Cultivo experimental de beijupirá Ilha Grande RJ: uma realidade



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Transcrição:

BEIJUPIRÁ NEWS Ano II N o 7 Cultivo experimental de beijupirá Ilha Grande RJ: uma realidade Artur Nishioka Rombenso Aluno de pos-graduação da FURG e um dos responsáveis técnicos do cultivo. Histórico A piscicultura marinha no Brasil encontra-se num momento oportuno, pois há grande interesse tanto do setor público quanto do privado e, também, das universidades, de fomentar a produção de peixes marinhos mediante a produção de juvenis em laboratório, como é o caso do beijupirá (Rachycentron canadum). Estimulado com todo esse crescente interesse, em 2009, na Ilha Grande RJ, foi iniciado um cultivo experimental de beijupirá por meio de uma parceria privada, pública e universitária. O local citado foi um dos primeiros a fechar a cadeia produtiva dessa espécie usando a maturação natural em tanques-rede, seguida de desovas e produção de alevinos em tanques indoor, e a posterior engorda em tanques-rede (Figura 1). Localidade A fazenda marinha está localizada na Praia de Jaconema na Ilha Grande Angra dos Reis RJ e consta de sete tanques-rede (Figura 2): três retangulares de 3 x 6 m, três circulares de 6 m de diâmetro e um quadrado de 8 x 8 m. O clima é tropical com a temperatura da água variando entre 19 C no inverno e 30 C no verão, com uma média anual de 25 C. A profundidade do cultivo varia entre 6 14 m, que está abrigado no mar aberto. Engorda Em 2009, 1000 juvenis oriundos do Laboratório Nacional de Maricultura (LANAM), localizado em Ilha Comprida - SP/Mistério da Pesca e Aquacultura, foram estocados e cultivados por dois anos em tanques-rede near-shore. O cultivo foi dividido em três etapas: na primeira fase, denominada de berçário, foram utilizados nove tanques-rede de 2 x 3 x 2 m com malha de 3 mm, sendo aproximadamente 30 cm mantidos fora d água, resultando em um volume útil de 10 m³. Os peixes foram estocados com peso de 1,5 g e comprimento de 7 cm, com uma densidade de estocagem de 0,02 kg/m³. Os juvenis foram alimentados quatro vezes ao dia até a saciedade aparente, com ração INVE (50% de proteína bruta e 9% de gordura).

Ao final de um mês, os peixes atingiram o peso médio de 41 g e comprimento de 27 cm. Na segunda fase, o tamanho da malha passou para 12 mm e a densidade de estocagem inicial foi de 4,6 kg/m³. Após quatro meses, os peixes atingiram 500 g e 38 cm, quando então teve início a terceira etapa e os peixes foram transferidos para tanques-rede de 7,5 m de diâmetro x 2,3 m, com aproximadamente 60 cm fora d água, resultando um volume útil de 90 m³ e tamanho de malha de 20 mm. A densidade de estocagem inicial foi de 3,1 kg/m³ e, no período em que os animais atingiram entre 1 e 3 kg, foram separados por classes de tamanho para homogeneizar o crescimento e evitar o canibalismo. A partir da segunda fase, os juvenis foram alimentados três vezes ao dia até a saciedade aparente com rejeito de pesca, sendo a alimentação composta por sardinhas frescas. No primeiro e no segundo ano, os peixes atingiram o peso médio de 4,5 e 13 kg, com os exemplares maiores chegando entre 6 e 25 kg, respectivamente (Figura 3). A sobrevivência durante a engorda foi superior a 60 %, e os peixes mortos foram retirados por mergulhadores. Manejo dos tanques-rede Quinzenalmente realizou-se a limpeza das redes com abertura menores de 20mm, e a cada dois meses daquelas redes com aberturas maiores de 20 mm. A limpeza das malhas é um processo que requer atenção, pois exige a retirada das malhas e limpeza com jato medinate processo manual. Realiza-se esse procedimento para manter a qualidade da água dentro dos tanques, com o intuito de não degradá-la e, também, de evitar infestação de ectoparasitas. Redes de proteção foram colocadas durante a engorda a fim de evitar a ação de predadores, como o ataque de aves (garças) e também de outros animais (lontra), que podem danificar a rede e entrar no tanque. O manejo, tanto dos tanques-rede quanto o da alimentação, é de extrema importância para assegurar o sucesso do cultivo com boas taxas de crescimento e minimizar a mortalidade em conseqüência da má qualidade de água e/ou aparecimento de doenças. Reprodução e larvicultura No final do segundo ano, 200 peixes foram selecionados para o plantel de reprodutores, com um peso médio de 15 kg, com os maiores atingindo 25 kg. Os reprodutores foram alimentados com sardinha fresca 4 vezes por semana até a saciedade aparente. No início da primavera, com o aumento da temperatura da água de 25 para 27 C, as primeiras desovas naturais ocorreram e se mantiveram até o início do outono, quando a temperatura da água começou a cair.

Uma estrutura mínima foi construída com o intuito de completar a cadeia produtiva do beijupirá. O laboratório foi composto por um tanque de maturação, tanques para a larvicultura e incubadoras para o cultivo de alimento vivo. Os ovos foram coletados e incubados segundo a literatura, e a larvicultura foi realizada segundo o protocolo padrão para o beijupirá, com uso de rotífero e Artemia como alimentos vivos, até a aceitação do alimento inerte pelos peixes. Após 50 dias, os juvenis atingiram um peso médio de 1 g e foram transferidos para os tanquesrede de berçário com vistas ao início da engorda. A maturação extensiva é um processo válido e, no momento, impulsiona a nascente indústria de beijupirá no Brasil, servindo de exemplo para outros países cuja maricultura ainda é uma atividade emergente. Esta técnica se torna atraente devido à alta qualidade dos ovos, boas taxas de fertilização e baixa porcentagem de larvas deformadas. Porém, com esse setor em expansão, a tendência é a migração do sistema extensivo para o intensivo, com maior consistência e biossegurança. Experimentos realizados Durante o cultivo foi realizada uma série de experimentos com o intuito de maximizar a performance de crescimento da espécie na região e estabelecer protocolos de engorda em tanques-rede em sistema near-shoe. Foram avaliados: métodos de transporte de juvenis, efeitos do manejo alimentar (freqüência alimentar e taxa de arraçoamento), efeitos do manejo do cultivo, teste de dietas, potencial de crescimento e viabilidade econômica. Cultivo multi-trófico integrado O conceito de aquacultura multi-trófica integrada, conhecido em inglês como integrated multi-trophic aquaculture (IMTA), consiste na integração de um cultivo que requer alimentação exógena (beijupirá) com outros que extraiam seus nutrientes do ambiente, a parte inorgânica (macroalgas) e a parte orgânica (moluscos). Nesse sistema, os resíduos de um cultivo se tornam um recurso (alimento ou fertilizante) para outros. O alimento é um dos custos operacionais mais importantes dentro da piscicultura marinha. Através do IMTA, parte do alimento e da energia que seria considerada perdida num monocultivo, é recapturada e convertida em produção com valor comercial agregado, além de biomitigar o local do sistema. Na fazenda marinha de Ilha Grande o cultivo multi-trófico integrado possui 4 componentes (beijupirá Rachycentron canadum, mexilhão Perna perna, vieira Nodipecten nodosus e macroalga Kappaphycus alvarezii) (Figura 4), e está em fase experimental, com o intuito de testar a viabilidade e o potencial de crescimento de cada um desses componentes dentro do

sistema, através do melhor posicionamento em relação à hidrodinâmica local, para se obter a maior absorção de nutrientes do meio. Mercado Diferentemente do Nordeste, na região Sudeste o beijupirá não é um peixe conhecido, apesar de sua carne de ótima qualidade. Isso ocorre devido à sua captura ser pouco comum e, com isso, sua rara presença nos mercados. Quando capturado, o preço do peixe inteiro varia entre R$ 15,00 a R$ 18,00 por kg, e apresenta tamanho variado. No cultivo, os peixes a partir de 5 kg são vendidos inteiros a R$ 25,00 por kg ou o filé a R$ 35,00 por kg. Perspectivas para o futuro O beijupirá se adapta bem ao sistema de cultivo empregado na costa do Rio de Janeiro, com boas taxas de crescimento e com um mercado em potencial a ser explorado. Dessa forma, o laboratório de produção de juvenis na Ilha Grande será implementado com a finalidade de aumentar a qualidade e a quantidade da produção de juvenis de uma forma biossegura e constante, para atender a futura demanda de produtores locais. Essa iniciativa tem como desafio fomentar a piscicultura marinha de forma sustentável, buscando a preservação da biodiversidade e dos recursos marinhos da Baía de Ilha Grande, contemplando o ecodesenvolvimento da atividade através da pesquisa e a busca por novas espécies com potenciais para a aquacultura. Agardecimentos: a equipe da Pousada Nautilus, e a Secretaria de Pesca e Aquacultura de Angra dos Reis.

Figura 1. Cadeia produtiva do beijupirá. Figura 2. Cultivo multi-trófico integrado. Figura 3. Beijupirá de 7 kg. Figura 4. Componentes cultivo multi-trófico integrado. A- Macroalga, B- mexilhão, C- vieira e D- beijupirá.