100 ANOS DE SUPERVISÃO DE SEGUROS EM PORTUGAL



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Transcrição:

boletim trimestral_associação Portuguesa de Seguradores» Julho, Agosto e Setembro 27» www.apseguradores.pt ANOS DE SUPERVISÃO DE SEGUROS EM PORTUGAL» NOTÍCIAS NOVA TABELA NACIONAL DE INCAPACIDADES» ARTIGO DE FUNDO 25 ANOS DE HISTÓRIA DA APS» ARTIGO DE FUNDO CAMPANHA INSTITUCIONAL 25 ANOS APS

notícias JANTAR COMEMORATIVO DO 25º ANIVERSÁRIO DA APS A Associação Portuguesa de Seguradores ofereceu um jantar comemorativo do seu 25 º aniversário, no dia 28 de Setembro, no Palácio da Bolsa, no Porto, que contou com a presença de Alberto Costa, Ministro da Justiça e diversos Secretários de Estado, entre destacadas personalidades do sector empresarial português. Os cerca de 8 convidados tiveram oportunidade de assistir à apresentação do filme completo da campanha de media desenvolvida no âmbito das acções comemorativas do 25º aniversário. No final do Jantar, Miguel Cadilhe, orador convidado, fez uma exposição sobre a situação económica do país. FICHA TÉCNICA Ano 5» nº8 Título APS Notícias Editor Associação Portuguesa de Seguradores Director Maria Manuel Santos Silva Coordenação e Contactos Ana Horta Carneiro Ana Margarida Carvalho Periodicidade Trimestral Projecto Gráfico Ruído Visual, Lda Depósito Legal ISSN 645-7765 Impressão Ondagrafe Nº de exemplares 4 Data de publicação Dezembro 27 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ÀS ASSOCIADAS ASSINATURA ANUAL» EURO 72 (IVA INC.) Rua Rodrigo da Fonseca, 4-25-9 Lisboa Tel: 23 848 Fax: 23 83 422 apseguradores@apseguradores.pt www.apseguradores.pt MEMBRO da PIA Presse Internationale des Assurances 2» Associação Portuguesa de Seguradores

notícias NOTICÍAS» Seguro Obrigatório de Responsabilidade Civil Automóvel...4» A nova Tabela Nacional de Incapacidades (TNI) e a Tabela para a Avaliação de Incapacidades em Direito Civil...5» Medidas de descongestionamento dos Tribunais Judiciais...5» Reduzir o Impacto Social e Económico das Alterações Climáticas e das Catástrofes Naturais...6» Melhores Seguradoras do Ano...8» 3º Encontro Mútua...9» Groupama entra no Mercado Romeno...9» OK! Teleseguro Lançou novo Conceito de Atendimento no Porto...9» Lisboa Mágica Street Magic World Festival...» Novo Portal APS e Extranet...» Conferência Anual da IAIFA...» DMIF - Directiva dos Mercados Financeiros... ARTIGOS DE FUNDO» Associação Portuguesa de Seguradores, 25 Anos ao Serviço das suas Associadas...2» Campanha Institucional da APS...3» Anos de Supervisão de Seguros em Portugal...4» Fraude um assunto que a todos diz repeito...6 pág» 4 pág» 5 ACTIVIDADE SEGURADORA...8 SERVIÇOS APS» FNM - Ficheiro Nacional de Matrículas...2» CRS - Convenção de Regularização de Sinistros...2» Evolução IDS - 23 a 27...2» Segurnet...2 FORMAÇÃO» APS ministra formação em Gestão Técnica Contabilística, Económica e Financeira dos Seguradores e Fundos de Pensões...22» APS Academia Portuguesa de Seguros visita seguradoras Angolanas...22» Novo curso de IT Governance nos Seguros...23 NOVAS PUBLICAÇÕES» Relatório de Mercado 26...23 pág» 8 ÚLTIMA HORA» Proposta de OE 28 - Implicações para a Actividade Seguradora...24 pág» 6 Associação Portuguesa de Seguradores «3

notícias SEGURO OBRIGATÓRIO DE RESPONSABILIDADE CIVIL AUTOMÓVEL O regime do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel tem vindo a sofrer alterações significativas que decorrem, por um lado, da transposição parcial da 5ª Directiva Automóvel (Directiva 25/4/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de de Maio de 25) e, por outro, da introdução de medidas que visam aumentar a protecção das vítimas de acidentes de viação e, através do envolvimento do Fundo de Garantia Automóvel (FGA), aumentar a eficácia do cumprimento da obrigação de subscrição do seguro. O Decreto-Lei n.º 29/27, de 2 de Agosto, entrou em vigor no passado dia 2 de Outubro e revogou os Decretos-Lei n.º 522/85, de 3 de Dezembro, n.º 22-A/86, de 3 de Maio, n.º 2/88, de 29 de Março, n.º 3/94, de 9 de Maio e n.º 83/26, de 3 de Maio. Das alterações introduzidas pelo Decreto-Lei salientam-se: i) a actualização dos capitais mínimos do seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel, que passam a ser de:».2. por acidente para os danos corporais, e de» 6. por acidente para os danos materiais. Estes capitais passarão, a partir de de Dezembro de 29, a ser de:» 2.5. por acidente para os danos corporais e» 75. por acidente para os danos materiais A partir de de Junho de 22 serão de:» 5.. por acidente para os danos corporais e».. por acidente para os danos materiais. A partir de de Junho de 22, os montantes são revistos de cinco em cinco anos, sob proposta da Comissão Europeia, em função do índice europeu de preços no consumidor. ii) o aumento das exigências em matéria de prestação de informação por parte da seguradora aos lesados e segurados em caso de sinistro e o estabelecimento de juros e coimas elevadas em caso de não cumprimento dessas obrigações; iii) a extensão do procedimento de oferta razoável aos sinistros que envolvam danos corporais, ou seja, a seguradora deverá comunicar a assunção ou a não assunção de responsabilidades no prazo de 45 dias a contar do pedido de indemnização, caso tenha sido emitido o relatório de alta clínica e o dano seja totalmente quantificável; iv) a existência de um sistema de avaliação e valorização dos danos corporais, assente na utilização da Tabela Nacional para a Avaliação de Incapacidade Permanente em Direito Civil, aprovada pelo Decreto-Lei n.º 352/27, de 23 de Outubro, e com base em critérios e valores de determinação do montante da indemnização, a constar de portaria cuja publicação se aguarda; v) a possibilidade conferida à seguradora de solicitar a comparência do lesado para que este seja submetido a um exame de avaliação por perito médico designado pela companhia; vi) o estabelecimento do direito de regresso contra o condutor, quando este tenha dado causa ao acidente e conduzir com uma taxa de alcoolemia superior à legalmente admitida, ou acusar consumo de estupefacientes ou outras drogas ou produtos tóxicos; vii) o estabelecimento de regras mais claras a aplicar na indemnização das situações de perda total. Um veículo será considerado em situação de perda total, entre outras circunstâncias, quando se constate que o valor estimado para a reparação dos danos sofridos, adicionado ao valor do salvado, ultrapassa % ou 2% do valor venal do veículo consoante se trate respectivamente de um veículo com menos ou mais de dois anos; viii) no caso de acidentes causados por veículo sem seguro, sendo o responsável desconhecido, o FGA indemnizará os danos materiais quando se verifiquem também danos corporais significativos ou quando o veículo causador do acidente tenha sido abandonado no local do acidente e a autoridade policial haja efectuado o respectivo auto de notícia; ix) a obrigatoriedade da seguradora fornecer ao tomador de seguro, sempre que este o solicite, o certificado de tarifação com o número de sinistros ocorridos nos 5 últimos anos; x) o estabelecimento de limites especiais à responsabilidade do FGA quando haja outras entidades convocáveis para a efectivação do ressarcimento das vítimas nomeadamente seguradoras, Fundo de Acidentes de Trabalho ou Segurança Social. 4» Associação Portuguesa de Seguradores

notícias A NOVA TABELA NACIONAL DE INCAPACIDADES (TNI) E A TABELA NACIONAL PARA AVALIAÇÃO DE INCAPACIDADES EM DIREITO CIVIL Foi publicado o Decreto-Lei nº 352/27, de 23 de Outubro que aprova a Tabela Nacional de Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais (TNI) e a Tabela Nacional para Avaliação de Incapacidades em Direito Civil. Nova Tabela Nacional de Incapacidades por Acidentes de Trabalho (TNI): a revisão e actualização da Tabela Nacional de Incapacidades por Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais decorreu nos últimos anos, tendo os trabalhos sido realizados por uma Comissão que integrou representantes de diversos ministérios, de organismos e serviços públicos, da APS, dos tribunais do trabalho, da Associação Nacional dos Deficientes Sinistrados do Trabalho, da Sociedade Portuguesa de Medicina do Trabalho, das associações patronais e das associações sindicais com assento na Comissão Permanente de Concertação Social, e do Conselho Nacional para a Reabilitação e Integração das Pessoas com Deficiência. A nova TNI ajusta as percentagens de incapacidade aplicáveis em determinadas patologias, como resultado de um trabalho técnico-científico, levado a cabo em obediência não só à dinâmica do panorama médico-legal nacional, mas também por recurso com o preconizado em tabelas europeias, nomeadamente a francesa. Tabela Nacional para Avaliação de Incapacidades em Direito Civil: esta nova tabela médica, especificamente criada para a avaliação do dano corporal em direito civil permite uma mais adequada avaliação das incapacidades e vem colmatar uma lacuna há muito sentida. A tabela insere-se numa progressiva autonomização da avaliação do dano corporal em direito civil, que tem vindo a ocorrer em diversos países, inspira-se na tabela europeia intitulada guide barème europeén d evaluation dês atteintes à l intégrité physique e psychique, e para a sua elaboração foi decisivo o contributo do Instituto Nacional de Medicina Legal. A nova Tabela destina-se à avaliação e pontuação das incapacidades resultantes de alterações na integridade psico-física, prevê as grandes incapacidades, estabelece as taxas para as sequelas referentes aos diferentes sistemas, aparelhos e órgãos e respectivas funções e avalia as situações não descritas por comparação com as situações clínicas descritas e quantificadas. A incapacidade permanente é avaliada numa perspectiva global e integrada, tendo em consideração a redução definitiva da capacidade para a prática das actividades correntes do dia-a-dia e não apenas numa perspectiva de perda/redução da capacidade de ganho a nível laboral. A adopção da Tabela visa uma maior precisão jurídica e a salvaguarda da garantia da igualdade dos cidadãos perante a lei, no respeito do princípio de que devem ter avaliação idêntica as sequelas que, sendo idênticas, se repercutem de forma similar nas actividades da vida diária e a simplificação da fixação do valor das indemnizações, nomeadamente no âmbito do seguro de responsabilidade civil automóvel. O Decreto-Lei nº 352/27 de 23 de Outubro entra em vigor no dia 2 de Janeiro de 28, aplicando-se a nova TNI aos acidentes de trabalho ocorridos após a sua entrada em vigor e a nova Tabela Nacional para Avaliação de Incapacidades Permanentes em Direito Civil às peritagens de danos corporais também efectuadas após a sua entrada em vigor. MEDIDAS DE DESCONGESTIONAMENTO DOS TRIBUNAIS JUDICIAIS A RESOLUÇÃO DO CONSELHO DE MINISTROS 72/27, DE 6 DE NOVEMBRO Processos de indemnização de acidentes de viação É de destacar a particular importância da medida preconizada na alínea h) do nº, relativa aos processos de indemnização de acidentes de viação: que vem dispor que a revisão do regime jurídico aplicável aos processos de indemnização por acidente de viação, estabelecendo regras para a fixação do valor dos rendimentos auferidos pelos lesados para servir de base à definição do montante da indemnização, de forma que os rendimentos declarados para efeitos fiscais sejam o elemento mais relevante. Esta medida deve ser aprovada até final de Junho de 28. Dispensa da necessidade de apresentação de uma acção judicial em matéria de acidentes de trabalho Refira-se, também, que de acordo com o disposto na alínea m) do nº foi definida a dispensa da necessidade de apresentação de uma acção judicial em matéria de acidentes de trabalho quando, após a realização dos exames médicos necessários, exista acordo entre trabalhador e empregador e decisão favorável de entidade administrativa ou equivalente, assegurando se sempre o acesso aos tribunais em caso de conflito. Associação Portuguesa de Seguradores «5

notícias fotografia: José Pedro Coelho REDUZIR O IMPACTO SOCIAL E ECONÓMICO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E DAS CATÁSTROFES NATURAIS Soluções de Seguros e Parcerias Público-Privadas Nos últimos anos, tornou-se evidente a crescente exposição do Mundo às catástrofes naturais, nomeadamente através das inundações, das vagas de calor e dos incêndios florestais ocorridos na Europa, bem como dos furacões que atingiram os Estados Unidos. De facto, temos vindo a assistir nas duas últimas décadas a um significativo aumento do número, da escala e do impacto económico dos eventos catastróficos de origem natural. Nesse sentido, o Comité Européen des Assurances (CEA) apresentou em Julho de 27 um relatório intitulado Reducing the Social and Economic Impact of Climate Change and Natural Catastrophes - Insurance Solutions and Public- Private Partnerships, que se encontra disponível ao público no site daquela organização (http://www.cea.assur.org). De acordo com o texto do relatório, o impacto das catástrofes naturais nas sociedades e economias europeias deverá crescer ainda mais, em consequência de duas tendências complementares:» o aumento da escala e da frequência dos acontecimentos naturais catastróficos, fruto das alterações climáticas;» o crescimento do impacto económico das catástrofes naturais em função do crescimento da população a residir em áreas de elevada exposição ao risco e do crescimento da actividade económica nessas mesmas zonas. Como as alterações climáticas apenas terão impacto nas catástrofes naturais meteorológicas, esta publicação do CEA centra-se apenas neste tipo de catástrofes. No entanto, muitos dos problemas e soluções discutidos no relatório são igualmente válidos para catástrofes de origem geofísica, como sismos, tsunamis e erupções vulcânicas. O CEA advoga um diálogo construtivo dos seguradores com os políticos e outros intervenientes relevantes Sabendo que os seguradores europeus partilham com os políticos e com outros intervenientes institucionais o objectivo de limitar as consequências económicas das alterações climáticas, este relatório do CEA pretende chamar a atenção dos decisores políticos para a valiosa contribuição prestada pelo sector segurador europeu (através do apoio à investigação, da promoção da prevenção e da apresentação de soluções financeiras para o problema dos riscos catastróficos naturais) e, simultaneamente, identificar as melhores práticas nas áreas onde a colaboração entre os sectores público e privado pode trazer benefícios mútuos para as pessoas, para as autoridades (nacionais e europeias) e para os seguradores. Promover a colaboração público-privada para a redução das perdas Segundo o CEA, os efeitos expectáveis das alterações climáticas no aumento do número de eventos meteorológicos graves podem ser melhor geridos se for estabelecida uma colaboração activa entre as autoridades públicas e as seguradoras. Estas possuem vasta experiência na identificação e análise dos riscos, no desenvolvimento de soluções financeiras sustentáveis e na promoção de comportamentos de redução de risco por parte dos segurados (particulares e empresas). Por seu lado, as instituições públicas têm a capacidade de decidir sobre o planeamento do uso dos solos (permitindo ou não a construção em zonas de grande exposição ao risco), o poder de adoptar códigos de construção mais rigorosos (a fim de reduzir o impacto e os custos provocados por condições climáticas extremas) e têm também a responsabilidade de investir em medidas de prevenção genéricas (como, por exemplo, a construção de defesas costeiras e regularização das margens de rios). Neste relatório, o CEA salienta o facto de actualmente as seguradoras europeias já disponibilizarem coberturas contra riscos da natureza. Nos mercados em que essas coberturas existem, a sua combinação com requisitos de prevenção constitui uma medida eficaz de adaptação às alterações climáticas. 6» Associação Portuguesa de Seguradores

notícias José Pedro Coelho No entanto, constata-se que, para fazer face a essas alterações, é cada vez mais difícil desenvolver soluções economicamente viáveis baseadas exclusivamente na actividade seguradora. De forma a tornar seguráveis os riscos de natureza, o sector segurador e o Estado deveriam estreitar a sua colaboração, de forma a reduzir o peso financeiro que recairá sobre ambos, em benefício dos consumidores....e promover a segurabilidade dos riscos Na opinião do CEA, as parcerias público-privadas podem ajudar a concretizar ou a melhorar as condições de segurabilidade, permitindo assim disponibilizar coberturas a preços razoáveis. Para além disso, estas parcerias poderão potenciar trocas de informação e partilha de dados, que ajudarão a compreender melhor os efeitos das alterações climáticas no nosso planeta e conduzirão à identificação de medidas tendentes à redução dos riscos e à adaptação a novos cenários. Melhorar as condições de segurabilidade através de parcerias público-privadas será benéfico para todos os intervenientes. Ao financiarem as potenciais perdas económicas antes mesmo da própria ocorrência das catástrofes, as soluções de índole seguradora apresentam vantagens, quando comparadas com soluções baseadas na atribuição de subsídios públicos ou estatais após os acontecimentos, nomeadamente:» as soluções seguradoras reduzem o fardo a suportar pelos cofres públicos, num momento em que as finanças públicas europeias já se encontram sob pressão, devido a outros desenvolvimentos, como sejam os desafios demográficos;» os seguros providenciam antecipadamente os fundos necessários para cobrir potenciais perdas, podendo, por isso, ser repostas mais rapidamente do que através de fundos mobilizados só depois da ocorrência de uma catástrofe natural. As seguradoras possuem a capacidade e a experiência para regularizarem os sinistros de forma eficiente;» o avanço dos fundos para fazer face a potenciais perdas causadas por catástrofes naturais representa um forte incentivo à redução do risco, visto estar intimamente associado à implementação de medidas de prevenção, condição básica para a disponibilização das coberturas de seguro. Por estas razões, os seguradores europeus apoiam activamente as parcerias público- -privadas que conduzam à adopção de medidas de prevenção e à melhoria das condições de segurabilidade dos riscos da natureza decorrentes das alterações climáticas. Um quadro legal sólido e coerente Iniciativas do mercado segurador europeu O CEA reconhece que, em virtude das diferenças existentes entre os diversos países da União Europeia no que diz respeito ao tipo de riscos a que se encontram mais expostos e às capacidades dos respectivos mercados seguradores nacionais, não existe uma solução global para tratar o problema do aumento do número de catástrofes naturais na Europa em consequência das alterações climáticas. Para além disso, em todos os Estados-Membros, o nível do financiamento da protecção contra os riscos catastróficos encontra-se muito abaixo daquilo que se poderia considerar como o óptimo, essencialmente devido à fraca procura de seguros e ao fenómeno da anti-selecção (apenas se seguram os bens mais expostos ao risco). O expectável crescimento do número de catástrofes naturais poderá vir a aumentar as discrepâncias económicas entre os Estados-Membros. É por este motivo que o CEA recomenda que os governos nacionais tomem as medidas adequadas para reduzir os riscos, tendo em atenção os aspectos transfronteiriços da aplicação (ou não) dessas mesmas medidas. O CEA apoia também as iniciativas levadas a cabo por cada Estado- -Membro, tendentes ao estabelecimento de um quadro legal coerente para tratar dos efeitos das catástrofes naturais. Esse quadro legal deveria encorajar os agentes económicos a interessarem-se mais pelas soluções de mercado mais apropriadas e limitar a intervenção do Estado ao papel de ressegurador de última instância. Nesse quadro, seria essencial a contratação das coberturas de seguro por iniciativa própria, ficando a intervenção do Estado ou da União Europeia reservada para as situações em que os prejuízos dos desastres naturais excedessem determinados patamares/montantes previamente definidos. Contudo, conclui o CEA neste seu relatório, as forças de mercado não conseguirão por si só encontrar a resposta necessária para enfrentar os sérios riscos que as alterações climáticas lhes colocam. Os governos nacionais têm um papel relevante na criação de um quadro políticolegal transparente e coerente, de forma a orientar a efectiva adaptação das pessoas e das empresas a um futuro seguramente diferente. Neste caso, e apesar da adaptação ser um desafio global, serão necessárias soluções locais. Associação Portuguesa de Seguradores «7

notícias MELHORES SEGURADORAS DO ANO Não Vida A Ocidental Seguros foi distinguida com o prémio Melhor Seguradora Não Vida 26, atribuído pela revista Exame. O prémio reconhece o desempenho da Ocidental Seguros no mercado em que opera, medido pela taxa de crescimento do volume de prémios, e os seus indicadores económico-financeiros, que traduzem a solidez, a eficiência e a rentabilidade da Companhia. O mercado de seguros Não Vida em Portugal é um mercado maduro e muito competitivo, assente maioritariamente na distribuição através de canais tradicionais (agentes e corretores). O facto de a Ocidental Seguros, Companhia de bancassurance que distribui através do Millennium bcp, ter sido distinguida reveste-se, pois, de uma relevância acrescida. A evolução muito positiva dos indicadores utilizados na avaliação que conduziu ao reconhecimento da Ocidental Seguros como Melhor Segura Não Vida 26 é a tradução natural das fortes apostas estratégicas no cross selling com a base de Clientes do Millennium bcp, na inovação de produtos e na excelência do serviço, na eficiência operativa e no reforço da solidez financeira da Companhia. Este galardão surge também como corolário da rigorosa gestão do risco e do capital que caracterizam a Companhia. A Ocidental Seguros processou em 26 um volume total de prémios de M65, mais 2% que em 25, num mercado que registou um crescimento de apenas,2% nesse período. A taxa de sinistralidade fixou-se em 48% e custos administrativos ficaram-se pelos 6% dos prémios. O resultado líquido atingiu os M 9. Vida A Açoreana, seguradora integrada no grupo Banif, foi considerada a Melhor seguradora Vida 26 em Portugal, pela revista Exame. A Açoreana, seguradora integrada no Grupo Banif, foi considerada a Melhor Seguradora Ramo Vida em Portugal, pela revista Exame. Depois de ter sido distinguida, por quatro vezes nos últimos cinco anos, a Açoreana recuperou, em 27, o Prémio Exame para a Melhor Seguradora Ramo Vida, em resultado da classificação atribuída por esta revista com a Deloitte&Touche e a Dun&Bradstreet. Baseado na análise dos resultados e indicadores relativos ao exercício de 26, este prémio veio distinguir o desempenho da Açoreana, num ano em que a Companhia registou um lucro líquido de 7,6 milhões de euros e um cash flow de 27,7 milhões de euros, e reforçou a sua quota global de mercado de 3,8% para 4,%, afirmando-se em termos de ranking como a 7ª Seguradora a nível global, refere a mesma fonte. 8» Associação Portuguesa de Seguradores

notícias DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DAS COMUNIDADES RIBEIRINHAS DEU O MOTE PARA O 3º ENCONTRO MÚTUA Integrado nas comemorações do Dia Nacional do Mar, a Mútua dos Pescadores promoveu, no passado dia de Novembro, no Cine-Teatro João Mota, em Sesimbra, o seu 3º Encontro Nacional sob o tema O desenvolvimento sustentável das comunidades ribeirinhas, O Encontro foi, este ano, organizado em parceria com o Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações (SOCIUS) do ISEG e com a Câmara Municipal de Sesimbra. GROUPAMA ENTRA NO MERCADO ROMENO Compra da seguradora BT Asigurari insere-se na estratégia de desenvolvimento do Grupo O Grupo Groupama, um dos principais grupos seguradores europeus, passa a marcar presença na Roménia ao adquirir a seguradora BT Asigurari à Banca Transilvania, a 5ª instituição bancária daquele país. Seguros Esta aquisição enquadra-se no plano estratégico de desenvolvimento da Groupama que ambiciona ser um dos líderes na área dos seguros na Europa, estando por isso a apostar em mercados localizados na Europa Central, de Leste e do Sul. OK! TELESEGURO LANÇOU NOVO CONCEITO DE ATENDIMENTO NO PORTO A OK! TeleSeguro, seguradora para os canais directos do Grupo Caixa Geral de Depósitos, abriu em Setembro passado a primeira Flagship Store na cidade do Porto, o Lounge OK! TeleSeguro. O principal objectivo é aproximar a marca e a sua experiência dos consumidores da Zona Norte, aumentando a sua base de clientes que, a nível nacional, ultrapassa já os 4 mil. A OK! TeleSeguro lançou este novo conceito como forma de aumentar a sua taxa de penetração na Zona Norte do país. A par deste projecto, a OK! TeleSeguro está a criar nesta infraestrutura um Call Center que possibilita o Back up à unidade instalada em Lisboa e que pode atingir 3 colaboradores. Com este novo espaço pretende-se criar um ponto de atendimento que permita aos clientes terem uma referência na relação presencial com a seguradora, não descurando os seus canais core, a internet e o telefone. O Lounge OK! TeleSeguro oferece ainda, aos não clientes, um espaço descontraído para que seja estabelecido um contacto inicial com a companhia, fazer simulações, esclarecer dúvidas, etc. Esta oferta é feita num ambiente agradável, enquanto se folheia uma revista, se navega na Internet ou se bebe um café. Este espaço é caracterizado por ser moderno, onde as novas tecnologias ocupam um lugar de destaque. A seguradora pretende criar uma abordagem inovadora na relação com o cliente, envolvendo os seus profissionais numa interacção cordial onde a ausência de barreiras se destaca dos conceitos tradicionais de atendimento. O novo espaço oferece ainda postos de self service com acesso à Internet, plasmas com animação 3D, Touchscreen interactivo, e uma decoração inovadora para um espaço único. Associação Portuguesa de Seguradores «9

notícias LISBOA MÁGICA STREET MAGIC WORLD FESTIVAL Enorme êxito garante a terceira edição de Lisboa Mágica! O Street Magic World Festival fez sonhar mais de 3. espectadores! Face ao enorme êxito obtido em cada uma das 74 representações que, de 28 de Agosto a 2 de Setembro, no âmbito do LISBOA MÁGICA Street Magic World Festival, aconteceram em onze palcos naturais da baixa de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa e a Companhia de Seguros Allianz Portugal, na qualidade de patrocinador exclusivo, já determinaram a realização da 3ª Edição do certame. Assim, Lisboa voltará a receber o Street Magic World Festival, em 28, de 26 a 3 de Agosto. A criação e produção do evento continuará a ser da responsabilidade da Luis de Matos Produções, Lda., assumindo o mágico português a direcção artística do mesmo. O balanço da edição deste ano não deixou margem para dúvidas e contou com mais de 3. espectadores que, na grande maioria dos casos, já se encontravam nos locais e horas marcadas no programa, antecedendo a chegada dos próprios artistas. No último dia, todos os espectáculos decorreram no Terreiro do Paço. Apesar do imenso calor sentido e da inexistência de qualquer sombra, milhares de pessoas permaneceram no local assistindo ao espectáculo que, em contínuo, decorreu entre as horas da manhã e as 9 horas da noite. Foi durante essa quente tarde de Domingo, que os responsáveis da Companhia de Seguros Allianz Portugal e o Senhor Presidente da Câmara de Lisboa, Dr. António Costa, manifestaram junto do mágico Luis de Matos a clara vontade e a mais firme determinação em anunciar desde já a 3ª Edição do festival LISBOA MÁGICA. De 26 a 3 de Agosto de 28, o 3º Festival Mundial de Magia de Rua acontece em Lisboa!» Associação Portuguesa de Seguradores

notícias Imagem actual da Extranet Imagem actual do Portal Institucional Imagem actual da Biblioteca NOVO PORTAL APS E EXTRANET Alguns meses após o lançamento do novo Portal Institucional da APS, da Academia Portuguesa de Seguros e da Extranet, e depois de analisados os números de acessos diários extraídos do sistema de monitorização da plataforma, podemos concluir que a solução adoptada se revelou adequada às necessidades internas, bem como na relação com os seus Associados. As Seguradoras encontram nestes novos Portais veículos privilegiados de interacção com a APS, podendo aceder rapidamente a um leque alargado de informações. Após o período que mediou entre o lançamento desta solução até à presente data, verificou-se a necessidade de proceder a alguns ajustamentos, estando por isso a APS a iniciar uma nova etapa de evolução onde irão ser introduzidas alterações/melhorias para o desempenho efectivo da solução. WEB SCREEN VIEWS IN THE LAST 6 5 4 3 2 285 563 Estas evoluções serão sentidas na sua maioria na estrutura da Extranet e na Intranet que será definitivamente lançada já numa versão mais evoluída com funcionalidades acrescidas em relação a versão original. 4623 236 2/ 3/ 4/ 5/ 6/ 7/ 8/ 35 CONFERÊNCIA ANUAL DA IAIFA Realizou-se em Lisboa, nos dias e de Setembro, a Conferência Anual da IAIFA International Association of Insurance Fraud Agencies. A IAIFA tem como missão criar e manter uma organização internacional que trate, a nível global, os temas da fraude nos seguros e do crime financeiro na actividade seguradora. Os objectivos desta associação são coordenar os esforços, a formação e a instrução de forças policiais, organismos governamentais e indústria seguradora, de forma a tornar mais eficiente a prevenção e o combate à fraude nos seguros e ao crime financeiro em todo o mundo. A conferência contou com a participação de oradores estrangeiros e nacionais que abordaram vários temas, entre os quais as implicações económicas e sociais da fraude no sector segurador, a contribuição das entidades de supervisão para a prevenção e o combate à fraude e a importância do desenvolvimento da cooperação entre as autoridades policiais e a actividade seguradora neste âmbito. DMIF DIRECTIVA DOS MERCADOS FINANCEIROS Foi Publicado o DL 357-A/27 (DR 2, Série I, 2º Suplemento, de 3 /): que altera o Código dos Valores Mobiliários, o DL 76/95, de 26/7 (transparência nos contratos de seguro), o DL 94-B/98, de 7/4 (regime jurídico de acesso e exercício da actividade seguradora) e o DL 2/26, de 2/ (constituição e funcionamento dos fundos de pensões e das entidades gestoras de fundos de pensões). As disposições dos títulos I, VII e VIII do Código dos Valores Mobiliários aplicam-se a contratos de seguro ligados a fundos de investimento e a contratos de adesão individual a fundos de pensões abertos. Republica, em anexo, o Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo DL 486/99, de 3/, com a redacção actual. Associação Portuguesa de Seguradores «

artigo de fundo ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE SEGURADORES 25 ANOS AO SERVIÇO DAS SUAS ASSOCIADAS organizar e gerir serviços e realizar estudos de natureza técnica sempre com a missão de fortalecer uma actividade cujo papel sob o ponto de vista social e económico é crucial. A fim de dar seguimento a esta pretensão, realizouse no dia 5 de Abril de 982, no Hotel Tivoli, uma reunião preparatória onde foi mandatada uma Comissão Instaladora composta por: Ao longo da sua existência o Conselho de Direcção a APS teve três Presidentes: Ruy de Carvalho, que se manteve no cargo durante 5 mandatos, entre 982 e 997, ano em que, a seu pedido, abandonou o cargo. A presidência da APS foi, então, assumida por António Reis que desempenhou funções até 24. Actualmente, o Presidente da APS é Jaime d Almeida.» José Manuel Vilaça Carneiro» Carlos Ivens Ferraz de Mesquita» António Paiva de Andrada Reis» José Diogo Salvação No ano de 98 foram publicados dois despachos pelo Gabinete do Secretário de Estado do Tesouro, que ditaram a criação da Associação Portuguesa de Seguradores: 92/8 Reestruturação da actividade seguradora 93/8 Reestruturação dos órgãos de coordenação e fiscalização da actividade seguradora Na sequência desses despachos e considerando que o Instituto de Seguros de Portugal passou a ter apenas funções de coordenação e inspecção, muitas das tarefas anteriormente asseguradas pelo então Instituto Nacional de Seguros, deixaram de ser da sua responsabilidade. Estavam, assim, reunidas as condições necessárias para a constituição de uma entidade com características distintas, de natureza privada, que pudesse assegurar responsabilidades e funções como: a Contratação Colectiva, o Seguro de Fronteira, ACE, o Pool Atómico e Agrícola, Carta Verde e Arbitragens; Formação, incluindo a Escola de Seguros CEFOS, Publicidade e Relações Publicas, Prevenção, representação da actividade seguradora a nível nacional e internacional e diversos Grupos de Estudos de carácter Técnico. Tendo em conta estas novas circunstâncias, um grupo de companhias de seguros desenvolveu um conjunto de acções com vista à criação da Associação, por lhes parecer ser esta a forma mais adequada de acautelar a defesa dos interesses gerais da actividade seguradora e coordenar, nesse sentido, a acção das seguradoras aderentes. Procurava-se, assim, encontrar forma de representar e defender os interesses das Seguradoras, encontrar consensos e divulgar as suas posições comuns junto de quaisquer entidades, promover a cooperação entre os seguradores, contribuir para a modernização e o desenvolvimento do sector, prestar apoio técnico e fornecer a informação disponvel, Cuja primeira tarefa foi a elaboração dos estatutos da nova associação. A APS, então denominada Associação Portuguesa de Seguros, foi formalmente constituída por escritura pública de 2 de Agosto de 982, com publicação no Diário da República III Série - nº 29 de 9 de Setembro de 982. As 2 empresas fundadoras da APS foram:» Açoreana» Aliança Seguradora» Bonança» Companhia Portuguesa de Resseguos» Cosec» Fidelidade» Garantia» Gan Incendie Accidents» Gan Vie» Império» Mundial Confi ança» Mútua dos Armadores da Pesca da Sardinha» Mútua dos Armadores da Pesca do Arrasto» Mútua dos Navios Bacalhoeiros» Mútua dos Pescadores» Pearl» Royal» Social» Trabalho» Tranquilidade A actual designação Associação Portuguesa de Seguradores, decorreu de uma remodelação dos estatutos entretanto ocorrida, realizada com a escritura celebrada em 25 de Março de 985, na qual se assinala, igualmente, a transformação em Associação Patronal. O extracto desta escritura foi publicado no Diário da República III Série nº 92, de 2 de Abril de 985. As 7 empresas que integram actualmente a APS representam cerca de 99% do total de prémios do mercado e dos efectivos totais da actividade seguradora. A APS mantém contactos com congéneres e organizações internacionais relacionadas com seguros, com destaque para o Comité Européen des Assurances e ainda com OCDE (Comité de Seguros), Association de Genève, Council of Bureaux (Carta Verde) e IUMI ( International Union of Marine Insurance) International Insurance Society, IAIFA (International Association of Insurance Fraud Agencies), PIA (Presse Internationale des Assurances) e AIDA (Associação Internacional do Direito de Seguros). A APS assinala no corrente o ano seu 25º aniversário. 2» Associação Portuguesa de Seguradores

artigo de fundo NO ÂMBITO DOS SEUS 25 ANOS A APS LANÇOU CAMPANHA INSTITUCIONAL A Associação Portuguesa de Seguradores promoveu uma campanha institucional para dar a conhecer o sector segurador, procurando sublinhar a importância da actividade seguradora e o seu papel na economia e na sociedade, contribuindo para um desejável equilíbrio social e assegurando estabilidade económica às empresas e às famílias, potenciando ainda o investimento em inovação e no desenvolvimento e progresso do nosso país. A campanha, da autoria da Y&R Redcell, abordou os temas do seguro automóvel, dos seguros de acidente de trabalho, dos seguros de saúde e de reforma. Esta campanha desenvolveu-se no âmbito das açcões comemorativas do 25º aniversário e decorreu entre 5 de Setembro e 5 de Outubro em rádio, televisão e imprensa. Foi ainda elaborado um filme com cerca de dois minutos e trinta, mais abrangente, que está disponível no site da APS e poderá ser utilizado pela Associação e pelas Seguradoras suas associadas. Associação Portuguesa de Seguradores «3

artigo de fundo Fernando Dias Nogueira_Presidente do ISP ANOS DE SUPERVISÃO DE SEGUROS EM PORTUGAL O sector segurador e de fundos de pensões desempenha hoje em dia um importante papel na economia nacional e na protecção social dos portugueses, contribuindo ainda de forma decisiva para a estabilidade dos mercados de capitais e consequente incremento dos índices de confiança dos diferentes agentes económicos. Pela segurança adicional que introduz na actividade económica, ao cobrir os riscos a ela associados, o sector segurador potencia ainda a inovação e o desenvolvimento económico, para além de contribuir para a promoção da eficiência económica, ao permitir uma maior optimização da utilização dos capitais. Em função deste papel extremamente relevante, o sector segurador tem merecido uma atenção especial sob o ponto de vista das políticas públicas de regulação. As origens da actividade de supervisão de seguros em Portugal remontam a 97, com a criação do Conselho de Seguros, organismo com funções de fiscalização e coordenação da actividade seguradora. Posteriormente, verificaram-se vários desenvolvimentos importantes, que culminaram na criação do actual Instituto de Seguros de Portugal em 982. Nas últimas décadas, o mercado segurador português tem vindo a enfrentar períodos de significativas mudanças estruturais, enquadráveis na evolução da economia nacional e nas evoluções internacionais, aos quais tem sabido adaptar-se. Importa citar, por exemplo, a consolidação e reestruturação profundas do sector financeiro nacional, a crescente globalização dos mercados financeiros, os desenvolvimentos tecnológicos, a evolução dos factores demográficos, as mutações no mercado de trabalho e o incremento do nível de exigência por parte dos consumidores. Dada a sua relevância, destacam-se, em particular, a alteração das políticas económicas e sociais, a significativa modificação no peso da iniciativa privada na economia, bem como as mudanças estruturais resultantes da entrada de Portugal na União Europeia e do estabelecimento do mercado único europeu, que trouxeram um significativo aumento da concorrência e das oportunidades de negócio. Posteriormente, a criação da moeda única europeia, ao facilitar as operações transfronteiriças, colocou pressões acrescidas em matéria de competitividade das empresas portuguesas e conduziu a mudanças significativas nas políticas de investimento. A actividade de supervisão de seguros em Portugal tem, ao longo do tempo, acompanhado todas estas tendências, evidenciado um elevado grau de flexibilidade, preparação e adaptação às novas condições de mercado. Em termos de políticas de regulação, regista- -se hoje, a nível global, uma clara tendência de liberalização dos mercados. Cada vez mais, a actividade de supervisão tende a basear-se em princípios, transmitindo maior liberdade para os operadores de mercado investirem na inovação e na diferenciação dos seus produtos, ao mesmo tempo que lhes é exigida uma maior capacidade de gestão, maior qualidade de recursos e 4» Associação Portuguesa de Seguradores

artigo de fundo elevados padrões de controlo interno, governação e conduta de mercado. Tal contrasta com algumas práticas de regulação do passado que, face a um ambiente de mercado com menores níveis de especialização e de desenvolvimento tecnológico, em grande medida devido a capacidades de computação bastante mais limitadas, se concentravam numa óptica mais reactiva e na definição de um conjunto de regras mais ou menos detalhadas que limitavam o desenho, a tarifação e a diferenciação dos produtos, bem como a liberdade de investimento. oportunidades de negócio e para a melhoria das práticas de gestão correntes. De facto, importa estar preparado desde já para o Solvência II, pois esperam se significativas vantagens competitivas para as empresas que melhor o fizerem. O elevado grau de importância dos serviços financeiros na economia global, bem como a existência de importantes assimetrias de informação entre os consumidores e os prestadores de serviços continuam a justificar a manutenção de mecanismos de regulação e supervisão, em particular no sector segurador e de fundos de pensões. A supervisão de seguros em Portugal tem, ao longo do tempo, evidenciado um elevado grau de flexibilidade, preparação e adaptação às novas condições de mercado. Perante esta complexidade, exige-se cada vez mais às empresas que disponham de mecanismos de gestão de riscos adequados e suficientes, para que possam, em consonância com a respectiva estratégia de negócio, identificar atempadamente os riscos em que incorrem e aproveitar as oportunidades criadas pelos instrumentos financeiros disponíveis no mercado e pelas mais recentes e inovadoras técnicas de gestão e mitigação de riscos. Às autoridades de supervisão exige-se que regulem e supervisionem eficientemente, por forma a contribuírem para a estabilidade e solidez financeira do mercado e para uma transparência acrescida do mesmo, de modo a salvaguardar o interesse dos consumidores de produtos financeiros. É este caminho que o Instituto de Seguros de Portugal continuará a trilhar, procurando sempre perspectivar o passado mas, sobretudo, actuar no presente por forma a antecipar o futuro. Encontramo-nos actualmente numa fase de transição e de preparação para o Solvência II, o novo regime de solvência do sector segurador europeu que vai alterar profundamente o panorama da regulação e da supervisão e influenciar decisivamente as políticas de gestão do negócio segurador. Este novo regime de solvência, cuja entrada em vigor está prevista para 22, vai assentar numa óptica de avaliação de riscos prospectiva, com maior liberdade para a inovação e desenvolvimento tecnológico, mas também com maiores exigências sobre os processos de gestão, com o objectivo central de promoção de uma cultura de percepção do risco nas várias funções da empresa. No entanto, o Solvência II não deve ser visto meramente como um exercício de compliance, mas antes, deve ser encarado de uma forma positiva, como uma porta aberta para novas O projecto Solvência II deve ser encarado de uma forma positiva, como uma porta aberta para novas oportunidades de negócio e para a melhoria das práticas de gestão correntes. Com efeito, a globalização dos mercados financeiros e a inovação ao nível dos produtos e das técnicas de gestão têm-se traduzido num nível de complexidade acrescido, quer para os operadores e para as autoridades de supervisão, quer para os consumidores. Associação Portuguesa de Seguradores «5

artigo de fundo FRAUDE UM ASSUNTO QUE A TODOS DIZ RESPEITO! A Boa Fé é uma característica fundamental do contrato de seguro, na medida em que a relação entre segurado e Seguradora se baseia na mútua confiança. Quando essa se quebra, fica o caminho aberto para a fraude. Mas em que consiste a fraude aos seguros? É toda a acção ou omissão voluntária de qualquer dos intervenientes na celebração de contrato de seguro ou num processo de sinistro, tendente a levar a Companhia a cobrar um prémio inferior ao devido e/ou pagar importâncias que não devia, com o objectivo de conseguir ou potenciar benefícios ilegítimos, próprios ou alheios. Tal conceito tem, pois, por base três elementos essenciais: i) uma infracção dos princípios consignados na apólice ou na Lei; ii) uma atitude de má-fé de modo a induzir a Companhia a cobrar um prémio inferior ao devido ou a efectuar pagamentos que, em circunstâncias que não envolvessem fraude, não seriam efectuados; iii) a intenção de conseguir, através de acção ou omissão voluntárias, um enriquecimento indevido. Ora se o benefício económico ilegítimo se assume como o elemento com maior impacto, em boa verdade, a má-fé é o elemento que nos permite distinguir os casos de fraude dentro de todas as situações que conduzem à exclusão de pagamentos por parte das Seguradoras. Porém nem sempre essa distinção é clara e por isso, as Seguradoras devem adoptar uma atitude preventiva, esclarecendo devidamente o cliente acerca das razões pelas quais não irá liquidar o valor pretendido pelo cliente em caso de sinistro, ou terá reajustar o valor do prémio quando a irregularidade se detecta na contratação. Quando se fala na fraude aos seguros, regra geral essa é associada ao sinistro, contudo este não é o único canal de obtenção de benefícios ilegítimos no sistema segurador. Na verdade existe um tipo de fraude pouco valorizado mas com impacto financeiro que é a fraude na contratação. Alda Correia Responsável pela Unidade Especial de Investigação da Liberty Seguros Membro da Comissão Técnica Fraude da APS De cada vez que se ocultam factos na contratação com vista à redução do prémio de seguro (por exemplo o número real de trabalhadores no caso do seguro de AT prémio variável) ou elementos que pudessem influir na aceitação do contrato (características do local de risco) a Seguradora terá necessariamente um prejuízo económico já que o prémio cobrado é inferior ao adequado. A fraude aos seguros é por isso um conceito genérico que abarca diferentes situações e acima de tudo comportamentos que respeitam os três elementos acima identificados. Em termos legais, não se encontra tipificado o crime de fraude aos seguros, sendo a actividade dos seus autores enquadrada em um ou mais tipos de crime como a burla simples, burla aos seguros, burla qualificada, simulação de crime, falsificação de documento, entre outros. Esta diversidade de crimes, demonstra claramente a versatilidade da fraude, a constante transformação/adaptação a novas circunstâncias dependendo da imaginação, oportunidade e engenho dos seus autores. Mas o que leva alguém a cometer fraude aos seguros? E quem comete fraude? O contexto socio-económico em que cada individuo se encontra integrado é, sem dúvida, fundamental. Numa altura em que a crise económica atinge de forma violenta uma sociedade, as pessoas acabam por arriscar o tudo por tudo e recorrem a comportamentos incorrectos para obter o financiamento que necessitam, seja para reparar o seu veículo danificado, seja para ir de férias ou mesmo obter um tratamento médico que necessita. As Seguradoras acabam por ser assim um alvo fácil, até porque reina um sentimento de impunidade que convida mesmo os mais receosos a tentar afinal o que lhe pode acontecer? A Seguradora recusar o pagamento e quando muito anular a apólice? É pouco face ao prejuízo que tem do outro lado! No mundo ideal, o cidadão recusar-se-ia a defraudar uma Seguradora não pelo receio de ser apanhado mas porque está incorrecto. Seria pois uma questão de integridade e não de reputação. No mundo actual, as Seguradoras acabam por ter de apresentar queixas-crime dos casos detectados de forma a reduzir esse sentimento de impunidade e simultaneamente adoptar uma atitude transparente para com os seus clientes e sensibilizadora do impacto da fraude aos seguros no cidadão comum. Esta é aliás uma mudança fundamental na forma como as Seguradoras encaram o problema da Fraude, já que a inexistência de controlo eficiente por parte das Seguradoras e o conhecimento profundo dos mecanismos e procedimentos das Seguradoras, acabam por ser algumas das razões que levam alguém a cometer fraude. Daí que quando nos referimos a autores de fraude não se possa falar em classes sociais, zonas geográficas ou outros conceitos mais ou menos delimitadores. Na realidade a fraude é transver- 6» Associação Portuguesa de Seguradores

artigo de fundo Naturalmente que o objectivo final é muitas vezes obter uma indemnização em virtude de um sinistro participado. Mas se esse filtro for feito logo à partida, no momento da contratação os custos serão necessariamente inferiores (nulos) já que em caso de sinistro muitas vezes existe a consciência de que se trata de fraude, mas não a prova da mesma, por se ter facilitado algum procedimento na contratação ou no processo de regularização do sinistro. Regra geral, as fraudes mais frequentes no sinistro são:» enquadramento do sinistro nas coberturas da apólice (por exemplo, através da alteração de intervenientes, local, data ou circunstâncias);» sinistros fictícios ou simulados e planeados;» aproveitamento de danos. sal, pode ir desde o cliente ao funcionário da Seguradora, passando por intervenientes do sinistro, médicos, oficinas, reparadores em geral, peritos, agentes, etc Podemos contudo tentar traçar o perfil do defraudador e entre muitas outras definições encontramos três tipos fundamentais:» OPORTUNISTA OU INFLACIONISTA - tenta tirar vantagem do sinistro exagerando os danos, com o intuito de obter um valor mais alto de indemnização» PROFISSIONAL - actua por norma sozinho, procura acordo com gestor de sinistro com o intuito de evitar o recurso ao Tribunal, aceitando acordos bastante inferiores ao reclamado» ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA - grupos organizados que se dedicam a actividades ilegais, envolvendo esquemas de fraude não só a Seguradoras. Se durante muito tempo se pensou que o defraudador português se enquadraria no conceito de oportunista ou inflacionista e se tolerou de forma mais ou menos consciente esta fraude justificando sempre com a má imagem que a sociedade portuguesa tinha das Seguradoras, hoje, temos consciência que cada vez mais encontramos casos do defraudador profissional e de associações criminosas e o seu combate já não pode ser feito de forma empírica e voluntariosa! O combate à fraude assume-se por isso como uma preocupação comum a todas as Seguradoras no mercado, as quais, conscientes desta evolução da fraude se preocupam não só em punir a fraude mas sobretudo evitá-la através de acções de prevenção. AUMENTO SINISTRALIDADE FRAUDES SUBSCRIÇÃO / EMISSÃO / ALTERAÇÃO DA APÓLICE AUMENTO DO PRÉMIO SAÍDA DE SEGURADOS Acções essas que começam desde logo na contratação e se estendem até à regularização do sinistro. É preciso conhecer para combater pelo que a formação de todos os elementos que participam no processo de um contrato de seguro é fundamental! Quantas vezes são os agentes de seguros enganados por clientes que aproveitando-se da credibilidade que possam ter junto deste, ocultam elementos que agravam o risco, sinistros anteriores, tentam contratar seguros para bens que não existem de facto? Combater a fraude aos Seguros de forma profissional e eficiente, rentabilizando o investimento que se faz para a sua detecção não se resume à detecção desta. É preciso mais e respeitar algumas regras básicas como:» fechar a porta que permitiu a entrada da fraude, revendo os procedimentos;» só podemos combater aquilo que conhecemos registar os dados de fraude para que se possa conhecer quem, o quê, onde e quando se pratica fraude na carteira da nossa Seguradora;» no caso de Automóvel, inserir informação de fraude no sistema que alimenta a Segurnet;» apresentar queixa-crime nos casos graves e garantir a devida publicidade a condenações judiciais;» comunicar às autoridades de supervisão sempre que envolva alguém cuja profissão obriga a um especial dever de honestidade (ex. elementos de forças policiais, agentes de seguros, etc..);» formar, formar e formar toda a Seguradora, fornececendo informação actualizada de novos modus operandi. Por fim, sensibilizar a opinião pública para o problema da fraude, demonstrando claramente que no final, quem sai a perder é sempre o cidadão que paga o seu prémio de seguro e o vê agravado devido ao impacto da fraude na carteira das seguradoras. Estima-se que a 5% dos prémios são agravados devido ao custo da Fraude. Já imaginaram o que podiam fazer com esse dinheiro? Associação Portuguesa de Seguradores «7

actividade seguradora EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DE SEGURO DIRECTO JANEIRO A SETEMBRO (VALORES ACUMULADOS) PRÉMIOS DE SEGURO DIRECTO U» mil milhões de euros Em Setembro deste ano, o volume acumulado de prémios de seguro directo ascendia, para uma amostra de 98,7% do mercado, a 9.79 milhões de euros, registando uma taxa de crescimento de 3,3% face ao período homólogo de 26. O segmento Vida atingiu, para uma amostra de 99%, uma produção total de 6.48 milhões de euros, apresentando um nível de crescimento superior (5,%), tendo sido os produtos de perfil financeiro aqueles que mais contribuíram para esta evolução. Esta taxa de crescimento é superior às que têm sido observadas no período em análise, o que pode ser indiciador de uma alteração de atitude por parte dos indivíduos. Neste período, o cenário evolutivo dos PPR não tem sido dos mais favoráveis, já que têm apresentado taxas de crescimento negativas, embora com uma ligeira tendência de recuperação (em Janeiro a variação era de -44,8% e em Setembro é de -8,7%). Esta recuperação é explicada especialmente pelo crescimento dos Planos de Poupança Reforma ligados a fundos de investimento, cujas taxas foram positivas a partir de Junho passado (em Setembro, o seu valor era de 2,4%). PRÉMIOS DE SEGURO DIRECTO - VIDA 4,5 4, 3,5 3, 2,5 2,,5,,5, U» mil milhões de euros PRÉMIOS DE SEGURO DIRECTO - NÃO VIDA 2,,5,» 26»27,5, U» mil milhões de euros» 26»27 8» Associação Portuguesa de Seguradores

actividade seguradora TAXAS DE CRESCIMENTO MENSAIS % 5% 5, % -5% 2,6,6-3,4 2,4 2,7 2,3 2,4 2,4 2,4 2,,6,3,5,5,6,6,2 -,7 -,5,5,6-2,3,5-2,9-3,6-4,7-5,3-5,7 3,3 2, -, -7,3-9, -8,2 -% -3,9-5% Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro U» mil milhões de euros» Vida» Total» Não Vida» Taxa de inflação Relativamente ao segmento Não Vida, no seu geral, tem apresentado taxas de crescimento estacionárias - apesar de ter sido negativa no mês de Setembro (-,%), registando, os montantes de prémios de seguro directo, valores próximos de.894 milhões de euros, neste início do último trimestre do ano. Constata-se que no mês de Setembro, os ramos com maior importância neste segmento - Automóvel, Acidentes de Trabalho e Riscos Múltiplos, que representam 54%, 8% e 3%, respectivamente - continuam a influenciar fortemente o seu comportamento. A queda do volume de produção de seguros no ramo Automóvel é notória dado que os seus montantes passaram de.56 milhões de euros, em Setembro de 26, para.469 milhões de euros, no período homólogo em 27. Quanto aos ramos que continuam a apresentar valores positivos, destacam-se o ramo Doença (+ 8,2%), o de Responsabilidade Civil Geral (+7,%) e o de Seguro de Crédito (2,2%). Dado os riscos que abrange, nomeadamente o de insolvência e o de crédito hipotecário, pode-se constatar que o crescimento deste último ramo não está indiferente à necessidade de estabilidade das empresas portuguesas no actual cenário económico. Com o comportamento do ramo Vida, a evolução da actividade ao longo do ano, em termos de taxas de crescimento homólogas, começa a assinalar uma ligeira recuperação. Associação Portuguesa de Seguradores «9

serviços aps DADOS ATÉ 3 DE SETEMBRO FNM» FICHEIRO NACIONAL DE MATRÍCULAS Nº DE MATRÍCULAS EM VIGOR POR ANO DE ABERTURA DAS APÓLICES Ano Nº Matrículas Freq.Relat. Freq.Absol. 27.2.87 7,9% 7,9% 26..77 7,7% 35,5% 25 83.295 2,8% 48,3% 24 724.249,5% 59,8% 23 443.773 7,% 66,9% 22 48.538 6,7% 73,6% 2 298.34 4,7% 78,3% 2 264.97 4,2% 82,5% [99;999] 787.63 2,5% 95,% [98;989] 22.96 3,4% 98,4% [97;979] 79.49,3% 99,7% [96;969] 6.659,3%,% [95;959] 546,%,% [94;949] 564,%,% <94,%,% Total 6.284.876 Total [94;27] 6.284.876,% Ano Médio 22 Nº DE MATRÍCULAS EM VIGOR Categoria ISP Nº Matrículas Estrutura CICLOMOTOR 33.73 5,3% MOTOCICLO 78.25 2,8% LIGEIRO (particular) 4.545.2 72,2% MISTO 45.74 6,4% PESADO (caminheta, camião, autocarro e articulados) 386.247 6,% Restantes 445.866 7,% Total 6.29.92,% Nº DE MATRÍCULAS DE APÓLICES NOVAS POR ANO Ano Nº Matrículas 27.28.58 26.657.675 25.694.47 Total 4.633.726 CRS» CONVENÇÃO DE REGULARIZAÇÃO DE SINISTROS Danos Próprios Acidentes de Trabalho 26 Abertos 27 Abertos Δ% Encerrados* 26 Abertos 27 Abertos Δ% Encerrados* Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Total 5 62 83 3 33 8 5 7 99 97.25 2 89 2 87 59 89 92 65 5.8-2% 44% -39% -33% 2% -25% -2% -% 67% 8% 6 2 2 3 79 4 7 88 5 68 983 7 4 6 6 7 7 5 6 7 66 8 5 4 4 5 5 3 35 4% 25% -33% -% -64% -29% -29% -% -5% -86% 9 6 3 5 6 5 6 2 44 Despesas Hospitalares IDS Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Total 26 Abertos 2 2 5 27 Abertos Δ% Encerrados* 3 7 3 2 7 26 Abertos 2 4 27 Abertos Δ% Encerrados* 5 2 2 6 * Processos encerrados independentemente do ano em que foram abertos 2» Associação Portuguesa de Seguradores