PRODUÇÃO E DEMANDA DE TRANSPORTE NA HIDROVIA ARAGUAIA - TOCANTINS

Documentos relacionados
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Companhia Nacional de Abastecimento CONAB II Seminário Internacional Sobre Hidrovias Ministério

ANUÁRIO CNT DO TRANSPORTE. Estatísticas consolidadas

Produção Regional de Grãos e Estrutura de Armazenagem

Perspectivas de la industria

CONGRESSO BRASILEIRO DE SOJA OS INVESTIMENTOS PRIVADOS NO CORREDOR BR-163 RIO TAPAJÓS. Florianópolis

COMPETITIVIDADE ECONÔMICA ENTRE AS CULTURAS DE MILHO SAFRINHA E DE SORGO NO ESTADO DE GOIÁS

Transporte Fluvial e Lacustre

8º Encontro de Logística e Transportes

6 O Modal Ferroviário na Matriz de Transportes e o Transporte Ferroviário de Combustíveis

Hidrovias: Uma visão do futuro

O Mito do Transporte Hidroviário no Brasil

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO

APRESENTAÇÃO. Integração física e econômica da região

LSPA. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola. Setembro de Pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras agrícolas no ano civil

Audiência Pública. Debate com representantes dos Setores Minerário, do Agronegócio e da Indústria sobre o Transporte Hidroviário

RELATÓRIO ESTATÍSTICO DA SOJA AGOSTO/2008

Desenvolvimento da Infra-Estrutura de Transportes: Perspectivas e Desafios

IMPORTÂNCIA DA CALAGEM PARA OS SOLOS DO CERRADO

Ministério dos Transportes PNLT - Plano Nacional de Logística e Transportes Portfólio dos Projetos por Unidades da Federação - Versão 2011 Maranhão

PERFIL DA LOGÍSTICA DE TRANSPORTE DE SOJA NO BRASIL 1

A importância dos Portos para o Comércio Exterior Brasileiro

Mineração e Agronegócio:

PUERTO IGUAZÚ ARGENTINA 26 al 29 de Agosto de 2014

ALGODÃO Período: 06 a 10/04/2015

Termo de Cooperação Técnica e Operacional COOPERAPORTOS

Tabela 1 - Preço médio da Soja em MS - Período: 02/06 á 06/06 junho de Em R$ por saca de 60Kg. Praça 02/jun 03/jun 04/jun 05/jun 06/jun Var.

Agronegócio em Mato Grosso. Abril 2013

Cesta Básica. Boletim Junho

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A LOGÍSTICA DA EXPORTAÇÃO DE SOJA DO ESTADO DE MATO GROSSO PARA O PORTO DE SANTOS

SORGO GRANÍFERO EM MATO GROSSO

Gargalos logísticos e perspectivas

O transporte de grãos na Hidrovia Tietê-Paraná BRASÍLIA 2009

FLUXO CONSTRUÇÃO - OBRAS DE INFRA- ESTRUTURA POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO NO ESTADO DA PARAÍBA

DPE / COAGRO Levantamento Sistemático da Produção Agrícola - LSPA Diretoria de Pesquisas Coordenação de Agropecuária Gerência de Agricultura LSPA

Seminário CNI BID TRANSPORTE PARA O COMÉRCIO E A INTEGRAÇÃO REGIONAL

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

AUDIÊNCIA PÚBLICA 17/11/2015 AUMENTO DE PREÇOS DE FERTILIZANTES AMA BRASIL ASSOCIAÇÃO DOS MISTURADORES DE ADUBOS DO BRASIL.

PRODUÇÃO DE BIODIESEL. Montes Claros MG

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

PERSPECTIVAS E PROJEÇÕES PARA O SETOR SUCROENERGÉTICO DO BRASIL

Instituto Mato-grossense De Economia Agropecuária. Conhecimento em Conjuntura e estrutura do Agronegócio de Mato Grosso"

Ministério dos Transportes

O MERCADO DE MANDIOCA NA REGIÃO CENTRO-SUL DO BRASIL EM 2012

Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais A INDÚSTRIA DE ÓLEOS VEGETAIS E A PRODUÇÃO DE BIODIESEL NO BRASIL.

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

Regulação do Transporte Aquaviário Navegação Interior

Produção Agrícola Municipal Assunto: Lavouras Temporárias

UMA DÉCADA DE TRANSFORMAÇÃO NA INFRA ESTRUTURA

O AGRONEGÓCIO BRASILEIRO E SUAS TENDENCIAS

Logística do agronegócio de Mato Grosso EPE

A DINÂMICA DA CULTURA DA SOJA NO ESTADO DO PARANÁ: O PAPEL DA EMBRAPA ENTRE 1989 E 2002

PERSPECTIVAS PARA O CRESCIMENTO

ORIENTAÇÃO DE ESTUDO PARA RECUPERAÇÃO DA 1ª ETAPA/2013

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

12º Congresso Brasileiro do Agronegócio Infraestrutura e Logística Painel 3 As oportunidades e as dificuldades para o aumento da oferta

Almanaque Aprosoja. Estratégias de Redução de Custos Logísticos de Exportação. Março

Conjuntura de soja Leonardo Amazonas Analista de Mercado - Conab Engº Agrônomo

Como Ampliar a Liderança a do Brasil no Mercado Mundial de Carnes

Fórum de Transporte Multimodal de Cargas O Desenvolvimento da Navegação de Cabotagem

Cenários de Soja e Milho para Novembro 2012

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

1. Aspectos gerais da cultura

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

FIESP - DEZEMBRO 2013 Capacidade instalada do setor naval paraense e laboratório de engenharia naval como diferencial competitivo.

Agronegócio no Brasil e em Mato Grosso

AGRONEGÓCIO BRASILEIRO OPORTUNIDADES E DESAFIOS ABAG MARÇO DE 2011

Instalações Portuárias Passíveis de Arrendamentos e Expansão

Estimativas e Projeções do PIB Paraense

Retropolação. Tabela 1 - Participação (%) e taxa acumulada ( ) do PIB a preços de mercado, segundo unidades da federação

PLANO DIRETOR DE TRANSPORTE URBANO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO PDTU SETRANS DEZEMBRO / 2015

VLI e a Logística Integrada

O mercado de trabalho na Região Metropolitana de Salvador: uma análise retrospectiva de 2009 e as perspectivas para 2010

Modelo de Negócios Objetivo

SITUAÇÃO ATUAL DA HIDROVIA TIETÊ-PARANÁ

Comentários. A redução no ritmo da produção industrial nacional na passagem de

Modal Ferroviário. Equipe: Docemar M. Borges Felipe Cordova Leonardo F. Heinz Wivian Neckel

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES GABINETE DO MINISTRO

Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural

OPORTUNIDADES DE INVESTIMENTO NO ESTADO DE SÃO PAULO 1

As atuais condições da infraestrutura de transporte e logística do Brasil

Palavras-chaves: Eficiência operacional, portos brasileiros

55º Fórum Nacional de Secretários de Planejamento INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

Seção fechada com dados disponíveis até o dia 31/12/2015. Janeiro 2016 Conjuntura Econômica I

Responsáveis Técnicos: SILVIO ISOPO PORTO AROLDO ANTONIO DE OLIVEIRA NETO FRANCISCO OLAVO BATISTA DE SOUSA

COMMODITIES AGRÍCOLAS E PRODUÇÃO CAPITALISTA DE ESPAÇO: EXPERIÊNCIAS NO BRASIL E EM MOÇAMBIQUE

Cargas a serem transportadas pelo São Francisco

Seminário Internacional em Logística Agroindustrial

Síntese do panorama da economia brasileira 3

econstor Make Your Publication Visible

MAIS DE 99% DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE LEITE EM PÓ SE CONCENTRAM NA VENEZUELA

Câmara Setorial da cadeia Produtiva da Carne Bovina. 31ª Reunião Ordinária

CURCEP2015 O QUE VOCÊ LEMBRA DA GEOGRAFIA DO BRASIL? Profa. Cilé Ogg

PRODUÇÃO E MERCADO DE GRÃOS. Alfredo Tsunechiro

A MATRIZ DE TRANSPORTE E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Sistemas de Transportes. Professor: Leandro Zvirtes UDESC/CCT

Transcrição:

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento PRODUÇÃO E DEMANDA DE TRANSPORTE NA HIDROVIA ARAGUAIA - TOCANTINS Brasília (DF), 30 de novembro de 2006.

Tendência Crescente de Produção e Volume de Exportação de Grãos 200.000 200.000 150.000 100.000 50.000 120.638 119.949 55.978 55.316 100.836 0 91/92 92/93 93/94 94/95 95/96 96/97 97/98 98/99 99/00 00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12 12/13 13/14 15/16 Safra Grãos Exportação Grãos Fonte: Conab / CG / Secex *Estimativa **Taxa de crescimento 5% ao ano

GRÃOS: PRODUÇÃO POR REGIÕES 11% EM 1980 NORTE 3,7% NORDESTE 9,0% CENTRO- OESTE 37,1% SUDESTE 16,0% SAFRA 2004/2005 SUL 34,2%

Corredor Centro-Norte Produção de Grãos Unidade Federativa MATO GROSSO GOIÁS TOCANTINS PARÁ SAFRA 2005/2006 21.392,4 10.686,2 1.169,1 1.296,2 SAFRA 2006/2007 21.269,1 10.951,5 1.330,3 1.219,3 Em mil t Fonte: CONAB

Produção de Grãos Região Centro Oeste

Corredor Centro-Norte Área Disponíveis 2007 Em 1.000 ha Unidade Federativa Área Total Propriedades Agrícolas Área Milho Área Soja Área Grãos % Área Total % Área Agrícola MATO GROSSO 90.680 49.850 285 6.344 6.629 7,3 13,3 GOIÁS 34.129 27.473 503 3.057 3.559 10,4 13,0 TOCANTINS 27.842 16.766 72 325 398 1,4 2,4 PARÁ 125.316 22.520 292 84 376 0,3 1,7 Fonte: CONAB

Corredor Centro-Norte Área Disponíveis Projeção para 2022 Unidade Federativa Área Total Propriedades Agrícolas Área Milho Área Soja Área Grãos % Área Total % Área Agrícola MATO GROSSO 90.680 49.850 618 9.673 10.292 11,3 20,6 GOIÁS 34.129 27.473 795 5.979 6.774 19,8 24,7 TOCANTINS 27.842 16.766 392 3.517 3.908 14,0 23,3 PARÁ 125.316 22.520 394 1.108 1.502 1,2 6,7 As projeções de grãos previstas para esta Região estão longe de esgotar as áreas disponíveis

Corredor Centro-Norte Avanço da Fronteira de Produção de Soja Fonte: CVRD

Corredor Centro-Norte Crescimento da Área Plantada de Soja 2002 2007 2012 2022 Fonte: CVRD

Corredor Centro-Norte Principais Produtos Cimento Complexo da Soja Grão Farelo de Soja Óleo de Soja Derivados de Petróleo e Álcool Fertilizantes Matérias Primas Produtos Intermediários Adubo Madeira Amazônica Milho Produtos Siderúrgicos

Fluxos de Transporte Projeção para 2007 (valores em 1000 t/ano) Produto Brasil Área de Influência Participação AI Cimento 48.335 5.315 11% Complexo da Soja Grão 71.614 26.843 37% Farelo de Soja 34.952 7.845 22% Óleo de Soja 8.056 1.838 23% Derivados de Petróleo e Álcool 211.223 28.613 14% Fertilizantes Matérias Primas 8.898 5.521 62% Prod. Intermediários 27.166 6.134 23% Adubo 27.244 7.466 27% Madeira Amazônica 11.405 2.717 24% Milho 56.326 11.943 21% Produtos Siderúrgicos 33.793 793 2% Total 539.011 105.028 19% Fonte: CVRD

Fluxos de Transporte Projeção para 2012 (valores em 1000 t/ano) Produto Brasil Área de Influência Participação AI Cimento 62.538 6.894 11% Complexo da Soja Grão 96.154 44.628 46% Farelo de Soja 47.100 10.975 23% Óleo de Soja 10.861 2.956 27% Derivados de Petróleo e Álcool 250.886 33.647 13% Fertilizantes Matérias Primas 12.008 7.449 62% Prod. Intermediários 33.881 8.786 26% Adubo 34.004 11.639 34% Madeira Amazônica 14.772 3.496 24% Milho 72.813 21.350 29% Produtos Siderúrgicos 40.555 7.419 18% Total 675.571 159.239 24% Fonte: CVRD

Matriz de Transporte de Grãos MODAL Em % Hidrovia 7 61 2 Ferrovia * 33 23 16 Rodovia 60 16 82 Distância 1.000 a 1.000 250 a 300 Origem-Porto 1.100 * Todos os produtos Fonte: ANEC

Receita Líquida do Produtor DESCRIÇÃO 2003 2004 2005 2006 US$/T US$/T US$/T 2003 2004 2005 2006 2003 2004 2005 2006 Cotação Março 2005 1 280 230 230 1 280 230 230 1 280 230 230 Frete ao Porto 28 34 43 45 15 15 16 17 14 14 14 14 Despesa Portuária 6 6 6 6 3 3 3 3 3 3 3 3 TOTALFrete+Desp.Port.) 34 40 49 51 18 18 19 20 17 17 17 17 RECEITA LÍQUIDA (Pos Frete e Desp. 34 40 49 51 198 262 211 210 199 263 213 213 Portuária Receita Líquida (Pós subsídio) 1 240 181 179 213 262 213 213 1 263 213 213 Receita/Preço FOB 84% 86% 79% 78% 99% 93% 93% 93% 92% 94% 93% 93% Fonte : ANEC

Infra-Estrutura e Logística País Ferrovias Km Rodovias Km Hidrovias Km Hidrovia (Embarcações) Áreas País Km² Densidade de Malha Km/1000 km² 28.169 1.724.924 50.000 172 8.511.965 212 35.753 215.741 11.000 480 2.766.890 95 EUA 161.817 6.348.227 41.000 5.289 9.372.610 699.

ENTRAVES DA INFRA-ESTRUTURA E LOGÍSTICA Portos de Santos e Paranaguá Péssimo estado das rodovias (esburacadas e sem pavimentação); Frota de caminhões carente de renovação e ampliação; Pequena disponibilidade de modais de transporte mais competitivos (hidrovias e ferrovias); Deficiências dos Portos: Cais público: obsolescência e mau estado dos equipamentos e das instalações, havendo necessidade de altos investimentos para dragagem, infra-estrutura viária, energia, saneamento básico, armazéns, segurança, equipamento pesado de cais, entre outros; Congestionamentos rodoviários por ocasião da safra; Pequena capacidade de embarque: número de berços, profundidade adequada, aparelhos transportadores (carregadores de navio e esteiras); Elevado custo de demurrage ; Gestão portuária delegada aos estados e municípios - conflito de interesses.

CONSEQÜÊNCIA Alto custo dos fretes => perda de competitividade NECESSIDADE DE INICIATIVAS PARA IMPORTANTES MUDANÇAS ESTRUTURAIS NOS USOS DOS CORREDORES, PRIVILEGIANDO OS NOVOS PORTOS ALTERNATIVOS DAS REGIÕES NORTE E NORDESTE, COM SUAS HIDROVIAS E RODOVIAS DE ACESSO