4/5/2010. Sistema Glicolítico. Intensidade. Sistema Glicolítico ATP CP. Sistema Oxidativo. Tempo de Duração. 10 2 Acima de 2



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Transcrição:

Sistema Glicolítico Intensidade 100 80 % 60 ATP CP Sistema Glicolítico Sistema Oxidativo 40 20 0 10 2 Acima de 2 Tempo de Duração 1

Intensidade 100 80 % 60 40 Sistema Glicolítico 20 0 2 Tempo de Duração SISTEMA GLICOLÍTICO 1. Características: Alta Intensidade Curta Duração 2. Substrato Energético Glicogênio Glicose 2

SISTEMA GLICOLÍTICO 3. Local da Célula Citosol 4. Fibras Exigidas Rápidas (preferencialmente) Lentas A energia necessária é oriunda de 2 processos: Glicólise Hidrólise da Glicose oriunda da corrente sanguínea, a partir da enzima hexocinase, fornecendo inicialmente 2 mol de ATP anaeróbio. Glicogenólise hidrólise do glicogênio oriundo do fígado que na célula sofrerá a ação da enzima glicogênio fosforilase, fornecendo inicialmente 3 mol de ATP 3

Glicose Glicogênio 2 ATP 3 ATP ATIVIDADES LEVES E MODERADAS Ciclo de krebs e Cadeia de Transporte de Elétrons (glicólise aeróbia), tendo como produto final a formação de H + Piruvato H + ATIVIDADES INTENSAS O H + não consegue ser transportado para a mitocôndria pelo NAD, junta-se então ao Ácido Pirúvico e Forma o Ácido Lático (!), que imediatamente irá se dissociar (hidrolisar) em Lactato e H + O que o acúmulo de H + (hidrogênio) ocasiona na célula? O que é ph? Alteração do ph celular, tornando-o Ácido. O ph refere-se a uma medida que indica se uma solução líquida é ácida (ph menor que 7), neutra (ph = 7), ou básica/alcalina (ph maior que 7). ph é o símbolo para a grandeza físico - química de Potencial Hidrogeniônico Alcalino Neutro Alcalose: A alcalose é um termo clínico que indica um transtorno no qual há um aumento na alcalinidade dos fluidos do corpo, isto é, um excesso de base (alcalina) nos líquidos corporais. Geralmente utiliza-se este termo nos casos em que o ph arterial é maior que 7,45. Acidose: A acidose metabólica é o excesso de acidez no sangue caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de carbonatos. Quando um aumento do ácido supera o sistema tampão do ph do corpo, o sangue pode tornar-se realmente ácido. Ácido 4

De que forma o H + (hidrogênio) é neutralizado? 1. Sistema Tampão Formação de molécula de H 2 O (água) a partir do Bicarbonato que forma uma Hidroxila OH -. Assim: OH + H + = H 2 O 2. MCT Transportador de H + na membrana celular. Coloca o H + para fora da célula 3. Proteínas As proteínas são alcalinas. A sua utilização pela fibra muscular torna o ph mais alcalino, reduzindo a acidez celular. Todos os três fatores atuam em conjunto para minimizar o efeito ácido do acúmulo de H +. Caso este nível de H + permaneça elevado, as enzimas celulares desnaturarão. 1. O que é Lactato? R: Lactato é um composto orgânico produzido naturalmente no corpo humano e também utilizado como fonte de energia para atividades físicas em gerais. O lactato é encontrado nos músculos, no sangue, e em vários órgãos. A presença de lactato é necessária para que o corpo funcione propriamente. É o produto final do metabolismo da glicose na via glicolítica, formado em condições de oxigenação inadequada nas fibras musculares com poucas mitocôndrias. (Powers e Howley, 2000) 2. De onde vem o Lactato? R: A principal fonte de produção de lactato é a quebra de carboidratos chamados de glicogênio. Glicogênio se quebra em uma substância chamada piruvato e produz energia. Geralmente esse processo é referido como Energia Anaeróbia devido a não utilização de Oxigênio. Quando piruvato se quebra ainda mais, esse processo produz ainda mais energia. Esta energia é chamada de energia aeróbia devido a utilização do Oxigênio. Se o piruvato não se quebra, este geralmente é transformado em lactato. 3. Quando Lactato é produzido? R: Quando a intensidade da atividade física é elevada a ponto das reações metabólicas não obtiverem energia aeróbia. A ineficácia em utilizar o piruvato como energia, fará com que ele fique elevado e seja convertido em lactato. 5

O acúmulo de lactato é um importante indicador de treinamento. Quando lactato é produzido, isto é uma indicação de que a energia aeróbia está sendo limitada durante a atividade. 4. Para onde o Lactato vai? R: Inicialmente quando é produzido, o lactato tem a tendência de sair do músculo onde se encontra, e acaba entrando em outros músculos vizinhos (fibras lentas) na corrente sangüínea, ou no espaço entre células musculares contendo uma menor concentração de lactato. Quando o lactato é recebido em um músculo qualquer provavelmente será transformado novamente em piruvato para ser utilizado como energia aeróbia. O lactato pode ser utilizado como combustível pelo coração, e também pode ser convertido novamente em glicose e glicogênio no fígado. Há algumas evidências em que certas quantidades de lactato podem também ser transformadas em glicogênio nos próprios músculos. 3. Como medir o Lactato? R: A grande maioria das medidas de lactato utilizam amostras sangüínea. Quando uma amostra de sangue é utilizada, a quantidade de lactato no sangue é expressada como uma concentração de milimols por litro. Como exemplo, os níveis de lactato em humanos durante repouso estão geralmente entre 1.0 mmol/l e 2.0 mmol/l. Limiar Anaeróbio x Limiar de Lactato Ponto máximo onde a produção é igual a remoção; Geralmente, este momento ocorre em concentrações sangüíneas de lactato de 4 mmols (Mader, 1978) Deflexção da curva de concentração para a esquerda. Quanto maior a capacidade de realizar exercícios em intensidades maiores neste nível de concentração, maior o condicionamento, ou seja, maior o Limiar de Lactato. 6

Como medir os níveis de lactato? Métodos Diretos 1. Amostra de sangue 2. Ergoespirometria Métodos Indiretos 1. Protocolos de determinação de velocidade do limiar (VLan) Weltman, e deflexção da FC de Conconi Limiar Anaeróbio LIMIAR DA DEFLEXÃO DA FC CONCONI A determinação indireta do limiar anaeróbio através da identificação, em um teste progressivo, do ponto de deflexão da freqüência cardíaca (PDFC), a partir do qual ocorre a perda da linearidade em resposta ao aumento da intensidade do Exercício. CONCONI (1982) Devido à praticidade e fidedignidade, pode-se sugerir o LC como o método para determinação do LAn mais indicado para academias. SILVA e Col (2005) 7

Limiar Anaeróbio ART WELTMAN - PISTA Percorrer 3200 metros no menor tempo Fazer a correção do tempo em segundos Ex: 3200 metros em 15 46 CORREÇÃO DO TEMPO Tc = (tempo em seg x 100) / 60 Tc = (46 x 100) / 60 Tc = 4600 / 60 Tc = 76,6 ou 77 Utilizar este valor VELOCIDADE DO LIMIAR VL = 509,5 (20,82 x Tc) VL = 509,5 (20,82 x 15,77) VL = 509,5 328,33 VL = 181,17 metros / minuto Passar a VL em m/min para Km/hora Limiar Anaeróbio ART WELTMAN - PISTA VELOCIDADE DO LIMIAR VL = 181,17 metros / minuto TRANSFORMAÇÃO DA VL VL km = VL m/min x 0,06 VL km = 181,17 x 0,06 VL km = 10,87 Km / hora 8

COMO TREINAR? VELOCIDADE DO LIMIAR VL = 10,87 Km/h 1. Qual a Distância (ex: 258m) 2. Determinar o tempo por volta TEMPO POR VOLTA Tv = (Distância x 3,6) / VL Tv = (258 x 3,6) / 10,87 Tv = 928,8 / 10,87 Tv = 85 segundos ou 1 25 Dividir o Tempo total da volta por 4 Tv = 85 segundos ou 1 25 85 / 4 = 21 segundos por parcial 85 21 63 42 9

MÉTODOS DE TREINAMENTO INTERVALADO - ADULTO AA Anaeróbio Alático AL Anaeróbio Lático R Recuperação (intervalo entre séries) A Ativa (entre 40 a 50% do VO2) P Passiva (abaixo de 40% do Vo2) L Longa (acima de 1:4) C Curta (abaixo de 1:4) MÉTODOS DE TREINAMENTO INTERVALADO AARAC resistência a acidose AARPL restauração de ATP ALRAL remoção de acidose ALRAC resistência a acidose AARPC mista (resistência a acidose e pouco restauração de ATP) 10

Próxima Aula: Anota aí... Produção de ATP a partir do Glicogênio e da Glicose Fornecimento de ATP a partir da quebra da Glicose e do Glicogênio pela via aeróbia. Local da célula: MITOCÔNDRIAS Quantidade de ATPs: 36 a 39 ATPs Células Envolvidas: Musculares Os íons de H + são oxidados na mesma velocidade que são produzidos. Este processo é conhecido como Estado estável. Temos ao final a formação de Piruvato e H 2 O. Fundamental para a manutenção das atividades com intensidades elevadas e períodos de tempo relativamente pequeno. 11

Inicialmente a Glicose fornece 2 ATP, e o Glicogênio 3 ATP ainda no citosol celular. Essa formação inicial é conhecida Como a Nível do Substrato. A continuidade da Glicólise e da Glicogenólise só é possível devido o transporte dos íons de H+ reduzidos para NADH. Este transporte é mediado por duas lançadeiras, que se localizam na membrana mitocondrial. Vamos começar a contar? A nível do substrato: Glicose = 2 ATP Glicogênio = 3 ATP Fundamental para a manutenção das atividades com intensidades elevadas e períodos de tempo relativamente pequeno. Lançadeiras de H +, fundamentais para a manutenção da atividade intensa. GLICEROL-FOSFATO Lançadeira encontrada nas células dos músculos esqueléticos e células cerebrais. Cada vez que um íon de H + passa pela lançadeira, são produzidos 2 ATP. Como durante a glicólise ainda no citosol são formados dois NADH, o H + passa duas vezes pela lançadeira, gerando no total 4 ATP. 12

Lançadeiras de H +, fundamentais para a manutenção da atividade intensa. ASPARTATO-MALATO Lançadeira encontrada nas células dos rins, fígado e coração. Cada vez que um íon de H + passa pela lançadeira, são produzidos 3 ATP. Como durante a glicólise ainda no citosol são formados dois NADH, o H + passa duas vezes pela lançadeira, gerando no total 6 ATP. Vamos continuar contando... A nível do substrato: Glicose = 2 ATP Glicogênio = 3 ATP Lançadeiras: Glicerol-Fosfato = 2 ATP x 2 = 4 ATP Aspartato-Malato = 3 ATP x 2 = 6 ATP 13

Coenzimas fundamentais durante a Glicólise. NAD Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo NAD vem do inglês Nicotinamide adenine dinucleotide. É uma coenzima que apresenta dois estados de oxidação: NAD+ (oxidado) e NADH (reduzido). A forma NADH é obtida pela redução do NAD+ com dois elétrons e aceitação de um próton (H+). É um transportador de H+ durante a fosforilação oxidadtiva. Cada vez que o NAD transporta um H+ são formados 3 ATP Coenzimas fundamentais durante a Glicólise. FAD Flavina Adenina Dinucleotídeo FAD é uma enzima capaz de sofrer ação redox, presente em diversas reações importantes no metabolismo. O FAD pode existir em dois estados de oxidação e o seu papel bioquímico envolve frequentemente alternância entre esses dois estados. O FAD é capaz de se reduzir a FADH2, estado em que aceita dois átomos de hidrogénio: O FADH 2 é uma molécula transportadora de energia metabólica, sendo utilizada como substrato na fosforilação oxidativa mitocondrial. Cada vez que é reoxidado o FAD, forma 2 ATP. 14

Vamos continuar contando... A nível do substrato: Glicose = 2 ATP Glicogênio = 3 ATP Lançadeiras: Glicerol-Fosfato = 2 ATP x 2 = 4 ATP Aspartato-Malato = 3 ATP x 2 = 6 ATP Coenzimas: NAD = 3 ATP FAD = 2 ATP Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico O ciclo de Krebs, corresponde à uma série de reações químicas que ocorrem na vida da célula e seu metabolismo. Descoberto por Sir Hans Adolf Krebs (1900-1981). O ciclo é executado na mitocôndria e trata-se de uma parte do metabolismo dos organismos aeróbicos (utilizando oxigênio da respiração celular); O ciclo de Krebs é uma rota que possui a finalidade de oxidar a acetil-coa (acetil coenzima A), que se obtém da degradação de carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos a duas moléculas de CO2. Este ciclo inicia-se quando o piruvato que é sintetizado durante a glicólise é transformado em acetil CoA (coenzima A) por ação da enzima piruvato desidrogenase. Este composto vai reagir com o oxaloacetato que é um produto do ciclo anterior formando-se citrato. Após o ciclo de krebs ocorre outro processo denominado fosforilação oxidativa. 15

Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico + 3 ATP (NAD para entrar) 3 ATP (NAD) 3 ATP (NAD) 3 ATP (NAD) 2 ATP (FAD) 1 ATP (livre) 15 ATPs Cada vez que o Piruvato roda o Krebs forma 15 ATPs. Como para cada processo temos a formação de duas moléculas de Piruvato, Este processo é duplicado, ou seja, 30 ATPs são Formados!!! Vamos continuar contando... A nível do substrato: Glicose = 2 ATP Glicogênio = 3 ATP Lançadeiras: Glicerol-Fosfato = 2 ATP x 2 = 4 ATP Aspartato-Malato = 3 ATP x 2 = 6 ATP Coenzimas: NAD = 3 ATP FAD = 2 ATP Ciclo de krebs: 15 ATP x 2= 30 ATPs 16

A Glicose no músculo esquelético gera? A nível do substrato: Glicose Lançadeiras: Glicerol-Fosfato 2 ATP 4 ATP + Ciclo de krebs: 30 ATP 36 ATP A Glicogênio no músculo esquelético gera? A nível do substrato: Glicogênio Lançadeiras: Glicerol-Fosfato 3 ATP 4 ATP + Ciclo de krebs: 30 ATP 37 ATP 17

A Glicose no músculo cardíaco gera? A nível do substrato: Glicose Lançadeiras: Aspartato-Malato 2 ATP 6 ATP + Ciclo de krebs: 30 ATP 38 ATP A Glicogênio no músculo cardíaco gera? A nível do substrato: Glicogênio Lançadeiras: Aspartato-Malato 3 ATP 6 ATP + Ciclo de krebs: 30 ATP 39 ATP 18

Ciclo de Cori O ciclo de Cori, ciclo dos Cori ou via glicoselactato-glicose consiste na conversão da glicose em lactato, produzido em tecidos musculares durante um período de deprivação de oxigénio, seguida da conversão do lactato em glicose, no fígado. O ciclo de Cori é uma cooperação metabólica entre músculos e fígado. Com um trabalho muscular intenso, o músculo usa o glicogênio de reserva como fonte de energia, via glicólise. Ao contrário do que muitos pensam não é o acúmulo de lactato no músculo que causa dor e fadiga muscular, mas o acúmulo do acidez gerado glicolidicamente. Os músculos são capazes de manter a carga de trabalho na presença de lactato se o ph for mantido constante. Próxima Aula: Anota aí... Prática de Sistema Glicolítico 19