AULA 2 ESF E A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE MISSÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE
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- Felipe Gama Bennert
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1 DISCIPLINA: ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA DOCENTE: LUCI CRISTINA P. SUDAN AULA 2 ESF E A UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE MISSÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE Atender a população da área de abrangência ou do território. Realizar a Vigilância à saúde e esse território deve ser entendido como um espaço em permanente construção. Realizar oficinas de trabalho para o processo de territorialização e atualizar constantemente os dados por meio de várias estratégias, entre elas a visita domiciliar. Prestar cuidados e orientações em saúde. AÇÕES DESENVOLVIDAS NA UBS Ações de promoção e prevenção. Consultas médicas e de enfermagem. Ações de controle e de educação à saúde aos grupos: puericultura, pré-natal, controle de hipertensão e diabetes, programa de imunização, planejamento familiar, entre outros. A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE Rede regionalizada e hierarquizada em níveis de complexidade crescente das ações de saúde. Com tecnologia adequada em cada nível de complexidade Com fluxo de referência e contra-referência, visando o atendimento integral da população. A unidade Básica deve atender a uma demanda universal de forma equânime, integral e com resolutividade maior que 80% das intercorrências. É responsável pelo acompanhamento programático de grupos etários considerados prioritários (menores de 1 ano, gestantes, idosos, etc.) e de portadores de doenças crônicas (hipertensão, diabetes, tuberculose, desnutrição, etc). Realiza Vigilância em Saúde em seu território 1
2 Realiza relações política com a comunidade e outros. Tem como proposta realizar a atenção à saúde na lógica do SUS, rompendo com a idéia de atenção centrada no baixo custo, simplificada e com poucos equipamentos. Deve ser estruturada para que atenda de forma eficiente e eficaz as necessidades de saúde da população adscrita. ESTRUTURA FÍSICA DA UBS Recepção, arquivo de prontuário Sala de espera Sala da gerência Sala de imunização, consultórios médicos (ginecologia, pediatria e clínica geral). Sala de curativos e/ou procedimentos. Sala para administração de medicamentos Sala de inalação. Sala de vacinas Farmácia (sala p/ armazenamento de medicamentos) Sala para atendimento de enfermagem Sala para agentes comunitários de saúde Consultório odontológico e escovário. Sala de reuniões e educação em saúde. Sala de esterilização. Sala de expurgo. Sanitários para pacientes e funcionários Depósito para materiais de limpeza Abrigo para resíduos sólidos Copa/cozinha A UBS E A ATENÇÃO BÁSICA UBS: é porta de entrada para o sistema de atenção à saúde. Atende as necessidades das demandas sanitárias e demandas por ações clínicas. 2
3 DEMANDAS SANITÁRIAS Saneamento do meio Desenvolvimento nutricional Vacinação Informação em saúde. DEMANDAS CLÍNICAS Vigilância epidemiológica: promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças de relevância epidemiológica. Ações clínicas: promoção à saúde, prevenção, tratamento e recuperação de doenças, com apoio de técnicas diagnósticas e terapêuticas, além da aplicação de diferentes saberes e integração de ações individuais e coletivas. A UBS E A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA ESF: reorganização do modelo de atenção à saúde, sintonizada com os princípios do SUS novas práticas de atenção à saúde. Novas práticas: vínculo, compromisso e abordagem humanizada à população adscrita. A equipe precisa conhecer a realidade da população que atende: organização familiar e comunitária. Desenvolver planejamento a partir da realidade local e executar ações compatíveis com as necessidades. COMO OBTER INFORMAÇÕES PARA CONHECER A REALIDADE LOCAL? Cadastramento das famílias. Oficinas de territorialização. Visitas domiciliares. Análise de indicadores de mortalidade e morbidade. Obtenção de informações com informante chave da comunidade. Análise de informações sobre a cobertura, produção e produtividade de serviços realizados. 3
4 A UBS E A EQUIPE DE SAÚDE Médico clínico geral, ginecologista e pediatra Enfermeiro/gerência Técnico e/ou Auxiliar de enfermagem Odontólogo Técnico de higiene bucal (THD) Auxiliar de consultório dentário (ACD) GERÊNCIA DA UBS Responsável pela condução do processo de trabalho. Deve dar direção às ações, com responsabilidade, articulando por meio de negociação política, os recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos em consonância às necessidades da população do território. Deve conhecer o perfil epidemiológico da população de seu território, por meio de um desenho através da análise de informações demográficas, de morbimortalidade e condições de vida da população. Priorizar os problemas e realizar propostas de intervenção sobre os mesmos. A EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA 1 médico generalista 1 enfermeiro 1 auxiliar de enfermagem 1 odontólogo 1 THD 1 ACD 4 a 6 agentes comunitários de saúde (ACS) O nº de ACS varia de acordo com o nº de famílias 400 a 750 pessoas a serem acompanhadas. Cada equipe responsabiliza-se pela população do território 600 a 1000 famílias, ou 2400 a 4500 pessoas. Carga horária da equipe: 40 horas semanais visitas domiciliares, As Atividades realizadas pela equipe são: 4
5 ações programadas à criança, adolescente, adulto e idosos, consultas médicas, de enfermagem e odontológica, educação em saúde, ações específicas aos grupos de maior risco de adoecer e morrer, entre outros. TERRITORIALIZAÇÃO DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE TERRITÓRIO DISTRITO SANITÁRIO TERRITÓRIO ÁREA DE ABRANGÊNCIA TERRITÓRIO ÁREA DE INFLUÊNCIA TERRITÓRIO MICRO ÁREA DE RISCO TERRITÓRIO DOMICÍLIO PROBLEMA DE SAÚDE SETOR CENSITÁRIO BAIRRO TERRITÓRIO DISTRITO SANITÁRIO Tem caráter político-administrativo. Compreende uma área geográfica. Comporta uma população com características epidemiológicas e sociais. Composto por bairros de um município ou vários municípios de uma região. TERRITÓRIO ÁREA DE ABRANGÊNCIA Área de responsabilidade de uma unidade de saúde. Baseia-se em critérios de acessibilidade geográfica e fluxo da população. ACESSIBILIDADE AOS SERVIÇOS GEOGRÁFICO distância percorrida, disponibilidade de transporte, obstáculos. FUNCIONAL Tipos de serviços que são oferecidos, horário de funcionamento e qualidade. 5
6 CULTURAL Inserção dos serviços de saúde nos hábitos e costumes da população. ECONÔMICO Não disponibilização dos serviços à população. TERRITÓRIO ÁREA DE INFLUÊNCIA A população procura a assistência deslocando-se a outra UBS por terem maior afinidade com a equipe de saúde. TERRITÓRIO MICRO ÁREA DE RISCO População tem condições de vida homogênea de risco e quando é traçado o perfil epidemiológico pode-se definir as ações de saúde a serem desenvolvidas com a comunidade. TERRITÓRIO DOMICÍLIO Quando é feito o detalhamento do território em nível de domicílio, possibilitando assim, a adscrição de clientela, além de estabelecer as ações de controle de saúde. PROBLEMA DE SAÚDE É toda situação encontrada no território estudado nos aspectos: valores, padrões do ator social que são compreendidos por: equipe, população e governo. Embora seja um desconforto, há possibilidade de atuação, de interferir sobre uma situação. Além disso, cada um percebe a realidade desde o seu lugar e identifica como problema as situações que o incomodam. Impede o ator de atingir seus objetivos que é mudar a realidade. 6
7 SETOR CENSITÁRIO É a unidade básica de coleta para o Censo Demográfico, estabelecido pelo IBGE. BAIRRO Conglomerados estabelecidos pela própria população. Trata-se de bairros, vilas e jardins. TERRITORIALIZAÇÃO Trata-se de um processo, os quais todas as informações da área passa a ser estudada estrategicamente. Os dados são obtidos pelos sistemas de informação em saúde, em bancos de dados de nível central: Município, Estado e do País. Outra técnica para obtenção dos dados é por estimativa rápida participativa. ESTIMATIVA RÁPIDA Consiste em uma técnica de pesquisa para se conhecer o território, por meio de trabalho de campo. Tem como objetivo colher dados para a divisão do território em micro-áreas quanto às condições de vida da população. ETAPAS PARA A COLETA DE DADOS Levantamento das informações já disponíveis da área tais como os dados demográficos e epidemiológicos. Preparo do questionário a ser utilizado. Conhecimento do território por meio de elaboração mapa inteligente. Formulação de hipótese de sua divisão por micro-áreas pelos dados já conhecidos pela equipe. Identificação dos informantes-chaves do local para a realização de entrevistas para coletar os dados (fonte primária). A escolha dos informantes-chaves é muito importante e deve ser constituídos por moradores. 7
8 As informações a serem fornecidas compreendem em: característica do solo, do meio ambiente, infra-estrutura, características sócio-econômicas, etc. A coleta deve ser adequada à realidade que está sendo estudada. UTILIZAÇÃO DE FONTES SECUNDÁRIAS Utilização de dados já disponíveis (cadastramento das famílias ficha A). Utilização de informações fornecidas pelo IBGE. Pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde: Secretaria de Saúde, Ação Social, Educação, Meio Ambiente, do Trabalho, etc. Pelas companhias de abastecimento de água e esgoto, limpeza urbana, energia elétrica. Nos Conselhos Locais de Saúde. Nos Departamento de Trânsito, etc. Pela realização de pesquisas de campo que podem fornecer dado0s sobre as condições de vida da população. COMO RECONHECER O TERRITÓRIO? Necessário realizar um passeio ambiental pela área de abrangência. Observar: aspectos físicos como a topografia, condições e densidade das habitações, sistema de drenagem, esgoto a céu aberto, acúmulo de lixos, fundo de vales, córregos e outros. INDICADORES PARA DEFINIÇÃO DE MICRO-ÁREAS DE RISCO Barreira geográfica Moradia Abastecimento de água Coleta de lixo Renda familiar Transporte Escolaridade Perfil de morbimortalidade Violência Serviço Organização social Rede de esgoto 8
9 ROTEIRO PARA OBTENÇÃO DE INFORMAÇÕES DO TERRITÓRIO CARACTERÍSTICAS DO SOLO Topografia: cumes, encostas, baixadas, etc. Propriedade: pública, privada, não legalizada, etc. Uso do solo: residencial, comercial, agrícola, área verde, etc. Tempo de urbanização. Declividade: muito íngreme, íngreme, plano. Densidade de habitações: baixa, regular, elevada. CARACTERÍSTICAS DO MEIO AMBIENTE, INFRAESTRUTURA E DOTAÇÕES DOMÉSTICAS Condições de moradia: precária, semiprecária, permanente. Abastecimento de água: rede encanada com abastecimento regular, rede encanada com abastecimento irregular, ligações clandestinas à rede oficial, uso de fontes, poços, bicas, riachos, etc. Sistema de esgoto: rede oficial, fossas, esgotos a céu aberto, ausente. Eletricidade: rede oficial, ligações clandestinas, ausente. Sistema de coleta de lixo: regular e irregular. Transporte: número de linhas, destino, frequência. Presença de outros serviços: farmácias, escolas, outros serviços públicos. CARACTERÍSTICAS SÓCIO-ECONÔMICAS Nível de renda familiar. Tipo de ocupação mais frequente, se trabalho autônomo, informal, etc. Presença de produção doméstica ou comunitária para o auto consumo. Nível de educação médio: presença de analfabetismo (elevado, regular, baixa), grau de escolaridade médio (série/grau). 9
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