. A SPE P C E TOS D A L E L G E I G S I LA L ÇÃO M U M NI N C I IP I A P L



Documentos relacionados
270 mil. Edificações no Rio de Janeiro. Total de edificações na cidade 875 mil. Edificações sujeitas à autovistoria:

DECRETO Nº DE 11 DE JULHO DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, e

Rio de Janeiro: Decreto Regulamentador de Autovistoria

Rio de Janeiro, 13 de março de Of. Circ. Nº 088/13. Ref.: Lei nº DE 05/03/2013 (Estadual - Rio de Janeiro) Senhor Presidente,

REUNIÃO COM A PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO SEC. DA CASA CIVIL - DEPUTADO PEDRO PAULO CARVALHO TEIXEIRA SEC. DE URBANISMO SEC. MARIA MADALENA SAINT

AutoVistoria Segurança em Edificações. Eng. Eletricista e Segurança do Trabalho: Rogerio Maurer rogeriomaurer@gmail.com

ORIENTAÇÕES E RECOMENDAÇÕES AOS SÍNDICOS E ADMINISTRADORES PREDIAIS

ESTADO DO AMAZONAS CÂMARA MUNICIPAL DE MANAUS GABINETE DO VEREADOR ISAAC TAYAH

Autores: Deputado SAMUEL MALAFAIA, Deputado LUIZ PAULO A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLVE:

LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA PREDIAL LT EDIFICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO SHALOM RUA BENTO LISBOA 112 CATETE - RJ

Norma da ABNT vai regulamentar reformas

Informe Legislativo Municipal

ISO 9001 : 2008 CURSO NOVO CURSO COMPLETO. De: 27/08/2012 a 31/08/2012. Local: Hotel a definir - Rio de Janeiro. Carga Horária: 40 horas

Termo de Situação Física das Áreas

Mesa Redonda Obrigatoriedade da Inspeção Predial: ASPECTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

ATO DO CONSELHO DIRETOR INSTRUÇÃO NORMATIVA AGENERSA Nº 47 DE 16 DE MARÇO DE 2015

RETROFIT MAQUETE ELETRÔNICA. As cores e representação de materiais utilizados podem sofrer pequenas alterações devido a resolução gráfica do desenho.

Autovistoria: prevenção agora é Lei. Agosto/2013

Exmº. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lagos

Papel da administradora junto aos condomínios para atendimento às exigências de modo a não comprometer as garantias. Sergio Meira de Castro Neto

CICLO DE PALESTRAS OBRAS EM CONDOMÍNIOS: PRECAUÇÕES E RESPONSABILIDADES

PROJETO DE LEI Nº..., DE (Deputado Augusto Coutinho)

II Desenho na escala de 1:100 (uma para cem); III Cotas necessárias à perfeita compreensão do projeto; 1º - O projeto simplificado deverá apresentar:

PROJETO DE LEI Nº 038 /2012 INSTITUI OBRIGAÇÕES RELATIVAS À AUTOVISITA E AS INFORMAÇÕES ACERCA DE OBRAS E REFORMAS REALIZADAS NOS PRÉDIOS.

Instrução Normativa 001/2014

Inspeção Predial e Auditoria Técnica Predial

GARANTIA. Introdução. Prezado Cliente,

ANEXO I TERMO DE REFERÊNCIA

Ernesto F. Peixeiro Ramos, ANPQ

Quadra 5 Piscina x x x Ver tabela 6 Solidez/ Segurança x Ver tabela da Edificação 3

Capítulo 4 - EXECUÇÃO E SEGURANÇA DAS OBRAS

NOTA DE ESCLARECIMENTO Nº 02 CONCORRÊNCIA PÚBLICA NACIONAL Nº /CIDADES/CCC

ESCOPO TÉCNICO PARA ELABORAÇÃO DE LAUDO TÉCNICO DE VISTORIA

O MERCADO DE REVESTIMENTOS DE ALTO DESEMPENHO NO BRASIL CENÁRIO E PERSPECTIVAS DO SEGMENTO RESUMO EXECUTIVO

INFORMATIVO VALOR VENAL

ANEXO 1 - TERMO DE REFERÊNCIA Substituição das telhas de alumínio da marquise frontal do prédio sede da Justiça Federal ES

Estado do Rio Grande do Sul Município de Torres Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Gestão

REGULAMENTO DE HONORÁRIOS

REDAÇÃO FINAL PROJETO DE LEI Nº D DE 2007

TABELA DE REFERÊNCIA DE HONORÁRIOS PROFISSIONAIS FUNDAÇÕES E OBRAS DA TERRA APROVADA NA ASSEMBLÉIA DO DIA 29 DE AGOSTO DE 2014.

LAUDO TÉCNICO ESPECÍFICO

INSTALAÇÃO E MANUTENÇÃO DE SISTEMAS DE GÁS LP E GN.

Lei Municipal N.º 1414

Importância e cuidados na reforma e manutenção de edifícios / Norma de Manutenção RSO

Instruções Técnicas para Apresentação de Projetos de Serviços de Lavagem, Lubrificação e Troca de Óleo de Veículos - Licença de Instalação (LI) -

ABNT NBR NORMA DE DESEMPENHO

HISTÓRICO DAS REVISÕES N.ºREVISÃO DATA IDENTIFICAÇÃO DO DOCUMENTO 00 01

LOCAIS DE TRABALHO COM QUALIDADE E PRODUTIVIDADE PROJETOS DE CONFORTO E QUALIDADE

Atribuições dos Tecnólogos

VIDA ÚTIL DE PROJETO COMO PREMISSA PARA O DESEMPENHO DE EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS ABNT NBR 15575/2013 EDIFICAÇÕES HABITACIONAIS - DESEMPENHO

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.051/05

Conservação de Edifícios: Influência das Condições de Uso e Manutenção na Vida Útil Esperada

ANEXO I MEMORIAL DESCRITIVO

Os serviços a serem executados, compreendem a elaboração e fornecimento dos seguintes documentos técnicos:

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE HOSPITAL DE PRONTO SOCORRO PROJETO BÁSICO ANEXO XII - ESPECIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS

Autovistoria. Prevenção agora é Lei

Jaques Sherique. Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho Conselheiro Regional

PRINCIPAIS FALHAS EM AUDITORIAS DO PBQP-H

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente Superintendência Estadual do Meio Ambiente SEMACE

DISCIPLINA O CORTE DE ÁRVORES NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

TERMO DE REFERÊNCIA IMPERMEABILIZAÇÃO DE LAJE DO 14º ANDAR DO EDIFÍCIO-SEDE

NORMA TÉCNICA LICENCIAMENTO

ESTRATÉGIA DE INSPEÇÃO PREDIAL

Prefeitura Municipal de Vitória Estado do Espírito Santo DECRETO Nº

AGOSTO 2017 Aplicação da Legislação de Inspeção Predial Comparativo entre cidades

ANEXO 1 TERMO DE REFERÊNCIA Fornecimento e instalação de válvulas redutoras de pressão

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO LAI. Lei Federal nº /11 - Lei Distrital nº 4.990/12

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ANEXO V ESTRUTURA TARIFÁRIA, SERVIÇOS COMPLEMENTARES E MULTAS 1 INTRODUÇÃO ESTRUTURA TARIFÁRIA SERVIÇOS COMPLEMENTARES...

Administração Central Unidade de Ensino Médio e Técnico - CETEC. Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

NORMA MUNICIPAL Nº. 054

LEI Nº 3.743, de 30 de novembro de 2012

TRANSPORTE COLETIVO URBANO

A Câmara Municipal de São José dos Pinhais, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

RESOLUÇÃO Nº 490, DE 24 DE AGOSTO DE 2005

Regulamento do Programa de Incentivos à "Recuperação de Habitações na Zona Histórica da Vila"

Art. 1º Este Decreto regulamenta o art. 11-B da Lei nº 9.440, de 14 de março de 1997.

Dimensionamento do Número Mínimo de Furos de uma Campanha de Sondagem

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016 Diário Ofi cial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 126 (26) 27

DIRETRIZES TÉCNICAS AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO EM EDIFICAÇÕES 05/2015 DT 007/15 DTPC

REQUERIMENTO PROJETO DE ARQUITETURA

PREGÃO PRESENCIAL Nº 22/2011 CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDICINA E SEGURANÇA DO TRABALHO

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE

IDEAL PARA VIVER OU INVESTIR.

Obras e Reformas em Condomínios

Portaria nº 1109 de 10 de dezembro de 2010

PROJETO DE INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA REGISTRO DE INSPEÇÃO DE PROJETOS

LEI COMPLEMENTAR Nº 614 de 06 de julho de 2010

LEI N.º 4.598/15 DE 28 DE JULHO DE 2015

EDITAL DE PROCESSO DE SELEÇÃO SESC SANTA CATARINA

Todo cuidado é pouco!

DIMENSIONAMENTO E LAYOUT DE MICRO E PEQUENAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

NORMA TÉCNICA DE PROCEDIMENTOS.

Plano Especial de Auditoria de Obras 2002 Relatório Sintético

Avaliação de Desempenho da Contratada para Prestação de Serviços de Engenharia (Estudos e Projetos)

PROC IBR EDIF 048/2015 Análise de projeto de Instalações Prediais de Água Quente

Higiene e segurança no trabalho

Transcrição:

INSPEÇÃO PREDIAL: ASPECTOS DA AUTOVISTORIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ENGº CIVIL ANTERO PARAHYBA ARQUITETA ADRIANA ROXO

1. HISTÓRICO 2. ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL E PROCEDIMENTOS PCRJ 3. DADOS DA RioSMU 4. SITUAÇÕES IDENTIFICADAS 5. COMPORTAMENTOS 6. CONCLUSÕES

1. Histórico da Autovistoria no Rio de Janeiro

Lei Municipal nº 2.550, de 13/06/1997 Institui a autovistoria pelos condomínios dos prédios residenciais e comerciais e suas instalações Revogada sem regulamentação Lei Estadual nº 6.400, de 05/03/2013 Determina a realização periódica de vistorias dos prédios residenciais, comerciais e públicos no Estado do Rio de Janeiro Lei Complementar Municipal nº 126, de 26/03/2013 Institui a obrigatoriedade de realização de vistorias técnicas nas edificações existentes no Município do Rio de Janeiro Decreto Municipal nº 37.426, de 12/07/2013 Regulamenta a Lei Complementar nº 126/2013

OUTRAS LEGISLAÇÕES Resolução SMU nº 013, de 07/04/1994 Institui a obrigatoriedade de apresentação periódica de laudos de estabilidade de marquises Decreto Municipal nº 27.663, de 09/03/2007 Dispõe sobre a obrigatoriedade de manutenção e conservação de marquises e institui a Declaração de Segurança Estrutural das Marquise - DSEM Lei Municipal nº 5.735, de 10/04/2014 Institui a obrigatoriedade das edificações multifamiliares fixarem nos pavimentos planta baixa do sistema de emergência Lei Estadual nº 6.890, de 18/09/2014 Determina a realização de inspeção quinquenal nas instalações de gás das unidades residenciais e comerciais supridas por gases combustíveis no Estado do Rio de Janeiro

2. Aspectos da legislação municipal e Procedimentos PCRJ

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL Edificações abrangidas Todas as edificações com mais de 5 anos de construídas, excetuadas edificações unifamiliares e bifamiliares, edificações com até 2 pavimentos e área total construída inferior a 1000m 2 edificações situadas em áreas de especial interesse social Fachadas de qualquer edificação com projeção de marquise ou varanda sobre o passeio público

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL Periodicidade da vistoria 5 anos Prazo inicial para comunicação de vistoria 01/01/2014, este prazo foi prorrogado para 01/07/2014

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL Exigências O laudo técnico conterá a identificação do imóvel, a descrição das suas características e informará se o imóvel está em condições adequadas ouinadequadasde uso, no que diz respeito a estrutura, segurança e conservação O laudo técnico deverá informar as medidas reparadoras necessárias paraadequação, com prazo para implementá-las

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL RESPONSÁVEL PELO IMÓVEL contrata RT para realizar vistoria recebe o laudo do RT e informa aos demais nosite PCRJ comunica adequação ou comunica necessidade de prazo para obras contrata as obras necessárias contrata laudo complementar no site PCRJ comunica adequação

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO MUNICIPAL Multas São passíveis de multas as edificações que não realizarem a vistoria no prazo legal não comunicarem ao Município as condições do imóvel não realizarem laudo complementar ao final do prazo estabelecido para as medidas corretivas

PROCEDIMENTOS PCRJ Criação de link no site da SMU para comunicação da vistoria

PROCEDIMENTOS PCRJ Criação da Coordenadoria Geral de Fiscalização de Manutenção Predial Participação em palestras Criação e disponibilização de Cartilha no site da RioSMU

PROCEDIMENTOS PCRJ Notificações às edificações que não fizeram a comunicação e às edificações com prazo para adequação expirado Repasse de informações aos Conselhos Profissionais (CREA e CAU) para providências

3. Dados da RioSMU

DADOS DA COORDENADORIA DE MANUTENÇÃO 08/set/2015 Estimativa edificações abrangidas: 270.000 Edificações que fizerem a comunicação: 33.407 12,37% comunicado 87,63% não comunicado

DADOS DA COORDENADORIA DE MANUTENÇÃO 08/set/2015 61,51% necessidade obras 38,49% adequadas

4. Situações identificadas

Dados de vistorias de 53 edifícios idades entre 6 e 88 anos Centro, Zona Sul, Tijuca e Barra da Tijuca

Edificações Residenciais 34 edifícios 1526 unidades privativas vistoriadas 1430/1526 unidades (93,71%) área total estimada 220.000m 2 Edificações Comerciais 19 edificações 992 unidades privativas vistoriadas 840/992 unidades (84,68%) área total estimada 175.000m 2

Edificações adequadas 0% Edificações com necessidade de providências 100%

Falta de documentação técnica ou documentação incompleta Inexistência de programa de manutenção Registros de manutenções ineficientes ou inexistentes Modificações e acréscimos sem projetos e sem RT

Fachadas falta de revisões periódicas, descascamentos/destacamentos de revestimentos, deficiências de vedações de esquadrias, fixação de elementos diversos, fechamentos de varandas Telhados dificuldades de acesso e circulação, impermeabilização inadequada, descolamentos de impermeabilização, telhas quebradas, parafusos corroídos, falta de proteção de ralos, vedação inadequada de tampas de reservatório

Infiltrações origens e fontes diversas Instalações elétricas em desacordo com NBR-5410 e NR-10, proteções inadequadas ou insuficientes, subdimensionamentos, incompatibilidades proteção entrada e geral interna Instalações de gás ventilações insuficientes de ambientes, falta de chaminés e de terminais em aquecedores, dimensões e caimentos incorretos de chaminés

5. Comportamentos

COMPORTAMENTOS (contratantes, profissionais, associações, entidades, Conselhos) Não entendimentos Rejeições Interesses financeiros trabalhos realizados de forma incorreta, para redução valores trabalhos executados por profissionais sem atribuição legal empresas elaborando vistorias e executando serviços

COMPORTAMENTOS Vistoria da edificação compreende o todo e a documentação técnica Vistoria apenas de partes comuns representa percentual insignificante

COMPORTAMENTOS Recomendações não atendidas pelos contratantes Não atendimento dos prazos para reparos

6. Conclusões

CONCLUSÕES Necessidade de mais esclarecimentos informação correta Necessidade de balizamento técnico norma técnica

Antero Jorge Parahyba Adriana Roxo Nunes de Oliveira consultores de engenharia legal questões relativas à pós-ocupação danos nas construções conflitos ajp.arno@terra.com.br www.danosnasconstrucoes.com.br