CONSUMO DE ÁLCOOL E TABACO ENTRE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR



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Transcrição:

25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 CONSUMO DE ÁLCOOL E TABACO ENTRE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA E FISIOTERAPIA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Pedro Henrique Marques Andreo 1 ; Thyemi de Mello 1 ; Sandra Cristina Catelan- Mainardes 2 RESUMO: O ingresso a universidade desencadeia nos jovens mudanças em sua autoestima e tem sido relacionada à maior vulnerabilidade para o consumo drogas. Devido à preocupação dos pais, educadores, profissionais de saúde e da sociedade em geral, com o uso e abuso de drogas lícitas como o álcool e o tabaco. Objetivo: Este estudo buscou verificar o consumo de álcool e tabaco entre os acadêmicos de odontologia e fisioterapia de uma instituição de ensino superior. Metodologia: Foi aplicado um questionário com 13 perguntas objetivas referentes ao auto consumo de álcool e tabaco a 100 acadêmicos dos respectivos cursos já citados, sendo que 50 do gênero masculino e 50 do gênero feminino. Resultados: Os resultados demonstram que 67% dos estudantes fazem uso de bebida alcoólica, sendo que 56,7% 9 destes são do gênero masculino. Em relação ao consumo de tabaco verificamos que 70% não fumam e entre os 30% que fumam 65% são do gênero masculino e 52% relataram que fazem uso do cigarro. Dos jovens que responderam o questionário 40% não moram com os pais, destes 87,5% consomem bebida alcoólica e 30% fazem o uso de alguma forma de tabaco. Conclusão: Os resultados se assemelharam a outros estudos citados neste trabalho e que por se tratar de estudantes da área da saúde, tanto o consumo de álcool quanto de tabaco estão em níveis elevados. PALAVRAS-CHAVE: Bebida, Consumo, Lícita, Níveis, Saúde INTRODUÇÃO O ingresso do jovem em curso superior, trás a ele sentimentos positivos quanto ao seu futuro e objetivos pessoais, o que eleva sua auto-estima. Porém, esse período de transição entre o ensino médio e o curso de graduação tem sido apontado como uma fase de vulnerabilidade aumentada ao uso de álcool e outras drogas, conforme Peuker et al (2006). O uso indevido de drogas é uma questão que preocupa pais, educadores, profissionais de saúde e a sociedade em geral. A sociedade brasileira, assim como acontece em diversos outros países no mundo atual, defronta-se com o problema 1 Acadêmicos do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Maringá CESUMAR, Maringá - Paraná: Programa de Iniciação Científica do Cesumar (PICC). pedro.h.m.andreo@gmail.com, thyemi_mello@hotmail.com 2 Orientadora, Professora Mestra Docente do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Maringá CESUMAR. catelan@cesumar.br

crescente e de difícil resolução que é o consumo de drogas. Trata-se de um fenômeno extremamente complexo, segundo relata Mainardes et al (2009). Musse, (2008) diz que o clima social do ambiente universitário é festivo. É fácil verificar isso observando o número de cartazes de propaganda de festas universitárias que infestam os murais. Entretanto, além da festa propriamente anunciada, conteúdos referentes ao consumo de álcool estão presentes nesses cartazes, oportunizando sua aceitação e apologia, favorecendo também a publicidade indireta. Após a investigação e a interação sobre o assunto, surgiu o interesse e a curiosidade em investigar o quanto os acadêmicos dos cursos da área da saúde de uma IES Instituição de Ensino Superior estão fazendo uso de álcool e tabaco. Portanto estudo teve a finalidade de verificar os níveis e a frequência em que os acadêmicos dos cursos de odontologia e fisioterapia fazem o uso de álcool e tabaco, relacionando o gênero, a faixa etária e o conhecimento sobre os efeitos da droga no organismo. MATERIAL E METODOS Trata-se de um estudo quantitativo no qual a população a ser estudada refere-se aos alunos de ambos os gêneros com idade igual ou superior a 18 anos de dois cursos da área de saúde do Centro Universitário de Maringá, que incluem a Odontologia e Fisioterapia. O instrumento utilizado para coleta dos dados foi um questionário com 13 perguntas fechadas sobre o auto consumo de álcool e tabaco que deveria ser respondido pelo próprio acadêmico. Foram colhidas informações de 50 acadêmicos de cada um dos cursos, sendo 25 para o gênero masculino e 25 para o feminino, totalizando uma amostra de 100 estudantes. A abordagem aos sujeitos da pesquisa foi realizada durante o horário de aula, onde os pesquisadores primeiramente pediram autorização ao professor da sala, em seguida foi esclarecido aos alunos a metodologia e o objetivo da pesquisa. Somente responderam o questionário os alunos que estiveram de acordo e devidamente esclarecidos sobre a pesquisa e assinaram o TCLE- Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os questionários foram aplicados no mês de março de 2011. Os resultados obtidos da análise dos questionários estão representados em gráficos, demonstrando os percentuais quanto ao gênero, faixa etária e nível de consumo. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram aplicados 100 questionários com questões sobre o auto consumo de álcool e tabaco entre os acadêmicos dos cursos de odontologia e fisioterapia de uma instituição de ensino superior, dos quais 50 são do gênero masculino e os outros 50 do gênero feminino. Quanto ao consumo de álcool (33%) dos estudantes não consomem nenhum tipo de bebida alcoólica e (67%) consomem (Figura 1).

Figura 1. Demonstra a porcentagem de acadêmicos de fazem o consumo de bebida alcoólica. No estudo realizado por Paduani et al (2008), em relação ao tipo de bebida mais consumida entre os alunos, a cerveja apresentou-se com (68,65%), seguido por destilados (46,26%), vinho (45,77%) e chopp (33,33%). Quanto à frequência de ingestão de bebidas alcoólicas pelos alunos foi: 65,17% bebiam ocasionalmente, 27,86% de uma a duas vezes por semana, 5,97% de três a quatro vezes por semana e 1% todos os dias. Verificou-se que há maior consumo de álcool entre os homens (72,72%) do que entre as mulheres (61,40%), tendo se encontrado o mesmo fato no presente estudo. Quanto ao consumo de tabaco (70%) responderam que não usam nenhum tipo de tabaco, (30%) fazem esse consumo dos quais (21%) usam freqüentemente e (9%) apenas com o acompanhamento de bebida alcoólica (Figura 2). Figura 2. Quantidade de acadêmicos que usam tabaco. Outro importante dado é que (40%) dos estudantes que responderam o questionário moram sozinhos ou em repúblicas, dos quais (87,5%) fazem o consumo de bebida alcoólica e (30%) fazem uso de alguma forma de tabaco (Figura 3). Segundo Faria (1999), na transição do ensino secundário para o superior ocorre geralmente um afastamento físico da família e do grupo de amigos, o estabelecimento de novas amizades dentro e fora da instituição educativa, à conquista de novos espaços (físicos, escolares, sociais, culturais), a participação frequente em atividades de diversão noturnas, podem estar associadas ao motivo pelo qual 87,5% dos estudantes que moram sozinhos ou em repúblicas fazem o consumo de bebida alcoólica.

Figura 3. Consumo de bebida alcoólica e tabaco entre acadêmicos que não moram com a família. CONCLUSÃO O consumo de drogas lícitas e ilícitas, entre a juventude universitária, e a multifatoriedade que leva a este consumo são objetos de estudos significativos para a percepção do uso nocivo e identificação precoce de problemas sociais, visando a fornecer dados, para futuras políticas preventivas. Realizamos um estudo em amostra representativa dos estudantes do ensino superior, dos cursos de fisioterapia e odontologia, utilizando um questionário de auto preenchimento em sala de aula, que, por garantir o anonimato, constituiu-se num adequado procedimento para a obtenção de informações sobre comportamentos quanto ao auto consumo de drogas lícitas entre acadêmicos dos dois cursos da área da saúde. Os resultados que obtivemos assemelham-se a outros estudos desenvolvidos e revelam a grande difusão, especialmente do uso de álcool entre a população acadêmica na área da saúde. REFERÊNCIAS Andrade A. G.; et al - Fatores de risco associados ao uso de álcool e drogas na vida, entre estudantes de medicina do estado de São Paulo. Rev ABP-APAL.;19(4):117-26, 1997. Andrade A. P. A; et al - Prevalência e características do tabagismo em jovens da Universidade de Brasília. J Bras Pneumol. ;32(1): 23-8. 2006 Cardoso, B. A. P.; Santos, M. L. S. C.; Berardinelli, L. M.M.- A relação estilo de vida e tabagismo entre acadêmicos de enfermagem. Revista Eletrônica de Enfermagem 2009. Catelan-Mainardes, S.C.; et al Os sofrimentos e danos biopsicossociais de dependentes químicos em recuperação. Revista CESUMAR / Centro Universitário de Maringá, v.14 n. 1 (janeiro /junho 2009) Maringá: Centro Universitário de Maringá, 2009. Godoi, M. M. I.; et al - Consumo de substâncias psicoativas entre estudantes da rede privada. Revista de Saúde Pública. São Paulo, 25(2), 150-156, 1991.

Faria, M. Viseu, L. Dourado, T. Vilaça, R. Henriques, & T. Lacerda (Coord.), Educação para a Saúde. Braga: Departamento de Metodologias da Educação, Universidade do Minho. 1999. Fiorini, J. E.; Alves, A. L.- Uso de drogas lícitas e ilícitas no meio universitário de Alfenas R. Un. Alfenas, Alfenas, 5, 263-267, 1999. Linjardi, F. Projeto de lei proíbe consumo de álcool nas ruas de Maringá. 06/06/2011.Disponível: http://maringa.odiario.com/blogs/linjardi/2011/06/06/projeto-de-lei-proibeconsumo-de-alcool-nas-ruas-de-maringa/ http://sapl.cmm.pr.gov.br:8080/sapl_documentos/materia/6385_texto_integral Acesso: 11/07/2011 Matsumoto, K. S.; Craveiro, M. F.; Rocha, P.R.; Lopes, G.T.- O Uso de tabaco entre estudantes de Enfermagem da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas. Vol.1, N 2, Artigo 5, 2005.