Profa Dra Larissa Gorayb F Mota



Documentos relacionados
Alessandra Comparotto de Menezes IHOC-2013

FERNANDA DE LIMA GOMES DOS SANTOS ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS NO DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DE LEUCEMIAS LINFOCÍTICAS

Ritha Capelato 4⁰ ano Medicina UFGD DOENCAS LINFOPROLIFERATIVAS MALIGNAS

Imunofenotipagem nas doenças hematológicas: Doenças linfoproliferativas crônicas. Dr. Edgar Gil Rizzatti Grupo Fleury

O Cancro - Aspectos gerais O termo Cancro é aplicado e utilizado genericamente para identificar um vasto conjunto de doenças que são os tumores malign

RECONHECIMENTO CLÍNICO & DIAGNÓSTICO. Dra. Lucilene Silva Ruiz e Resende Disciplina de Hematologia Depto. de Clínica Médica FMB - UNESP Botucatu 2014

Hematologia Clínica : bases fisiopatológicas

Leucemias Agudas: 2. Anemia: na leucemia há sempre anemia, então esperamos encontrar valores diminuídos de hemoglobina, hematócrito e eritrócitos.

Imunidade adaptativa celular

13/08/2010. Marcos Fleury Laboratório de Hemoglobinas Faculdade de Farmácia UFRJ

HEMATOLOGIA ºAno. 8ª Aula. Hematologia- 2010/2011

Investigação Laboratorial de LLA

ENFERMAGEM. DOENÇAS HEMATOLÓGICAS Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

13ºEncontro do Núcleo de Especialidades Sociedade Brasileira de Patologia 23.jun.12. Dra. Sheila Ap. Coelho Siqueira Dr. Ariel Barreto Nogueira

PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

1) Qual translocação é característica da Leucemia mielóide crônica? a) t(14;18) b) t(9,21) c) t(9;22) d) t(22,9) e) t(7;22)

Caso do mês. Sociedade Brasileira de Patologia. Apresentadores: Dra. Sheila Ap. Coelho Siqueira Dr. Ariel Barreto Nogueira

PATOLOGIA DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO

LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA: características clínicas, laboratoriais e tratamento

TECIDOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS ONTOGENIA DE LINFÓCITOS

Universidade Federal Fluminense Resposta do hospedeiro às infecções virais

Diagnóstico Laboratorial em Hematologia. Marcos K. Fleury Laboratório de Hemoglobinas Faculdade de Farmácia - UFRJ

Aplasia de Medula Óssea. Doença esquecida

SELEÇÃO DE MÉDICOS RESIDENTES PARA 2017 ÁREA DE ATUAÇÃO COM PRÉ-REQUISITO GABARITO

DIAGNÓSTICO DA LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA

Resposta Imune Contra Tumores

Ativação de linfócitos B mecanismos efetores da resposta Humoral Estrutura e função de imunoglobulinas

Câncer e Sistema Imune

Receptores de Antígeno no Sistema Imune Adaptativo

ACADEMIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Resposta imune adquirida

PLANO DE CURSO. 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Curso: Bacharelado em Enfermagem Disciplina: Imunologia Básica

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO-SENSU EM HEMATOLOGIA E BANCO DE SANGUE ( )

TÍTULO: MONITORAMENTO DE DOENÇA RESIDUAL MÍNIMA PÓS TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA EM PACIENTES COM LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA

Transplante de Células Tronco Hematopoéticas

LEUCEMIAS. Profª Ms. Priscila Ferreira Silva

Tópicos de Imunologia Celular e Molecular (Parte 2)

ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS EM PACIENTES PORTADORES DE LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Células do Sistema Imune

Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio

MSc. Romeu Moreira dos Santos

Resposta imune adquirida do tipo celular

Senha para inscrição no Moodle Mecanismos de Agressão e Defesa turma E. #aluno-mad1e

PLANO DE ENSINO EMENTA

MSc. Romeu Moreira dos Santos

GABARITO RESIDÊNCIA MÉDICA R1-2017

Faculdade da Alta Paulista

Imunidade adaptativa (adquirida / específica):

Sistema Imune, HIV e Exercício. Profa Dra Débora Rocco Disciplina: Exercício em populações especiais

- Tecidos e órgãos linfoides - Inflamação aguda

2. METODOLOGIA 3. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS. Aula 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Plaquetopenia. Felippe Schirmer

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela

Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Odontologia de Piracicaba Departamento de Diagnóstico Oral - Disciplina de Microbiologia e Imunologia -

PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

A Resposta Imune Adaptativa

CLASSIFICAÇÃO DAS LEUCEMIAS

AULA 1: Introdução à Quimioterapia Antineoplásica

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO HEMATOLOGIA E HEMOTERAPIA PEDIÁTRICA

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela

Obs. fase crônica (FC), fase acelerada (FA) e crise blástica (CB)

Resposta Imune Humoral Dr. Carlos R Prudencio. Técnicas sorológicas e de biologia molecular no diagnóstico de agentes infecciosos

Faculdade da Alta Paulista

Hematopoiese. Aarestrup, F.M.

17/03/2011. Marcos K. Fleury Laboratório de Hemoglobinas Faculdade de Farmácia - UFRJ mkfleury@ufrj.br

ESPECIALIZAÇÃO EM HEMATOLOGIA E BANCO DE SANGUE. Aulas Teóricas: On Line Práticas: Presenciais

Potente ação anti-leucêmica do blinatumomabe. alternativos

Prática 00. Total 02 Pré-requisitos 2 CBI257. N o. de Créditos 02. Período 3º. Aprovado pelo Colegiado de curso DATA: Presidente do Colegiado

Fundamentos da Citometria de Fluxo. Elizabeth Xisto Souto

CURSO DE FARMÁCIA Autorizado pela Portaria nº 991 de 01/12/08 DOU Nº 235 de 03/12/08 Seção 1. Pág. 35 PLANO DE CURSO

Ontogenia de Linfócito T. Alessandra Barone

Requisitos básicos. Nas regiões hematopoéticas, 50% do tecido medular é representado por gordura. O tecido hematopoético pode ocupar áreas de gordura.

Resposta Imunológica humoral. Alessandra Barone

O sistema imune é composto por células e substâncias solúveis.

DIAGNÓSTICO DE LEUCEMIAS LINFÓIDES AGUDAS: UMA REVISÃO. Larissa Aparecida Moreira¹, Sílvia Caroline Batista¹, Joyce Beira Miranda da Silva².

Bases celulares, histológicas e anatômicas da resposta imune. Pós-doutoranda Viviane Mariguela

CITOCINAS. Aarestrup, F.M.

APLICAÇÕES ATUAIS DA CITOMETRIA DE FLUXO NA ROTINA LABORATORIAL

Resposta imune inata (natural ou nativa)

PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

Por que meu paciente tem leucocitose?

LOCAL: CENTRO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE ABRAM SZAJMAN (CESAS) BLOCO A 1ºSS 26 DE JUNHO DE 2018, TERÇA-FEIRA

Aula teórica: Hematopoese

Célula tronco. Célula tronco

φ Fleury Stem cell Mastócitos Mieloblastos Linfócito pequeno Natural Killer (Grande linfócito granular) Hemácias Linfócito T Linfócito B Megacariócito

CURSO: MEDICINA HEMATOLOGIA 2º ESTÁGIO TURMA A

INTRODUÇÃO AO LINFOMA EM GATOS

Leucemias Crônicas HEMATOLOGIA II 5/6/2010. Curso de Farmácia Prof. Christian LEUCEMIAS CRÔNICAS AGUDAS LINFÓIDES MIELÓIDES MIELÓIDES LINFÓIDES LLC

Sangue e Sistema Linfoide

Resposta Imunológica celular. Alessandra Barone

ANEMIAS HEMOLÍTICAS ADQUIRIDAS. Prof. Dr. David Cavalcanti Ferreira

DOSSIER DE INFORMAÇÃO INSTITUCIONAL APCL. A APCL Missão e Visão Organização Projetos da APCL Leucemia Dados e Factos

Universidade Federal de Santa Maria. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas

Leucemias Linfóides Agudas (LLA)

Célula tronco. Célula tronco

Leucemia Linfoblástica Aguda e aspectos microscópicos. Relato de caso

Transcrição:

DOENÇAS PROLIFERATIVAS DA LINHAGEM LINFÓIDE Profa Dra Larissa Gorayb F Mota

LINFOPOESE Linfoblasto Pró-linfócito Linfócito maduro

LINHAGEM LINFOCÍTICA Linfócitos B e T: morfologicamente iguais/função diferente Precursor linfóide: timo timócitos -linfócito T órgãos MO linfócitos B linfóides primários Receptores de antígenos: - Órgãos linfóides primários: receptores inespecíficos - Órgãos linfóides secundários baço, linfonodos: receptores específicos

LINFÓCITOS -FUNÇÃO Resposta imune específica (ou adaptativa): especificidade/memória Ag Linfócito B (vírus, bactéria, fungos) plasmócito IgM, D,G,A,E Ac FORMAS DE ATIVAÇÃO DE LINFÓCITO B: - Resposta timo-independente: ativação direta p/ produção de Ac - Resposta dependente de linfócitos T: diferenciação do linfócito B Ac: opsonização, preciptação de proteínas do complemento no Ag

LINFÓCITOS -FUNÇÃO Linfócitos T subclasses: identificadas pelas proteínas de superfície (CD) se diferem também quanto à função - Linfócito T CD4 (T auxiliar): Ag apresentados por céls c/ MHC tipo II - Linfócito T CD8 (citotóxico): Ag que expressam moléculas MHC tipo I TIMO TIMÓCITOS SELEÇÃO + CD4+ ou CD4 e CD8 ++ CD8 + - Linfócitos NK: reconhecem e destroem células s/ moléculas MHC Linfócitos T: + PREVALENTES NA CS > 65-80%

DOENÇAS PROLIFERATIVAS DA LINHAGEM LINFÓIDE Leucemias linfóides agudas(lla): predomínio de linfoblastos (sg/mo) Leucemias linfóides crônicas(llc): linfócitos mais maduros Linfomas: proliferação de linfócitos nos gânglios ou linfonodos

LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA (LLA) Parada de maturação: proliferação de linfoblastos/céls jovens LLA tipo B ou T: tipo B + frequente Marcadores de céls leucêmicas: tipo de linfócito proliferante

LLA -ETIOPATOGENIA Vírus: retrovírus se integram no DNA formação de céls leucêmicas Citogenética e biologia molecular: presença de oncogenes estimuladores translocação t(8;14) Outras anomalias cromossômicas: doença de Fanconi, Síndrome de Down sítios frágeis: instabilidade cromossômica Sítios frágeis adquiridos: através de quimioterápicos usados em outra neoplasia Fatores ambientais e individuais

LLA -INCIDÊNCIA Mais frequente em crianças, mas também acomete adultos 70% casos crianças e jovens (< 20 anos)

DIAGNÓSTICO CLÍNICO E DIFERENCIAL Clínico: não diferencia LLA de LMA fraqueza, palidez, hemorragias, febre Casos de LLA versus fase de agudização LMC: presença de Ph1+

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Exame morfológico sg/mo: alta % linfoblastos Testes citoquímicos e imunofenotipagem Hemograma: anemia, plaquetopenia, leucocitose variável Grupo FAB: LLA em 3 tipos morfológicos - LLA tipo L1: blastos pequenos, homogêneos, s/ observação de nucléolos - LLA tipo L2: blastos de tamanho variável, heterogêneos, nucléolos grandes - LLA tipo L3: blastos grandes, citoplasma c/ ponteado basófilo e vacuolizado

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Classificação MIC: citogenética e imunofenotipagem diferenciação de LLA e LMA/tipo de linfócito Reações citoquímicas: diferenciação de LLA e LMA Sudan black e peroxidase:(+ em 3-5% blastos) Citogenética: marcadores CD10, CD19 e CD20 LLA tipo B translocações t(8;14) LLA tipo3 deleção cromossomo 6 LLA tipo2 Imunofenotipagem: imunocitoquímica ou citometria de fluxo Ac monoclonais anti-mpo, CD13, CD33, CD65, CD117 (LMA) Ac CD19, CD22, CD79, CD10 (LLA-B) Ac CD3, CD2, CD5, CD7 (LLA-T)

LLA adulto E LLA-criança LLA-B: predomínio em crianças podendo acometer adultos LLA tipo pré-b-inicial: melhor prognóstico, + frequente em crianças LLA-T: pior prognóstico, + frequente em adultos

TRATAMENTO Eliminação das céls leucêmicas: Qt intensiva na fase de indução incluindo vincristina+prednisona Alcançada RC: pós-indução consolidação e manutenção Intensificação tardia pacientes de alto risco Profilaxia da infiltração do SNC: aplicação intratecal de quimioterápicos (3 fases) Terapêutica de suporte p/ evitar infecções

PRINCIPAIS AGENTES Qt Associação de 4 drogas > eficiência: VP+L-asparaginase+daunomicina + 4 drogas quando há pior prognóstico: ciclofosfamida; Ara-C RC: alcançada após 4-5 semanas Após RC: consolidação e manutenção incluindo tioguanina; 6- mercaptopurina; dexametasona Via intratecal: metotrexato (casos de pior prognóstico) Fatores de crescimento G-CSF, GM-CSF (mielodepressão); ATB; antifúngicos

TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA -TMO Cogitado em pacientes mais jovens com doador compatível (1 a RC) Resultados discrepantes: 30-60% êxito para vários centros de Qt Qdo TMO autólogo: esterilização do material (céls residuais) Imunoterapia c/ IL-2 após TMO não mostra muita eficácia Qt intensiva e TMO: RC em 80% casos, sobrevida de até 5 anos em 35-40%

LEUCEMIA LINFÓIDE CRÔNICA (LLC) Rara, quadro clínico benígno, evolução lenta ( leucocitose no sg/mo) Leucocitose: linfócitos maduros c/ raros linfoblastos ou prolinfócitos Alguns casos diagnosticados por acaso sem sintomatologia Quadro clínico severo: anemia grave, icterícia, hepatoesplenomegalia adenomegalia

LLC -ETIOPATOGENIA 90% tipo B e raras do tipo T linfócitos maduros, raros blastos e prolinfócitos Anomalias cromossômicas: trissomia do 12 (50%); deleção do 13, 11, 6, 17 quebras, translocações, inversões (doenças) fatores ambientais, individuais (pesticidas, solventes) LLC em mais de 1 membro: LLC familial (somatória mutações genéticas + fatores ambientais) Ac an eritrocitários, an leucocitários ou an plaquetários: A.H. auto-imune

LLC -ETIOPATOGENIA Características imunofenotípicas: CD19, CD20, CD 23 (LF B maduros) Células leucêmicas c/ baixo índice proliferação: CS ou órgãos linfóides Caracterís ca própria LLC: por acúmulo céls e não proliferação sobrevida> por defeito na apoptose

DIAGNÓSTICO CLÍNICO > incidência em homens e idosos: afeta pouco o estado geral Assintomática ou evolução lenta: crescimento de órgãos linfóides 2 ários linfonodos, baço, (hepatomegalia) Estado evolutivo da doença: Classificação Rai - Estágio 0: linfocitose moderada sg/mo: linfócitos maduros 40% - Estágio I: linfocitose moderada c/ aumento de linfonodos - Estágio II: linfocitose > ou hepatomegalia (ou ambos)/linfonodos ou não - Estágio III: linfocitose e anemia (Hb<11g/dl/Htc<33%)/ ou não de órgãos - Estágio IV: linfocitose intensa e plaquetopenia/anemia e órgãos (+ ou -)

DIAGNÓSTICO CLÍNICO Revisão classificação Rai: 3 estágios (A, B, C) baseados em valores de Hb, gânglios linfóides específicos e plaquetas Baixo risco: pacientes em estágio 0 Risco intermediário: pacientes em estágios I ou II Alto risco: pacientes em estágio III ou IV

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Hemograma: - Leucocitose variável (estágio da doença) - Presença ou não de índices eritrocitários (anemia-hemolítica) Morfologia: - Blastos circulantes são raros, prolinfócitos podem estar presentes - Não diferencia tipo B de T - leucemia prolinfocítica - leucemia de células cabeludas

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Citoquímica: -peroxidase e Sudan black positivas Mielograma: - infiltração medular mede o grau evolutivo (periodicamente) Biópsia de medula óssea: - Infiltração difusa: progressão da doença intensificação da terapêutica - Infiltração não-difusa

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Biópsia de gânglio linfático - Infiltração de céls leucêmicas Dosagem de Imunoglobulinas: LLC po B (Ac ) Pesquisa de marcadores Imunológicos: - LLC tipo B: presença de Ig de superfície imunofluorescência - Outros marcadores típicos LLC tipo B: CD19, 20, 21

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL LINFOCITOSE: agentes infecciosos, drogas, estados inflamatórios crônicos - Alterações morfológicas mais discretas do que LLC reações leucemóides linfocitárias - Manifestações clínicas e aspecto citológico do sangue Dúvidas: mielograma, biópsia óssea, ganglionar, imunofluorescência(ac) Linfoproliferação: forma clássica e demais formas - prolinfocítica: grave, infiltração na MO e sg de linfoblastos e prolinfócitos - células cabeludas (tricoleucemia): esplenomegalia marcada, presença de céls grandes, citoplasma em franja

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL - Macroglobulinemia: proliferação de linfócitos B e plasmócitos - Variante leucêmica de Sézary: núcleos dos linfócitos cerebriformes - Linfomas linfocíticos: núcleos clivados ou denteados LLC clássicas: presença de marcadores CD5,19,20,23,25 e < Ig de superfície LLC atípicas: > número de moléculas CD20 e 22 e > positividade de Ig alterações cromossômicas mais comuns (trissomia do 12) células cabeludas: positividade p/ CD19, 11, 25 e negativas p/ CD5; rara; anemia e esplenomegalia

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Classificação Fab: LLC tipo B e LLC tipo T

LEUCEMIAS CRÔNICAS DE CÉLULAS T (LLC-T) Divididas em 2 grupos: - Leucemias de grandes linfócitos granulares(lgl): neutropenia, linfocitose progressiva, plaquetopenia e anemias discretas leve esplenomegalia e quadros infecciosos frequentes linfócitos expressam: CD2, 3, 8 /CD 16,57 adultos c/ idade > 50 anos; infecções virais desencadeantes e apoptose - Leucemias de linfócitos NK: expansão de céls NK linfócitos expressam: CD16 e 56 evolução mais aguda, agressiva c/ envolvimento cutâneo e hepatoesplenomegalia

TRATAMENTO Estágio 0: não necessitam tratamento (qdo n linfócitos/leucócitos estável) qdo linfócitos há Hb e/ou plaquetas e órgãos - Pacientes > 60 anos: tratamento c/ Qt visando o controle e não cura clorambucil: agente alquilante bem tolerado v.o/4dias cada 3-4 semanas/falha: ciclofosfamida fludarabina isolada ou associada prednisona associada c/ clorambucil ou ciclofosfamida Esquemas agressivos Qt: pacientes + jovens e estágios severos ciclofosfamida+vincristina+prednisona adriamicina+melfalan controle hematológico

TRATAMENTO Manutenção recomendada qdo há tolerância ao tratamento TMO pacientes + jovens c/ alto-risco (estágios III e IV) Tricoleucemia(células cabeludas): tratamento c/ interferons Leucemias atípicas: Qt mais agressivas Radioterapias localizadas: alívio do crescimento tumoral (adenoe esplenomegalia) Esplenectomia: casos de hiperhemólise severa c/ esplenomegalia acentuada (controle da anemia)

EVOLUÇÃO Depende do estágio e formas de LLC Ao contrário da LMC, a LLC raramente evolui p/ forma blástica Pacientes c/ LLC: > tendência p/ complicações infecciosas (virais) terapêutica aumenta a tendência incidência aumentada de 2 ª neoplasia qdo tratados por tempo prolongado (linfoma)