A prática do basquete como uma forma de sociabilidade com os alunos do IFRN: contribuições para a qualidade de vida dos participantes



Documentos relacionados
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO. ANEXO I. PROJETO DE ( ) CURTA DURAÇÃO (x) LONGA DURAÇÃO

O LÚDICO NA APRENDIZAGEM

BAILANDO NA TERCEIRA IDADE: RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE A DANÇA EM UMA ASSOCIAÇÃO DE IDOSOS DE GOIÂNIA/GO

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

COMUNIDADE AQUÁTICA: EXTENSÃO EM NATAÇÃO E ATENÇÃO AO DESEMPENHO ESCOLAR EM JATAÍ-GO.

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

AS RELAÇÕES DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO REGULAR INCLUSIVO

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO TRANSFORMADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO.

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO (Currículo de início em 2015)

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

FACULDADE DE CALDAS NOVAS UNICALDAS SANDRA REGINA SILVA MARTINS NÚCLEO DE ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO CALDAS NOVAS 2013

A INCLUSÃO DOS DIREITOS HUMANOS NAS TURMAS DO EJA POR MEIO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO ESCOLAR

Atividades lúdicas na educação o Caminho de tijolos amarelos do aprendizado.

ESTRESSE OCUPACIONAL SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

REFLEXÕES INICIAIS DE ATIVIDADES PEDAGÓGICAS PARA INCLUIR OS DEFICIENTES AUDITIVOS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

Palavras-chave: Educação Física. Ensino Fundamental. Prática Pedagógica.

O PSICÓLOGO (A) E A INSTITUIÇÃO ESCOLAR ¹ RESUMO

ESPAÇO INCLUSIVO Coordenação Geral Profa. Dra. Roberta Puccetti Coordenação Do Projeto Profa. Espa. Susy Mary Vieira Ferraz RESUMO

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E A PROMOÇÃO DE HÁBITOS SAÚDAVEIS: Um relato de experiência

Prefeitura Municipal de Santos

1. Resolver um problema

PROJETO DA CRIAÇÃO DA COMPANHIA DE DANÇA

A escola para todos: uma reflexão necessária

TRAÇOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM SÃO LUÍS- MA: UM DIAGNÓSTICO DO PERFIL SOCIOCULTURAL E EDUCACIONAL DE ALUNOS DAS ESCOLAS PARCEIRAS DO PIBID.

A IMPORTÂNCIA DO ASSISTENTE SOCIAL NOS PROJETOS SOCIAIS E NA EDUCAÇÃO - UMA BREVE ANÁLISE DA EXPERIÊNCIA DO PROJETO DEGRAUS CRIANÇA

USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRESENCIAL E A DISTÂNCIA

Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Matemática versus Estágio Supervisionado

CONCEPÇÃO E PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR SOBRE O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO RAFAELA DA COSTA GOMES

A CIÊNCIA DOS PEQUENOS JOGOS Fedato Esportes Consultoria em Ciências do Esporte

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

O IMPACTO DO ENSINO DE EMPREENDEDORISMO NA GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA : RESULTADOS E PERSPECTIVAS.

IDENTIFICANDO AS DISCIPLINAS DE BAIXO RENDIMENTO NOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO DO IF GOIANO - CÂMPUS URUTAÍ

ISSN ÁREA TEMÁTICA:

PROJETO. Saúde, um direito Cívico

EXPRESSÃO CORPORAL: UMA REFLEXÃO PEDAGÓGICA

Profª. Maria Ivone Grilo

Assine e coloque seu número de inscrição no quadro abaixo. Preencha, com traços firmes, o espaço reservado a cada opção na folha de resposta.

O PAPEL EMPREENDEDOR NO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE * PALAVRAS-CHAVE: Sistema de Gestão da Qualidade. Representante da Diretoria. ISO 9001.

RELATÓRIO PARCIAL REFERENTE À ETAPA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO...

Abordagens pedagógicas no ensino de Educação Física. Prof.ª Sara Caixeta

ESTATÍSTICA BÁSICA NO CURSO DE TÉCNICO INTEGRADO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

O AMBIENTE MOTIVADOR E A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

TEXTO PRODUZIDO PELA GERÊNCIA DE ENSINO FUNDAMENTAL COMO CONTRIBUIÇÃO PARA O DEBATE

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NOS ANOS INICIAIS: UMA PERSPECTIVA INTERGERACIONAL

A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

A apropriação dos espaços e equipamentos públicos de esporte de lazer na cidade de Uruaçu-GO

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

Direito à Educação. Parceria. Iniciativa. Coordenação Técnica. Apoio

XIII Congresso Estadual das APAEs FAMILIA E ESCOLA: EM BUSCA DE ESPAÇOS DE PARCERIA

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

Módulo 14 Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas Treinamento é investimento

O Empreendedor Fabiano Marques

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Educação Acessível para Todos

DILMA MARIA DE ANDRADE. Título: A Família, seus valores e Counseling

COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS E IDENTIDADE ACADÉMICA E PROFISSIONAL

4 - SESSÃO RESENHA DE LIVRO. Alessandra Balbi Rita Puga. Livro: Terceira Idade & Atividade Física

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO

XVIII CONGRESSO NACIONAL DE LINGUÍSTICA E FILOLOGIA

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO COMO ESPAÇO DE CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DOCENTE DE LICENCIANDOS EM MATEMÁTICA

O TRABALHO DOCENTE NUM PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: CONTRADIÇÕES E PERSPECTIVAS

Atributos do Tênis de Mesa

O Trabalho Docente: Elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas

O PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA UMA PRÁTICA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA INOVADORA

Disciplina: Alfabetização

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NUMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA: DA TEORIA À PRÁTICA

IV EDIPE Encontro Estadual de Didática e Prática de Ensino 2011

INCLUSÃO: POSSIBILIDADES DA PSICOLOGIA ESCOLAR RESUMO

GERAÇÃO DA CONECTIVIDADE

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

Londrina, 29 a 31 de outubro de 2007 ISBN

Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia

Um currículo de alto nível

Professor Doutor titular de Geometria do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Santa Cecília Santos SP.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Ferreira Barros & Filhos, Lda.

A MODELAGEM MATEMÁTICA NO ENSINO DE MATRIZES E SISTEMAS LINEARES

Quando o entardecer chega... o envelhecimento ainda surpreende muitos. Programa de Preparação para a Aposentadoria

JOGOS MATEMÁTICOS: EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO

O professor que ensina matemática no 5º ano do Ensino Fundamental e a organização do ensino

GUIA PRÁTICO PARA PROFESSORES

ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL PARA ACABAR COM A EXTREMA POBREZA E A FOME.

Jogo recurso de motivação, interpretação, concentração e aprendizagem

EMENTAS DE DISCIPLINAS - BACHARELADO NÍVEL I

Curso de Pedagogia Ementário da Matriz Curricular

CONSTRUÇÃO DE QUADRINHOS ATRELADOS A EPISÓDIOS HISTÓRICOS PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA RESUMO

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE PEDAGOGIA: DOCÊNCIA E GESTÃO EDUCACIONAL (Currículo iniciado em 2009)

CURSO: EDUCAR PARA TRANSFORMAR. Fundação Carmelitana Mário Palmério Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

II Jogos Estudantis do Colégio Vital Brazil

Iniciando nossa conversa

A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NA INCLUSÃO DO IDOSO NO AMBIENTE ACADÊMICO

Transcrição:

A prática do basquete como uma forma de sociabilidade com os alunos do IFRN: contribuições para a qualidade de vida dos participantes Resumo O presente estudo tem como objetivo apontar os benefícios da prática do basquete como um ambiente de sociabilidade que contribui para qualidade de vida dos alunos do IFRN. Tendo em vista que o esporte está inserido dentro do processo de sociabilização que está incluído em umas das principais agências socializadoras que é a escola, nos preocupamos em como a prática do basquete no IFRN Central poderia contribuir para a melhoria da qualidade de vida, tanto no aspecto físico, atitudinal, cognitivo, como social, que por vez inclui o processo de sociabilização. No que tange a parte metodológica, a abordagem trata-se do método bibliográfico, com levantamento dos registros de leitura em documentos impressos, utilizando-se de dados teóricos já trabalhados por outros pesquisadores. A segunda abordagem referese à entrevista semiestruturada, com perguntas abertas e fechadas, na qual compreende como atributos e questionamentos fundamentais que são apoiados em suposições e teorias que se relacionam ao tema da pesquisa. Nos resultados os dados obtidos podem apontar que os alunos afirmam que o ambiente da prática do esporte contribui como um local de sociabilização, citando pontos adicionais tais como: 1. Trabalho em equipe; 2. Motivação do grupo de amigos; 3. A construção de valores sociais. Palavras-chave: Basquete. Esporte. Sociabilização.

Introdução O presente trabalho é sobre como a prática do basquete pode melhorar a qualidade de vida dos participantes do time por meio da sociabilidade e prática da modalidade. Este trabalho tem como objetivo apontar os benefícios da prática do basquete como um ambiente de sociabilidade que contribui para qualidade de vida dos alunos do IFRN. Escolhemos o time de basquete do IFRN Central porque também somos alunas do Instituto e assim podemos contribuir de forma significativa para a instituição e também para conhecer melhor sobre o processo de sociabilização no esporte devido termos nos aproximamos dos integrantes do time. Está dividido em duas partes. Na primeira parte aborda que os exercícios físicos são formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetivam o desenvolvimento da aptidão física, de reabilitação orgânico-funcional e habilidades motoras (NAHAS, 2003). A partir disso, a prática regular de exercícios físicos tem papel essencial no funcionamento normal do corpo e para a saúde, por esse motivo níveis de aptidão física apropriados devem ser mantidos durante toda a vida (PEREIRA, 1996). Nesse contexto, focou-se na importância de conscientizar os atletas de basquete do IFRN Central que a prática do exercício físico é de suma importância para uma melhor qualidade de vida. Na segunda parte, visto que o esporte está inserido dentro do processo de sociabilização que está incluindo em umas das principais agências socializadoras que é a escola, nos preocupamos em como a prática do basquete no IFRN Central poderia contribuir para a melhoria da qualidade de vida, tanto no aspecto físico, atitudinal, cognitivo como social, que por vez inclui o processo de sociabilização. A opção metodológica da pesquisa reside em duas abordagens: A primeira abordagem trata-se do método bibliográfico, com levantamento dos registros de leitura em documentos impressos, utilizando-se de dados teóricos já trabalhados por outros pesquisadores. A segunda abordagem refere-se à entrevista semiestruturada, descritiva, com um procedimento qualitativo, com o objeto de estudo o time de basquete do IFRN Campus Natal Central, com análise de sete jogadores do sexo masculino e cinco do sexo feminino que foram escolhido a partir da disponibilidade de responder a entrevista. O basquetebol é um dos esportes mais populares em todo o mundo. Foi criado em 1891 pelo canadense James Naismith, que dava aulas de educação física em Springfield, Massachusetts, nos Estados Unidos, quando um grupo de alunos, impedido de praticar esportes ao ar livre devido ao frio, pediu ao professor que criasse um jogo que pudesse ser praticado em um ambiente fechado. O objetivo do jogo é introduzir a bola no cesto da equipe adversária (marcando pontos) e, simultaneamente, evitar que esta seja introduzida no próprio cesto, respeitando as regras do jogo. A equipe que obtiver mais pontos no fim do jogo vence. Na adolescência intensifica suas dúvidas sobre si mesmo, sobre o outro e sobre os diferentes encaminhamentos que deve dar às suas decisões. É também sua oportunidade para apoiar-se no grupo de mesma faixa etária, de modo a autoafirmar-se e identificar-se com seu papel na sociedade, neste ponto o esporte pode ser bastante útil. Dolto (apud ALBERTANI, 1999) acredita na amizade como forma de superar estas angústias características do adolescente e de viabilizar a própria vida. A prática do esporte coletivo pode auxiliar a formação de conceitos básicos de cidadania, ou seja, os aspectos afetivos, sociais, cognitivos, culturais e biológicos do esporte muito contribuem para questionamento de situações e problemas. Contribui também para a construção da convivência do indivíduo com a sociedade e para a aprendizagem da técnica esportiva. Não há dúvidas de que o esporte é um fenômeno sociocultural de grande relevância em nossa sociedade, cada vez mais, diferentes grupos sociais praticam esporte, nos parques, nas ruas, como forma de lazer, distração e integração. Tal é a sua importância, como fenômeno social e cultural, que o esporte hoje é praticado no mundo todo (FLORENTINO, 2006). O basquete: o esporte e suas contribuições para a manutenção da saúde O basquete conquistou seu espaço no cenário mundial e hoje é um dos esportes mais praticados no mundo e inclusive em nosso país. Em nosso país podemos mencionar a conquista de campeonatos mundiais no masculino e feminino, além das conquistas Pan-Americanas e Sulamericanas.

O basquetebol, como toda modalidade esportiva coletiva, tem como característica básica o confronto entre duas equipes que se dispõem pelo terreno de jogo e se movimentam com o objetivo de vencer, alternando situações de defesa e ataque. As modalidades coletivas, segundo Bayer (1986) apresentam pontos comuns: a bola, um terreno delimitado, uma meta a ser alcançada, companheiros de equipe, adversários, regras e árbitros. As modalidades coletivas envolvem, necessariamente, invasão, oposição e cooperação. No ataque invasão caracteriza-se pela tentativa de atingir a meta adversária, furando bloqueios defensivos e penetrando em espaços onde essas metas estão alocadas. Sob o ponto de vista defensivo, a invasão ocorre no sentido de evitar a ação do ataque, diminuindo os espaços. Ao invadir os espaços, haverá o confronto que caracteriza a oposição entre ataque e defesa. Para que isto aconteça de forma organizada, a cooperação entre os componentes de uma mesma equipe é fundamental (HERNANDEZ MORENO, 1998). Assim como em outros esportes, no basquete o desempenho depende de algumas qualidades físicas especiais. Adaptando a descrição das principais características da aptidão física do atleta de Gomes citamos as seguintes. Membros Inferiores: Força explosiva e velocidade de movimentos. Membros Superiores: Resistência muscular e velocidade de movimentos. Tronco: Resistência muscular localizada. Geral: Resistência anaeróbica, resistência aeróbica e velocidade de movimentos. A Federação Internacional de Basquete (Fiba) é composta por um colegiado de 170 países, tal abrangência fez do esporte o foco de diversas pesquisas pela necessidade de se conhecer as diversas subáreas de seu conhecimento. Nesse sentido, os treinos podem colaborar no que diz respeito à educação para a saúde, em função da prática da atividade basquetebol, enfatizando-se atitudes e comportamentos positivos que possam auxiliar na construção de hábitos saudáveis. Pretendendo conduzir a ideia de que sentir o prazer do movimento, do jogo, da convivência pacífica e, ainda, aproveitar as horas de lazer com atividades recreativas é essencial para a manutenção da saúde. O autor Andrade (2001) refere-se ao termo lazer: [...] com maior propriedade, ao estado de espírito, à capacidade psíquica e à integração total dos indivíduos, visando ao melhor aproveitamento (sem tensões), de todas as realidades do corpo e da mente, do tempo e do espaço. [...] a recreação, em todas as suas múltiplas formas e seus diversos tipos, é meio para que a realidade do lazer se concretize como seu próprio fim ou objetivo. Presentemente, muitos estudiosos estão relacionados com a questão da inatividade física, que ajuda a compor o quadro do sedentarismo, com o aparecimento eventual de graves doenças dele decorrentes. O estudo de Rosa (2004) realizado com 457 escolares de 12 a 17 anos, matriculados em escolas públicas e particulares de Niterói, demonstra que um em cada cinco adolescentes apresenta taxa de colesterol alta e excesso de peso, decorrentes de diversos fatores, dentre eles, sedentarismo e má alimentação. Constataram, também, aumento anormal da pressão arterial de muitos desses jovens (pré-hipertensão), decorrente de uma dieta com base em fast-food. Assim, Rosa (2004) recomenda, além de uma dieta rica em vegetais, a prática regular de atividades físicas. A importância da prática esportiva, relativa à promoção da saúde, está na melhoria do débito cardíaco, na diminuição da frequência cardíaca em repouso, na redução do colesterol, na queda da pressão sanguínea, na maior aptidão cardiovascular, na melhor ventilação por minuto e na melhoria da capacidade vital; no aumento da densidade óssea, da força muscular, da flexibilidade e da coordenação motora, aumentando, também, a autoestima e reduzindo a ansiedade e a depressão, segundo Hough, Barry e Eathorne (1997). O esporte como um ambiente de sociabilidade para melhoria da qualidade de vida dos praticantes Com um mundo globalizado, uma vida corrida, problemas de trânsito, família, correria em si, faz com que as pessoas esqueçam-se do seu próprio bem-estar, sua qualidade de vida. A prática de esporte é ativa para uma melhor qualidade de vida. Assim como o conhecimento faz alteração no mundo em que vivemos, o movimento está em nossas vidas como uma precisão fundamental do ser humano.

O aprendizado de esportes ajuda na constituição no convívio do sujeito com o coletivo e também na aprendizagem da técnica esportiva, O esporte, assim como outras áreas do conhecimento, integra-se às ciências. Entre os vários ramos da ciência que estudam o fenômeno esporte encontra-se a pedagogia (PAES, 2006, p. 171). Na infância e adolescência poderá provocar uma forma de externar seus anseios, suas dificuldades de comportamento, interação grupal, problemas físicos e psicológicos etc. Por isso é de suma importância à vivência de algum esporte para colaborar no aprendizado e convivência deste indivíduo jovem perante a uma sociedade. Como afirma Roitman (2001, p. 146): A educação visa fundamentalmente preparar o homem (crianças, jovens e adultos) para a vida, construindo o seu tempo e o seu lugar no mundo, procurando inculcar os valores vigentes, o modo de viver do grupo, seu sistema de crenças e convicções, seu saber e suas técnicas, bem como, de sua perspectiva libertária, assegurar o pleno exercício da cidadania. Os agentes que induzem os adolescentes a exercitarem através de uma determinada atividade física e desportiva são muitos e a sociabilidade pode estar agregada a esta preferência. Como afirma Durkheim, sociabilidade É o processo pelo qual ao longo da vida a pessoa humana aprende e interioriza os elementos socioculturais do seu meio, integrando-os na estrutura da sua personalidade sob a influência de experiências de agentes sociais significativos, adaptando-se assim ao ambiente social em que deve viver. A precisão de incumbir a um grupo é muito forte na adolescência e isto pode ser um dos fatores primordiais para os jovens se submergirem com o esporte. Segundo Tubino (2005), não há menor dúvida de que as atividades físicas e principalmente esportivas constituem-se num dos melhores meios de convivência humana. O grande desenvolvimento e valorização do esporte mundial nas últimas décadas adequaram um quadro favorável ao aparecimento de equipes de treinamento de nas mais diversas modalidades esportivas. No entanto, o esporte e a prática física são exercícios fundamentais para uma longa vida e saudável. O esporte promove a saúde e o bem estar, aumentando a perspectiva de vida e diminuindo a expectativa de acometimento de várias doenças, principalmente aquelas relacionadas ao sedentarismo e com fins psicológicos. Segundo Heyward (2004), a inatividade física levou ao aumento de doenças crônicas. Pessoas que não se exercitam regularmente apresentam risco maior de desenvolver doenças crônicas. Guiselini (1996) afirma que: Para maioria das pessoas o corpo permanece um desconhecido, consequentemente surgem as doenças hipocinéticas (hipo: pouco; cinética: movimento) como obesidade, dores na coluna, enfraquecimento e lesão muscular, diabete, infarto do miocárdio. Moléstias comuns que ocorrem em pessoas que exercitam-se pouco ou quase nada, ou seja, pessoas sedentárias. Portanto, a prática esportiva ajuda a formar um mundo melhor, com tudo de bom que ele nos traz, como saúde, autoestima, espírito de equipe, objetivos, entre outros atributos que são desenvolvidos durante ao longo da vida. Para Bento (2004), o esporte apresenta um caráter normativo e prescritivo em suas práticas, onde existam responsabilidades e direitos, quer tratamos do esporte no setor da educação, da saúde, do lazer, da cultura ou do rendimento. O autor completa que o esporte comporta e deve assumir seu estatuto cultural e as obrigações que esta circunstância lhe impõe, incluindo sua dimensão de tempo e espaço. Resultados e discussões Neste artigo abordamos como a prática do basquete pode servir como uma forma de sociabilidade entre os seus praticantes e como esse meio pode ajudá-lo na sua melhor qualidade de vida. Com os dados obtidos cumprimos todos os objetivos propostos, podendo apontar que os alunos afirmam que o ambiente da prática do esporte contribui como um local de sociabilidade, citando pontos adicionais tais como: Trabalho em equipe. Motivação do grupo de amigos. A construção de valores sociais. Segundo o autor Mihaly Csikszentmihalyi (1999) no seu livro A descoberta do fluxo, para os adolescentes as experiências mais positivas em geral são aquelas compartilhadas com os amigos. Transcrevendo um trecho do livro onde o autor diz que: As pessoas geralmente ficam muito mais motivadas e felizes quando estão com os amigos, independentemente do que estejam fazendo. Até mesmo estudar e realizar as tarefas caseiras, que deprimem o humor quando feitas sozinho ou

com a família, tornam-se experiências positivas quando feitas com os amigos. Não é difícil ver por que isso ocorre. Com os amigos, as condições para a interação ótima geralmente são maximizadas. Nós os escolhemos porque consideramos suas metas compatíveis com as nossas, e o relacionamento é de igualdade. As amizades deveriam oferecer benefícios mútuos, sem restrições externas que possam levar a exploração. Idealmente, as amizades nunca são estáticas: elas sempre oferecem novos estímulos emocionais e intelectuais, de modo que o relacionamento não cai no tédio ou na apatia (CSIKSZENTMIHALYI, 1999). Seguindo o pensamento de Csikszentmihalyi (1999) e respostas fornecidas pelos entrevistados, a prática torna-se mais prazerosa pelo fato de ser realizada entre amigos, tendo eles interesses em comum, podendo ser eles a vitória de um campeonato ou pelo fato de praticar o basquete como atividade de lazer. E muitas dessas amizades iniciaram no ambiente de treino de basquete. Muitos já se cruzaram pelos corredores da escola, porém nunca estreitaram seus laços de amizade nem encontraram no ambiente da prática do basquete a possibilidade da construção de novas amizades. A escrita deste trabalho foi muito importante para que nós como alunas do curso de Gestão Desportiva e de Lazer, que temos na grade escolar a disciplina Qualidade de Vida e uma das integrantes participa do time de Basquete do IFRN possamos compreender mais como os temas abordado em sala de aula podem ser observados e comprovados na prática. Referências ANDRADE, Jose Vicente de. Lazer: princípios, tipos e formas na vida e no trabalho. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. BAYER, C. La enseñanza de los juegos desportivos colectivos. Barcelona: Hispano Europea, 1986. BENTO, Jorge Olímpio. Desporto para crianças e jovens: das causas e dos fins. In: GAYA, Adroaldo; MARQUES, António; TANI, Go. Desporto para crianças e jovens: razões e finalidades. Porto Alegre: UFRGS, 2004. CSIKSZENTMIHALYI, Mihaly. A descoberta do fluxo: a psicologia do envolvimento com a vida cotidiana. Rio de Janeiro: Rocco, 1999. GUISELINI, Mauro. Qualidade de vida: um programa prático para um corpo saudável. São Paulo: Gente, 1996. HERNANDEZ MORENO, J. Fundamentos del deporte: analisis de las estructuras del juego desportivo. 2. ed. Barcelona: INDE, 1998. HEYWARD, Vivian H. Avaliação física e prescrição de exercício: técnicas avançadas. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. HOUGH, D. O.; BARRY, H.; EATHORNE, S. W. O atleta idoso. In: MELLION, Morris B. et al. Segredos da medicina desportiva: respostas necessárias ao dia-a-dia. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. p. 59-65. PAES, Roberto Rodrigues. Pedagogia do esporte: contextos, evolução e perspectivas. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 20, n. 5, set. 2006. Suplemento. ROITMAN, Riva. A dimensão político-pedagógica da educação física. In: VARGAS, Angelo Luis. Desporto e tramas sociais. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. ROSA, M. L. G. et al. Pesquisa sobre peso corporal e pressão sanguínea de escolares de Niterói, entre 12 a 17 anos. Niterói, UFF, 2004. Disponível em: <http://www.noticias.uff.br/ noticias/2004/12/professores-rojet.php>. Acesso em: 6 abr. 2013. SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2007. TUBINO, Manoel. Educação física e o esporte do ocidente no século XX. Arquivos em Movimento, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 99-100, jul./dez. 2005.