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Informativo Bimestral ACOMPANHE NESTA EDIÇÃO: Análise sobre o potencial nutritivo dos Ovos Enriquecidos com PUFA Ômega 3. O Informativo VIDA PUFA traz nesta edição uma série de informações que vai esclarecer sobre a importância do consumo de Ovos Enriquecidos PUFA com Ômega 3. Em uma série de entrevistas, nutricionistas dão o seu aval sobre este importante alimento e a União Brasileira de Avicultura também aborda o tema. Acompanhe nesta edição as novas exigências da Anvisa sobre a produção de Ovos Enriquecidos.

Editorial VIDA Pufa A informação como ferramenta para uma boa nutrição O Jornal Vida PUFA chega a mais uma edição repleto de informações que esclarecem sobre o potencial nutritivo dos Ovos Enriquecidos com PUFA Ômega 3. É uma grande satisfação para nossa equipe a evolução demonstrada por este mercado. Este desenvolvimento é a marca de um produto que cresce no conceito dos Nutricionistas, como apresentamos nesta edição através das entrevistas feitas com exclusividade. Elas apontam como a informação é importante para o esclarecimento do potencial nutritivo dos Ovos Enriquecidos com PUFA Ômega 3. Lembro que estaremos à sua mais inteira disposição para novos esclarecimentos! Conte com esse nosso canal de Comunicação, o Vida PUFA, e também com nosso site, www.pufa.com.br. Grande abraço e ótima leitura! Sonia Bazan Gerente de Produtos PUFA - Uniquímica. Publicamos também um material esclarecedor sobre as diferenças, inclusive legais, sobre os alimentos enriquecidos e os alimentos funcionais. Ainda há muitas dúvidas e esperamos que possamos esclarecê-las. Outro destaque são as novas exigências da Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária sobre a informação nutricional complementar (INC) contida nos rótulos, incluindo as marcas, dos alimentos embalados produzidos e comercializados no território dos Estados que fazem parte do MERCOSUL, o comércio entre eles e as importações extrazonas, embalados na ausência dos clientes e prontos para oferta aos consumidores. Pág. 02

Evolução do mercado e tendências para alimentos saudáveis A atual preocupação com alimentação saudável tem suas raízes algumas décadas atrás, quando surgiram os alimentos diet. Dênis Ribeiro, diretor de economia da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), conta que a difusão de informações nutricionais, cadernos de saúde e relacionamento direto entre alimentação e bem-estar fizeram surgir essa preocupação. Os alimentos diet, inicialmente, eram direcionados aos diabéticos e não tinham açúcar. Depois, evoluíram para um sentido de prevenção, a fim de evitar problemas de saúde no futuro. A partir daí vieram os alimentos light, com menos calorias; os fortificados, com mais vitaminas, ferro, Ômega 3 etc.; e os funcionais, que contribuem para a manutenção da saúde de diversas maneiras, reduzem colesterol, ativam funções intestinais e outros benefícios. Só que para fazer uma alegação dessas publicamente, você precisa prová-las cientificamente perante a Anvisa, o que leva mais de ano, afirma Ribeiro. Lívia Barbosa, diretora do Centro de Altos Estudos de Propaganda e Marketing da Escola Superior de Propaganda e Marketing (CAEPM-ESPM), acrescenta dois outros fatores que contribuíram para aumentar a preocupação com alimentação saudável. Há um aumento global de doenças cardiovasculares e de obesidade, sejam ligadas ao sedentarismo ou à alimentação, e o envelhecimento da população; cada vez mais interessa às pessoas viver melhor, afirma. Ela ressalta a centralidade que os temas saúde e comida assumiram na sociedade contemporânea. O mercado brasileiro de alimento funcional ou nutracêutico já movimenta R$ 350 milhões por semestre, segundo dados divulgados pela Abenutri (Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais). A preocupação com a alimentação e um envelhecimento saudável são os principais fatores que fortalecem a indústria de alimentos funcionais em todo o mundo. Os Alimentos Funcionais compartilham com o mercado de orgânicos diversos aspectos em comum: Um mercado relativamente jovem, com alto potencial de crescimento e diversificação, composto por consumidores mais exigentes e informados. A constante manutenção da imagem de segurança e alta qualidade dos produtos. A necessidade de uma comunicação eficiente e honesta com o consumidor. A necessidade de apoio científico, que prove os benefícios alegados, justificando o preço diferenciado destes produtos. Segundo o Euromonitor, Órgão Internacional de Pesquisa, o mercado global de alimentos funcionais deve crescer 72% até 2012 Apesar de muitas discussões sobre o conceito atribuído ao alimento funcional, a real definição é: Todo aquele alimento ou ingrediente que, além das funções nutricionais básicas, quando consumido como parte da dieta usual, produz efeitos metabólicos e/ou fisiológicos e/ou efeitos benéficos á saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica, segundo a Portaria nº 398 de 30/04/99 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. Pág. 03

ANVISA Novas Exigências VIDA Pufa Através das evidências científicas que comprovam os benefícios dos ácidos graxos Ômega 3, as autoridades reguladoras estão gradualmente estabelecendo quais são os níveis de ingestão diária recomendada, bem como a partir de quais níveis de incorporação um produto poderá reivindicar alegações com relação a benefícios para a saúde. E, mais importante ainda, também estão prestando atenção à diferenciação entre ALA e DHA/EPA. A ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária está elaborando um documento específico e muitas mudanças estão por vir após a aprovação do Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar que se encontra em Consulta Pública nº 21, de 6 de abril de 2011 D.O.U de 12/04/2011 O presente Regulamento Técnico se aplica à informação nutricional complementar (INC) contida nos rótulos, incluindo as marcas, dos alimentos embalados produzidos e comercializados no território dos Estados Partes do MERCOSUL, ao comércio entre eles e as importações extrazonas, embalados na ausência dos clientes e prontos para oferta aos consumidores. O presente Regulamento Técnico se aplica à INC realizada nos anúncios veiculados por meios de comunicação e em toda mensagem transmitida de forma oral ou escrita, dos alimentos que sejam comercializados prontos para oferta ao consumidor Art.1º Fica aberto, a contar da data de publicação(d.o.u de 12/04/2011) desta Consulta Pública, o prazo de 60 (sessenta) dias para que sejam apresentadas críticas e sugestões relativas à proposta de Resolução que dispõe sobre o Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar, em Anexo. Art. 2º A proposta de Resolução está disponível, na íntegra, no sítio da ANVISA no endereço eletrônico: http://www.anvisa.gov.br DEFINIÇÕES ANVISA.: 2.4. Ácidos graxos ômega 3: são os ácidos graxos poliinsaturados nos quais a primeira dupla ligação se encontra no terceiro carbono a partir do grupo metil (CH3) do ácido graxo. Para fins deste Regulamento Técnico, se consideram como ácidos graxos ômega 3 o ácido alfa-linolênico, o ácido eicosapentaenóico (EPA), e o ácido docosaexaenóico (DHA PROPOSTA ANVISA.: Ácidos graxos ômega 3 Fonte Atributo Mínimo de 300 mg de ácido alfalinolênico ou Mínimo de 40 mg da soma de EPA e DHA; e Condições Por 100 g ou 100 ml em pratos preparados conforme o caso. Pág. 04

Por porção Caso o alimento não atenda às condições estabelecidas para o atributo baixo ou reduzido em gorduras saturadas, deve ser declarada no rótulo junto à INC, conforme o caso com o mesmo tipo de letra da INC, com pelo menos 50% do tamanho da INC, de cor contrastante ao fundo do rótulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informação. Alto conteúdo Mínimo de 600 mg de ácido alfa-linolênico ou Mínimo de 80 mg da soma de EPA e DHA; e Por 100 g ou 100 ml em pratos preparados conforme o caso. Por porção Caso o alimento não atenda às condições estabelecidas para o atributo baixo ou reduzido em gorduras saturadas, deve ser declarada no rótulo junto à INC, conforme o caso com o mesmo tipo de letra da INC, com pelo menos 50% do tamanho da INC, de cor contrastante ao fundo do rótulo e que garanta a visibilidade e legibilidade da informação. Estudos Sobre Ômega 3 Há muitos anos cientistas descobriram o porquê dos esquimós de uma certa região sofriam pouco de doenças cardíacas mesmo tendo uma dieta rica em gorduras. Isso acontecia porque estes esquimós comiam muito peixes de água gelada, os quais eram ricos em Ômega 3. O Ômega 3 mantém os triglicerídeos estáveis. Os triglicerídeos em alta são normalmente associados ao aumento de risco de doença cardíaca. Segundo um estudo recente do Dr. Fernando Gómez- Pinilla, professor de neurocirurgia e ciências fisiológicas da Universidade da Califórnia (UCLA), que passou os últimos anos a estudar os efeitos da alimentação, exercício físico e sono sobre o cérebro. O Dr. Gómez analisou mais de 160 estudos sobre a o impacto que a alimentação tem sobre o cérebro e os resultados da sua análise pode ser lida no jornal Nature Reviews Neuroscience. Uma das conclusões refere a importância dos ácidos gordos (ácidos graxos) Ômega 3. O Ômega-3 contribui com alguns benefícios para o nosso cérebro, incluindo melhorias de aprendizagem, uma melhor memória, ajuda a combater alguns transtornos mentais como a depressão, transtornos de humor, esquizofrenia e demência. Segundo o Dr. Gómez as sinapses no cérebro ligam os neurónios e proporcionam algumas funções essenciais, a aprendizagem e a memória ocorre a nível das sinapses. Os ácidos gordos Ômega 3 apoiam a plasticidade sináptica que parece afectar positivamente a função de algumas moléculas relacionadas com a aprendizagem e com a memória. Os ácidos gordos Ômega 3 são essenciais para um normal funcionamento do cérebro Dr. Fernando Gómez-Pinilla Pesquisa realizada pelo Hospital da Mulher de Boston, nos Estados Unidos, o Ômega 3 aparece também como excelente fonte de prevenção a endometriose. A endometriose é um problema hormonal que afeta mulheres no mundo inteiro e pode trazer infertilidade. Pouco se sabe sobre a prevenção do problema e sua cura, mas os estudos relatam que o consumo da chamada boa gordura do salmão ou atum, que contêm Ômega 3, podem representar uma espécie de prevenção. Assim como o corte na dieta de gordura hidrogenada também pode ser de grande benefício. Pág. 05

O Dr Alex Richardson, pesquisador senior em psicologia da Mansfield College, Oxford University e Madeleine Portwood, colocou da seguinte forma: Ômega 3 pode melhorar as funções cerebrais pelo nível mais simples, através da melhora do fluxo sanguíneo melhora concentração, memória e performance do cérebro: Uma parte significativa do cérebro, nervos e retina dos olhos é composta de cadeias longas poliinsaturadas de Ômega-3 como as encontradas no óleo de peixe. As cadeias longas poliinsaturadas de Ômega-3 são essenciais para um ótimo desenvolvimento do cérebro, olhos e sistema nervoso. Estudos demonstraram que se a dieta não fornecer quantidade suficiente de Ômega 3, a função destes órgãos é prejudicada. Ômega 3 tem efeito antidepressivo, mostra estudo Os resultados de um amplo estudo relacionando a depressão e as taxas de Ômega 3 na alimentação mostram que esses ácidos graxos têm um efeito antidepressivo. Mas, para os cientistas, ainda é cedo para se pensar em se tratar depressão e desordem bipolar apenas com o nutriente. O estudo foi publicado no Journal of Clinical Psychiatry. Segundo o médicos do Hospital da Universidade de Medicina da China em Taiwan, outros estudos serão necessários para determinar a dosagem apropriada e a melhor composição dos suplementos de Ômega 3, além de se determinar que tipo de paciente seria beneficiado com a terapia. Peixes, como o salmão, e alguns grãos são fontes de dos ácidos graxos poliinsaturados Ômega 3. Como nas regiões onde seu consumo é alto a incidência de depressão é baixa, os médicos se interessaram em pesquisar seu uso como antidepressivo. Eles apostam particularmente no uso de Ômega 3 para depressão resistente, nas crianças e no pós-parto. Os médicos analisaram dez estudos clínicos com um mínimo de quatro semanas de duração que usaram dois tipos de Ômega 3 ácido eicosapentaenóico ou docosahexaenóico para tratar depressão ou desordem bipolar. Quando os pesquisadores reuniram todos os dados, encontraram efeitos antidepressivos significativos. Como o Ômega-3 é seguro e oferece muitos outros benefícios, o nutriente poderia ser interessante para pacientes depressivos com problemas cardíacos, diabéticos ou mulheres durante a gravidez e a amamentação. Pág. 06

Ômega 3 protege neurônios contra epilepsia Entenda a relação entre cérebro, corpo, saúde e bemestar nervosas) durante as crises epilépticas e ajudar na regeneração do tecido cerebral Pesquisa foi coordenada por cientistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Este é o primeiro estudo realizado no mundo sobre a ação do Ômega-3 no tecido cerebral O Ômega 3, um precioso lipídio que promove a saúde cardíaca, pode ajudar nosso cérebro. Estudos experimentais e clínicos apontam que os ácidos graxos poliinsaturados (Ômega-3) são importantes para o desenvolvimento e manutenção das funções do sistema nervoso central. Pesquisa foi publicada mês passado na Revista Epilepsy and Behavior* revelou que o Ômega-3, forma de gordura presente em algumas espécies de peixe, pode ajudar no combate à epilepsia. Em experimentos com animais, os pesquisadores verificaram que o Ômega-3 é capaz de minimizar a morte de neurônios (células Ômega-3 é capaz de minimizar a morte de neurônios (células nervosas) durante as crises epilépticas e ajudar na regeneração do tecido cerebral. A pesquisa coordenada por Fulvio Scorza, Ricardo Arida, Esper Cavalheiro da Unifesp e Roberta Cysneiros da Universidade Mackenzie, mostrou um papel neuroprotetor do Ômega-3 em animais com epilepsia. Nesta pesquisa, após dois meses de tratamento com Ômega-3, ratos com epilepsia apresentaram uma menor perda de neurônios na região do hipocampo (área central do cérebro que desempenha papel fundamental na memória e aprendizado) em relação aos animais com epilepsia sem tratamento. A próxima etapa será repetir o experimento com seres humanos. Este é o primeiro estudo realizado no mundo sobre a ação do Ômega-3 no tecido cerebral e pode ser um grande passo para ajudar a minimizar os danos causados pelas crises epilépticas nos neurônios e, com isso, melhorar a qualidade de vida do indivíduo com epilepsia. Pág. 07

Benefícios do consumo de Ovos Enriquecidos com Ômega 3 são analisados por nutricionistas Os Ovos Enriquecidos com Ômega 3 são uma fonte de boa alimentação. O VIDA PUFA entrevistou algumas nutricionistas sobre o consumo do produto e veja, abaixo a opinião das profissionais da área de nutrição. Vanessa Portella, consultora, formada pela UFRJ, empresária, com experiência também em centros e instituições de pesquisa como o Fiocruz e Lanagro. Creio que grande parte da população não consuma Ovos Enriquecidos por falta de informação. Os ovos estão sendo desvinculados da ideia de serem vilões da saúde. E os ovos enriquecidos correspondem, sem dúvida, a uma excelente alternativa para uma alimentação nutricionalmente rica e, portanto, saudável. Os ovos são excelentes fontes de proteínas, vitaminas e minerais, além de colina, um componente essencial para a saúde do cérebro e, isso já seria suficiente para incluí-los na dieta alimentar. Ter o enriquecimento com Ômega 3 só favorece mais, até porque precisamos lembrar que o Ômega 3 é uma gordura do tipo poliinsaturada que é benéfica ao nosso organismo. O aumento da ingestão de Ômega 3 pode, inclusive, diminuir os índices de colesterol e triglicerídeos sanguíneos, além de ter atividades antitrombótica,vasodilatadora e antiinflamatória. Pesquisas recentes demonstram inclusive associação que o consumo de Ômega 3 e melhora da memória e de quadros de depressão, justamente por atuar a nível cerebral. Ou seja, se o consumo de ovos já trazia benefícios nutricionais, o enriquecimento favorece ainda mais a saúde de indivíduos. Apesar da gema ser fonte de colesterol, cerca de 200mg por unidade, o consumo de ovos não é fator determinante no aumento do índice de colesterol total do organismo, ou seja, não podemos associar a ingestão de ovos à dislipidemias e doenças cardiovasculares. Existem outros fatores envolvidos que influenciam muito mais nos índices de colesterol, como obesidade e baixo consumo de fibras alimentares. Sou portanto favorável ao consumo de ovos como fontes protéicas riquíssimas e, de baixo custo para a população. Os ovos já são naturalmente ricos em nutrientes, pois é fato serem fontes valiosas de vitaminas, como as do complexo B, A, E, K, e minerais, como ferro, fósforo, selênio, zinco, além de possuírem proteínas que chamamos de alto valor biológico. O enriquecimento com Ômega 3 só vem a acrescentar no valor nutricional Pág. 08

deste alimento. Hoje, pesquisas tem demonstrado que a quantidade de colesterol presente na gema do ovo não é fator determinante nos níveis de colesterol sanguíneos Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio. do indivíduo e, portanto, o consumo deste alimento já tem sido desassociado do índice de doenças cardiovasculares. A presença do Ômega 3 enriquece ainda mais este alimento, favorecendo a qualidade das gorduras presentes na gema, sendo ainda um fator positivo na saúde do consumidor. Apesar do Ômega 3 estar disponível em outras fontes alimentares, ovos enriquecidos são uma alternativa à ingestão deste nutriente. Creio que grande parte da população não consuma ovos enriquecidos por falta de informação. Infelizmente a maioria da população desconhece sobre os benefícios do Ômega 3 e, o quanto pode ser favorável a presença deste componente em ovos. Claro que os ovos enriquecidos acabam sendo mais baratos do que outras fontes alimentares de Ômega 3, como pescados, mas em função do não conhecimento sobre os benefícios e o quanto isso poderia influenciar na saúde de cada um, os consumidores acabam optando por alternativas mais baratas. Creio que campanhas nacionais que possam informar ao cidadão favoreceriam o maior consumo destes ovos. A informação deveria ser veiculada pela mídia e também em postos de venda através da distribuição de materiais informativos. Hoje sabemos que não basta consumir alimentos que garantam um aporte calórico necessário para fornecimento de energia e assim manutenção das funções básicas do organismo, o que chamamos nutrição clássica. O conceito de nutrição funcional insere-se na necessidade nutricional individual de acordo com o histórico, rotina, hábitos, enfermidades e complicações. Esta tendência tem sido a chave para a solução de muitas questões físicas e orgânicas, pois a preocupação maior está não na quantidade e sim na qualidade dos alimentos ingeridos. Os ovos enriquecidos contribuem para condutas deste tipo, pois podem ser fontes preciosas de Ômega 3, que sabemos, VIDA Pufa inclusive, ser tão importante na alimentação de muitas pessoas. Seria interessantíssimo campanhas publicitárias que informassem em uma linguagem simples e clara, tanto na mídia falada e escrita, quanto em postos de saúde e de atenção à população. A tecnologia garante avanços na alimentação, mas é essencial que esteja disponível a todos. Mariana Catta-Preta, Nutricionista UniRio. O consumo de Ovos Enriquecidos deveria ser estimulado, visto que esse ácido graxo possui grande importância na prevenção e tratamento de muitas doenças. Há mais de dez anos fala-se dos benefícios dos ácidos graxos eicosapentaenóico (EPA) e docosahexaenóico (DHA). A população precisa ser mais bem informada a respeito disso e jornais como o VIDA PUFA servem como excelente veiculo para a disseminação da informação. É preciso divulgação e o maior esclarecimento em relação a sua produção. Algumas pessoas ainda pensam que alimentos de origem animal enriquecidos são produtos alterados industrialmente e que trarão algum malefício futuro. A partir do momento que a população entende o objetivo e a produção deste alimento ela passa a consumir mais, pois acredita no consumo consciente que acarreta no aumento da ingestão de um nutriente muito importante para a saúde humana, principalmente quando falamos especificamente dos ácidos EPA e DHA, onde seu consumo é bastante reduzido na população brasileira. Não vejo como alimentação funcional e sim como alimentação preventiva e de tratamento. Hipocrates já dizia Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio. Pág. 09

Alexandra Marinho, Nutricionista. Enriquecer alimentos com nutrientes saudáveis é válido na busca de uma alimentação mais saudável e prática. A alimentação do brasileiro, em geral, é bem pobre em Ômega 3 e muitas vezes quando se ingere o Ômega 3, ingere-se junto algum tipo de gordura saturada ou trans, que são gorduras que fazem mal ao organismo. Essa ingestão simultânea, na maioria das vezes faz com que o Ômega 3, não consiga ser transformado e absorvido normalmente pelo organismo. A proposta do enriquecimento do ovo com Ômega 3 parece ser boa, assim, confirmando a real existência desta gordura benéfica no ovo, será muito interessante para a saúde da população em geral sua ingestão diária. A alimentação funcional é bem complexa e exige uma série de hábitos alimentares saudáveis. Quando se enriquece um alimento com nutriente supostamente funcional, a tendência é, cada vez mais, estarmos mais próximos de uma alimentação equilibrada e necessária. O ovo é um excelente alimento e não aumenta o colesterol ruim, muito pelo contrário, aumenta sim o HDL que é o colesterol bom, isso diminui risco de doenças cardiovasculares por exemplo. O ovo alimenta a memória e diminui a ansiedade, na última década, algumas pesquisas também demonstraram que a colina, uma substância nutritiva encontrada em alguns alimentos, é importantíssima para melhorar a memória e a capacidade cognitiva e para a formação de novos neurônios. Logo, o consumo desse nutriente é de grande importância para prevenir doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. E o que diz a União Brasileira de Avicultura sobre o consumo de ovos com Ômega 3? O ovo é uma proteína de alta qualidade, acessível, de excelente digestibilidade e indispensável em qualquer dieta. Agregar valor ao produto, como o enriquecimento com Ômega 3, é vantajoso para o produtor e para o consumidor, que passa a contar com um produto com diferenciais nutritivos. Ariel Antônio Mendes, diretor de Produção e Técnico Científico da UBABEF. Pág. 10

Alimentos Funcionais ou Enriquecidos? VIDA Pufa Ainda é grande a dúvida. O que é classificado como alimento funcional ou enriquecido? Inúmeros fatores afetam a qualidade da vida moderna, de forma que a população deve conscientizar-se da importância de alimentos contendo substâncias que auxiliam a promoção da saúde, trazendo com isso uma melhora no estado nutricional. A incidência de muitas doenças pode ser minimizada através de bons hábitos alimentares. Sanitária (ANVISA), considera-se alimento enriquecido, todo alimento ao qual for adicionada substância nutriente, com o objetivo de reforçar o seu valor nutritivo, seja repondo quantitativamente os nutrientes destruídos durante o processamento do alimento, seja suplementando-os com nutrientes em nível superior ao seu conteúdo normal. Os alimentos funcionais fazem parte de uma nova concepção de alimentos, lançada pelo Japão na década de 80, através de um programa de governo que tinha como objetivo desenvolver alimentos saudáveis para uma população que envelhecia e apresentava uma grande expectativa de vida. Os vários fatores que têm contribuído para o desenvolvimento dos alimentos funcionais são inúmeros, sendo um deles o aumento da consciência dos consumidores. Os vários fatores que têm contribuído para o desenvolvimento dos alimentos funcionais são inúmeros, sendo um deles o aumento da consciência dos consumidores, que desejando melhorar a qualidade de suas vidas, optam por hábitos saudáveis. Os alimentos funcionais devem apresentar propriedades benéficas além das nutricionais básicas, sendo apresentados na forma de alimentos comuns. São consumidos em dietas convencionais, mas demonstram capacidade de regular funções corporais de forma a auxiliar na proteção contra doenças como hipertensão, diabetes, câncer, osteoporose e coronariopatias. Alimentos funcionais são todos os alimentos ou bebidas que, consumidos na alimentação cotidiana, podem trazer benefícios fisiológicos específicos, graças à presença de ingredientes fisiologicamente saudáveis. Enriquecidos De acordo com a Agência Nacional de Vigilância A suplementação do alimento com vitamina e/ou sais minerais, obedecerá o critério de correlação entre o consumo médio diário recomendado de um certo alimento e a necessidade diária recomendada desses nutrientes. De acordo com a Nutricionista Funcional, Karen Levy Delmaschio, alimentos funcionais são aqueles que produzem efeitos metabólicos ou fisiológicos através da atuação de um nutriente ou não nutriente no crescimento, desenvolvimento, manutenção e em outras funções normais do organismo humano. Com propriedades funcionais, além de atuar em funções nutricionais básicas, irá desencadear efeitos benéficos à saúde e deverá ser também seguro para o consumo sem supervisão médica. E, completando a explicação, a também Nutricionista, Mariana Catta-Preta, aponta que os alimentos funcionais são alimentos enriquecidos, entretanto, nem todo alimento enriquecido é considerado funcional. Considera-se alimento fortificado/enriquecido ou simplesmente adicionado de nutrientes todo alimento ao qual for adicionado um ou mais nutrientes essenciais contidos naturalmente ou não no alimento, com o objetivo de reforçar o seu valor nutritivo e ou prevenir ou corrigir deficiência(s) demonstrada(s) em um ou mais nutrientes, na alimentação da população ou em grupos específicos da mesma. Pág. 11