticóides Aumenta a reabsorção do sódio, especialmente nos túbulos coletores corticais (aumenta a atividade da Na +,K + -ATPase) Aumento na reabsorção de sódio está associada a aumento na reabsorção de água e excreção de potássio Resumo: Retém sódio e água, e excreta potássio Fatores que desempenham papéis essenciais na regulação da aldosterona: 1. Elevação da concetração de íons de potássio no LEC aumenta a secreção 2. Maior atividade do sistema renina-angiotensina aumenta a secreção 3. Elevação de íons de sódio do LEC reduz a secreção

ALDOSTERONA Blood regulatio 19, 21, 22, 23, 24

ALDOSTERONA

ALDOSTERONA

MECANISMO DE FEEDBACK DO ADH Obs: Osmorreceptores respondem a mudancas do sodio no FEC

EFEITOS DO ADH Blood pressure regulation 22, 23, 24, 25, 26,27, 28, 29 1) Redução do fluxo urinário e aumento da osmolalidade da urina (faz a ligação fisiológica entre as osmolalidades plasmática e urinária) 2) Aumento da permeabilidade à água do epitélio do ducto colector (10 a 20 vezes)

REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DO ADH S- 7 Late Filtrate S 23-27 electrolyte homeostasis - Fluids

Boa semana!