Pela Voz dos Pacientes. Pesquisa Lei dos 60 Dias: Panorama Nacional. Lei 12.732/12



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Transcrição:

Pela Voz dos Pacientes Pesquisa Lei dos 60 Dias: Panorama Nacional Lei 12.732/12

Lei dos 60 Dias: Porque estamos aqui? Contextualização Existem inúmeros relatos de pacientes sobre a implementação inadequada da lei, em vigor desde maio de 2013. O atraso entre o diagnóstico e o início do tratamento é determinante para a alta mortalidade por câncer no Brasil, demorando de 6 à 8 meses para que o paciente receba o primeiro tratamento. O que diz a Lei nº 12.732, de 22 de Novembro de 2012? Art. 2º O paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), no prazo de até 60 (sessenta) dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único... Art. 3º O descumprimento desta Lei sujeitará os gestores direta e indiretamente responsáveis às penalidades administrativas.

Lei dos 60 dias Portaria nº 876 Contextualização O que diz a Portaria nº 876 de 16 de maio de 2013 Art. 3º O prazo de 60 (sessenta) dias fixado no art. 2º da Lei nº 12.732, de 2012, para fins do primeiro tratamento cirúrgico ou quimioterápico ou radioterápico do paciente no SUS, contar-se-á a partir do registro do diagnóstico no prontuário do paciente. O que a justiça diz? Tal Portaria extrapola seu poder regulamentador, incidindo, com isso, em violação ao princípio da legalidade. Agravo de Instrumento nº 0058904-91.2013.4.01.0000/DF, Relatora: Desembargadora Selene Maria de Almeida Tribunal Regional Federal 7.11.2013. 1º Região. Publicação: *Projeto de Decreto Legislativo nº 1293/2013, da Dep. Carmen Zanotto (SC), susta o Art. 3º da Portaria 876/13. A matéria aguarda votação na CCJ da Câmara, com parecer pela aprovação do Dep. Beto Albuquerque (RS).

SISCAN: ele funciona? Contextualização Mas, como será o registro eletrônico do prontuário? Portaria nº 3.394 de 30 de dezembro de 2013 Art. 1º Fica instituído o Sistema de Informação de Câncer (SISCAN) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Art. 3º O SISCAN será obrigatoriamente implantado pelos seguintes estabelecimentos de saúde, públicos ou privados que atuam de forma complementar ao SUS... Art. 7º A partir da competência março de 2014, o Boletim de Produção Ambulatorial Individualizada (BPA-I) dos procedimentos de que trata o 3º do art. 3º será gerado exclusivamente pelo SISCAN...

Estamos cumprindo a Lei 12.732/12? Contextualização Dados do Relatório de Intervalo de Tempos, disponível no Integrador (RHC): para as primeiras consultas realizadas entre 2012 e 2013, obtendo-se dados relativos aos estados de AL, BA, ES, MG, MT, PA, PB, PR, RJ, RN, RS e SC. Para os demais estados e DF, o sistema não retorna resultados. Ressalte-se que as informações referentes ao Estado de São Paulo não foram ainda incorporadas nem validadas. FONTE: TC 018.835/2013-9 (TCU)

Estamos cumprindo a Lei 12.732/12? Contextualização Faltam recursos para lei que obriga o SUS a iniciar tratamento da neoplasia maligna em 60 dias, não houve adicional de investimentos para regularizar a oferta dentro do princípio de fazer os atendimentos em 60 dias. Dr. Paulo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), em reportagem da Agência Brasil EBC (22/05/2013).

Objetivo: mapear os aspectos relacionados à implementação da Lei 12.732/12, através de pesquisa primária e de dados secundários. As informações foram colhidas entre 15 de março de 2014 e 15 de maio de 2014. Realização: FEMAMA Execução: Grupo Resulta Inteligência Apoio: ABRAPAC AMUCC ABAC-Luz APCM AAMA AAMN ACCGD ACCBC AMAP AMOR PRÓPRIO ADAMA GRUPO GAMA ASSOCRIO AFECC AAPECAN AMI AMAJES ALICC ALICC APPO CIAM ANLUCC ELAS POR ELAS FMCS FUNDAÇÃO LAÇO ROSA MÃO AMIGA GRUMARE GRUPO AMAR IMAMA ICC HUMSOL GRUPO DESPERTAR NASPEC RFCC BLUMENAU RFCC BRUSQUE RFCC ITAJAÍ RFCC JARAGUÁ DO SUL RFCC MARAVILHA RFCC PONTA PORÃ RFCC UNIÃO DA VITÓRIA RFCC AMAZONAS DISTRITO FEDERAL RFCC ALAGOAS XANXERÊ RFCC XAXIM RFCC SÃO BENTO DO SUL RFCC GASPAR RECOMEÇAR ROSAVIVA ROSA E AMOR TOQUE DE VIDA

Metodologia Pesquisa exploratória através do método de entrevistas pessoais telefônicas. Amostra de 27 Secretarias Estaduais de Saúde; Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), de órgãos reguladores, hospitais filantrópicos e de uma amostra de CACONS e UNACONS, incluindo o INCA. Amostra visa reconhecer os centros de maior volume de atendimento para tratamento do câncer no país, possibilitando uma análise com representatividade nacional no levantamento de dados. A amostra de dados secundários será apresentada em nova oportunidade.

Entrevistados Foram pesquisadas 59 instituições, incluindo a Administração Pública; Destas, 24 responderam à pesquisa de forma completa; 35 instituições não responderam. INCA: O Instituto Nacional do Câncer respondeu através de sua assessoria de imprensa que por ser o órgão auxiliar do Ministério da Saúde (MS) no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, as informações fornecidas pelo Instituto são as mesmas do MS. Informou ainda só responder perguntas autorizadas ou solicitadas pelo próprio MS. E o princípio Constitucional da Publicidade -Constituição Federal Art. 5º, XXXIII e o Art. º37, 3º. II? *Não quiseram participar, não forneceram retorno ou estão avaliando: 14 Secretarias Estaduais de Saúde, 7 Centros de Regulação e 12 Hospitais públicos ou filantrópicos.

Somente 1 instituição negou participação na pesquisa. 39% responderam e 59% continuam avaliando as respostas, enviadas em média há 30 dias. (n = 5) (n = 20) (n = 1) (n = 1) (n = 27) (n = 54) 12 10 10 10 7 8 6 56% 59% 6 3 4 44% 39% 4 2 Centro de Regulação 2% Hospitais INCA SAS Secretarias Total Sim Não Aguardando Retorno

79% dos que responderam possui conhecimento sobre alguma mudança recente no cenário da oncologia no país 10 (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 88% 69% 79% 12 10 8 6 13% 31% 21% 4 2 Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total Sim Não Não soube responder

Entre os que responderam não conhecer mudanças recentes no cenário da oncologia no país, destaca-se: "Não houve muitas mudanças, mas estão sendo planejadas novas formas da atenção ao diagnóstico precoce para o cumprimento da lei. "A mudança ainda não ocorreu, está sendo discutida ( ) inclusive com o Ministério da Saúde. O descaso nessa região é muito intenso, os equipamentos estão quebrados, os locais para exames estão sem condições, os resultados dos exames para a confirmação do diagnóstico estão levando muito tempo, ocasionando problemas no cumprimento da lei. Não possuo conhecimento de nenhuma mudança, pois somente uma lei não altera o atendimento e tratamento das neoplasias, necessitamos de capacitação, recursos, saber qual a realidade de cada local.

Existe consenso em relação ao fluxo esperado dos pacientes para diagnóstico e tratamento de neoplasias malignas no SUS: Os pacientes com suspeita de neoplasia são encaminhados para o oncologista (?); Existe uma dificuldade maior em realizar o tratamento com radioterapia, que está sendo iniciado em média após 100 dias, não cumprido o prazo de 60 dias; Foi mencionada a referência aos CACONs e UNACONs para tratamento e acompanhamento dos pacientes; 21% dos que responderam fizeram menção à inserção do paciente diagnosticado com neoplasia no SISCAN e 8% mencionaram seguimento dos pacientes pela Regulação Municipal.

De acordo com os entrevistados, existem várias formas de controle dos encaminhamentos e acompanhamentos do tratamento de paciente com diagnóstico de câncer: Pelo gestor, através das suas centrais de regulação de serviços de saúde e pelos serviços, através de indicadores; Pelos órgãos reguladores e fiscalizadores municipais, estaduais e Ministério da Saúde através dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC); Pelo SISCAN, sendo 33% dos respondentes; Por sistemas internos dos centros - 17% dos respondentes; Por SISCOLO/SISMAMA e Registro Hospitalar de Câncer.

63% dos respondentes consideram que existe dificuldade de encaminhamento, ou acompanhamento, dos pacientes com neoplasias (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 8 67% 63% 62% 63% 7 6 5 33% 25% 23% 21% 15% 13% Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total 4 3 2 1 Sim Não Não soube responder

Entre os entrevistados que consideram haver dificuldades: "A rede de atenção básica ainda carece de capacitação para diagnóstico rápido e efetivo em oncologia, resultando em muitos encaminhamentos inadequados, com isso muitas vezes retardando o diagnóstico e o tratamento da paciente. Infelizmente para todas as áreas existem dificuldades de exames, tratamentos, equipamentos e profissionais. A maior dificuldade é o diagnóstico, pois a demanda é grande e os equipamentos são poucos e somos o único local que realiza os exames. Dificuldade em tratamento específicos, quando requer uma atenção maior ou o caso é de maior complexidade.

96% dos entrevistados conhecem o SISCAN (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 12 10 88% 10 96% 10 8 6 4 13% 4% Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total 2 Sim Não Não soube responder

33% das respostas mencionou que o sistema estaria somente parcialmente implementado e com problemas de funcionamento. Todos desconhecem uma data limite para pleno funcionamento do SISCAN. (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 12 10 10 8 5 62% 54% 6 25% 31% 33% 4 13% 13% 8% 8% 2 Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total

Diversas respostas foram encontradas sobre quem seria o responsável pela inclusão de pacientes e atualização de dados do SISCAN?

75% dos hospitais e secretarias mencionam ter recebido treinamento sobre o SISCAN (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 63% 92% 75% 10 9 8 7 6 33% 33% 33% 25% 13% 17% 8% Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total Sim Não Não soube responder 8% 5 4 3 2 1

71% dos que responderam conhecem a Lei 12.732/12 (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 67% 75% 69% 71% 8 7 6 5 33% 25% 31% 21% 4 3 2 Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total Sim Não Não soube responder 8% 1

Aproximadamente, 1/3 dos respondentes relatam que a lei não estaria sendo seguida ou somente de forma parcial (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 67% 63% 69% 67% 8 7 6 33% 25% 23% 13% 13% 8% 8% Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total Sim Não Parcialmente Não soube responder 13% 5 4 3 2 1

79% dos respondentes consideram que não houve repasse extra de recursos para implementação da lei ou desconhecem esta informação 8 67% 62% 7 6 5 5 33% 25% 38% 38% 23% 15% 21% 29% 4 3 2 1 Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total Sim Não Não soube responder

75% disseram ter recebido treinamento sobre a Lei 12.732/12, porém, um percentual de 25% respondeu que não recebeu treinamento sobre SISCAN ou não soube responder (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 92% 10 9 67% 75% 8 7 5 33% 38% 21% 13% 8% Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total 4% 6 5 4 3 2 1 Sim Não Não soube responder

75% dos respondentes desconhecem a existência de algum plano de ação para execução de todas as obrigações constantes da lei. (n = 3) (n = 8) (n = 13) (n = 24) 88% 10 9 67% 69% 75% 8 7 6 5 33% 31% 21% 13% Centro de Regulação Hospitais Secretarias Total 4% 4 3 2 1 Sim Não Não soube responder

9. Dificuldades de diálogo com o Ministério da Saúde para entender melhor como deverá efetivamente funcionar o Controle Social do poder executivo. Pesquisa Lei dos 60 Dias: Panorama Nacional Desafios Dificuldades identificadas para implementação da lei e portarias relacionadas: 1. Déficit de profissionais especializados e falta de recursos financeiros; 2. Falta de conhecimento das reais necessidades de cada local; 3. Demora no encaminhamento para tratamento e demora na aceitação do diagnóstico para busca de tratamento; 4. As comobidades que os pacientes apresentam necessitam ser tratadas antes do tratamento oncológico pois são fatores de risco ao paciente; 5. Dificuldade de atender com a melhor qualidade em função da elevada demanda; 7. O tratamento oncológico de qualidade é deficitário pelo SUS; 8. O acesso às legislações é demorado e as dúvidas não são solucionadas;

beneficiem de tais mudanças. Pesquisa Lei dos 60 Dias: Panorama Nacional Desafios A Lei 12.732/2012 foi implementada pelo Ministério da Saúde e a maioria dos respondentes conhece sobre a lei (75%) e recebeu treinamento sobre o tema (71%). Entretanto, a atenção não está sendo realizada de forma adequada em todos os estados. Alguns cumprem os prazos da lei, mas outros não conseguem cumprir a determinação devido à falta de equipamentos, materiais, profissionais, etc. como foi informado nos gráficos apresentados. De acordo com as informações recebidas dos entrevistados, o sistema SISCAN foi praticamente implementado em todas as regiões, tiveram treinamentos, mas o sistema não funciona totalmente e muitas vezes apresenta erro. Embora a publicação da lei tenha sido um passo muito importante para melhorar o acesso e acompanhamento de pacientes com neoplasias no SUS, a sua plena implementação ainda não foi concluída e esforços neste sentido são fundamentais para permitir que os pacientes realmente se

Depoimento I Ciclo de Debates sobre Câncer de Mama para Parlamentares 03 de abril de 2014 / Brasilia