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ACÓRDÃO. Rio de Janeiro, / /2012. Des. Cristina Tereza Gaulia. Relator

Transcrição:

AC Nº 507151 - SE (2009.85.00.003624-5) APELANTE(S): WIREFLEX COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA. ADVOGADO: MARCELO RODRIGUES E OUTROS APELANTE(S): CEF - CAIXA ECONÔMICA FEDERAL ADVOGADO(S): LAERT NASCIMENTO ARAÚJO E OUTROS APELADO(S): PISOLAR COMÉRCIO DE TINTAS LTDA. ADVOGADO: SÉRGIO RICARDO SOUZA BEZERRA E OUTROS ORIGEM: JUÍZO FEDERAL DA 1ª VARA - SE RELATOR: DES. FEDERAL LUIZ ALBERTO GURGEL DE FARIA EMENTA CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. PROTESTO INDEVIDO. RESPONSABILIDADE. NOME DA AUTORA JÁ INSCRITO EM CADASTRO RESTRITIVO. DANO MORAL. INEXISTÊNCIA. SÚMULA 385-STJ. 1.A solicitação intempestiva de sustação do protesto não tem o condão de esvaziar a pretensão autoral. 2. Denunciação da lide afastada porquanto ausentes os requisitos do art. 70 do Estatuto Processual Civil. 3. A jurisprudência da 2ª Seção do eg. Superior Tribunal de Justiça, ao apreciar o REsp nº 1.213256/RS, submetido ao regime dos recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), assentou a tese de que o endossatário que recebe, por endosso translativo (endosso pelo qual alguém transfere os direitos de crédito a um terceiro), título de crédito contendo vício formal, sendo inexistente a causa para conferir lastro a emissão de duplicata, responde pelos danos causados diante do protesto indevido, ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas. (rel. Min. Luís Felipe Salomão, DJE 14/11/2011). 4. Incabível o pagamento de indenização a título de dano moral quando já houver inscrição do nome do devedor em cadastro de proteção ao crédito, conforme enuncia a Súmula 385-STJ. 5. Apelações parcialmente providas. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos em que figuram como partes as acima identificadas, DECIDE a Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por unanimidade, dar parcial provimento às apelações, nos termos do Relatório, do

Voto do Relator e das Notas Taquigráficas constantes dos autos, que passam a integrar o presente julgado. Recife, 14 de junho de 2012 (data de julgamento). LUIZ ALBERTO GURGEL DE FARIA Desembargador Federal Relator 2

AC Nº 507151 - SE RELATÓRIO DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ALBERTO GURGEL DE FARIA (RELATOR): Trata-se de apelações interpostas pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e por WIREFLEX COMÉRCIO E INDÚSTRIA LTDA contra sentença que julgou procedente o pedido, reconhecendo a inexistência dos débitos objeto das duplicatas levadas indevidamente a protesto indicadas na inicial, bem assim condenando as apelantes a pagarem danos morais em face da responsabilidade pelo evento danoso. Defende a WIREFLEX, preliminarmente, a sua ilegitimidade e a carência de ação, pela perda superveniente do objeto. No mérito, aduz, em apertada síntese, que: não teve responsabilidade pelo ocorrido com a autora; ao verificar a irregularidade na emissão dos títulos, enviou pedido à instituição financeira para que cancelasse as cobranças; sempre agiu de boa-fé; inexiste nexo causal entre a sua atitude e os danos alegados; inocorreu o dano moral defendido; a fixação do quantum indenizatório, caso mantida a condenação, há de ser revista. A CAIXA, por sua vez, defende, em preliminar, a necessidade de denunciação da lide, assim como a ilegitimidade de parte. No mérito, alega, em síntese, que: inaplica-se o CDC; a inação da autora provocou os protestos que poderiam ser evitados; não tem responsabilidade sobre o evento danoso; agiu de boa-fé; a jurisprudência dominante é no sentido de que o banco endossatário não pode responder pelos prejuízos que o cedente endossante dos títulos causa; a empresa autora possui restrições cadastrais anteriores. Contrarrazões. É o relatório. 3

AC Nº 507151 - SE VOTO DESEMBARGADOR FEDERAL LUIZ ALBERTO GURGEL DE FARIA (RELATOR): Examino, inicialmente, a prefacial de carência de ação sustentada pela WIREFLEX, sob o fundamento de que cientificou à CEF acerca da impertinência do protesto dos títulos. Tal circunstância, contudo, não tem o condão de esvaziar a pretensão autoral, porquanto a indenização postulada funda-se no protesto indevido das duplicatas, situação que só cessou quando da antecipação da tutela deferida na sentença. No tocante à denunciação da lide suscitada pela CAIXA, há que se verificar se preenchidos os requisitos do art. 70 do Estatuto Processual Civil. No caso presente, é patente a relação jurídica direta da autora tanto com a CEF, quanto com a WIREFLEX, não sendo, portanto, a hipótese de incidência do referido instituto por absoluta incompatibilidade. Ainda que assim não fosse, o entendimento consolidado no eg. STJ vem se inclinando no sentido de considerar facultativas as hipóteses de denunciação da lide, repelindo-as quando se antevirem prejuízo à celeridade processual, sob pena de desvirtuar tal mecanismo. Nesse sentido: REsp. 1.164.229/RJ, rel. Min. Sidnei Beneti, DJE 01/09/2010; REsp. 955.352/RN, rel. Min. Eliana Calmon, DJE 29/06/2009. No tocante à ilegitimidade defendida pelas recorrentes, tenho que o tema vincula-se com o mérito da demanda, devendo ser examinada no momento oportuno. Passo ao exame da questão de fundo. A matéria aqui devolvida diz respeito à responsabilização das rés pelo protesto indevido. merece acolhimento. No exame da questão, verifico que o pedido das recorrentes não Por primeiro, registro que a jurisprudência da 2ª Seção do eg. Superior Tribunal de Justiça, ao apreciar o REsp nº 1.213256/RS, submetido ao regime dos 4

recursos repetitivos (art. 543-C do CPC), assentou a tese de que o endossatário que recebe, por endosso translativo (endosso pelo qual alguém transfere os direitos de crédito a um terceiro), título de crédito contendo vício formal, sendo inexistente a causa para conferir lastro a emissão de duplicata, responde pelos danos causados diante do protesto indevido, ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas. (rel. Min. Luís Felipe Salomão, DJE 14/11/2011). No caso dos autos, a sentença apurou não só a responsabilidade da CAIXA, mas, também, a da WIREFLEX, no protesto indevido das duplicatas, sendo relevante transcrever excerto daquele decisum: 4) ao ser contactada, a Wireflex emitiu correspondências datadas de 29.04.2009 (f. 160 e 161) para a autora e outra para a CEF (2ª ré). Na endereçada a parte autora, informava que ela admitia que a duplicatas não seriam devidas e que assumiria a responsabilidade perante a instituição financeira.(...) A duplicata não se desvinculou de sua causa porque o autor não prestou aceite, nem foram entregues a mercadorias. Ressalte-se que a ré não juntou cópia das duplicatas protestadas. Sob o prisma da distribuição dinâmica do ônus da prova, entendo que estava obrigada porque os documentos se encontravam em seu poder. Por sua vez, a responsabilidade dos réus é mais do que evidente. O 1º réu (Wireflex) porque duplicatas sem que corresponde a negociação que de fato veio a ser concretizada. Já a CEF protestou duplicata sem aceite e sem que as mercadorias tenham sido efetivamente entregues. Pelo próprio contrato que a CEF assinou com a Wireflex - não vincula outras pessoas que não foram partes - os títulos apresentados estaria sujeitos a análise e de que não estaria obrigada a aceitar títulos nestas condições:(...) (fls. 227v/228). (grifei) Tecidas essas considerações e evidenciada a responsabilidade das apelantes, passo ao exame do dano moral, registrando que, quanto a tal aspecto, a sentença caminhou em descompasso com a jurisprudência do eg. Superior Tribunal de Justiça. Com efeito, a Súmula 385-STJ enuncia que da anotação irregular em cadastro de proteção ao crédito, não cabe indenização por dano moral, quando preexistente legítima inscrição, ressalvado o direito ao cancelamento. No caso dos autos, através da petição de fls. 94/107, a autora admite a sua inscrição no CADIN desde 2006, noticiada pela CAIXA, de modo a fazer incidir os ditames da Súmula antes transcrita. 5

É bem verdade que a apelada defende que tal inscrição não traz dificuldades no âmbito empresarial ( restrições de créditos dos seus fornecedores e/ou de instituições bancárias), de modo a mitigar o teor do referido enunciado sumular. Esse, contudo, não é o entendimento sufragado no âmbito jurisprudencial, ao reconhecer que a inscrição/permanência indevida no CADIN é fato que ofende a imagem das pessoas, físicas ou jurídicas, pondo em dúvida a sua ideoneidade junto aos diversos agentes econômicos, erigindo-se como causa suficiente para embasar o pedido de reparação por dano moral, por se tratar de dano in re ipsa. (TRF5ª, 4ª T., AC 503112/PB, DJE 12/04/2012, p. 450). Ante tais considerações, DOU PARCIAL PROVIMENTO ÀS APELAÇÕES, para excluir a condenação alusiva aos danos morais. Sucumbência recíproca. É como voto. 6