São Paulo, 06 de abril de 2016. Prezados Cotistas, Segue o nosso Relatório Mensal de Investimentos de Março de 2016. Abaixo apresentamos o cenário econômico, o desempenho dos nossos fundos no período e suas respectivas tabelas de rentabilidades. CENÁRIO ECONÔMICO Como usualmente tem ocorrido, o mês de março foi fortemente marcado pelo componente político, só que desta vez, o movimento foi inverso. O ganho expressivo de força do impeachment com a desconstrução da imagem do ex-presidente Lula tanto através da condução coercitiva, quanto da liberação dos grampos que evitou que assumisse o ministério da casa civil e a saída praticamente incondicional do PMDB da base foram decisivos para aumento do apetite pelo prêmio de maior risco. Com isso, a presença de investidores estrangeiros se intensificou, o que reforçou a desvalorização do dólar, o qual fechou março com queda de 10%, enquanto o Ibovespa acumulou alta de quase 18%. Além disso, os juros futuros operaram em franca queda, dentro da perspectiva de troca de governo e melhora tanto na atividade econômica, como na inflação. Esta por sinal se beneficiou da queda forte do dólar e colecionou uma série intensa de reduções no período, as quais ainda se estendem em abril. Mesmo com o otimismo redobrado, a situação política mantém o cenário tenso para o mercado financeiro, o que não nos eximiu de manter positiva a performance de nossos fundos, aproveitando as fortes distorções do mercado. DESEMPENHO DOS FUNDOS INFINITY LOTUS FIRF O Infinity Lotus FIRF obteve retorno nominal de 1,33% em março. Diante do cenário político bastante conturbado, os preços dos ativos seguiram altamente voláteis. Houve forte queda dos juros futuros, refletindo aumento das apostas de mudança no governo federal. Alguns vencimentos de longo prazo (ex. janeiro 2025) recuaram aproximadamente 200 bp. Em meio ao cenário de elevadas incertezas, o fundo manteve suas estratégias voltadas às operações de arbitragem com baixa exposição direcional no mercado de juros futuros. Os maiores ganhos vieram justamente das estratégias com DI futuro (tanto em posições de curto prazo, quanto em vértices mais longos da estrutura a termo) e opções de IDI. Dos ativos que compõem o seu caixa, o principal destaque ficou por conta das cotas do fundo de renda fixa IMA, dado o forte fechamento da curva no período. A pequena parcela alocada em NTN-Bs (títulos públicos pré-fixados e indexados à inflação) e os DPGES (títulos privados com garantia do FGC) indexados ao IPCA também se beneficiaram deste movimento. As operações de termo de bolsa (doador de recursos renda fixa), com bom volume de antecipações, superaram o benchmark,
enquanto as LFTs (títulos públicos pós-fixados) e as operações compromissadas tiveram desempenhos próximos ao CDI. INFINITY INSTITUCIONAL FIM O retorno nominal do Infinity Institucional FIM foi de 1,97% em março. Os desempenhos das estratégias com derivativos garantiram o bom resultado do período. No segmento cambial, operações de arbitragem com opções de dólar tiveram os maiores ganhos do portfólio no mês. As estratégias com derivativos de juros também apresentaram retorno positivo em período novamente marcado por forte queda das taxas. Vale ressaltar que o o fundo manteve baixa exposição direcional, haja vista o momento de muito nervosismo. Em renda variável, o fundo realizou apenas operações pontuais e manteve a alocação em patamar inferior a 1% do patrimônio, porém apresentou ganhos. Dos demais ativos de caixa do fundo, as cotas do fundo de renda fixa IMA e os títulos públicos indexados à inflação (NTN-Bs), ambos com pequena participação na carteira, tiveram os melhores desempenhos, reflexo da forte queda dos juros futuros. Já os títulos públicos pós-fixados (LFTs), as operações compromissadas e as operações de termo de bolsa (renda fixa doador de recursos) apresentaram retornos similares ao do CDI. INFINITY EAGLE FIM O Infinity Eagle FIM obteve retorno nominal de 4,04% em março. O ótimo desempenho veio do resultado das estratégias de arbitragem com derivativos de juros e de dólar com baixa exposição direcional. No segmento cambial, as operações com opções de dólar valeram-se do ambiente de alta volatilidade e apresentaram ganhos. No mercado de juros futuros, o fundo manteve suas alocações concentradas em vértices de prazos mais longos (a partir do janeiro 2019) e obteve ganhos tanto nas posições carregadas, quanto em operações day-trade. Em renda variável, a exposição manteve-se inferior a 1% do patrimônio e a posição também apresentou ganhos. Entre os demais ativos que compõem o caixa do fundo, as cotas dos fundos multimercado e de renda fixa superaram o benchmark. Entretanto o principal destaque ficou por conta das NTN-Bs (títulos públicos pré-fixados e indexados ao IPCA), reflexo da forte queda dos juros futuros, porém com pequena representatividade no portfólio. Por fim, as operações compromissadas e as LFTs (títulos públicos pós-fixados) tiveram ganhos próximos ao CDI. INFINITY HEDGE FIM O retorno nominal do Infinity Hedge FIM foi de 1,48% em março. O maior destaque do período foram as estratégias de arbitragem com derivativos de juros (DIs). As alocações do fundo estão distribuídas em praticamente todos os vértices líquidos da curva (setembro/2016 até janeiro/2027) e a alta volatilidade tem contribuído para o bom desempenho neste segmento. A principal característica do fundo é de baixa exposição direcional, buscando distorções entre vértices próximos. Os ganhos foram observados tanto em posições carregadas, quanto nos day trades. Com o objetivo de garantir maior aderência ao seu benchmark, aproximadamente 75% dos recursos do portfólio estão destinados aos títulos públicos pós-fixados (LFTs), com rendimento bem próximo ao CDI. Dado o bom momento do mercado, as operações de termo de bolsa de valores como financiador (renda fixa) representam atualmente 20% da carteira, com performance próxima de 120% do CDI no período. O restante, próximo de 5%, destina-se às operações de liquidez diária (compromissadas/fundos de zeragem).
INFINITY IMA TIGER FIRF O retorno nominal do Infinity IMA B5+ Tiger FIRF foi de 9,54% em março. O período foi marcado por forte queda das taxas dos juros futuros, um movimento que esteve diretamente relacionado aos eventos políticos que pautaram o comportamento dos mercados no mês. As posições em NTN-Bs, títulos públicos pré-fixados e indexados à inflação, que representam aproximadamente 75% do patrimônio do fundo, tiveram os melhores resultados. Vale destacar que a maior concentração está nos vencimentos de longo prazo, notadamente entre os anos 2040 e 2050. Os derivativos de juros, com estratégias focadas em operações de arbitragem de DIs e opções de IDI, também registraram ganhos. Dos demais ativos do fundo, as LFTs (títulos públicos pós-fixados), as operações compromissadas (over) e os DPGEs (títulos privados com garantia do FGC) apresentaram desta vez rentabilidade inferior ao IMA-B5+, porém são importantes peças de resistência do portfólio em momentos de adversidade. INFINITY SELECTION IBOVESPA FIA No mês de março os conflitos políticos estiveram no front dos noticiários e afetaram dramaticamente os movimentos do mercado de ações. A saída do PMDB do governo tem colocado o mercado financeiro à espera de um impeachment. As dificuldades no ambiente político são desdobramentos das dificuldades econômicas do país, entre eles: aumento de desemprego, queda de investimentos e inflação. Apesar das dificuldades econômicas, a possibilidade de um movimento político que seja capaz de colocar em andamento um ajuste fiscal, permite ao mercado começar a colocar nos preços um cenário pós-crise. Por enquanto, permanece somente nas expectativas, e ainda assim, com uma série de encruzilhadas à vista que podem levar a caminhos com resultados completamente diferentes. Para além do mercado doméstico, vale ressaltar que houve um movimento de alta nas commodities, influenciado pela China ainda em busca de crescimento por meio do setor de infraestrutura, e também por uma perspectiva de aperto monetário mais brando por parte dos EUA. No meio de tantas notícias, o Ibovespa subiu 17%, impulsionado pelas empresas de matérias primas e as blue-chips. Apesar do ânimo, devemos lembrar que ainda se espera queda no lucro das empresas para o ano de 2016. Durante o mês de março, nossa posição se manteve overweight no setor bancário. As dificuldades na concessão de crédito podem trazer um 2016 mais difícil para o setor, mas considerando o nível de preço das ações, acreditase que a capacidade de manutenção dos lucros em patamares estáveis para 2016, com crescimento somente a partir da segunda metade de 2017, ainda justifica maior exposição nas ações bancárias. As ações do ItaúUnibanco subiram 27% e do Banco do Brasil, 47% no mês de março. Por conta da menor correlação do fluxo de caixa com o crescimento do PIB, também nos mantivemos overweight nas empresas de serviços financeiros. Mantivemos posição marketweight em Petrobrás, visto as ações, pelo nível de preço atual, serem alvos potenciais de fortes movimentos de alta para o caso de um cenário de mudança política. As ações PN da companhia subiram mais de 60% no mês de março, porém, não passa de patamares que negociava em dezembro de 2015. Estivemos overweight nas ações da Vale, por conta do valuation atrativo. As ações PNA da companhia subiram mais de 30% no mês de março. A queda recente dos papéis de papel e celulose colocam as companhias num patamar de preços interessante, no entanto, ainda somos cautelosos por conta da forte oscilação da moeda americana e a alta correlação com as ações do setor.
RENTABILIDADES Fundos Multimercado Institucional 361,62% 18,16% 26,51% 1,05% 0,82% 1,97% - - - - - - - - - 3,90% CDI 334,24% 13,72% 13,23% 1,05% 1,00% 1,16% - - - - - - - - - 3,25% % CDI 108,19% 132,39% 200,41% 99,97% 82,14% 170,15% - - - - - - - - - 119,88% Eagle 210,54% 25,16% 43,96% 0,43% 0,48% 4,04% - - - - - - - - - 4,99% CDI 183,39% 13,72% 13,23% 1,05% 1,00% 1,16% - - - - - - - - - 3,25% % CDI 114,80% 183,39% 332,29% 40,32% 48,30% 348,15% - - - - - - - - - 153,41% Hedge 10,24% - 5,86% 1,33% 1,28% 1,48% - - - - - - - - - 4,14% CDI 7,85% - 4,45% 1,05% 1,00% 1,16% - - - - - - - - - 3,25% %CDI 130,47% - 131,54% 126,01% 127,37% 127,56% 127,36% Fundos de Renda Fixa Lotus 132,06% 15,29% 17,21% 1,26% 1,04% 1,33% - - - - - - - - - 3,67% CDI 123,77% 13,72% 13,23% 1,05% 1,00% 1,16% - - - - - - - - - 3,25% % CDI 106,69% 111,44% 130,08% 119,12% 104,11% 114,22% - - - - - - - - - 112,83% IMA Tiger -9,02% 7,76% -1,99% 1,63% 0,32% 9,54% - - - - - - - - - 11,69% IMA-B5+ 36,89% 15,77% 0,21% 1,21% 2,75% 8,30% - - - - - - - - - 12,62% % IMA-B5+ -24,45% - - 135,36% 11,59% 115,01% - - - - - - - - - 92,63% IPCA+6% 16,53% 17,31% 1,76% 1,39% 1,24% - - - - - - - - - 4,46% IGPM+6% 18,26% 17,18% 1,63% 1,78% 1,00% - - - - - - - - - 4,48% Fundo de Ações Selection -46,30% -25,25% -26,04% -11,81% 0,28% 14,49% - - - - - - - - - 1,24% Ibovespa -23,49% -2,14% -13,31% -6,79% 5,91% 16,97% - - - - - - - - - 15,47% % Ibovespa -22,81% -23,11% -12,73% -5,02% -5,63% -2,48% - - - - - - - - - -14,22% Infinity Asset Management Rua Funchal, 418 23º andar Vila Olímpia São Paulo SP Telefone: (11) 3049.0652 Ouvidoria: DDG 0800.770.5266 faleconosco@infinityasset.com.br
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