Projeto Educativo 2014 / 2017



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Projeto Educativo 2014 / 2017 O Colégio de S. Miguel (CSMiguel) é uma escola cuja entidade titular é a Diocese de Leiria-Fátima, através do Seminário Diocesano de Leiria. O CSMiguel nasceu por iniciativa do pároco de Fátima, P. Manuel António Henriques, em 1960 e foi-lhe concedida a Autorização Provisória de funcionamento nº 464, pelo Ministério da Educação Nacional, em de 15 de fevereiro de 1963, ao abrigo de um despacho do Secretário de Estado da Educação Nacional, de 18 de dezembro de 1962; a 16 de janeiro de 1975 obteve o Alvará nº 2153. Funciona em regime de Autonomia Pedagógica e integra a rede de serviço público de educação através de Contrato de Associação estabelecido com o Ministério da Educação e Ciência. Fiel à sua matriz cristã, católica (isto é, universal), o CSMiguel pretende ser uma escola inovadora numa sociedade em permanente evolução, uma escola inclusiva e respeitadora da dignidade de cada pessoa, uma escola que não exclui nem discrimina ninguém por razões de ideais, credo político, religião, sexo, raça, nacionalidade, ou condição social. O CSMiguel está ao serviço de todos e acolhe a todos, sempre com o objetivo de cuidar da educação da pessoa e da promoção do crescimento humano completo. De resto, a própria presença no Colégio de alunos pertencentes a culturas e religiões diversas potencia o convívio das diferenças. Do ideário do CSMiguel decorrem desafios concretos a materializar num projeto educativo. Sendo a meta da ação educativa a desenvolver no CSMiguel a qualidade total no processo educativo e formativo dos alunos, garantia do ambicionado desenvolvimento da inteligência, mas também da formação integral de todas as componentes da personalidade de cada um deles, importa definir prioridades na ação educativa de modo a garantir que a meta a alcançar irá ser atingida. 1 A prioridade da relação justa 1.1. Assumimos que só nos construímos como pessoas na relação com o outro: a dimensão interpessoal do ser humano é decisiva. O CSMiguel propõe-se como uma 1

comunidade educativa e quer ser uma escola para a pessoa e das pessoas; mas sabemos que, se não educarmos alguns aspetos do nosso modo de agir, construiremos relações onde para uns ganharem outros têm de perder. Ora o nosso objetivo é criar as condições para que o processo de desenvolvimento pessoal aconteça em harmonia com o grupo, com todos os elementos do grupo. Daqui decorrem algumas dinâmicas a desenvolver na ação pedagógica e educativa: 1.2. Toda a comunidade educativa assumirá o compromisso de desenvolver uma dinâmica relacional que exclua toda e qualquer forma de violência nas relações interpessoais: o respeito mútuo, o acolhimento do outro em vez da segregação, a cooperação em vez da competição, a solidariedade em vez do culto do interesse egoísta, a partilha de responsabilidades em vez da atividade individualista constituirão as dinâmicas a desenvolver no dia-a-dia da escola. 1.3. A comunidade escolar assume como responsabilidade comum a prática do civismo nas relações interpessoais e nas tarefas diárias a desenvolver: saudar corretamente todas as pessoas, seguir as regras de tratamento respeitoso para com todos, eliminar das dinâmicas de convívio a linguagem grosseira e inadequada, etc. 2 A prioridade da qualidade total 2.1. Os nossos alunos têm direito a um serviço educativo de qualidade, que tem de estar presente em todos os aspetos do trabalho desenvolvido no CSMiguel; para que ela aconteça tem de ser assumida como responsabilidade de todos. 2.2. Desenvolvimento das dinâmicas de ensino-aprendizagem: é da responsabilidade de cada departamento curricular e de cada docente a qualidade das aprendizagens efetuadas pelos nossos alunos. Cabe a cada docente assegurar a transmissão do saber assumido como certo no momento e promover as dinâmicas de aprendizagem mais adequadas. Esta qualidade será aferida quer nos exames nacionais e provas finais de ciclo, quer na avaliação produzida pelo programa AVES, da Fundação Manuel Leão, que procurará determinar, entre outros aspetos, o valor acrescentado produzido pelo Colégio nas aprendizagens dos alunos. É ainda da responsabilidade de cada departamento curricular assegurar que, na prática pedagógica, se recorrem aos métodos mais atualizados para promover a aprendizagem, o que inclui, necessariamente, o uso das tecnologias de informação e comunicação e os recursos documentais adequados. 2.3. Desenvolvimento das dinâmicas de crescimento pessoal: é da responsabilidade de todos os intervenientes no processo educativo. Porque todos os adultos da escola têm 2

como missão participar na educação e desenvolvimento da pessoa de cada aluno, todos intervêm, a seu modo e nos diferentes contextos, nesse desenvolvimento. Na sala de aula, para além do ensino e da aprendizagem das matérias de cada disciplina ou área curricular, compete ao professor ensinar o civismo, o respeito pelo outro, a relação leal, a gentileza, o trabalho sério, a partilha de responsabilidades, etc. 2.4. Nos outros contextos, cabe a todos os adultos, no âmbito das suas funções, estimular o convívio são e a relação justa, a linguagem adequada e todos os valores e atitudes ligadas ao civismo e à cidadania. A qualidade total pressupõe também as condições para o desenvolvimento pleno das potencialidades de cada um. Assim, para além do ensinar e do aprender, aos alunos serão proporcionados projetos e atividades que favoreçam a assunção de responsabilidades, a intervenção cívica e o compromisso social. Qualidade total significa ainda, no final de cada ano letivo, fixar objetivos claros de melhoria tanto no domínio dos resultados académicos, como campo do desenvolvimento pessoal e social. Compete ao Conselho Pedagógico propor à direção do Colégio as áreas de melhoria a desenvolver prioritariamente em cada ano letivo. 3 A prioridade europeia 3.1. Dado que o CSMiguel, embora inserido numa comunidade local, se sente parte das dinâmicas globais que hoje se vivem à escala europeia e mundial, uma das vertentes a desenvolver e a aprofundar é a dimensão europeia da educação, a partir da experiência adquirida nos últimos anos. Assumimos que a cidadania europeia é algo mais do que retórica política e procuraremos desenvolver parcerias e iniciativas de âmbito internacional, procurando escolas ou outras instituições que queiram partilhar e desenvolver projetos e atividades que promovam a descoberta e assunção progressiva da dimensão europeia da cidadania. 3.2. Procuraremos que os nossos educandos descubram os fundamentos dessa cidadania e a tríplice raiz que a sustenta: A raiz judaico-cristã, a raiz grega clássica e a raiz romana. Descobrir que estas raízes tornaram possível uma identidade própria num continente marcado pela babel de línguas e culturas locais que se desenvolveram ao longo de séculos sobre os mesmos fundamentos é o primeiro imperativo a fazer cumprir. 3.3. O segundo imperativo a concretizar é a promoção da cultura do conhecimento mútuo dentro do espaço europeu: descobrir que o que temos em comum é muito mais importante e significativo do que aquilo que, aparentemente, nos separa será a segunda etapa da caminhada e servirá para sustentar o terceiro desiderato. 3

3.4. Aprender a viver juntos e aprender a ver para além dos estereótipos e dos preconceitos será a sequência final da caminhada a desenvolver. Significa construir uma dinâmica relacional assente no respeito mútuo, sem sobrancerias ou servilismos, no diálogo e na cooperação justa. 3.5. Finalmente, quarto desiderato, partir para a construção de projetos com escolas e entidades do espaço europeu que, sendo herdeiras do mesmo património, vivendo no mesmo contexto civilizacional, se empenham em projetos comuns. 3.6. Para se poder concretizar esta dinâmica, promover-se-á a formação de docentes através da participação em projetos promovidos pelo programa Erasmus + e outras instâncias europeias: seminários, visitas de estudo, encontros temáticos, fóruns, etc. e, sempre que tal se revele possível, envolver-se-ão os alunos em projetos que visem construir a dimensão europeia da educação. 3.7. Mas a alma portuguesa, desde há mais de cinco séculos, aspira ao universal, à escala da Humanidade. Esse espírito universalista completará e dará maior abrangência à formação que pretendemos para os nossos alunos, até porque estamos inseridos numa comunidade que tem membros nos mais variados pontos do globo e que acolhe também visitantes de todo o mundo. 4 A prioridade da inovação 4.1. Devido à aceleração do processo de desenvolvimento científico e tecnológico, assistimos ao surgimento contínuo de novos recursos e de novos modos de relação com o conhecimento e, até, à alteração das rotinas quotidianas provocada pela generalização da cultura tecnológica e da sua evolução exponencial. Importa, por isso, que o ato educativo que se desenvolve diariamente no CSMiguel reflita a realidade do mundo e potencie as diferentes ferramentas e recursos que, todos os dias, integram a vida dos alunos. Para potenciar esta dinâmica o Colégio está dotado de acesso à internet com uma linha de fibra ótica dedicada. 4.2. Os docentes, como principais agentes do processo formativo dos alunos, serão desafiados a investir na atualização científica e pedagógica para que os recursos utilizados para transmitir e adquirir conhecimento sejam sempre os mais atuais e que melhor respondam às características e necessidades dos alunos. 4.3. As dinâmicas de aprendizagem serão cada vez mais personalizadas, criando estratégias que facilitem a cada aluno o desenvolvimento de capacidades para aceder, selecionar, adquirir e aplicar o conhecimento de acordo com as suas características e potencialidades e recorrendo a diferentes meios e recursos. 4

5 Formação permanente Consequência direta da necessidade de apostarmos na qualidade total do serviço educativo que pretendemos proporcionar a todos os nossos alunos, a formação permanente é um vetor determinante para se atingir esse desiderato. Assim, aos docentes e não docentes serão proporcionados momentos de formação, de acordo com as necessidades do Colégio, em resposta às carências evidenciadas pelos seus colaboradores e com o objetivo de garantir o acesso aos processos mais adequados, em cada momento, para assegurar a eficiência e a eficácia do ato educativo. Em cada ano letivo será elaborado um calendário de formação, ajustável às exigências do calendário escolar, que contemplará momentos de formação que respondam aos ideais pedagógicos e educativos do CSMiguel e às exigências de conhecimento e de ação de cada colaborador. 6 Parceiros 6.1. Associação de Pais. No desenvolvimento da atividade educativa diária contamos com a especial colaboração dos pais, com quem o CSMiguel estabelece uma aliança educativa, e temos na Direção da Associação de Pais um interlocutor privilegiado. 6.2. Parcerias com entidades. A formação em contexto de trabalho dos nossos alunos dos cursos secundários com dupla certificação é assegurada por várias dezenas de empresas e outras entidades com quem constituímos parceria. Para além destas, há outras instituições que concorrem com o CSMiguel na prossecução dos seus fins educativo: AEEP; APEC; Santuário de Fátima e outras. 7 Oferta Formativa 7.1. Ensino Básico: 2º e 3º ciclo. 7.2. Ensino Secundário: - Cursos Científico-Humanísticos: Ciências e Tecnologias e Línguas e Humanidades; - Cursos Científico-Tecnológicos com Planos Próprios: Ação Social; Contabilidade e Gestão; Design, Cerâmica e Escultura; Desporto e Atividade Física Adaptados; Informática; - Curso Profissional de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos - 2º e 3º ano. 7.3. Enriquecimento Curricular. Na procura da formação integral dos alunos e do alargamento de horizontes, o CSMiguel oferece aos seus alunos atividades que complementam e enriquecem a formação que lhes é proporcionada. Temos Oficinas de Inglês, Matemática e Português, apoios em diversas disciplinas, nomeadamente as de exame nacional, e um conjunto diversificado de Clubes (no ano letivo de 2014/14 são 56). 5

7.4. Como escola católica é nossa missão Ir rumo às periferias, às numerosas periferias que são lugares, mas sobretudo pessoas em situação de vida especial (Papa Francisco): acolhemos e procuramos integrar os alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente, para os quais temos um Núcleo de Apoio Educativo Especializado e queremos promover o crescimento integral de todos os nossos alunos, particularmente daqueles que apresentam maiores fragilidades. 8 Estruturas Físicas 8.1. O CSMiguel tem o Alvará de Utilização nº 162/2013, de 14/11/2013, emitido pelo Município de Ourém, com averbamento a 06/05/2014. 8.2. Lotação: por despacho do Diretor Regional Adjunto da Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo, de 25 de novembro de 2009 e por aditamento ao Alvará, da Direção Geral de Administração Escolar, de 11/07/2013, ficou com a lotação fixada em: - 280 alunos no 2º ciclo do ensino básico; - 448 alunos no 3º ciclo do ensino básico; - 669 alunos no ensino secundário. 8.3. Para o serviço desta população escolar, dispomos de: - 52 salas de aula normais; - Biblioteca com 90 lugares, 6 computadores ligados à internet e 1 impressora; - 2 laboratórios de Física e Química; - 2 laboratórios de Ciências Naturais e Biologia/Geologia; - 6 salas de informática; - 4 salas específicas para expressões artísticas; - Escola de Artes com oficinas de pintura, escultura, design industrial e comunicação e cerâmica; - 3 salas de música; - Pavilhão Gimnodesportivo com balneários; - Polidesportivo ao ar livre; - Campos de jogos exteriores com caixa de saltos para atletismo e balneários; - Sala para grupos específicos de atividade física; - Sala de apoio para alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente; - Piscina; - Refeitório com cozinha própria; - Salas de reuniões; - Gabinetes para atendimento dos encarregados de educação; - Sala multimédia; - Auditório para reuniões e assembleias com 240 lugares; - Auditório com 60 lugares; - Outros espaços: Capela, Secretaria, Serviços Administrativos, Bufete, Papelaria, Reprografia, Armazéns e Oficinas. 6

9 Recursos Humanos O CSMiguel tem, ao seu serviço um capelão, um corpo docente devidamente qualificado e pessoal não docente adequadamente preparado para o exercício das diferentes funções que é necessário desempenhar numa instituição educativa. Identifica nos professores um papel de primeira grandeza na escola, e conta com o seu objetivo testemunho pessoal para que, no dia a dia da atividade letiva, se conjuguem, concretamente, a cultura, a fé e a vida, e os conteúdos educativos das diferentes disciplinas possam corresponder e remeter para a visão cristã da pessoa. O CSMiguel reconhece também a importância e a dignidade do trabalho em educação e da liberdade de ensino e investigação e garante aos seus colaboradores todos os direitos sindicais, nomeadamente o direito à atualização e formação permanente. 10 Linhas de força para 2014/2017 10.1. Para lá de tudo aquilo que o Ministério da Educação define nos currículos, em cada ano, no CSMiguel queremos, de forma articulada e ao longo dos próximos três anos, dar uma atenção privilegiada a três aspectos que se revestem de uma importância decisiva para a vida dos alunos. 10.2. O Bullying. No CSMiguel procuraremos educar com responsabilidade os nossos alunos para o respeito pela pessoa e pelo valor da vida de cada um. Investiremos na prevenção, mas também no acolhimento e escuta, e na intervenção, promovendo uma cultura de convivência civil junto de todos os alunos. 10.3. A educação dos afetos e da sexualidade. Por contraponto a uma sociedade que cultiva a dúvida e o cinismo, o medo, a imaturidade e o infantilismo e onde todos somos induzidos a viver a nível afetivo e sensorial, em detrimento da razão enquanto conhecimento, memória e reflexão, no Colégio queremos ajudar os nossos alunos a integrarem adequadamente a inteligência e os afetos, a situarem-se numa ótica histórica de evolução e amadurecimento e apontar à formação de homens e mulheres na sua identidade completa, sabendo que todos temos em Jesus Cristo o modelo perfeito. 10.4. A Biblioteca. Por variadas formas pretendemos promover os livros e a leitura enquanto fonte de prazer e de desenvolvimento pessoal. Queremos relançar a Biblioteca como lugar de estudo, aprofundamento e atualização onde, para além da disponibilidade de livros e tecnologias de apoio ao estudo, serão oferecidas atividades voltadas para a formação e o acesso ao conhecimento e à informação. 7

11 Avaliação e monitorização 11.1. O projeto educativo é um documento que se reconstrói permanentemente em função das dinâmicas vividas e dos resultados alcançados e recorre a diferentes níveis de apreciação para se reformular. 11.2. A avaliação externa (provas finais de ciclo e exames nacionais) proporcionar-nos-á a imagem do posicionamento que temos no contexto educativo nacional e será um dos indicadores a valorizar. Os resultados alcançados serão objeto de análise em departamento curricular e darão origem à redefinição de estratégias e dinâmicas de trabalho que hão de assegurar a aproximação ao ideal que toda a escola persegue: o sucesso educativo de todos os seus alunos e a redução, para valores marginais, do insucesso e abandono escolares. 11.3. O amigo crítico externo fundação Manuel Leão, através do Programa AVES: O recurso a esta entidade que nos vem acompanhando ao longo dos últimos anos tem permitido, e irá continuar a permitir, identificar zonas de luz e de sombra nalgumas áreas curriculares e de desenvolvimento da cidadania. O cálculo do valor acrescentado produzido pelo CSMiguel continuará a permitir aferir a eficiência e a eficácia do trabalho educativo desenvolvido na nossa casa. 11.4. Os departamentos curriculares, no final de cada ano letivo, farão a avaliação dos resultados alcançados e assumirão compromissos de melhorar o/os aspetos onde se registarem níveis mais elevados de insucesso. 11.5. O Conselho Pedagógico refletirá sobre as conclusões apresentadas pelos departamentos curriculares e proporá estratégias de melhoria a incluir no Plano Anual de Atividades do Colégio para o ano seguinte. 12 Conclusão O projeto educativo de uma escola é, em simultâneo, uma idealização (porque decorre do ideário que confere unidade de ação à escola) que aponta para um nível de desempenho institucional que se deseja alcançar e um instrumento de trabalho que traça as linhasmestras da dinâmica educativa e formativa a desenvolver no quotidiano. Nesta segunda dimensão, indica os referenciais a ter em conta para projetar a escola para um desempenho que garanta, de facto, valor acrescentado ao percurso educativo de cada aluno, isto é, que, efetivamente, tenha feito a diferença na sua vida tanto pela instrução que proporcionou como pelo desenvolvimento de todas as boas dimensões da pessoa de cada um. Novembro de 2014 8