Redesenho do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI



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Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome SNAS - Secretaria Nacional de Assistência Social

OFICINA: Telma Maranho Gomes

Transcrição:

Redesenho do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome MDS Secretaria Nacional de Assistência Social SNAS

HISTÓRICO DO PETI PETI Contexto histórico 1996 a 2005 implantação do PETI antes do SUAS 1996 - O PETI foi lançado em 1996 pela SNAS pelo então MPAS, com o apoio da OIT, para combater o trabalho de crianças em carvoarias da região de Três Lagoas (MS); 1997-2000: ampliação do Programa para os demais estados, com o modelo que consistia em implantar atividades complementares à escola - Jornada Ampliada; conceder uma complementação mensal de renda - Bolsa Criança Cidadã, às famílias; proporcionar apoio e orientação às famílias beneficiadas; promover programas e projetos de qualificação profissional e de geração de trabalho e renda junto às famílias; 2001: Edição da Portaria nº 458/MPS, que dispõe sobre normas gerais do PETI. No mesmo ano, outros programas de atenção à criança vítima de violência foram lançados, como o Programa Sentinela. O PETI deixou de ser convenial e não mais se exigiu a CND;

HISTÓRICO DO PETI PETI Contexto histórico 2005 a 2012 Avanços na estruturação do SUAS 2005 - Instituição do Sistema Único de Assistência Social, e da NOB/SUAS 2005. Ações programáticas como o Sentinela foram redimensionadas e incorporadas aos serviços continuados do SUAS, sendo prestados nos CREAS, com repasses regulares e automáticos, fundo a fundo, garantidos por pisos de proteção; No caso do PETI, a NOB/SUAS 2005 excepcionaliza a operação por piso para garantir as atividades socioeducativas, permanecendo a lógica per capta; Portaria GM/MDS n 666, de 28 de dezembro de 2005 propõe a integração entre o Programa Bolsa Família - PBF e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI visando a racionalização e aprimoramento do processo de Gestão dos programas de transferência de renda;

HISTÓRICO DO PETI PETI contextualizando o redesenho 2009: A CIT pactua o Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de Renda, que define, entre outros, as responsabilidades da rede de CRAS e de CREAS na proteção às famílias com situação de trabalho infantil; Edição da Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais, definindo os serviços preventivos da PSB e os especializados da PSE 2010: Publicação das Orientações Técnicas sobre a Gestão do PETI e do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos; 2011: PETI é incorporado na LOAS, ratificando o...caráter intersetorial, integrante da PNAS, que, no âmbito do SUAS, foi consolidado com as ações que compreende : (1) transferência de renda às famílias; (2) trabalho social com famílias e (3) oferta de serviços socioeducativos para crianças e adolescentes.

HISTÓRICO DO PETI Novo cenário - estruturação do SCFV no SUAS 2013 RESOLUÇÃO Nº 01, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2013 dispõe sobre o Reordenamento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos/DPSB; Equaciona: Cofinanciamento do Projovem Modalidade Adolescente e do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil PETI Razões:- Falta de flexibilidade para utilização dos recursos dos pisos no atendimento das situações existentes no território, de acordo com suas especificidades; Regras de oferta, forma de acompanhamento e lógica de cofinanciamento diferentes para cada faixa etária; Garantir continuidade do cofinanciamento da oferta pois trata-se ação continuada; O reordenamento do SCFV inclui: 4.982 municípios que já possuem cofinanciamento para o SCFV, em alguma faixa etária (criança, adolescente ou pessoa idosa) x 3588 municípios PETI 1.683.000 usuários 97 mil crianças de até 6 anos e 354 mil idosos (Censo SUAS) 852.153 de crianças e adolescentes até 16 anos em situação de trabalho infantil ; 380 mil adolescentes em coletivos do PJA (Sisjovem); induz o atendimento de públicos prioritários: crianças em situação de trabalho infantil, adolescentes em cumprimento MSE, entre outros.

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI Educação PAIF SCFV SUAS PETI PAEFI Abordagem Social Esporte e Lazer Saúde Trabalho Cultura 6

PETI contextualizando o redesenho Novo cenário HISTÓRICO DO PETI Avanços na estruturação do SUAS Mudanças no fenômeno trabalho infantil

Diagnóstico trabalho infantil O Censo Demográfico 2010 mostrou declínio do trabalho infantil para o Brasil, mas trouxe dois alertas: - a redução foi mais lenta para crianças e adolescentes de 10 a 15 anos (10,8%) - a expressiva redução verificada no Nordeste não ocorreu nas demais regiões, tendo sido registrada ampliação do trabalho infantil no Norte e no Centro Oeste e elevada concentração nas regiões Sul e Sudeste. Tabela I 2000 2010 Variação 2000-2010 10 a 15 anos 16 e 17 anos 10 a 15 anos 16 e 17 anos 10 a 15 anos 16 e 17 anos Brasil 1.791.478 2.144.054 1.598.569 1.807.945-10,8-15,7 Norte 197.257 168.975 216.210 162.784 9,6-3,7 Nordeste 716.475 613.015 561.175 458.680-21,7-25,2 Sudeste 476.123 823.946 432.596 674.875-9,1-18,1 Sul 282.684 374.224 264.225 353.498-6,5-5,5 Centro-Oeste 118.939 163.894 124.362 158.108 4,6-3,5 Fonte: IBGE - Censo Demográfico Nota: Como as estatísticas dos anos 2000 mostram que o trabalho infantil é residual, o Censo Demográfico não capta informações de trabalho para crianças de 5 a 9 anos

TRABALHO INFANTIL POR FAIXA ETÁRIA 10 a 15 anos Número de jovens (milhares) 1.598 Principais características (em %) Meninos 60% Residem em área urbana 59% Diagnóstico Frequentam a escola 88% Trabalham no domicílio Desenvolvem jornada semanal de trabalho superior a 25h 45% 31% Trabalham sem remuneração 48% Recebem mais de ½ sm 24% Obtêm valor médio da Remuneração R$ 185,00 Fonte: IBGE Amostra do Censo Demográfico 2010

Principais Ocupações com presença de Trabalho Infantil (73%) com exigência de ações diferenciadas de enfrentamento IBGE/Censo 2010 Diagnóstico: principais atividades 1. Agricultura - 41% 2. Comércio, reparação (veículos, equipamentos domésticos etc) - 17% 3. Industria de Transformação (alimentação, vestuário, calçados etc) 7% 4. Serviços domésticos 8% 5. Lixões 0,44% 6. Tráfico de drogas 10

Tabela II - PERFIL DE RENDA Em 2010, 40% das crianças e adolescentes de 10 a 15 anos que trabalhavam viviam em domicílios sem perfil de renda do Cadastro Único (isto é, com rendimento familiar por pessoa superior a R$255,01) Diagnóstico Total Perfil de Rendimento da Extrema Pobreza Perfil de Rendimento Elegível para o Bolsa Família Perfil do Cadastro e Rendimento não Elegível ao Bolsa Família Fora do Perfil de Rendimento do Cadastro Único Em números absolutos: 1.585.791 207.484 226.118 316.784 835.404 Com Bolsa Família ou PETI 725.218 164.163 171.860 189.530 199.665 Sem Bolsa Família ou PETI 860.573 43.321 54.258 127.255 635.739 Em números relativos: 100,0 13,1 14,3 20,0 52,7 Com Bolsa ou PETI 45,7 10,4 10,8 12,0 12,6 Sem Bolsa ou PETI 54,3 2,7 3,4 8,0 40,1 Fonte: IBGE. Amostra do Cemso Demográfico 2010, processamento MDS. Nota: Foram estimadas no Censo 9 milhões de domicílios beneficiados pelo Progama Bolsa Família para o mês de referencia da coleta (julho 2010). A folha de pagamento do Programa no mesmo mês de referência apresenta 12,5 milhões de famílias beneficiárias.

Diagnóstico Geral SINTESE DO DIAGNÓSTICO O Brasil tem agenda pública para a erradicação do trabalho infantil desde os anos 90 e apresentou bons resultados, mas vem perdendo fôlego na sua capacidade de avançar. Entre as principais causas pode-se destacar: Ampliação da rede de proteção social e melhora no acompanhamento das crianças por meio do PBF, retardou a entrada no mundo do trabalho, diminuindo horas trabalhadas, mas não alterou a decisão de muitos adolescentes de buscar trabalho e acesso a recursos; 40% do trabalho infantil subsistência da família; não se relaciona diretamente à Diminuição do trabalho em empresas, e ocorrência do trabalho no âmbito familiar e dos empreendimentos informais; Aumento do trabalho infantil nas regiões metropolitanas Necessidade de adoção de novas articulações entre sociedade e governo para avançar na erradicação do fenômeno por meio de novas ações públicas;

Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador PETI Carta de Constituição de Estratégias em Defesa da Proteção Integral dos Direitos da Criança e do Adolescente Sensibilização Mobilização Social Campanhas Audiências Públicas I - Informação e Mobilização ARTICULAÇÃO INTERSETORIAL II - Identificação Busca Ativa: Notificação Integrada Registro CADÚNICO Transferência de Renda Inserção em Serviços de Assistência Social, Saúde, Educação, Cultura, Esporte e Lazer, e Trabalho p/ as famílias III - Proteção IV - Defesa e Responsabilização Fiscalização e autuação do empregadores Aplicação de Medidas protetivas à família Audiência pública para pactuação Parceiros/Atores: MDS, MTE, MEC, MS,SDH, MMA, MPT, MDA, MPE s, MJ, MTur, MF (Receita Federal) e articulação com a CONAETI Identificação Atendimento criança, adolescente e família; Metas pactuadas V - Monitorament o

Sistema de Monitoramento do PETI Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI O SISPETI será operacionalizado pela Secretaria Nacional de Assistência Social e terá a função de produzir e sistematizar informações: 1.Monitoramento do efetivo atendimento das crianças e adolescentes e suas famílias através do tratamento de dados provindos dos diversos sistemas de acompanhamento dos serviços ofertados na rede municipal (SCFV, Mais Educação, PAIF, PAEFI e Acessuas) 2.Acompanhamento das metas pactuadas pelo município com o Ministério Publico do Trabalho, gerando relatórios trimestrais demonstrativos da erradicação das piores formas e do trabalho infantil no Brasil a partir da inclusão no Cadastro Único 3.Encaminhamento ao setor de vigilância sociassistencial dos Estados e Municípios para gestão do PETI

Iniciativas prioritárias frente ao novo cenário Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI Ações específicas para os municípios que apresentaram, nos dados do Censo 2010/IBGE, maior incidência de trabalho infantil com foco na mobilização, identificação e acompanhamento das situações de trabalho infantil frente as mudanças nesse fenômeno, seguindo as responsabilidades assumidas na ratificação das Convenções OIT. Compromissos do Brasil Convenções 138 e 182/OIT o 2013 - III Conferencia Global sobre Trabalho Infantil o 2015 - Eliminar as piores formas de Trabalho Infantil o 2020 - Erradicar a totalidade do Trabalho Infantil

Escalonamento dos Municípios com Alta Incidência de TI Ano Nº municipi os com PETI 2013 298 Critérios rios de partilha Mais de 1000 casos Censo 2010 Crescimento de 200 casos entre o Censo 2000 e 2010 IBGE Nº de Metas atendidas municípios % de acumulado por crianças/adolescentes as/adolescentes período 35,77% 298 2014 502 Entre 500 e 1000 casos de Trabalho Infantil 21,73% 800 2015 587 2016 526 Entre 300 e 500 casos de Trabalho Infantil 14,09% 1387 Mais de 250 casos de Trabalho Infantil Taxa de TI maior que 25% Total 1913 78,5% 2020 100% 6,92% 1913