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Transcrição:

Ministério da Previdência Social Conselho de Recursos da Previdência Social 1ª Composição Adjunta da 3ª Câmara de Julgamento Número do Processo: 44232.281499/2014-00 Unidade de Origem: AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL BOM DESPACHO CTC: 11023010.1.00043/14-2 Recorrente: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS Recorrido: CASSIA TAVARES DIAS - Titular Capaz Assunto: INDEFERIMENTO Relator: Relatório Cássia Tavares Dias requereu Certidão de Tempo de Contribuição em 10/08/2012, referente a período laborado como costureira na empresa Edson Ferreira Rangel de 1989 a 03/1994, sem anotação em CTPS. Apresenta declarações de escolas, comprovantes de dispensa de aulas de educação fisica, declaração do empregador, e solicita processamento de Justificação Administrativa. Foi considerado documento válido apenas o de fls.45, após pesquisa externa nas escolas, o que possibilitaria a realização de JA apenas para o ano de 1992. Por meio do Acórdão 569/2015, proferido pela 01ª CA da 07ª JR/CRPS, o pedido foi provido para realização de J.A para o período solicitado, uma vez que entendem que Os documentos acostados aos autos pela Requerente produzem a indução da existência do direito que pleiteia, constituindo-se assim, ao entendimento deste julgado indicio de prova que justifica a realização da justificação administrativa requerida. Embargos interpostos pelo INSS, onde argumentam que de acordo com as razões recursais, a segurada solicita o processamento de Justificação Administrativa para o período de 1989 a março de 1994 para que seja certificado na Certidão de Tempo de Contribuição. A decisão foi somente no sentido de processar a JA, o que entendem que deveria ser de converter em diligência, considerando que após processada a conclusão, a autoridade competente poderá deixar de homologar quanto ao mérito e dessa decisão não caberá recurso de acordo com o previsto no artigo 147 do Decreto nº 3.048/99 "Art.147. Não caberá recurso da decisão da autoridade competente do Instituto Nacional do Seguro Social que considerar eficaz ou ineficaz a justificação administrativa". Por meio do Acórdão 852/2015, em sede de Embargos, a JR conhece do Embargo e nega provimento, e assim se fundamenta: Os Embargos merecer ser recebidos. O pedido do recurso foi em primeiro momento de realização da justificação administrativa, e a aplicação os efeitos da apuração porventura ocorrida com a realização da mesma. Não haveria possibilidade de determinação de diligencia em matéria já indeferida pelo INSS (fls. 62), o que tornou litigiosa a realização a justificação administrativa. Consta da parte final do acordão a menção de procedência do recurso, o que efetivamente encontra-se equivocada, haja vista que na ementa consta e na certidão do Decisório consta CONHECER DO RECURSO E DAR-LHE PROVIMENTO PARCIAL. O INSS interpôs recurso especial, p. 93/94, onde decisão da JR no sentido de determinar a realização de justificação administrativa no período de 1989 a 1994. Entretanto, resta clara a ilegalidade do ato objeto de nosso recurso. Deram provimento ao reconhecer à interessada o direito para que seja realizada a justificação administrativa relativamente ao período de 1989 a 1994, sob alegação de que os documentos acostados aos autos produzem a indução da existência do direito pleiteado. Contudo, os documentos apresentados, não constituem elementos para formação de convicção do início de prova material contemporânea para todo o período pleiteado, tendo em vista que a comprovação do tempo de serviço mediante justificação administrativa é válida quando processada baseada em início de prova material, conforme dispõe o artigo 143 do Decreto 3.048/99. Desta forma, de acordo com a legislação acima, não cabe a realização da justificação administrativa no período

determinado pelo D. Órgão Julgador. Em Contrarrazões alega requerimento de CTC com certificação de período vinculada ao RGPS, sem registro em CTPS, onde foi solicitado processamento de J.A, uma vez que destina-se a suprir ausência de prova material. Argumenta que a prova de seu trabalho está nos assentos escolares e nas declarações de ex-patrões que foram utilizados à época para dispensa às aulas de educação física. Argumenta pesquisa in loco realizada pelo servidor, onde constatou dispensa das aulas no período de 1987 a 1995, por motivo de trabalho, sendo este documento idôneo e contemporâneo aos fatos, notadamente no sentido de autorizar a realização de J.A. Inclusão em Pauta Incluído em Pauta no dia 28/10/2015 para sessão nº 0364/2015, de 18/11/2015. Voto Recurso tempestivo o que permite seu conhecimento e julgamento quanto ao mérito. Trata-se de pedido de Certidão de Tempo de Contribuição CTC de tempo de exercício em atividade urbana, empregada sem registro em CTPS, para o período 1989 a 08/03/1994. Verifica-se que a recorrente apresenta: Anotação de Firma Individual referente a Edson Ferreira Rangel, atividade alterada para industria e comércio de roupas, realizada em 17/01/1978. Declaração do empregador, informando atividade como costureira de 1989 a 08/03/1994. Recibo de acerto trabalhista, datado de 08/03/1994. Histórico escolar dos anos de 1987, 1990/1992, indicando dispensa de disciplina de Educação Física, nos termos do Decreto 69.450/71. Declaração emitida pela Confecções Adorin, datada de 06/03/1992, direcionada a escola, indicando trabalho da recorrida. Ata de Resultado final de aproveitamento dos anos de 1988/1992. Declaração escolar informando dispensa das aulas de Ed. Física nos anos de 1987 a 1992, por motivo de trabalho. Declaração escolar informando dispensa das aulas de Ed. Física nos anos de 1993/1995, por motivo de trabalho. Para corroborar com os inícios de provas materiais destacados acima, solicitou processamento de Justificação Administrativa. Observa-se que a Junta de recursos deu provimento parcial ao pedido da recorrente apenas no sentido de autorizar o processamento da Justificação administrativa, sem entretanto, pronunciar quanto ao mérito do pedido de emissão de CTC períodos a serem averbados. Neste caso, correto o entendimento do INSS, a meu ver, em argumentar que a autorização para processamento da J.A deve ser feito por meio de diligência, e não como decisão definitiva. Deve-se destacar que a decisão a quo, como prolatada, não põem fim ao solicitado, uma vez que o pedido principal é a emissão de CTC, com acréscimo do período de 1989 a 09/03/1994, possuindo como procedimento o requerimento de Justificação Administrativa (dado sua natureza). Desta feita, há necessidade de retorno dos autos para processamento de J.A, o que deverá ser observado o contido na Portaria nº 548, de 14.09.201, em seus artigos 34 e 56, abaixo transcritos: Art. 34: O INSS pode, enquanto não tiver ocorrido a decadência, reconhecer expressamente o direito do interessado e reformar sua decisão, observado o seguinte procedimento: I quando o reconhecimento ocorrer na fase de instrução do recurso ordinário o INSS deixará de encaminhar o recurso ao órgão julgador competente; II quando o reconhecimento ocorrer após a chegada do recurso no CRPS, mas antes de qualquer decisão colegiada, o INSS deverá encaminhar os autos ao respectivo órgão julgador, devidamente instruído com a comprovação da reforma de sua decisão e do reconhecimento do direito do interessado, para fins de extinção do processo com resolução do mérito por reconhecimento do pedido; III quando o reconhecimento ocorrer após o julgamento da Junta de Recurso ou da Câmara de Julgamento, o INSS deverá encaminhar os autos ao órgão julgador que proferiu a última decisão, devidamente instruído com a comprovação da reforma de sua decisão e do reconhecimento do direito do interessado, para que, se for o caso, seja proferida nova decisão. Parágrafo 1 : Na hipótese do Inciso II, se da análise dos autos o órgão julgador constatar que não ocorreu o reconhecimento expresso do direito do interessado pelo INSS, o processo terá seguimento normal com o julgamento do recurso de acordo com o convencimento do colegiado.

Parágrafo 2 : Na hipótese de reforma parcial de decisão do INSS, o processo terá seguimento em relação à questão objeto da controvérsia remanescente. Art.56: É vedado ao INSS escusar-se de cumprir, no prazo regimental, as diligências determinadas pelas unidades julgadoras do CRPS, bem como deixar de dar efetivo cumprimento às suas decisões definitivas, reduzir ou ampliar o seu alcance, ou executá-las de modo que contrarie ou prejudique seu evidente sentido ; Parágrafo 1º: É de trinta dias, contados do recebimento do processo na origem, o prazo para cumprimento das decisões do CRPS, sob pena de responsabilização funcional do servidor que der causa ao retardamento ; CONCLUSÃO - Pelo exposto, VOTO, no sentido, de preliminarmente, CONVERTER JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA, para que sejam tomadas as seguintes providências: a Tendo em vista documentos carreados aos autos, observa-se que antes da decisão colegiada, necessário se faz que o INSS processe Justificação Administrativa, nos termos solicitados à p. 45/45, tudo conforme arts. 142 e seguintes do Decreto 3048/99. b - Dever ser apresentado comprovação da existência da empresa em todo período requerido, uma vez que não consta prova nos autos nesse sentido; Relator(a) Declaração de Voto Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). LIRIA SOARES NOGUEIRA Conselheiro(a) Titular Representante do Governo Declaração de Voto Conselheiro(a) concorda com voto do relator(a). MARCO ANTONIO PICORELLI LOPES CANCADO Conselheiro(a) Titular Representante das Empresas Voto divergente VOTO VENCIDO Discordo, em parte, do voto a quo, da ilustre Conselheira Aline Sanches Pimentel. Conforme o bem elaborado relatório apresentado pela Conselheira Relatora, pretende a interessada a emissão de Certidão de Tempo de Contribuição para o período de 1989 a 03/1994, em que alega ter trabalhado como costureira na empresa pertencente ao Sr. Edson Ferreira Rangel, cuja atividade consistia em indústria e comércio de roupas. Analisando os autos, verifica-se que foram apresentados os seguintes documentos: - Anotação de Firma Individual referente a empresa, onde se alterou a atividade para indústria e comércio de roupas, realizada em 17/01/1978, que prova a existência da firma neste período; - Declaração do empregador, informando a atividade da postulante como costureira no período de 1989 a 08/03/1994 que se refere à prova testemunhal; - pag. 16: Recibo de quitação de salários vencidos e outros proventos e trabalho, datado em 08/03/1994, com firma reconhecida em 20/06/2014, não tendo como afirmar sobre a sua contemporaneidade; - pag. 19: Recibo de Salários e Outros Proventos do Trabalho, sem data e assinatura, não sendo válido como início de prova; - Históricos Escolares de 1987, 1990, 1991 e 1992 com as seguintes anotações:

- 1987 - Dispensada em Educação Física Decreto Federal 69.450/1971 Alínea A ; - 1990 Dispensada em Educação Física Decreto Federal 69450/71 alínea a A aluna não assistiu às aulas... Apresentou declaração do pastor de sua igreja ; - pag. 42: Declaração da Escola Estadual Irmã Maria, informando que a postulante foi dispensada das aulas de Educação Física pelo Decreto Federal 69450/1971, alínea A, no período de 1987 a 1992, por motivo de trabalho, o que constitui prova testemunhal. - pag. 43: Declaração da Escola Estadual Prof. Wilson Lopes do Couto, informando que a postulante foi dispensada das aulas de Educação Física pelo Decreto Federal 69450/1971, alínea A, no período de 1993 a 1995, por motivo de trabalho, o que constitui prova testemunhal. O INSS realizou pesquisa na Escola Estadual Irmã Maria, tendo o servidor assim relatado: Realizada pesquisa na Escola Irmã Maria me foram apresentadas Fichas de Frequência da requerente onde consta dispensa das aulas de Educação Física por motivo de trabalho para o período de 1987 a 1992. Me foram apresentadas também declarações da empresa Confecções Adorn, assinada por Edson Ferreira Ranger, datada em 06/03/1992, declarando que a requerente trabalha de segunda a sexta de 07 às 05 horas e Igreja Batista Nacional, datada de 05/04/1992. Cópias das declarações anexas ao processo. pag. 48/49. Realizada pesquisa junto à Escola Estadual Professor Wilson Lopes do Couto, tendo o pesquisador apresentado o relatório nos seguintes termos: Realizada pesquisa na Escola Estadual Professor Wilson Lopes do Couto, onde me foram apresentadas Fichas de Frequência da requerente, onde consta que a mesma foi dispensada das aulas de Educação Física para o período de 1993 a 1995, mas me foi apresentada apenas uma declaração da Casa Fidelis, datada em 22/03/1995. pag. 52/53. O INSS autorizou o processamento da Justificação Administrativa solicitada pela interessada, somente para o ano de 1992, tendo a mesma interposto recurso ordinário, inconformada com a decisão proferida. O órgão julgador de 1º grau deu provimento parcial ao recurso determinado o processamento de JA. para todo o período. No recurso especial, o INSS contesta a decisão do órgão julgador de 1º grau, aduzindo em síntese, que: - foi dado provimento parcial ao recurso da interessada, determinando a realização de Justificação Administrativa no período de 1989 a 1994, contudo os documentos apresentados não constituem elementos para formação de convicção de início de prova contemporânea para todo o período pleiteado; - não cabe a realização de Justificação Administrativa no período pleiteado, devendo o ato administrativo que deu provimento ao recurso ser reformado; - a decisão do INSS deve ser mantida, em todos os termos. Analisados todos os documentos acostados aos autos, esta Relatora concordo em parte, com o voto da conselheira relatora Aline Sanches Pimentel. A decisão da 1ª Composição Adjunta da 7ª Junta de Recursos não está correta, pois, não poderia ser definitiva. No que diz respeito a proposição de diligência para processamento de Justificação Administrativa, manifesto a minha concordância, todavia, tal procedimento deve ser levado a efeito somente para o ano de 1992, quando foi comprovada através da pesquisa, a existência de declaração solicitando a dispensa das aulas de educação física, na Escola Estadual Irmã Maria. Verifica-se que na pesquisa realizada junto à Escola Estadual Professor Wilson Lopes do Couto, foi apresentada apenas uma declaração da Casa Fidelis, datada em 22/03/1995, extemporânea ao período pretendido. Outro fato a ser observado é que o único documento comprovando a existência da empresa se refere o ano de 1978, o que deve ser regularizado. Conforme já registrado acima, os demais documentos não levam a convicção de que a postulante tenha trabalhado na empresa em comento, pois, o fato da mesma ter sido dispensada de Educação Física não tem correlação com o seu trabalho para o Sr. Edson Ferreira Rangel, como costureira. Importante ressaltar que as declarações apresentadas são provas testemunhas, não sendo válidas como início de prova material, conforme artigos 55, 3º da lei nº 8.213/1999 e artigo 143 do Decreto nº 3.048/1999. Isto posto, VOTO, em CONVERTER O JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA, para que sejam adotadas as providências acima indicadas. SUELI SILVA ROCHA Presidente

Decisório Nº Decisão: 1533 / 2015 Vistos e relatados os presentes autos, em sessão realizada hoje, DECIDEM os membros da 1ª Composição Adjunta da 3ª Câmara de Julgamento do CRPS, CONVERTER O JULGAMENTO EM DILIGÊNCIA, POR MAIORIA, de acordo com o voto do(a) Relator(a) e sua fundamentação. Participaram, ainda, do presente julgamento, os Conselheiros LIRIA SOARES NOGUEIRA e MARCO ANTONIO PICORELLI LOPES CANCADO. Relator(a) SUELI SILVA ROCHA Presidente