Colenda Corte Especial Eminente Relator,



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PARECER N. 2/4678/2015 MANDADO DE SEGURANÇA N. 16574-53.2015.8.09.0000 (201590165748) IMPETRANTE IMPETRADO RELATOR SUBPROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS ARTSEG SEGURANÇA E VIGILÂNCIA LTDA PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS E OUTRO DES. CARLOS ESCHER SPIRIDON N. ANYFANTIS MANDADO DE SEGURANÇA. ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM". PRORROGAÇÃO DA COMPETÊNCIA DO ÓRGÃO ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE. Excluído o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás do polo passivo e detectada a inviabilidade de prorrogação da competência do Órgão Especial, manifesta-se esta Procuradoria-Geral de Justiça pela remessa dos autos ao juízo de primeiro grau. Colenda Corte Especial Eminente Relator, Trata-se de Mandado de Segurança impetrado por Artseg Segurança e Vigilância Ltda ME em face de suposto ato praticado pelo Presidente e Diretor-Geral do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e do Pregoeiro Oficial, em razão da anulação do resultado do procedimento licitatório regido pelo Edital n. 034/2014. O objeto do supramencionado procedimento licitatório constituía-se na contratação de empresa especializada na prestação de serviços continuados de vigilância e segurança ostensiva e repressiva, armada e desarmada, mediante o fornecimento de 1

mão de obra e de materiais e equipamentos necessários à execução dos serviços, inclusive armamento, munição e coletes balísticos, com a finalidade de atender às necessidades do Poder Judiciário e de suas Unidades Judiciais do Estado de Goiás, pelo período de doze meses. A parte impetrante defendeu, em suma, que fora vencedora da referida licitação quanto aos lotes 2 e 3 - a qual fora realizada na modalidade Pregão Eletrônico e que, após a celebração do contrato com a parte impetrada, tal procedimento fora anulado parcialmente, com a consequente realização de novo procedimento, desta vez, na modalidade Pregão Presencial. Explanou que apresentara recurso administrativo contra o ato que anulara o referido Pregão Eletrônico, recurso este, até o momento, não analisado. E, nesse diapasão, defendeu que a manutenção do ato em destaque fere a segurança jurídica, consubstanciada no ato jurídico perfeito e nos princípios constitucionais do contraditório e ampla defesa, bem como da vinculação ao edital. Sustentou que a manutenção do ato poderá gerar prejuízo ao erário, uma vez que a parte impetrante deverá ser indenizada após a anulação do contrato em vigência. Por fim, requereu a suspensão imediata dos efeitos do ato que determinara a realização de Pregão Presencial, além da fixação de multa diária de R$20.000,00 (vinte mil reais) em favor da parte impetrante em caso de descumprimento e, também, a manutenção dos atos praticados no Pregão Eletrônico n. 034/2014, bem como dos contratos oriundos dele. Acostou documentos: cópia do Edital de Licitação nº 034/2014, Ofício n. 0654/2014 da 89ª Procuradoria de Justiça, oriundo do Inquérito Civil n. 201400338543, pelo qual fora recomendado a preservação do procedimento licitatório, 2

anulando os atos praticados no certame a partir da fase de classificação das propostas, além de documentos extraídos do ambiente de realização do Pregão Eletrônico e cópias referentes a outras etapas do procedimento licitatório em tela (fls. 25/359). A decisão de fls. 363/366-v indeferiu o pleito de liminar. As informações do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás foram prestadas às fls. 390/397 e por meios delas a autoridade acoimada coatora alegara a incompetência absoluta do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás para julgar o feito. O Diretor-Geral do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás apresentou informações, fls. 415/417-v, por meios das quais narrara que via Despacho nº 008/2015 da Comissão Permanente de Licitação foram declaradas vencedoras as empresas Vip Vigilância Intensiva Patrimonial Ltda EPP para o lote 1 e, para os lotes 2 e 3, Artseg Segurança e Vigilância Ltda, ora impetrante. E nesse contexto, defendeu a perda superveniente do interesse de agir, em razão de o procedimento licitatório em questão encontrar-se em fase de análise e conclusão quanto à homologação e adjudicação às acima citadas empresas vencedoras. Acostou documentos às fls. 418/435. O Estado de Goiás apresentou peça contestatória às fls. 441/453, por meio da qual defendera, preliminarmente, a ilegitimidade passiva do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e consequente incompetência absoluta do TJGO para apreciar ato de seu Diretor-Geral, bem como a perda superveniente do interesse processual em razão da parte impetrante ter vencido nova licitação. No mérito, arguiu sobre o poder de autotutela da Administração Pública e inexistência de direito adquirido a contrato objeto de certame viciado. 3

Autos com vista à Procuradoria-Geral de Justiça. Sintetizada nesses termos a matéria posta, mister examinar, preliminarmente, a questão relativa à indicação das autoridades coatoras, porquanto imbricada, no caso concreto, com a análise da competência. Consoante dito, dirigiu-se a impetração contra o Presidente e Diretor- Geral do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás e do Pregoeiro Oficial. Certo é que o texto legal considera autoridade coatora aquela que tenha praticado o ato impugnado ou da qual emane a ordem para sua prática 1. Nessa esteira, consoante lições de Hely Lopes Meirelles, in "Mandado de Segurança, etc", 13ª edição, p. 34, a autoridade coatora é "(...) a pessoa que ordena ou omite a prática do ato impugnado e não o superior que o recomenda ou baixa normas para a sua execução.", bem como "(...) coator é a autoridade superior que pratica ou ordena concreta e especificamente a execução ou inexecução do ato impugnado, e responde pelas suas consequências administrativas;". Estabelecidas essas premissas, constituindo o objeto desta ação o ato administrativo consubstanciado pelo Despacho 7.165/2014, da lavra do Diretor-Geral do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, não é o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás autoridade responsável por tal decisão. Com efeito, nos termos do art. 38 do Decreto n. 2.830 de 22.12.2014, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, é atribuição do Diretor-Geral ampla gestão envolvendo os procedimentos licitatórios, motivo pelo qual ilegitimidade passiva do Presidente do TJGO na presente lide é medida imperativa. 1 Art. 6º, 3º, Lei 12.016/09. 4

É o entendimento jurisprudencial: PROCESSO CIVIL - ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA - MILITAR ATIVO DO QUADRO DE TAIFEIROS DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA - PROMOÇÃO À GRADUAÇÃO DE SUBOFICIAL - ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DO EXMO. SR. MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA E EXMO. SR. COMANDANTE DA AERONÁUTICA - EXTINÇÃO, SEM APRECIAÇÃO DO MÉRITO. 1 - As autoridades acoimadas de coatoras, pessoas legitimadas para atrair a competência desta Corte para análise deste writ (art. 105, I, "b", da Constituição Federal, com a alteração trazida pela EC nº 23, de 02.09.1999), não são aptas para figurarem no pólo passivo da presente impetração, posto que não lhes foi atribuído o poder de executar o ato ora impugnado. 2 Precedente (MS 4.193/DF e RMS 10.495/SP). 3 Preliminar de ilegitimidade passiva ad causam acolhida, para julgar extinto o writ, sem apreciação do mérito, nos termos do art. 267, VI, do Código de Processo Civil. Custas ex lege. Honorários advocatícios incabíveis, nos termos das Súmulas 512/STF e 105/STJ. (MS 8.960/DF, Rel. Ministro Jorge Scartezzini, Terceira Seção, julgado em 08/10/2003, DJ 19/12/2003, p. 316) Diante desse quadro, relevante consectário de pronto assoma: excluído do polo passivo o Presidente do TJGO, afasta-se a competência desse Órgão Especial, conforme regra apregoada pelo art. 9º B do Regimento Interno do Tribunal de Justiça de Goiás. 2 A propósito, o Egrégio TJGO já decidiu sobre a incompetência absoluta da Corte Especial para processar e julgar remédio constitucional impetrado em face de seu Diretor-Geral, nos moldes do artigo 46, VIII, o, da Constituição Estadual, bem como artigo 14, I, b, do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, devendo os autos ser remetidos ao primeiro grau de jurisdição 3 : 2 Art. 9º-B. Compete ao Órgão Especial processar e julgar: ( ) VI - os mandados de segurança e os habeas data contra atos do Governador do Estado, do Presidente ou da Mesa da Assembléia Legislativa, do próprio Tribunal de Justiça, de seu Presidente ou integrante; 3 Art. 46 Compete privativamente ao Tribunal de Justiça: VIII - processar e julgar originariamente: o) o mandado de segurança e o habeas data impetrados contra atos do Governador do Estado, da Mesa Diretora, ou do Presidente da Assembleia Legislativa, do próprio Tribunal de Justiça, de seu Presidente ou membro integrante, de juiz de primeiro grau, dos Tribunais de Contas do Estado e dos Municípios, do 5

MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO DIRETOR GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DA CORTE ESPECIAL DECLARADA DE OFÍCIO. A Corte Especial não é dotada de competência para o julgamento de mandado de segurança impetrado contra ato atribuído ao Diretor Geral deste Tribunal de Justiça, conforme o disposto no artigo 46, VIII, 'o', da Constituição Estadual e artigo 14, I, 'b', do RITJGO. Incompetência absoluta declarada de ofício. COMPETÊNCIA DECLINADA. REMESSA AO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU. (TJGO. 221434-50.2014.8.09.0000 201492214345 - DES. ALAN S. DE SENA CONCEICAO. Ano VIII - edição nº 1772 - Seção I. Publicação: segunda-feira, 27/04/2015). Dessarte, incorreta a indicação da autoridade coatora e detectada a inviabilidade de ampliação da competência dessa Corte Especial, manifesta-se esta Procuradoria-Geral de Justiça pela exclusão do Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás do polo passivo, com a consequente remessa dos autos ao juízo de primeiro grau. Goiânia, 12 de junho de 2015. M/S SPIRIDON N. ANYFANTIS Subprocurador- Geral de Justiça Para Assuntos Jurídicos Port. n. 1.492/2014 DOMP 1224ª ed. Procurador-Geral de Justiça, do Procurador-Geral do Estado, dos Secretários de Estado, do Comandante Geral da Polícia Militar e do Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar; Art. 14. Compete às Câmaras Cíveis: I - processar e julgar: b) os mandados de segurança contra atos dos Secretários de Estado, Procurador-Geral de Justiça, Presidente e membros do Conselho Superior do Ministério Público, Presidentes e membros dos Tribunais de Contas, Auditor e membros da Justiça Militar, e Comandante-Geral da Polícia Militar; 6