CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO EM DST/AIDS SP ASSISTÊNCIA DOMICILIAR TERAPÊUTICA E PALIATIVA ADTP

Documentos relacionados
Atendimento Domiciliar

SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PRIMARIA À SAÚDE NO BRASIL. Dr Alexandre de Araújo Pereira

QUESTIONÁRIO SOBRE ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS. Denise Silveira, Fernando Siqueira, Elaine Tomasi, Anaclaudia Gastal Fassa, Luiz Augusto Facchini

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA UNEB

NAPE. Núcleo de Apoio PsicoEducativo. Divisão de Assuntos Sociais

TÍTULO: AUTORES INNSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA INTRODUÇÃO

Para João Mohana a enfermagem utiliza a denominação de: 1) necessidade de nível psicobiológico; 2) psicossocial; 3) psicoespiritual

PORTARIA Nº 3.090, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011 Legislações - GM Seg, 26 de Dezembro de :00

PALAVRAS-CHAVE Medicamentos. Assistência Farmacêutica. Qualidade do serviço prestado.

Olhe os autistas nos olhos DIREITOS DE CIDADANIA, DEVER DA FAMÍLIA, DO ESTADO E DA SOCIEDADE.

No mês mundial de Saúde Mental, Prefeitura divulga ações realizadas na área

HOMEM E MEIO AMBIENTE: A TEIA DA VIDA

A Tipificação e o Protocolo de Gestão Integrado

Desenvolvimento Organizacional

A Organização da força de trabalho e intrasetorialidade para a atenção à saúde no Conjunto Habitacional Jardim

ORIENTAÇÃO: SUBSÍDIO BÁSICO PARA A MOBILIDADE DE PESSOAS CEGAS

PROGRAMA DE INTERNAÇÃO DOMICILIAR. Nancy Silveira Diretora de Programa FESF-SUS

BOLETIM DE CUIDADOS NO DOMICÍLIO

5.1 Processo de Avaliação de Organizações Prestadoras de Serviços Hospitalares O processo de avaliação e visita deve ser orientado pela aplicação do

A Tipificação e o Protocolo de Gestão Integrada

O MP E A FISCALIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SUAS

A importância da assistência Farmacêutica no hospital e na Farmácia comercial. Prof. Msc Gustavo Alves Andrade dos Santos

Manual do Processo de Planejamento da UFSC. Departamento de Planejamento SEPLAN/UFSC

ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Desafios para o Serviço de Apoio ao Domicilio para o Futuro. José Ignacio Martin

CONCURSO PÚBLICO PARA BOLSA DE ESTÁGIO SECRETARIA DE AÇÃO SOCIAL E CIDADANIA

PARECER COREN-SP 50/2013 CT PRCI n Tickets nº , , , e

Plano de Promoção. e Proteção dos Direitos da Criança. do Concelho de Marvão

Projeto de Inclusão Social

GUIA PRÁTICO ATENDIMENTO AÇÃO SOCIAL

ANO LETIVO 2012/2013 AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS DO PRÉ-ESCOLAR

Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.

ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SANTA MARCELINA NASF UBS JD. SILVA TELLES E JD. JARAGUÁ PROJETO PREVENÇÃO DE QUEDAS

Processo da Entrevista e Coleta de Dados (Semiologia e Semiotécnica)

Estrutura e Montagem dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas

CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO PARECER COREN-SP GAB Nº 046 / 2011

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS PARA PROVA ESCRITA

A sexualidade é a expressão do desejo, do amor e da comunicação com o outro.

MONITORAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA E EQUIPES DE SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO

Linhas de Cuidado - Saúde Bucal

PREFEITURA MUNICIPAL DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE SALESÓPOLIS

Manual de Estágio. Gestor

PLANO DE AÇÃO - EQUIPE PEDAGÓGICA

NORMA OPERACIONAL DO SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL NOB/SUAS

REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS SAÚDE MENTAL QUE RESPOSTAS?

Normas do Laboratório de Práticas de Enfermagem

Júlio Furtado

O direito à participação juvenil

Assunto: Posicionamento do Ministério da Saúde acerca da integralidade da saúde dos homens no contexto do Novembro Azul.

RIO GRANDE DO NORTE TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO R E S O L V E:

Avaliação de impacto do Programa Escola Integrada de Belo Horizonte

Médicos e Pediatras de Família

FACULDADES INTEGRADAS DE CIÊNCIAS HUMANAS, SAÚDE E EDUCAÇÃO DE GUARULHOS PROJETO DE INTERVENÇÃO HOSPITALAR CUIDANDO DE QUEM CUIDA

CARTA ABERTA EM FAVOR DA CRIAÇÃO DE PROGRAMAS DE ASMA NO BRASIL (CAPA) (modificada no I Grande Fórum de Controle da Asma)*

SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

NORMAS PARA AS DISCIPLINAS OPTATIVAS E ESTÁGIOS EXTERNOS DO CURSO DE MEDICINA

Art. 2º A responsabilidade pelo cumprimento desta Instrução Normativa é da Gerência de Recursos Humanos ou equivalente.

MINUTA SERVIÇOS DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE VÍNCULOS CRIANÇAS E ADOLESCENTES

RESOLUÇÃO 18 DE 29 DE SETEMBRO DE 1995

EDITAL DE SELEÇÃO DE ACADÊMICO DO CURSO DE NUTRIÇÃO PARA AS ATIVIDADES DO PROJETO DE PESQUISA E EXTENSÃO COMER,

Sandra Aparecida Lino

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Resumo da Lei nº8080

A expectativa de vida do brasileiro, em 1900, era de apenas 33 anos. Essa realidade mudou radicalmente.

Regulamento Interno Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Artes Visuais - Licenciatura e Bacharelado

Antropologia Médica na formação humanística do profissional de saúde. Prof. Abram Eksterman. Prof. Abram Eksterman

Desafios da Auditoria de OPMES em Centro Cirúrgico. Como Fazer? Uberaba MG habitantes IBGE

AULA 2 ESF E A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE MISSÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Planejamento da Estrutura das Unidades da Saúde da Família no Estado do Paraná. Fevereiro de 2013

HIV/AIDS NO ENTARDECER DA VIDA RESUMO

Unidades de Saúde. 22 Unidades de saúde

ACREDITAÇÃO HOSPITALAR: METODOLOGIA QUE GARANTE A MELHORIA DA GESTÃO DE PROCESSOS DA INSTITUIÇÃO

Plano Integrado de Capacitação de Recursos Humanos para a Área da Assistência Social CAPACITAÇÃO CONSELHEIROS MUNICIPAIS.

O SUAS COMO PARCEIRO NA PROMOÇÃO, DEFESA E GARANTIA DO DIREITO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA

O TRABALHO DE CUIDADORES DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: SUBSÍDIOS PARA A QUALIFICAÇÃO DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DO IDOSO

PREVENÇÃO DE QUEDAS NO ATENDIMENTO DOMICILIAR UNIMED LIMEIRA FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL.

RESOLUÇÃO Nº 546 DE 21 DE JULHO DE 2011

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR

GUIA DO PROFESSOR SHOW DA QUÍMICA

O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO EMPRESARIAL E SUAS FORMAS DE ATUAÇÃO RESUMO

Acesso às Consultas Externas do Serviço de Estomatologia do Hospital de Santa Maria do Centro Hospitalar Lisboa Norte

GEOGRAFIA. PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar.

Processo Seletivo. Para atuar em Equipe NASF. Vaga em Aberto e Formação de Cadastro Reserva

Inventário de Estoques

REGULAMENTO INTERNO PARA MÉDICOS

INSTRUMENTALIZAÇÃO DE ACADÊMICOS E PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE PARA EXERCEREM ATIVIDADES EM AMBULATÓRIO DE FERIDAS.

Questionário de Autoavaliação

GRUPO AVALIAÇÃO PAE 2 Semestre/2015

Experiência do Serviço Social no processo de acreditação no HUSH. TANIA MARA MAZUROK Assistente Social

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ONCOLÓGICA

SESMT / CTCCT / DEMLURB 2011

NUTRIÇÃO NO PLANO NACIONAL DE SAÚDE Contributo da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica (APNEP)

NORMA TÉCNICA E PROCEDIMENTOS PARA REALIZAR ALTERAÇÕES NO BANCO DE DADOS CORPORATIVO

A chegada do paciente na unidade de Cuidados Paliativos. Psicóloga Silvana Aquino Hospital de Câncer IV

Elaboração do Plano de Gestão de Logística Sustentável do Senado Federal - PGLS

ATO DELIBERATIVO Nº 44, DE 19 DE JUNHO DE 2012

Transcrição:

ADESÃO A DOMICÍLIO CENTRO DE REFERÊNCIA E TREINAMENTO EM DST/AIDS SP ASSISTÊNCIA DOMICILIAR TERAPÊUTICA E PALIATIVA ADTP Alina Bernardes Habert Amélia Bezerra Célia Regina do Carmo George J. Kiik Gilson da Silva Junior Maria Luiza Cerqueira Márcia Regina de Andrade Paulo Afonso Dias Rosangela Martins Conceição Tânia Regina Corrêa de Souza Agosto/2007

Introdução A Assistência Domiciliar Terapêutica ADT é uma das alternativas assistenciais do Programa Nacional de DST/Aids, implantada no Brasil a partir de 1995, tendo como principal objetivo promover a melhoria da qualidade de vida dos pacientes portadores do HIV/aids, dentro de uma visão de assistência integral à saúde. Este trabalho é desenvolvido por uma equipe multiprofissional, constituída por profissionais das áreas de enfermagem, medicina, psicologia, serviço social, nutrição e fisioterapia cuja função é prestar assistência clínico-terapêutica e psicossocial a pacientes portadores do HIV/aids em seu próprio domicílio. Atualmente, temos 13 pacientes assistidos no serviço (em domicilio e Casa de Apoio). Para que o paciente seja incluso, é necessário que atenda aos critérios abaixo: Área de abrangência: distância e acesso ao domicílio são avaliados. Condições mínimas no domicílio: o tipo de habitação não é levado em conta. Deseja-se apenas que tenha água e luz. Cuidador: poderá ser um familiar, amigo ou pessoas da comunidade. O tempo que irá dispor dependerá do grau de dependência do paciente. Dificuldade na adesão: pacientes com dificuldade em aderir ao esquema terapêutico em ambulatório são candidatos a este tipo de assistência. Dificuldade parcial ou total para o acesso ao serviço de assistência associado a fatores orgânico, social ou psicológico. Cuidados específicos de enfermagem: curativos, medicamentos por via endovenosa, alimentação por sonda, aspiração e outros procedimentos. Implantada no Centro de Referência e Treinamento em DST/AIDS/SP CRT DST/AIDS desde 1996, passou no final de 2004 a ser considerada também como paliativa (ADTP), devido à inclusão de alguns pacientes necessitando de cuidados no fim da vida, provendo alívio dos sintomas, conforto e melhor qualidade de vida. 2

Por ser uma doença de caráter crônico, a adesão caracteriza-se atualmente como um dos mais sérios problemas no contexto da infecção pelo HIV/aids, e exige dos pacientes adaptação rápida a um diagnóstico que afeta totalmente seu projeto de vida com mudanças profundas e simultâneas. Os entraves na adesão são diversos e podem estar relacionados à doença, ao tratamento, ao paciente, a relação paciente-equipe ou ao próprio serviço de saúde. Por ser um processo complexo e bastante desafiante, a adesão requer um enfrentamento organizado e interdisciplinar. Na assistência domiciliar o trabalho da adesão possui muitos facilitadores. O domicílio é um lugar privilegiado para se trabalhar a adesão. A equipe de saúde tem contato direto com a família e com o contexto sócio-cultural-afetivo, o que favorece o trabalho com as dificuldades encontradas, em conjunto com o cuidador, a família e paciente. Além da valorização da relação profissional-paciente (vínculo, segurança, confiança, escuta), a equipe utiliza várias estratégias para favorecer a adesão no domicílio: Retira da farmácia do serviço às medicações em uso pelo paciente, encaminhando ao domicílio em data hábil, mensalmente; Realiza a conferência das mesmas juntamente com o paciente ou cuidador; orientando com relação a dosagens, horários, efeitos colaterais, armazenamento, conservação e interações medicamentosas; Medicação fracionada: quando necessário, os medicamentos são divididos e acondicionados em recipientes com divisórias identificadas conforme dia e horário. Para pacientes e/ou cuidadores analfabetos são utilizados desenhos como sol, lua (dia e noite) e prato de comida (horário das refeições); Tabela de horário da medicação: fixada em local visível para o cuidador e, em alguns casos, também para o paciente; Sugere, de acordo com a realidade de cada paciente, local para guardar os medicamentos: gaveta, armário, mala, caixa de sapato, geladeira/cozinha, 3

Identifica as sobras de remédio e investiga as razões; Investiga o uso de remédios caseiros, práticas religiosas ou crendices que interferem no tratamento anti-retroviral; Avalia e ajusta alimentação; Investiga a dinâmica familiar (relações e funcionamento da família), bem como os fatores sócio-econômicos, que facilitam ou dificultam as tomadas dos medicamentos; Avalia, observa e acompanha a relação cuidador-paciente; Planeja em conjunto com paciente/cuidador/família intervenções para o manejo da dificuldade de adesão e para lidar com situações mais estressantes como o aparecimento dos efeitos colaterais dos ARV, principalmente a lipodistrofia; Quando o local de moradia do paciente for uma Casa de Apoio, além das medidas acima, pode-se fazer grupo de adesão com todos os moradores; Grupo de cuidadores: o cuidador é o elo entre o paciente, família e equipe de ADTP, figura fundamental na assistência domiciliar a pacientes com alto grau de dependência e responsável pelos cuidados do paciente no domicílio, faz necessário além de um treinamento qualificado, um acompanhamento sistemático por parte da equipe para que desempenhe de forma eficiente o seu papel, contribuindo para a realização da execução do projeto terapêutico. Com relação à adesão, o trabalho da equipe é diário e constante, tanto na residência do paciente, como por telefone, dando assistência e orientações para atender as demandas do paciente e garantir um bom tratamento, prevenindo e combatendo as infecções oportunistas, evitando assim, possíveis internações hospitalares. Apesar de todo cuidado, os resultados muitas vezes não eram os esperados, e a equipe ainda constatava casos de não adesão. Assim, em junho/07, criaram e implantaram Adesão a Domicílio como mais uma estratégia, inovando na apresentação lúdica e psicoeducativa. 4

Objetivos da ação Adesão a domicílio, como estratégia terapêutica, tem por objetivo: Promover espaço de discussão sobre a adesão com pacientes e cuidadores domiciliares, avaliando o que conhecem e as formas de enfrentamento utilizados no processo saúde-doença; Diagnosticar as causas de não adesão; Facilitar a expressão dos sentimentos relacionados à doença, medicação e tratamento; Sensibilizar para a importância da adesão à vida; Promover a melhoria da qualidade de vida; Desenvolver Projeto Terapêutico Individual para solucionar ou amenizar as dificuldades, e incentivar a adesão; Avaliar as estratégias utilizadas pela equipe de ADTP com os pacientes não aderentes à medicação, melhorando a qualidade da assistência prestada na ADTP. Descrição da ação Esta técnica é indicada a todo paciente não aderente da ADTP e pode ser desenvolvida por qualquer profissional da equipe, preferencialmente em duplas, para prover uma visão multidimensional do paciente e ampliar o grau de percepção da situação. A forma a ser desenvolvida não é protocolar, pois está relacionada aos tipos de barreiras encontradas em cada situação. Sendo assim, poderá ser aplicada em grupos (cuidadores, familiares, moradores em Casa de Apoio) ou individualmente, geralmente em uma única sessão. Para desenvolver a estratégia Adesão a domicílio foi criada uma maleta contendo materiais tais como: caixa de ARV, caixinha de medicação fracionada, estetoscópio, injeção, miniaturas de pessoas e alimentos, carinhas com expressão de sentimentos e objetos simbolizando o vírus do HIV, a doença, religiosidade, sexualidade, auto-estima e qualidade de vida. 5

A dinâmica consiste na apresentação da maleta ao paciente, que deverá tirar um objeto por vez e contar uma história relacionada com sua vivência diária e seu processo de tratamento e medicação. Um profissional irá transcrever ou gravar o relato, e no final, junto com o paciente identificam os aspectos que podem estar associados com seu processo de não adesão. É uma atividade simples, que favorece o surgimento de questões latentes e/ou dificuldades interpessoais que podem estar comprometendo a adesão. Os resultados são discutidos na reunião de equipe, e as demandas são encaminhadas aos profissionais específicos que reavaliam o projeto terapêutico. Resultados alcançados A equipe tem observado que o uso da técnica com a maleta Adesão a Domicilio, tem demonstrado resultados satisfatórios tanto para o paciente/cuidador/familiares, como para a equipe: É um ótimo recurso na avaliação da dinâmica familiar a fim de diagnosticar as causas de não adesão e comprometer todos os envolvidos; Facilita a expressão dos sentimentos relacionados à doença, medicação e tratamento; Facilita a identificação dos recursos disponíveis na família para o enfrentamento da situação, fortalecendo os vínculos e resgatando os laços afetivos; É por si só terapêutico; Reforça os vínculos com a equipe, valorizando a relação profissionalpaciente; Ótimo indicador de qualidade do serviço, à medida que avalia o trabalho desenvolvido pela equipe, não só relacionado à adesão, mas a toda assistência prestada no domicílio. Concluindo, acreditamos que Adesão a domicilio é mais uma estratégia de promoção à saúde, que permite a reflexão sobre os fatores que permeiam o processo de adesão, promovendo a estruturação de ações que busquem uma melhor qualidade de vida para o paciente. 6