RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS



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Transcrição:

RINITE ATRÓFICA DOS SUÍNOS AVANTE, Michelle Lopes ZANGIROLAMI FILHO, Darcio FERREIRA, Manoela Maria Gomes ROSA, Bruna Regina Teixeira MARTINS, Irana Silva Acadêmicos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da FAMED Garça miavante_jaú@hotmail.com LOT, Rômulo Francis Estangari Docente da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da FAMED - Garça romulo_lot@hotmail.com RESUMO A Rinite Atrófica (RA) é uma doença infecto-contagiosa do trato respiratório superior, de evolução progressiva e crônica, caracterizada por atrofia dos cornetos nasais, desvio do septo nasal e deformidade do focinho. Tem um grande impacto econômico, devido à redução no ganho de peso e piora na conversão alimentar. Ela está disseminada por todas as principais áreas de produção de suínos no Brasil. Trata-se de uma enfermidade insidiosa, que não produz sinais clínicos evidentes e nem mortalidade. Palavra-chave: rinite atrófica, trato respiratório, suínos Tema Central: Medicina Veterinária ABSTRACT The Atrophic Rhinitis is a infecto-contagious disease of the upper respiratory tract, of chronic and gradual evolution, characterized for atrophy of the nasal turbines, nasal septum deviation and snout deformity. It has a great economic impact, due to reduction in the gain of alimentary conversion. It is spread by all the main areas of swine production in Brazil. One is about a insidious disease, that does not produce evident clinical signals and mortality. Key-words: atrophic rhinitis, respiratory tract, swines

1. INTRODUÇÃO O complexo respiratório está susceptível a uma gama de agentes bacterianos e virais, alguns dos quais com importância primária e outros com importância secundária (SILVA, 2005). A rinite atrófica é uma doença de alta transmissibilidade e enzoótica em certas regiões. Compromete animais na faixa de três a oito semanas de idade (SOBESTIANSKY et al., 1999; MORÉS et al., 2001). As doenças respiratórias dos suínos nas fases de crescimento e terminação, representadas pela rinite atrófica e pelas pneumonias, são freqüentes nas criações confinadas em todo o mundo, inclusive no Brasil (MARTINS et al., 1985b; SOBESTIANSKY et al., 1990; DALLA COSTA et al., 1999). A transmissão primária da RA ocorre por contato, de suíno para suíno ou através de aerossóis, por via aerógena. Porcas, cronicamente infectadas, transmitem a doença às suas leitegadas, por contato nasal, durante o período de amamentação. Os leitões infectados se constituem em fonte ativa de infecção para outros suínos susceptíveis e disseminam a infecção nos reagrupamentos realizados no desmame e no início do crescimento. Os leitões infectados, nas primeiras semanas de vida, desenvolvem lesões severas e tornam-se disseminadores da infecção. Outros possíveis transmissores da RA são gatos, ratos e coelhos (SOBESTIANSKY et al., 1999). Os leitões podem se infectar em idade precoce ainda na maternidade ou creche, e as lesões geralmente são progressivas e com pouca possibilidade de resolução. Já as lesões de cornetos encontradas ao abate são representativas da ocorrência da doença em qualquer idade (MORÉS et al., 2001). A deformação das estruturas nasais modifica o fluxo de ar inspirado por meio das fossas nasais, a qual elimina a barreira

protetora física e permite que as partículas suspensas no ar entrem no aparelho respiratório, causando sérios problemas (SILVA, 2005; DALLA COSTA et al., 1999). Além da redução no desempenho dos animais, as doenças respiratórias provocam aumento da mortalidade, custos com tratamentos, vacinações e condenações de carcaças nos abatedouros (BRITO et al., 1993). Este trabalho teve como objetivo estudar as causas da rinite atrófica e avaliar os métodos de prevenção e tratamento dos animais enfermos, para que possam ter uma qualidade de vida melhor. 2. CONTEÚDO Embora a RA seja considerada uma doença multifatorial, a Bordetella bronchiseptica, a Pasteurella multocida tipo D e, mais raramente, a tipo A, produtoras de toxina dermonecróticas, são incriminadas como agentes primários. Alguns autores são da opinião que a B. bronchiseptica causa apenas RA regressiva, enquanto que a P. multocida provoca RA progressiva. No entanto, não há dúvida que existe um sinergismo entre essas duas bactérias, já que a P. multocida agrava as lesões em suínos previamente infectados com a B. bronchiseptica (SOBESTIANSKY et al., 1999; SILVA, 2005). Essas bactérias aderem fortemente às células da mucosa nasal, multiplicam-se e produzem a toxina capaz de causar perda parcial dos ossos das conchas nasais. Isto ocorre duas a três semanas após a infecção (BRITO et al., 1993). Os primeiros sintomas são observados em leitões lactantes. Inicialmente ocorrem espirros, corrimento nasal mucoso e formação de placas escuras nos ângulos internos dos olhos (devido à obstrução do canal lacrimal). Posteriormente, há desvio do focinho para um dos lados e/ou encurtamento do mesmo, com formação de pregas na pele que o recobre e, nos casos mais graves, ocorre sangramento nasal intermitente, associado

aos acessos de espirros. Essa fase, geralmente, é observada em fim de recria e na terminação (SOBESTIANSKY et al., 1999; MARTINS et al., 1985b). Pode aparecer braquignatia superior, mas esse sinal, em algumas linhagens de suínos, principalmente da raça Large White, pode ter origem genética. Os leitões afetados tendem a apresentar retardo na taxa de crescimento (em média de 5-10%), com prejuízo na conversão alimentar (SOBESTIANSKY et al., 1990). O diagnóstico clínico é realizado mais facilmente em leitões a partir de cinco semanas de idade. O definitivo deve ser feito pelo exame das conchas nasais de leitões, com cinco a dez semanas de idade, ou de animais enviados aos frigoríficos. É aconselhável o exame de, pelo menos, 20 animais, provenientes de várias leitegadas (BRITO et al., 1993). O material para exame laboratorial deve ser colhido de leitões jovens, entre cinco e dez semanas de idade, que não tenham sido medicados com antibióticos nas últimas duas ou três semanas. Colhe-se material da cavidade nasal de leitões vivos, com auxílio de swab estéril. De leitões necropsiados coletam-se as amídalas. Pode-se também usar exames sorológicos (teste de ELISA), para pesquisa de anticorpos para a toxina dermonecrótica (BRITO et al., 1993; SOBESTIANSKY et al, 1999). Provavelmente a melhor forma de evitar problemas respiratórios graves é manter o ambiente onde os suínos são criados o mais livre possível de estresse imunológico, social e nutricional, relacionados com as transferências dos leitões de uma instalação para outra (desmame creche crescimento terminação), que propicia o aparecimento dos sintomas respiratórios (SILVA, 2005). Dentre os fatores preponderantes na difusão das patologias respiratórias, considera-se a disposição das instalações, tipos de galpões, sistemas de ventilação em locais fechados ou a circulação de ar em locais abertos. Outros fatores que agrava a RA é a utilização do sistema contínuo de produção, excesso dos gases amônia (>10ppm) e carbônico (>1000ppm), ventilação inadequada, amplitude térmica diária maior que 8ºC, umidade relativa do ar <65% ou >73%, excesso de moscas nas

instalações, superlotação (menos que 1m 2 /animal), mistura de animais de diferentes fases de criação, presença de altos níveis de poeira e volume de ar menor que 3m 3 /animal (SOBESTIANSKY et al., 1999). As perdas econômicas decorrentes dos problemas respiratórios são bastante sérias e recaem tanto sobre os produtores como sobre a indústria. Sobre os primeiros, em conseqüência dos gastos com medicamentos, redução do desenvolvimento corporal dos animais afetados e mortalidade. Sobre a indústria, pela condenação de carcaças, especialmente no caso da pleuropneumonia (SILVA, 2005). Uma vez que o rebanho foi infectado, a erradicação só é possível pela eliminação total do rebanho e repovoamento com animais livres ou por desmame ultraprecoce medicado e segregado. Então, para conviver com a doença em níveis que não acarretem prejuízos acentuados, várias medidas de controle podem ser implantadas, começando pelo bom manejo, higiene e sanidade; instituir esquema de tratamento terápicos como as sulfas, as tetraciclinas, as quinolonas e a tiamulina; que são usadas juntamente a ração, em tratamentos durante 15 a 20 dias (BRITO et al., 1993). Como prevenção pode-se utilizar dos medicamentos nas porcas, por 7 dias antes e 15 após o parto dos leitões, por um período de 35 dias. Já o esquema de vacinação tem dado bons resultados. Há o programa de vacinas das leitoas (duas doses: aos 60 e aos 90 dias de gestação) e porcas (uma dose: uma dose aos 100 dias de gestação) e dos leitões, aos 7 e 28 dias de idade (SILVA, 2005). Após 6 meses, avaliar os efeitos das medidas adotadas, e se preciso definir novas estratégias (SOBESTIANSKY et al., 1999). 3. CONCLUSÃO A Renite Atrófica é uma enfermidade grave, que produz perdas econômicas consideráveis, porém existem formas de prevenção e até mesmo de manutenção em

casos não tão severos. Medidas como higiene, sanidade do local, e ambiente adequado são providências que levam um bom resultado, evitando que a doença se agrave e que cause prejuízos no rebanho pelo crescimento insatisfatório dos animais. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. BRITO, J. R. F., PIFFER, I. A., BRITO, M. A. V. P., EMBRAPA - Rinite atrófica dos suínos, Ano II N.7 Periódico técnico-informativo elaborado pela EMBRAPA CNPSA, Abril/1993. 2. BRITO, J.R.F., PIFFER, I.A., BRITO, M.A.V.P. et al. Formulação de um índice (IRA) para aplicação na caracterização de rebanhos com rinite atrófica. Concórdia: EMBRAPA-CNPSA, p.5, 1990. 3. DALLA COSTA, O.A., MORES, N., SOBESTIANSKY, J. et al. Estudos ecopatológicos nas fases de crescimento e terminação: fatores de risco associados à rinite atrófica progressiva e a pneumonias. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE VETERINÁRIOS ESPECIALISTAS EM SUÍNOS, 9, 1999, Belo Horizonte. Anais...Concórdia: EMBRAPA-CNPSA, p.169-170, 1999. 4. MARTINS, E., SCARSI, R.M., BRITO, J.R.F. et al. Rinite atrófica dos suínos: Estudos morfológicos e relação das alterações nasais com pneumonia. In: Congresso Latino de Veterinários Especialistas em Suínos, 2, 1985, Rio de Janeiro. Anais... Concórdia: EMBRAPA-CNPSA, São Paulo: Gessulli Editores, p.101, 1985b. 5. MARTINS, E., SCARSI, R.M., PIFFER, I.A. Classificação macroscópica dos graus de atrofia dos cornetos na rinite atrófica dos suínos. Concórdia: EMBRAPA-CNPSA, 3p. (EMBRAPA-CNPSA. Comunicado Técnico, 93), 1985a. 6. MORÉS, N., BARIONI JUNIOR, W., SOBESTANSKY, J., et al., Estimativa dos índices de pneumonia, pela tosse, e de rinite atrófica, por espirros, em suínos. 2001.

7. PIFFER, I.A., BRITO, J.R.F. Descrição de um modelo para avaliação e quantificação de lesões pulmonares de suínos e formulação de um índice para classificação de rebanhos. Concórdia: EMBRAPA/CNPSA, p.16, 1991. 8. SILVA, A. F., Doenças Respiratórias, Médico Veterinário Coopers Brasil Ltda, afsamilton@zipmail.com.br, 2005. 9. SOBESTIANSKY, J.; BARCELLOS, D.; MORES, N., et al., Clínica e Patología Suína, 2. ed., p. 374 378, 1999. 10. SOBESTIANSKY, J., PIFFER, I.A., FREITAS, A.R. Prevalência de rinite atrófica e de pneumonia em granjas associadas a sistemas de integração de suínos do Estado de Santa Catarina. Pesq. Vet. Bras., v.10, p. 23-26, 1990.