Custos no Setor Público: Ferramenta da Melhoria da Qualidade do Gasto Público Florianópolis 17 de Abril 2015 1
Qualidade do Gasto Público Conceito visualiza duas Dimensões : (em construção *) Macro (Estratégico) Considera os impactos sobre geração de emprego, renda e desenvolvimento econômico; Abre novas perspectivas de classificação da despesa pública (Custeio X Investimento); Busca avaliar a efetividade da despesa pública. * Qualidade do gasto público: revisitando o conceito em busca de uma abordagem polissêmica articulada Alexandre Ribeiro Motta ; Pedro Jucá Maciel; Valdemir Aparecido Pires 2
Qualidade do Gasto Público Conceito visualiza duas Dimensões : Micro (Operacional) Busca a eficiência no uso dos recursos e eficácia da gestão; Agrega a discussão sobre desperdício Ativo (corrupção) ( * em construção) Passivo (ineficiência) Estabelece uma ponte com a Gestão Pública (formação) * Qualidade do gasto público: revisitando o conceito em busca de uma abordagem polissêmica articulada Alexandre Ribeiro Motta ; Pedro Jucá Maciel; Valdemir Aparecido Pires 3
Dupla Dinâmica Transparência Controle Social Melhoria da Qualidade da Gestão 4
TRANSPARÊNCIA Um conceito normatizado Artigo 48 LRF 5
Transparência Teoria da legitimação... Se um tomador de decisão sabe que está sendo observado ao tomar a decisão, haverá efeitos previsíveis no processo e nos resultados da tomada de decisão. Paul R. Kleindorfer, em E se você souber que terá que explicar aos outros as suas escolhas? 6
Transparência Intrumentos: Os planos, as leis de diretrizes orçamentárias e os orçamentos; As prestações de contas e o respectivo parecer prévio; O Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e o Relatório de Gestão Fiscal (RGF). 7
Transparência e Participação A transparência será assegurada também mediante: I incentivo à participação popular e realização de audiências públicas durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; 8
Transparência e Participação II liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; 9
CONTROLE SOCIAL Um conceito em construção 10
Controle Social: Novos significados Fiscalização exercida pela sociedade sobre o governo, partindo do envolvimento da população no exercício da reflexão e discussão de temas que afetam a vida coletiva. 11
Controle Social: Novos significados O fortalecimento do Controle Social pode estabelecer um modelo de gestão que fomenta a cooperação e participação popular no planejamento e na coordenação da ação com foco no interesse coletivo. 12
Controle Social: Modernização do Estado Visão de futuro Estado orientado ao cidadão e na busca de: Mais serviços e de melhor qualidade; O Estado que escuta e se ajusta permanentemente; Criação de co-responsabilidades entre Estado e sociedade. 13
ORÇAMENTO NO SETOR PÚBLICO Modelo de Integração 14
Orçamento Público Decisão / Plano / Orçamento / Execução / Avaliação DECISÕES POLÍTICAS / ESTRATÉGICAS VISÃO / OBJETIVO IDENTIFICAÇÃO FEEDBACK SOCIEDADE / PPA DE PROBLEMAS PODER LEGISLATIVO (4 anos) ÓRGÃOS CENTRAIS ÓRGÃOS PROGRAMAS TEMÁTICOS OBJETIVOS E INDICADORES Efetividade SETORIAIS GERENTES DE PROGRAMAS ORDENADORES DE DESPESAS LDO/LOA (Anual) AÇÕES PROJETOS / ATIVIDADES PRODUTOS E METAS PRODUTOS / AÇÕES / CUSTOS Eficácia Eficiência DECISÕES OPERACIONAIS ADMINISTRATIVAS Execução Objeto de Mensuração Critérios de Avaliação 15
Sistemas de Custo e sua aplicação ao Setor Público 16
OPERACIONAIS Recursos Atividades ESTRUTURAIS GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Relacionamento entre Determinantes de Custo, Recursos, Atividades e Objetos de Custo DETERMINANTES DE CUSTO atividades e os recursos necessários para executá-las Escala Escopo Experiência Tecnologia Complexidade Modelo de Gestão Estrutura de Capital Participação Admin. Qual. Total Utilização Capacidade instalada Layout da fábrica Configuração do produto Ligações na cadeia de valor Competências e habilidades Capacidade de aprendizagem Pessoal Tecnologia Máquinas Materiais Direcionadores de Custo dos Recursos Medidas de Atividade (consumo) Direcionadores de Custo de Atividades Objetos de custo: Produto, Linha de Produto. Cliente, Área de Responsabilidade Centro de Resultado etc Desenho de produtos Treinamento Usinagem Montagem Gerenciamento Medidas de Atividade (produto) 17
SISTEMA DE CUSTOS DO SETOR PÚBLICO RELACIONAMENTO: Políticas Públicas, Recursos, Atividades e Objetos de Custo POLÍTICAS PÚBLICAS determinam os programas, as atividades e os recursos para executá-las PPA OBJETOS DE CUSTO LDO LOA PROGRAMAS PROJETOS CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL Funções e subfunções RECURSOS NECESSÁRIOS PESSOAL MATERIAL E SERVIÇOS ATIVIDADES PRODUTOS/SERVIÇOS CLASSIFICAÇÃO INSTITUCIONAL ( Centros de Responsabilidade) Poder Órgão UGO UGE EQUIPAMENTOS 18
Definições Conceituais CUSTO Definição Conceitual Diversidade Terminológica GASTO DESPESA ORÇAMENTÁRIA LIQUIDADA INVESTIMENTO INVESTIMENTO CUSTO DESPESA CUSTO 19
Contabilidade Aplicada ao Setor Público versus Contabilidade de Custos Despesa orçamentária Despesa executada por entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do respectivo empenho. Fonte: Manual de Despesa Nacional - 1ª edição - Volume II Estágios da despesa orçamentária Empenho: É o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Consiste na reserva de dotação orçamentária para um fim específico. (art. 58 da Lei nº 4.320/1964) Continua 20
Contabilidade Aplicada ao Setor Público versus Contabilidade de Custos Liquidação: Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, Ponto em função de do cumprimento partida de obrigação para contratual, a e/ou da entrega bens ou serviços, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito. construção do sistema Pagamento: Consiste na entrega de numerário ao credor por meio de de informação cheque nominativo, ordens de de pagamentos custo ou crédito em conta, e só pode ser efetuado após a regular liquidação da despesa. 21
Custos x Despesas Liquidadas AJUSTES : Custeio X Investimento Obras de conservação e manutenção de imóveis; Pessoal próprio aplicados em investimento; Materiais para estoque; Despesas de Exercícios anteriores; Liquidação forçada. INCLUSÃO Variações independentes da execução orçamentária 22
Conceitos: Ajustes Contábeis A variável financeira Contabilidade Orçamentária Despesa Orçamentária Executada (Despesa Liquidada + Inscrição em RP não-proc.) ( ) Despesa Executada por inscrição em RP não-processados Ajustes Orçamentários Ajustes Patrimoniais (+) Restos a Pagar Liquidados no Exercício ( ) Despesas de Exercícios Anteriores ( ) Formação de Estoques ( ) Concessão de Adiantamentos ( ) Investimentos / Inversões Financeiras / Amortização da Dívida Despesa após ajustes orçamentários (+) Consumo de Estoques (+) Despesa Incorrida de Adiantamentos (+) Depreciação / Exaustão / Amortização Despesa após ajustes patrimoniais Contabilidade Patrimonial Custos (Ideal) 23
INFORMAÇÃO DE CUSTOS PARA O SETOR PÚBLICO Modelo Teórico 24
Sistema de Custos do Setor Público Sistema de Acumulação: Custo dos projetos por ordem; Custo das atividades por processo. Sistema de Custeio (modelo de mensuração): Custo orçado / estimado; Custo padrão; Custo histórico. 25
Sistema de Custos do Setor Público Método de Custeio: Custeio Direto: método que aloca todos os custos (fixos e variáveis) diretamente a todos os objetos de custo sem qualquer tipo de rateio ou apropriação. Custeio Direto (Justificativa) Permite acompanhar o desempenho dos gestores e das políticas públicas sem as intermináveis discussões a respeito dos custos gerais transferidos; Relação custo benefício da informação; Está entranhado no sistema de planejamento/ orçamento/ contabilização do setor público. 26
Sistema de Custos do Setor Público Método de Custeio: Custeio por Atividades no Setor Público Nada impede que órgãos específicos, a partir das informações extraídas do sistema de informação contábil gerencial, construam modelos específicos de análise e gerenciamento de seus custos, seguindo o modelo ABC/ABM. 27
Sistema de Custos do Setor Público Gestão por Resultados: O sistema de custos facilita a aplicação da gestão por resultados no setor público. Basta calcular a receita econômica por órgão, programa ou atividade e confrontá-la com os custos diretos. 28
Estratégia e Diretrizes para Implantação de Sistema de Custos no Setor público 29
Estratégia de Implantação GRADUALISMO Modelagem do Sistema de Custos de forma Sistêmica: 1ª etapa A partir dos Órgãos Centrais via sistemas estruturantes para a base de dados do SIC; 2ª etapa A partir da base de dados do SIC para Unidades Administrativas (Centros de Custos); Abrangência Administração Direta e Indireta. 30
Estratégia de Implantação Concomitância, Circularidade e Melhoria Contínua O uso e aperfeiçoamento das informações de custos leva à melhoria do: Planejamento; Orçamento; Contabilidade do Setor Público; Processos de trabalho; Contratualização de metas; Prestação de contas; Controle dos estoques e do ativo imobilizado. A MELHORIA DESSES SISTEMAS LEVA À MELHORIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE CUSTOS. 31
Estratégia de Implantação Desenvolvimento de cultura de custos no processo de tomada de decisão QUANTO TEM DE DOTAÇÃO? QUANTO CUSTA A AÇÃO? 32
Estratégia de Implantação Desenvolvimento de cultura de custos no processo de tomada de decisão QUANTO CUSTA A AÇÃO? QUANTO TEM DE DOTAÇÃO? 33
O QUE NÃO É MEDIDO NÃO PODE SER GERENCIADO 34
O que aprendemos? 35
O que aprendemos? É fundamental apoiar a construção e desenvolvimento: i. Setoriais de custos da União; ii. Sistemas de Informações de Custos dos entes estaduais e municipais. 36
O que aprendemos? Na construção dos subsistemas de custos é fundamental: 1) Envolvimento e mobilização da alta gerência para definir: Objetos de custo Método de Custeio Passaporte para o sucesso! 37
O que aprendemos? Na construção dos subsistemas de custos é fundamental: 2) Foco na mensuração do custo dos serviços prestados aos cidadãos. É o que a sociedade sente e valoriza! 38
O que aprendemos? Na construção dos subsistemas de custos é fundamental: 3) Foco na mensuração do custo das unidades administrativas (escolas, hospitais, penitenciarias). É o que os gestores precisam comparar e avaliar. 39
O que aprendemos? Na construção dos subsistemas de custos é fundamental EVITAR O: 4) RETRABALHO PECADO CAPITAL 40
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Nelson Machado nelson@aprimora.com.br Nelson.machado@fgv.br 42
Controle Social: A Sociedade como Instância de Controle Muito Obrigado! Participe, fiscalize, cumpra e faça cumprir! www.socialiris.org 43