Aula 11 de Processo do Trabalho I Meios de prova do Processo do Trabalho Prova advém da expressão em latim probare e significa exame, verificação, demonstração, reconhecimento por excelência. Tentar provar alguma coisa é tentar convencer alguém, em nosso caso é a tentativa de convencimento do juiz sobre os fatos da causa. Uma das máximas em matéria probatória ainda vigente é que aquele fato não provado é tido como fato inexistente. Outra importante lição é a de que a prova é de livre convicção do juiz, ou seja, a parte pode acreditar que está provando algo estupendo de uma forma, mas o juiz poderá se convencer em outra prova que sequer está sendo alvo de prova pela parte no processo. Assim como outros institutos do direito processual do trabalho, o direito probatório encontra alguns princípios a latere daqueles já estudados. O primeiro princípio a ser relembrado é o da necessidade da prova, ou seja, a parte deve fazer prova de suas alegações. Por óbvio, muitas vezes a lei faculta ao mais fraco não necessitar realizar algumas provas, mas esta é a exceção, sendo a regra que, aquele que alega, deve provar.
Outro princípio importante a ao ser mencionado é o de que a prova deve ser apreciada em seu conjunto. A lealdade da prova é algo inerente ao direito probatório, tendo em vista que a prova ilícita deve ser severamente combatida, a teor do que preconiza o artigo 5, LVI da Constituição Federal e artigo 14 do Código de Processo Civil brasileiro. Princípio do contraditório, o que ensina que, apresentada a prova pela parte contrária, deve a outra parte ter a possibilidade de se manifestar. Pelo princípio da oportunidade da prova, todos tem o direito de apresentar sua prova e fazer prova nos momentos adequados no processo. O princípio da comunhão da prova leciona que esta diz respeito a ambas as partes. Assim, a prova apresentada por uma das partes, ao beneficiar uma delas, prejudicará a outra. O princípio da legalidade diz que as partes são asseguradas o contraditório e ampla defesa na seara probatória. O princípio da imediação aponta o titular da prova, ao dizer que a mesma é feita diante do juiz para que ele se convença do direito alegado pelas partes. O princípio da obrigatoriedade da prova afirma que não é de interesse só das partes, mas também do Estado. É óbvio o princípio, tendo em vista que o Estado tem a obrigação de dar
as partes um processo justo, o que somente será efetivado caso também tenha interesse na produção da prova. Pelo princípio da aptidão da prova, aquele que tiver melhores condições de fazer a prova fará. O princípio da disponibilidade da prova diz que a prova será feita em momentos próprios previstos na lei ou para a instrução do processo. O jiz conhece o direito (iura novit curia), sendo que narrados os fatos o juiz dará o direito (narra mihi factum dabo tibi jus). O que não consta nos autos o juiz não terá obrigação de saber (quod non est in actis non est in mundo). Matéria Federal (juiz deve conhecer), estadual, municipal, tratados (parte deverá comprovar sua vigência 337 CPC). Não há necessidade de prova: Fatos notórios, alegados e confessados, admitidos no processo como incontroversos, em cujo favor milita presunção (350 CPC). Art. 451 CPC: no início da instrução juiz fixará os pontos controvertidos. Ônus da prova: fardo, carga, peso... A) ao autor, quando ao fato constitutivo de seu direito;
B) ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor; Constitutivo (existência de relação de emprego); Extintivo (pagamento); Impeditivo (rescisórias pelo reclamante e justa causa pelo reclamado); Modificativo: acerto quanto a forma de pagamento de comissões. 2º do artigo 74 da CLT: mais de 10 empregados. MEIOS DE PROVA: Todos os meios legais, ainda que não especificados no CPC. São meios de prova: depoimento pessoal das partes, testemunhas, documentos, perícias e inspeção judicial. Depoimento pessoal: é a declaração prestada pelo autor ou pelo réu perante o juiz, sobre os fatos objeto do litígio. 820 CLT e 848 da CLT: interrogatório? Reinquerir: somente se foi inquirida. Confissão: é a admissão de um fato que é contrário ao interesse da parte e favorável ao adversário. Confissão X revelia: diferença...
Revelia: ausência de defesa, presume-se a confissão. Confissão real: realizada expressamente pela parte. Confissão ficta: presunção. Recibo de pagamento de horas extras. Confissão provocada e espontânea. Confissão: rainha das provas. Inicia o reclamante e após o reclamado. Juiz, de ofício, pode interrogar as partes, a qualquer momento. A parte que ainda não depôs não poderá assistir ao interrogatório do ex-adverso. Escritos para depor (art. 346 do CPC, apenas breves anotações). O juiz pode aplicar a confissão de ofício, sem requerimento da parte. Perguntas irrelevantes, impertinentes ou inúteis serão indeferidas pelo juiz.