B O L E T I M OFERECIMENTO SEGUNDA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 50 mi é o custo anual de manutenção do estádio do Maracanã, sob a adminsitração da Odebrecht EDIÇÃO 479 Em jogo de baixo apelo, Arena Corinthians vive dia de ativações POR DUDA LOPES O jogo contra o Novo Horizontino não tinha nenhuma importância para o Corinthians. Ainda assim, três empresas se uniram para fazer uma ação inusitada no estádio, que recebeu pouco mais de 30 mil torcedores no domingo. Netshoes, Gatorade e Easy Táxi participaram da ação inédita ganhar no grito, que prometia arrecadar dinheiro para a construção do Centro de Treinamento do time de base do Corinthians. No telão da arena, o goleiro Matheus Vidotto e o coordenador de futebol do clube, o ex-jogador Alessandro, anunciaram a ativação. Na arena, havia uma série de microfones que iriam medir o barulho da torcida, que na entrada do jogo já havia recebido faixas com referência à campanha. Para que o clube recebesse a verba, a torcida deveria gritar o nome de cada empresa envolvida. Os torcedores, claro, não se manifestaram, mas o barulho foi feito graças a um grupo específico formado em uma das áreas nobres da arena. No fim, houve o anúncio de que o Corinthians havia ganho R$ 100 mil com a ação, graças ao apoio do público. A ação foi uma ideia da agência de publicidade DM9DDB, que foi ao mercado oferecer o pacote de ação para as três empresas. A ideia é fazer um filme com a torcida que seria posteriormente veiculado. A ação no estádio foi para captar material para o vídeo. Apesar da participação das três marcas, não houve ainda qualquer pagamento à agência pela ação realizada. Vale lembrar que a DM9 é a agência comandada por Marcelo Passos, antigo diretor de marketing do Corinthians. Das três marcas envolvidas, só a Gatorade é patrocinadora do Corinthians. A Netshoes também mantém um acordo com o clube, mas para gerir a loja online oficial da equipe. A Easy Táxi foi parceira do Movimento por um Futebol Melhor no ano passado, mas viu o seu concorrente 99Taxis ostentar a marca na camisa corintiana. Outra ação na Arena domingo foi a exibição dos troféus do torneio de tênis de Roland Garros. 1
Novos estádios não podem perder a brasilidade das ações POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte Câmera do beijo, flagra da torcida, intensidade de grito dos patrocinadores... O advento dos telões de alta definição nos estádios brasileiros levou a uma novidade para o mercado, que é a possibilidade de fazer ativações de marca diretamente com o público presente no estádio. Ação bastante corriqueira no mercado americano, especialmente nos jogos disputados em ginásios, o uso dos telões, por aqui, pecam por um motivo aparentemente banal: nós não estamos nos Estados Unidos! Não temos a cultura americana de promoção relacionada a evento esportivo. Os torcedores estão acostumados a irem para o estádio para ver um jogo de futebol, e muito, mas muito pouco além disso. Nos EUA, a ida ao evento esportivo é parte de um programa ainda maior de relação das pessoas com o ambiente. Não por acaso, quase sempre há promoções sendo atreladas aos jogos nos EUA. As marcas pagam para estar no telão e gerar uma experiência de consumo ao torcedor. Por conta disso, há um envolvimentol maior da torcida com a ação, além de uma cultura que já é favorável a esse tipo de relacionamento. Por aqui, nunca atrelamos estádios a promoções de marcas. O beijo, infelizmente, é um ato ainda bem distante do ambiente hostil de boa parte dos estádios. Sendo assim, as ações que tentamos importar dos americanos ficam muito artificiais. O grande barato dos novos estádios é que eles abrem um leque de novas oportunidades para as marcas engajarem o torcedor. Mas não podemos deixar de ser essencialmente brasileiros para conseguir isso. Flamengo fala grosso em relação ao Maracanã e exige participar de licitação POR REDAÇÃO O Flamengo quer gerir o Maracanã. Em nota, o clube criticou o atual modelo de administração do estádio e se diz à disposição para assumir o posto. E mais: ameaça não renovar o contrato de locação em vigência, com término neste ano, caso o acordo se mantenha nos mesmos moldes. A manifestação do Flamengo ocorre após o consórcio que gerencia o Maracanã, formado pelas empresas Odebrecht, IMX e AEG, demonstrar interesse em negociar a devolução da estrutura reformada para a Copa do Mundo de 2014. Para o Flamengo, a desistência da concessionária ocorre após uma licitação equivocada, em que clubes de futebol não puderam participar. E deixa que claro que, em uma eventual negociação nova, a diretoria do clube, liderada por Eduardo Bandeira de Mello, se candidata ao posto. Em entrevista ao programa Seleção Sportv, o mandatário flamenguista afirmou que o clube só volta ao Maracanã se puder ser um dos gestores. O Flamengo mudou muito nos últimos três anos. Concordo que, em 2013, nós não tínhamos condições de pensar em assumir o Maracanã. Nenhuma empresa confiaria em nós. Mas hoje já temos os parceiros necessários para isso e pretendemos assumir a gestão. Bandeira disse ainda que, caso o clube não participe da licitação, só aceitará jogar se outro consórcio cuidar do estádio em condições que sejam boas para o clube. Até agora, cinco consórcios já demonstraram interesse em assumir o Maracanã após os Jogos Olímpicos, em novembro. 2
Após meio ano, Inter cumpre meta e ocupa 100% do RS POR ADALBERTO LEISTER FILHO Quase seis meses após lançar a campanha RS 100% Colorado, o Internacional atingiu o objetivo: conquistou ao menos um sócio- -torcedor em cada um dos 497 municípios gaúchos. O time é o único do Brasil a ter essa façanha. O trabalho demorou um pouco mais que o previsto, diz Alexandre Ribeiro, vice-presidente de comunicação social do Internacional à Máquina do Esporte. Encontramos dificuldades até de comunicação em algumas pequenas cidades e em zonas rurais. Mas com o apoio da rede consular colorada fomos varrendo cada localidade em busca dos sócios para atingir o objetivo do projeto, acrescenta o dirigente. A última cidade do Rio Grande do Sul a contar com um sócio- -torcedor foi Carlos Gomes. Quando foi iniciada a campanha, 28 pequenos municípios gaúchos ainda não tinham associados ao programa. Ter um sócio representando o Internacional em cada cidade é motivo de orgulho para todos. Essa força, junto com o trabalho consular, consolida cada avanço que damos no nosso quadro social. Em cada cidade dessas queremos agora montar consulados para atuar dentro da nossa rede, no mesmo objetivo estratégico do clube. O programa de sócio-torcedor do Internacional, um dos pioneiros no Brasil, era o que contava com o maior número de associados no país até o ano passado. Durante a temporada, acabou sendo ultrapassado por Corinthians e Palmeiras. Para o dirigente, o clube gaúcho ainda pode recuperar essa posição. Nosso plano de sócios sempre foi referência. Temos várias modalidades de sócios, todas elas com vantagens e direitos bem definidos. Mas podemos crescer mais, acredita Ribeiro. Para isso, o objetivo é consolidar o programa do Inter também em outras regiões do país. Com RedeTV!, rúgbi terá TV aberta pela 1ª vez A Confederação Brasileira de Rugby fez um acordo com a RedeTV! para a transmissão de jogos da seleção brasileira da modalidade em TV aberta pela primeira vez na história. A emissora paulista vai exibir as partidas do Brasil no Sul- -Americano da modalidade dias 23 e 30 de abril. Exibir pela primeira vez a seleção brasileira de rúgbi, com exclusividade na televisão aberta, é um presente e tanto para a RedeTV! tanto quanto para os fãs do esporte. Significa também a diversificação e ampliação da Super Faixa do Esporte, disse em comunicado Franz Vacek, superintendente de jornalismo e esporte da RedeTV!. A emissora tem investido na transmissão de esporte nos últimos tempos. Recentemente, a RedeTV! já havia transmitido a Superliga de vôlei e, também, o Novo Basquete Brasil, que estavam afastados da transmissão regular da TV aberta. Para Agustin Danza, presidente executivo da CBRu, a transmissão do rúgbi na TV aberta amplia o processo de massificação do esporte. Agora, o menino em qualquer estado do Norte e do Nordeste liga a televisão e vai poder ver a sua seleção brasileira de rugby em campo, se interessar pelo esporte e, no dia seguinte, procurar o clube da sua região, afirmou o executivo. 4
Nike faz final de semana de ativações olímpicas no Rio POR ADALBERTO LEISTER FILHO, DO RIO DE JANEIRO* Com a presença de atletas mais agilidade e patrocinados pela marca, a Nike movimentação. realizou no último sábado (dia 9) Cada atleta brasileiro receberá um um evento no Sambódromo do Rio de Janeiro para apresentar as kit com cerca de 40 novidades tecnológicas dos uniformes que serão utilizados pela me de competição, itens, entre unifor- delegação brasileira na Olimpíada do Rio de Janeiro, em agosto. gem, Vila Olímpica treinamento, via- A marca é a fornecedora oficial e pódio, que só de material esportivo do COB será usado em caso (Comitê Olímpico do Brasil). de conquista de A Olimpíada revela o melhor medalha. Esperamos que haja muitos brasileiros da Nike. Servir os atletas é o que nos impulsiona. Nosso foco é medalhistas, disse Henry Rabello, VP de marketing e diretor fazer produtos e serviços para tornar os atletas de elite e os de Olimpíadas da Nike do Brasil. amadores melhores. Buscamos Além do evento com os atletas, soluções para todas as dificuldades do esporte. Alguns dos ra, a Nike realizou mais uma ação voltado para a imprensa brasilei- resultados de nossa obsessão por no final de semana, também ativando o patrocínio ao Rio-2016. ajudar os brasileiros a melhorar seu desempenho podem ser vistos hoje, disse Ken Black, vice- Women Contest, meia-maratona No domingo, promoveu a Nike -presidente de design da Nike. feminina com largada no Sambódromo e que cumpriu parte do A aposta da Nike é na leveza dos materiais, para promover percurso do evento-teste de corrida de rua dos Jogos Olímpicos. O evento foi grande celebração ao público feminino, um dos objetivos da Nike para este ano e que tem sido constantemente ativado nas ações da marca. Voltando a competir após se recuperar de lesão, Marilson dos Santos, atleta patrocinado pela marca e que esteve no lançamento das tecnologias dos uniformes, correu parte do percurso como preparação para a Maratona de Praga, que será no dia 8 de maio. * O repórter viajou a convite da Nike Por fim da inatividade, empresa banca Vila Olímpica A Nike inaugurou no final de semana mais uma Vila Olímpica, projeto em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro que visa a reforma ou capacitação de profissionais de 22 unidades de esporte da cidade-sede dos Jogos Olímpicos. Fizemos uma pesquisa em que identificamos que as crianças brasileiras são as que menos fazem esporte entre todas as da América Latina. Esse projeto é uma tentativa de reverter isso, diz Henry Rabello, vice-presidente de marketing e diretor geral de Olimpíadas da Nike do Brasil. A primeira unidade entregue foi a Vila Olímpica do Encantado (zona norte do Rio). Já são 25 mil crianças atendidas. A meta é dobrar esse número. 5