Contabilidade Aplicada ao Setor Público Receitas e Despesas Públicas. Profa.: Patrícia Siqueira Varela
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1 Contabilidade Aplicada ao Setor Público Receitas e Despesas Públicas Profa.: Patrícia Siqueira Varela
2 Receita Pública Conceito: todo e qualquer recolhimento feito aos cofres públicos. Receita Orçamentária: consignada na Lei Orçamentária Anual. A receita pertence ao tesouro ou ao órgão que a está recebendo. Receita Extraorçamentária: Recolhimento feito aos cofres públicos que constituirá compromisso exigível, cujo pagamento independe de autorização orçamentária legislativa. Entrada compensatória no ativo e passivo financeiros. Profª. Patrícia Varela 2
3 Despesa Pública Conceito: todo e qualquer gasto de recursos pela entidade pública. Despesa Orçamentária: é aquela cuja realização depende de autorização legislativa, devendo ser discriminada e fixada na LOA. Despesa Extraorçamentária: é aquela paga sem a necessidade de autorização legislativa, constitui em saídas do passivo financeiro, compensatórias de entradas no ativo financeiro. Profª. Patrícia Varela 3
4 Classificação das Receitas e Despesas Orçamentárias A classificação é a chave estrutural para a organização consciente e racional do orçamento do Governo Jesse Burkhead Elemento básico de expressão do orçamento: conta. Classificação - Critério - Objetivo Objetivos Formulação de programas Efetiva execução do Orçamento Efeitos econômicos das atividades governamentais Prestação de Contas Profª. Patrícia Varela 4
5 Classificações das Receitas Critérios Categorias econômicas Origem Profª. Patrícia Varela 5
6 Classificações das Receitas Categorias Econômicas Objetivo: identificar de onde surgem os recursos para financiar o consumo e os investimentos públicos. Categorias Receitas Correntes Receitas de Capital Profª. Patrícia Varela 6
7 Classificações das Receitas Origem Receita Tributária Receita de Contribuições Receita Patrimonial Receita Agropecuária Receita Industrial Receitas Correntes Receita de Serviços Transferências Correntes Outras Receitas Correntes Profª. Patrícia Varela 7
8 Classificações das Receitas Fontes Operações de Crédito Alienação de Bens Amortização de Empréstimos Transferências de Capital Receitas de Capital Outras Receitas de Capital Profª. Patrícia Varela 8
9 Classificações das Despesas Critérios Institucional Funcional por Programas Segundo a natureza categoria econômica grupo de despesa modalidade de aplicação elemento de despesa Profª. Patrícia Varela 9
10 Classificações das Despesas Institucional Objetivo: Evidenciar as unidades administrativas responsáveis pela execução da despesa ou utilização dos recursos públicos. Órgão: corresponde ao maior nível de agregação de serviços ou atribuições dos poderes constituídos - Ex. Assembléia Legislativa, Secretaria da Educação, Secretaria da Saúde. Unidade Orçamentária: agrupamento de serviços subordinados ao mesmo órgão ou repartição a que serão consignados dotações próprias. Responsabilidade pelo planejamento e execução de certos projetos e atividades. Competência para autorizar despesa e/ou empenhar. Profª. Patrícia Varela 10
11 Classificações das Despesas Funcional Objetivo: fornecer as bases para apresentação de dados e estatísticas sobre os gastos públicos nos principais segmentos de atuação do governo. Ex: Educação/ Educação Fundamental. Função: maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público - educação, cultura, assistência, saúde, encargos especiais... Subfunção: representa uma repartição da função, visando agregar determinado subconjunto de despesa do setor público - Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Profissional, Ensino Especial. Portaria MOG nº 42 de 14/04/1999 Profª. Patrícia Varela 11
12 Classificações das Despesas por Programas Objetivo: demonstrar as realizações do governo, o resultado do trabalho para atendimento das demandas da sociedade. Programas Projetos Atividades Operacões Especiais. Portaria MOG nº 42 de 14/04/1999 Profª. Patrícia Varela 12
13 Classificações das Despesas Segundo a Natureza CATEGORIAS ECONÔMICAS Objetivo: dar indicações sobre os efeitos que o gasto tem sobre a economia como um todo. Despesas do Governo (consumo) e Formação Bruta de Capital (investimento). Categorias: Despesas Correntes: constituem o grupo de despesas destinado ao funcionamento e manutenção dos serviços públicos em geral. Despesas de Capital: constituem o grupo de despesas com intenção de adquirir ou construir bens de capital. Portaria Interministerial nº 163 de 04/05/2001 Profª. Patrícia Varela 13
14 Classificações das Despesas Segundo a Natureza Grupos: Pessoal e Encargos Sociais Juros e Encargos da Dívida Outras Despesas Correntes Investimentos Inversões Financeiras Amortização da Dívida Despesas Correntes Despesas De Capital Portaria Interministerial nº 163 de 04/05/2001 Profª. Patrícia Varela 14
15 Classificações das Despesas Segundo a Natureza Modalidade: destina a indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades da mesma esfera de Governo ou por transferências financeiras. Transferências à União; Transferências a Estados e ao Distrito Federal; Transferências a Municípios; Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos; Aplicações Diretas etc. Portaria Interministerial nº 163 de 04/05/2001 Profª. Patrícia Varela 15
16 Classificações da Despesa Classificação da Despesa segundo sua Natureza Elemento: constitui o objeto imediato da despesa, favorecendo o acompanhamento e controle analítico da despesa, assim como dos custos. Exemplos: Vencimentos e Vantagens Fixas Pessoal Civil Material de Consumo Serviços de Consultoria Aquisição de Imóveis Portaria Interministerial nº 163 de 04/05/2001 Profª. Patrícia Varela 16
17 Reserva de Contingência Decreto-lei 900/69 Dotação Global não especificamente destinada a determinado programa ou unidade orçamentária; Não subordinada às despesas correntes ou de capital; Fonte compensatória para abertura de créditos suplementares. Lei Complementar nº 101/2000 Atendimento de Passivos Contingentes e outros riscos ou eventos fiscais imprevistos; Montante e forma de utilização estabelecidos pela LDO, tendo como base a Receita Corrente Líquida. Profª. Patrícia Varela 17
18 Estágios da Receita Previsão: expectativa do quanto será arrecadado para custear os serviços públicos. Lançamento: ato da repartição competente que verifica a procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. São objeto de lançamento os direitos líquidos e certos. Arrecadação: ato pelo qual o Estado recebe os tributos, multas e demais valores a ele devidos, por meio dos agentes de arrecadação (públicos ou privados). Recolhimento: entrega do numerário arrecadado pelos agentes públicos ou privados ao tesouro do Estado. Profª. Patrícia Varela 18
19 Estágios da Receita Receita Orçamentária previsão Lançamento (se direito líquido e certo) arrecadação recolhimento Receita Extraorçamentária: recolhimento Profª. Patrícia Varela 19
20 Estágios da Despesa Fixação Orçamento analítico. Registro dos créditos e dotações. Quadro de cotas trimestrais - Lei nº 4.320/64. Programação financeira (bimestral) e cronograma mensal de desembolso Lei nº 101/2000. Licitação Procedimento administrativo. Seleção de proposta mais vantajosa. Igualdade de Oportunidade a todos os interessados. Profª. Patrícia Varela 20
21 Estágios da Despesa Empenho [..] ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição. Acompanhamento e controle da execução dos orçamentos. Garantia ao credor de que os valores empenhados têm respaldo orçamentário. O empenho tem que ser prévio, ou seja, anteceder a data da aquisição do bem ou da prestação do serviço. Nota de empenho (nome do credor, valor da despesa, classificação, dedução do saldo da dotação própria). Profª. Patrícia Varela 21
22 Estágios da Despesa Empenho Modalidades de empenho: Ordinário - o valor exato da despesa é conhecido e o pagamento acontece de uma só vez. Global - o valor exato da despesa é conhecido e o pagamento acontece de forma parcelada, como aluguel de imóveis. Estimativa - não se pode determinar previamente o montante exato da despesa, como consumo de energia elétrica, água, telefone. Profª. Patrícia Varela 22
23 Estágios da Despesa Liquidação Consiste na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios dos respectivos créditos. Base: contratos, ajustes ou acordos; nota de empenho; comprovantes da entrega de material ou da prestação de serviços. Pagamento Ordem de pagamento: emitida por autoridade competente, após a liquidação da despesa. Pagamento propriamente dito: efetuado pela tesouraria ou por estabelecimentos bancários credenciados. Profª. Patrícia Varela 23
24 Estágios da Despesa Despesa Orçamentária fixação empenho liquidação pagamento Despesa Extraorçamentária: pagamento Profª. Patrícia Varela 24
25 Estágios da Despesa Restos a Pagar não Processados: despesa empenhada, mas não liquidada e não paga. Processados: despesa empenhada e liquidada, mas não paga. Profª. Patrícia Varela 25
26 Créditos Adicionais São créditos adicionais as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. Suplementares - destinados a reforço da dotação orçamentária. Especiais - destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica. Extraordinários - destinados a despesas para atender fatos imprevisíveis e urgentes, como guerra e calamidade pública. Profª. Patrícia Varela 26
27 Créditos Adicionais Autorização legislativa Créditos suplementares e especiais - autorizados por lei e abertos por decreto do Poder Executivo. Créditos extraordinários - abertos por decreto do Poder Executivo que informará imediatamente ao Poder Legislativo. Recursos para abertura de créditos adicionais Créditos suplementares e especiais - superávit financeiro, excesso de arrecadação, anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou créditos adicionais e operações de crédito. Créditos extraordinários - não existe a exigência de especificação dos recursos. Profª. Patrícia Varela 27
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