PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO AMAZONAS. RECURSO ELEITORAL N CLASSE 30 6 a ZONA ELEITORAL - MANACAPURU



Documentos relacionados
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 4ª REGIÃO

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DA BAHIA

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE SÃO PAULO ACÓRDÃO RECURSO ELEITORAL N CLASSE N 30 - PRAIA GRANDE - SÃO PAULO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL NO RIO GRANDE DO SUL

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL Nº 8785/2004 CLASSE II COMARCA DE SINOP APELANTE: BRASIL TELECOM S. A.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 10ª Câmara de Direito Privado

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) ELEITORAL RELATOR(A), EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL PARECER

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DESEMB - FÁBIO CLEM DE OLIVEIRA 12 de junho de 2012

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS Gabinete da Desa. Maria das Graças Pessôa Figueiredo

ACÓRDÃO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL ELEITORAL N CLASSE 32 PALMAS - TOCANTINS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 3ª REGIÃO

07ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro ( ) E M E N T A

RELATÓRIO. O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Relator Convocado):

fâl Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO AMAZONAS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

II - AÇÃO RESCISÓRIA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL NO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO AMAZONAS JUÍZO DA 37ª ZONA ELEITORAL SENTENÇA

APELAÇÃO CÍVEL DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL - SERVIÇO DE APOIO À JURISDIÇÃO AMAURI DE OLIVEIRA SALES A C Ó R D Ã O

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR CARLOS ALBERTO MENDES FORTE

Sobre o tema, já se manifestou a d. Procuradora do Estado do Rio de Janeiro, dra. RACHEL FARHI, em artigo intitulado Remuneração

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL EM MATO GROSSO

Processo no /001. ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete do Desembargador Marcos Cavalcanti de AlOquerque

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

PODER JUDICIÁRIO. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ACÓRDÃO

Autos nº Prestação de contas de campanha Eleições/2016 SENTENÇA

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores VITO GUGLIELMI (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 18 de junho de 2015.

Custas processuais à fl Contrarrazões às fls. 177/181.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO AMAZONAS

Dados Básicos. Ementa

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmo. Desembargadores SÁ DUARTE (Presidente sem voto), SÁ MOREIRA DE OLIVEIRA E EROS PICELI.

JUSTIÇA ELEITORAL TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Juizes MONICA SENISE FERREIRA DE CAMARGO (Presidente) e ANTONIO AUGUSTO GALVÃO DE FRANÇA.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESPÍRITO SANTO TERCEIRA CÂMARA CÍVEL 13/4/2009 SESSÃO EXTRAORDINÁRIA APELAÇÃO CÍVEL Nº Ementa:

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO EMENTA

JF CONVOCADO ANTONIO HENRIQUE CORREA DA SILVA em substituição ao Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO

A C Ó R D Ã O Nº (Nº CNJ: ) COMARCA DE PASSO FUNDO

ACÓRDÃO 3ª TURMA NULIDADE JULGAMENTO EXTRA PETITA É nula a sentença que julga pretensão diversa da formulada pelo Autor. Buffet Amanda Ltda.

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº ( ) DE ANÁPOLIS

PROCESSO: RTOrd

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO Gabinete do Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima

EMENTA ACÓRDÃO. Decide a Sexta Turma, por unanimidade, negar provimento à apelação. Sexta Turma do TRF da 1ª Região

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MARIA LAURA TAVARES (Presidente sem voto), NOGUEIRA DIEFENTHALER E MARCELO BERTHE.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA REGIONAL ELEITORAL EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL EMINENTE RELATOR

APELAÇÃO CÍVEL Nº RECUSA DE LIGAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA. FUNDADA NA ALEGAÇÃO DE LOTEAMENTO IRREGULAR. IMPOSSIBILIDADE.

Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS. 2ª Turma Cível. Órgão

AGRAVANTE: JILSAINE APARECIDA SOARES RELATOR: Juiz Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Guerra (Substituindo o Des.

<CABBCBAACDDCAABACDBAAADDABADCABCBACAA DDADAAAD> A C Ó R D Ã O

REPRESENTAÇÃ ÇÃO O POR DOAÇÃ. ÇÃO ACIMA LIMITE LEGAL (Artigos 23 e 81, Lei nº n 9.504/97)

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO AMAZONAS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Conselho Nacional de Justiça

EMENTA. 2. Recurso parcialmente conhecido e improvido. ACÓRDÃO

Kollemata Jurisprudência Registral e Notarial

ª

Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina ACÓRDÃO N

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

QUARTA CÂMARA CÍVEL RECURSO DE APELAÇÃO CÍVEL Nº 23079/ CLASSE II COMARCA CAPITAL

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Tribunal Regional Federal da 3ª Região

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Superior Tribunal de Justiça

Rua da Ajuda, 35 / 15 o andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: Tel.: (21) / Fax: (21)

TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS

Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO Gabinete Juiz Convocado 8 Av. Presidente Antonio Carlos, 251

APELAÇÃO CÍVEL Nº , DA 9ª VARA CÍVEL DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA.

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO EMENTA

PI juízo de admissibilidade (negativo) sentença 485, I, CPC (sem a citação).

R E L A T Ó R I O O EXMO. SR. DESEMBARGADOR FEDERAL LÁZARO

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FELIPE FERREIRA (Presidente sem voto), RENATO SARTORELLI E VIANNA COTRIM.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 23ª REGIÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº / DF

EMENTA ACÓRDÃO. Juiz Federal JORGE ANTONIO MAURIQUE Relator

Poder Judiciário da União TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

IV - APELACAO CIVEL

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GABINETE DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS

Superior Tribunal de Justiça

ACÓRDÃO. São Paulo, 12 de abril de Salles Rossi Relator Assinatura Eletrônica

ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos os autos.

ESTADO DO CEARÁ PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

A C Ó R D Ã O. O julgamento teve a participação dos Desembargadores WALTER BARONE (Presidente sem voto), JONIZE SACCHI DE OLIVEIRA E SALLES VIEIRA.

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA GAB. DESEMB - JANETE VARGAS SIMÕES 31 de maio de 2016

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

Número:

Superior Tribunal de Justiça

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Transcrição:

ACÓRDÃO N. /2015 RECURSO ELEITORAL N. 92-86.2013.6.04.0006 CLASSE 30 6 a ZONA ELEITORAL - MANACAPURU Autos: Recurso Eleitoral Doação acima do Limite Legal Pessoa Física. Recorrente: Ministério Público Eleitoral Recorrido: Jair Souza dos Santos Advogado: Eduardo Alexandre Guedes Relator: Juiz Ricardo Augusto De Sales EMENTA: ELEIÇÕES 2012. REPRESENTAÇÃO POR DOAÇÃO ACIMA DO LIMITE LEGAL DE PESSOA FÍSICA. ART. 23 DA LEI N 9.504/97. AUSÊNCIA DE PROVAS DO ALEGADO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL. PERMISSÃO DE DOAÇÃO DE ATÉ 10% DO VALOR DO LIMITE DE ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. Decide o Egrégio Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, à unanimidade e em consonância com o parecer ministerial, pelo improvimento do recurso, nos termos do voto do Relator, que fica fazendo parte integrante deste julgado. Sala das Sessões do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, em Manaus, ' de janeiro de 2015. Desembargador JOÃ MAU O BESSIk. Presidente em exercício Juiz RICARDO AUGUSTO DE S S Relator Doutor VICTe -RICCELY LINS SANTOS Procurador Regional Eleitoral Substituto

Eis. RELATÓRIO Trata-se de Recurso Eleitoral contra a r. sentença do MM. Juiz da 6a Zona Eleitoral que julgou improcedente pedido formulado pelo Ministério Público Eleitoral por ausência de provas do alegado pelo parquet. Em seu recurso, aduz o Recorrente que " além da indicação precisa dos fatos na inicial, bem como da juntada de informações da Receita Federal do Brasil de que o representado realizou doação acima dos limites legais, consta dos autos a informação de que o requerido fez doação de R$580,00 ( quinhentos e oitenta reais), em valor estimado, para o candidato Orlando Gualberto Cidade Filho, conforme pode ser comprovado por consulta ao SPCE WEB, acessível a qualquer interessado." Ressalta que o documento necessário para a propositura da Representação por excesso de doação é a informação fornecida pela Receita Federal, sendo esta prova suficiente para se julgar se houve a observância ou não do limite de doação estabelecido em lei. Por fim, requer seja o recurso recebido e provido para fins de reforma da sentença prolatada pelo Juízo a quo, julgando procedente a representação por excesso de doação de campanha. Instado a se manifestar, o Parquet atuante nesta Egrégia Corte opinou pelo conhecimento e improvimento do recurso interposto. (fls.84/88) É o relatório. 2

VOTO Estabelece o art. 23, 1, I da Lei n. 9.504/97 que as pessoas físicas poderão doar até o limite de 10% (dez por cento) do faturamento bruto do ano anterior à eleição. Pois bem, no caso em tela, a quebra de sigilo fiscal revelou que o Recorrido não apresentou declarações à Receita Federal do Brasil no ano de 2011, não informando ter auferido rendimentos no período no período ou ter realizado quaisquer doações a partidos políticos (fls. 18-23). Em primeira instância o Ministério Público Eleitoral não carreou aos autos qualquer documento que comprovasse os valores supostamente doados irregularmente pelo recorrido, razão pela qual entendeu o Juízo a quo julgar improcedente a demanda. Da detida análise dos autos, verifica-se não merecer reforma a sentença guerreada, uma vez que proferida de acordo com o ordenamento jurídico. O ônus da prova incube a quem o alega, não tendo o ministério público cumprido este mister (art. 333 do CPC). Apesar de alegar em sede recursal que teria havido doação no valor de R$580,00 (quinhentos e oitenta) reais em valor estimado ao candidato 3

Orlando Gualberto Cidade Filho, não há nenhum documento nos autos que faça menção a tal fato ou que comprove ter sido referida doação feita acima do limite legal, razão pela qual agiu com acerto o juiz sentenciante ao aduzir a ausência de provas do alegado pelo parquet. Nesse sentido é a jurisprudencia dos Tribunais Eleitorais: REPRESENTAÇÃO. EXCESSO DE DOAÇÃO DE CAMPANHA ELEITORAL. PESSOA FÍSICA. DOAÇÃO EM DINHEITO. REVELIA RELATIVA. AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA NO ANO ANTERIOR AO PLEITO. POSSIBILIDADE DE SE AFERIR O LIMITE DE DOAÇÃO COM BASE NO VALOR MÁXIMO PARA ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA. RAZOABILIDADE DO PARÂMETRO. PRECEDENTES DO TSE E DO TRE/AL. PRESUNÇÃO RELATIVA DE REGULARIDADE DA DOAÇÃO. ÔNUS DA PROVA. REPRESENTANTE. INAPLICABILIDADE DO ART. 335 DO CPC. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AO ART. 22, I DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NEGATIVA DE VIGÊNCIA AO ART. 23, 1, INCISO I, DA LEI N 9.504/97. IMPROCEDÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO. 1. Se não há elementos no caderno processual que permitam precisar qual a renda do réu, a despeito da informação de que ele é isento, deve-se considerar como limite máximo para a doação aquele estipulado para a isenção do imposto de renda. Inaplicabilidade do art. 135 do CPC. 2. O ônus de provar a irregularidade da doação de campanha eleitoral compete ao Representante. 3. Deve-se acatar a presunção relativa em favor do Representado, mormente quando o Representante não se desimcube do dever de provar o excesso de doação.

4. (...) omissis ( TRE/AL REP 85970 AL, Relator: Frederico Wildson da Silva Dantas, Data de julgamento: 08/08/2012, Data de Publicação: DJEAL Diário Eletrônico da Justiça Eleitoral de Alagoas, Tomo 155, Data 10.08.2012, Página 05) Ademais, mesmo que assim não fosse, cumpre ressaltar que ausentes nos autos qualquer documento que permita precisar o real rendimento auferido pela pessoa física no ano anterior ao pleito, deve ser considerado como parâmetro para verificação do limite de doação o teto para isenção do Imposto em vigor à data da doação. Nesse sentido o seguinte julgado: " RECURSO ELEITORAL REPRESENTAÇÃO DOAÇÃO FEITA POR PESSOA FÍSICA PARA CAMPANHA ELEITORAL- LIMITE LEGAL NÃO OBSERVÂNCIA RENDA PRESUMIDA PELO MÁXIMO DO VALOR ISENTO PARA FINS DE DECLARAÇÃO ANUAL DE AJUSTE DE RENDA MULTA MANTIDA RECURSO IMPROVIDO. Diante da ausência de declaração anual de Imposto de Renda da pessoa física, referente ao ano anterior ao pleito eleitoral, é válida a presunção de que o doador tenha auferido rendimentos no limite legal máximo para isenção da obrigação de declarar rendas ao Fisco Nacional. A doação feita por pessoa física para campanha eleitoral de quantia acima do limite de 10% dos rendimentos brutos auferidos no ano anterior ao da eleição sujeita o infrator à multa no valor de cinco a dez vezes a quantia doada em excesso." ( RECURSO DE DECISÃO DOS JUIZES ELEITORAIS n 1701, Acórdão, 17142 PEIXORTO DE AZEVEDO MT 19/08/2008.

"f RE/AM Relator(a) REANTO CESAR VIANNA GOMES, Publicação DEJE Diário Eletrônico da Justiça Eleitoral, Tomo 248, Data 25/08/2008) Nesse passo, para o ano calendário de 2011 as pessoas físicas cujo rendimento anual bruto não haja superado a R$ 23.499,15 ( vinte e três mil, quatrocentos e noventa e nove reais e quinze centavos) foram consideradas isentas do pagamento do Imposto de Renda. Dessa forma, razoável entender que era permitido ao recorrido doar até 10% desse valor, ou seja, R$2.349,91 ( dois mil, trezentos e quarenta e nove reais e noventa e um centavos). Portanto, confrontando-se o valor supostamente doado o qual sequer ficou comprovado de R$580,00 (quinhentos e oitenta reais), com o limite de isenção do Imposto de Renda pessoa física no ano de 2011, concluise que não foi ultrapassado o limite do art. 23, 1, I da Lei 9.504/97. Pelo exposto, voto, em harmonia com o parecer ministerial, pelo conhecimento e improvimento do recurso interposto pelo Ministério Público Eleitoral É como voto. cautelas de praxe. Transitado em julgado, arquivem-se os autos, com anotações e Manaus,' de janeiro de 2015. Juiz RICARDO A. DE SA CA Relator 6