A IMPORTÂNCIA DO INCENTIVO AO HÁBITO DE LEITURA NO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DO COLÉGIO MENEZES DE SOUSA EM SOBRAL-CE

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Transcrição:

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA KARLYANE PIMENTA DE CARVALHO A IMPORTÂNCIA DO INCENTIVO AO HÁBITO DE LEITURA NO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DO COLÉGIO MENEZES DE SOUSA EM SOBRAL-CE SOBRAL- CE 2011

KARLYANE PIMENTA DE CARVALHO A IMPORTÂNCIA DO INCENTIVO AO HÁBITO DE LEITURA NO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DO COLÉGIO MENEZES DE SOUSA EM SOBRAL-CE Projeto de pesquisa apresentado ao Curso de Letras, como requisito parcial à disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso - TCCI, orientada pela professora Olívia Mesquita Morais.

SUMÁRIO 1 JUSTIFICATIVA...04 2 PROBLEMA...05 3 HIPÓTESES...06 4 OBJETIVO GERAL...07 5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS...08 6 REFERENCIAL TEÓRICO...09 6.1 A escola e a formação do leitor...08 6.2 Para que incentivar o hábito da leitura?...14 6.3 Propostas de incentivo a leitura?...15 7 METODOLOGIA DE PESQUISA...18 8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES...19 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...20

A IMPORTÂNCIA DO INCENTIVO AO HÁBITO DE LEITURA NO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DO COLÉGIO MENEZES DE SOUSA EM SOBRAL-CE 1. JUSTIFICATIVA O desinteresse dos alunos pela leitura é a falta de estímulo e de prática. Cada vez mais eles acreditam que ler não é necessário e muito menos prazeroso. As seduções do mundo moderno, como os novos meios eletrônicos da mídia contribuem para o distanciamento dos livros. A televisão, por exemplo, através de seu poder apelativo, traz informações prontas e aceitas como verdades, assim não é preciso refletir. Isto diverge bastante da literatura, pois a cada leitura, se estabelece relações entre os conhecimentos anteriores e as novas informações contidas no texto. Desta forma, pode-se comparar, criticar, refletir e estabelecer sentido ao que se ler. No intuito de realizar discussões sobre o valor do hábito de leitura, sua importância para a formação humana é que este estudo será desenvolvido. Devido as avaliações externas e internas, como o Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará - SPAECE, Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica SAEB, Exame Nacional do Ensino Médio ENEM, APA ESCOLA e APA CREDE, observa-se por meio desse instrumentos de avaliação que os alunos precisam de uma prática efetiva de leitura. Esse trabalho contribuirá para o mundo acadêmico como instrumento de estudo, pesquisa e análise da importância da formação de leitores. Sabemos que existem professores mal formados e presos a metodologias inadequadas que pouco contribuem para aproximar os alunos dos livros. Portanto, são estes os fatores que nos levam a investigar a importância da leitura para o conhecimento, o desenvolvimento dos indivíduos e integração social.

2. PROBLEMA Como fazer para que o hábito da leitura ultrapasse os limites da escola e seja realizado de forma prazerosa pelos alunos do 8º ano do Colégio Menezes de Sousa em Sobral- Ceará, para serem leitores competentes?

3. HIPÓTESES 3.1 A escola não será a única instituição a estimular o gosto pela leitura. 3.2 Deve-se pensar em outras metodologias para suscitar o gosto pela leitura e criar possibilidade para que o aluno / leitor construa sua própria visão de leitura. 3.3 É provável que a leitura abra caminhos para o desenvolvimento do aluno.

4. OBJETIVO GERAL Contribuir para que os professores valorizem a prática de leitura como fator essencial para a formação humana.

5. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Ressaltar a importância do incentivo da família em relação à leitura do (a) filho (a). Trabalhar a leitura de forma prazerosa e que os alunos reflitam diante do que foi lido. Proporcionar aos alunos aquisição de novos conhecimentos através de textos diversificados e métodos e prazerosos.

6. REFERENCIAL TEÓRICO 6.1 A Escola e a formação do leitor Notamos que a leitura realizada em sala de aula, não prepara o aluno para o mundo exterior (a realidade fora da sala de aula), e isso contribui para o distanciamento do leitor com o texto, por não compreender o que o autor gostaria de repassar. Ler é raciocinar sobre as ideias expostas no texto e não apenas uma decodificação de letras em som. [...] processo que envolve uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se alonga na inteligência do mundo. (...). A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto [...] (FREIRE, 2005, p. 9). A leitura antigamente era vista somente como a decodificação das palavras e dos textos, mas perceberam que esse tipo de leitura não era suficiente, as pessoas não compreendiam o que liam, isto é a leitura no sentido restrito. Passa-se a trabalhar a leitura no sentido amplo, com o objetivo de formar um leitor crítico, capaz de modificar a realidade, compreender as relações existentes entre o texto e o contexto ao qual está inserido, fazendo uma relação entre texto- leitor e leitor-texto. O texto literário apresentado aos alunos muitas vezes restringe-se apenas a parte histórica, as correntes literárias ou mesmo para abordagem gramatical, ou seja, o texto não é utilizado em sua essência. Além disso, percebemos que algumas obras são utilizadas com a intenção moralizante, e o texto torna-se um manual de regras e instruções a serem seguidas. Geralmente é o professor que seleciona os livros e na maioria das vezes optam por aquelas obras que dominam todo o enredo. Desta forma o aluno é obrigado a ler o que lhe foi imposto, ou seja, não teve liberdade a ler o que lhe

foi imposto, ou seja, não teve liberdade de escolher o que fosse de seu interesse. Partindo disto, é óbvio que o desinteresse pela leitura é total, pois as obras impostas na maioria das vezes nada têm a ver com a realidade do aluno. Uma vez que cada leitor tem uma visão diferente do que ler. Sabemos que a literatura por mais que se utilize de recursos de ficção, sempre existirá semelhanças com o cotidiano do leitor. Isto é a essência da literatura, transmitir um aprendizado ao universo do leitor, ajudando-o a conhecê-lo melhor. A leitura só terá sentido para quem lê quando esta não distancia o homem da história. O aluno não compreende uma obra cuja narrativa se passa numa época muito distante da sua, os símbolos ali encontrados não terão nenhum sentido para ele. Por isso é importante a relação da obra com a realidade dos alunos. E o papel do professor é fundamental para esta mediação entre o tema histórico da obra com história dos alunos. Toda leitura da palavra pressupõe uma leitura anterior do mundo e toda leitura da palavra implica a volta sobre a leitura do mundo, de tal maneira que ler o mundo e ler palavra se constitui num só movimento, implica para mim reescrevê-lo. (FREIRE,1994 p.25). A valorização da linguagem do aluno aplica-se no fato de que a língua é um conjunto de variedades linguísticas, consequência de enorme diversidade social: se o professor reprime essa linguagem pode estar formando um ser passivo e inibido, o que possivelmente detestará a leitura para o resto de sua vida. Numa sala de aula as crianças apresentam diferenças, tanto nas práticas vivenciadas no seu grupo social quanto nas competências individuais de interagir com o texto. Portanto devemos levar em conta uma dimensão individual quanto sociocultural da leitura desses alunos, para que haja um diagnóstico sobre esse aspecto e possamos trabalhá-lo de forma adequada.

... a sala de aula é um espaço privilegiado para o desenvolvimento do gosto pela leitura, assim como um campo importante para o intercâmbio da cultura literária, não podendo ser ignorada, muito menos desmentida sua utilidade. Por isso, o educador deve adotar uma postura criativa que estimule o desenvolvimento integral da criança. Hoje se percebe também que quando bem utilizado no ambiente escolar, o trabalho de literatura pode contribuir ainda para o desenvolvimento pessoal, intelectual, conduzindo a criança ao mundo da escrita. Dessa forma, a literatura infantil tem sua importância na escola e torna-se indispensável por conter todos os aspectos aqui levantados, sendo de grande valor por proporcionar o desenvolvimento e a aprendizagem da criança em sua amplitude. (ZILBERMAN, 2003, p16). O educador tem um papel importante ao hábito da leitura, pois a sala de aula é o local ideal para despertar o gosto e o prazer pela leitura, cabe ao professor utilizar a criatividade e trabalhar obras que despertem o interesse, a curiosidade dos alunos. Umas delas é o uso de obras literárias infantis, fazendo com que as crianças despertem para a imaginação, para o faz de conta e a partir de então produzir textos oralmente e só depois induzí-las a escrita. A leitura e a escrita são muito importantes para que as pessoas exerçam seus direitos, possam trabalhar e participar da sociedade com cidadania, se informar e aprender novas coisas ao longo de toda a vida. Conforme LAJOLO (2001 p.7) é preciso ler, para compreender o mundo e para viver melhor. Outro aspecto a ser discutido é formação do professor. Muitos destes profissionais não leem ou não gostam ou mesmo não tem tempo. Isto afetará positiva ou negativamente, pois o aluno tem como modelo o professor. Além de que os conteúdos ganham vida ou não através da forma como são repassados. Diana Marchi (2006, p. 159) diz que, o professor precisa ser um bom leitor e saber incentivar seus alunos através de uma boa apresentação da obra, de uma conversa ou pesquisa de um tema que se relacione com a obra em questão. O professor é o mediador da leitura e precisa partir dos conhecimentos que seus alunos trazem consigo para redefinir sua postura diante da leitura e assim tornar possível a compreensão dos textos, sobre isso,

Condemarín e Medina comentam que a falta de conhecimentos prévios sobre um determinado conteúdo ou a presença de conhecimentos errôneos é determinante na compreensão dos textos. (2005, p.50). A escola não deve ser a única instituição a estimular o gosto pela leitura. Sabemos que é na escola que se aprende a ler e escrever, e onde a leitura é apresentada aos futuros leitores. Segundo LAJOLO (op. Cit) a escola não esgota o poder de sedução que a literatura tem, ao contrário torna-se prático, circular e infinita. Assim a prática de leitura não é restrita somente à escola é responsabilidade de outras instituições como a família, a sociedade de incentivar este hábito. É verdade que não cabe só a escola o dever de trabalhar a leitura, mas ela é responsável de promover os mecanismos necessários para formar leitores competentes de textos. Tem divulgado, ao longo dos anos, uma prática bastante tradicional do ensino de leitura dentro da sala de aula. A escola tratou a leitura como se fosse uma capacidade para ser utilizada sempre da mesma forma e não incluiu na aprendizagem da leitura a consideração de que as habilidades necessárias para proceder eficazmente em questões como buscar uma informação em uma enciclopédia, ler uma solicitação ou mergulhar em romance devem ser exercitadas a partir de indícios textuais mito diferentes (ordem alfabética, divisão em exposição e demanda, etc) e de condutas absolutamente distintas (saltar ou seguir, avançar rápida ou lentamente, etc). (COLOMER; CAMPS, 2002, p.68). Notamos que a leitura realizada em sala de aula, não prepara o aluno para o mundo exterior (a realidade fora da sala de aula), e isso contribui para o distanciamento do leitor com o texto, por não compreender o que o autor gostaria de repassar. Ler é raciocinar sobre as ideias expostas no texto e não apenas uma decodificação de letras em som. O aluno que se limita a reproduzir as ideias que constam no texto recebe o nome de ledor, enquanto

aquele que compreende o que o texto traz e formula sua opinião é o verdadeiro leitor (SILVA, 1988 p.14) A leitura nos faz indivíduos transformadores que a partir de nossos valores e experiências nos tornamos capazes de criticar o mundo e a sociedade da qual fazemos parte. Um dos passos mais importantes no caminho da formação do leitor é perceber que é preciso estabelecer relação com o texto e deste com o contexto maior: conhecimentos vivenciados. Conhecimentos prévios indicam caminhos para se chegar à compreensão do texto, sem o qual ele seja um agente dominador, mas um agente capaz de fazer seu leitor refletir O texto literário apresentado aos alunos muitas vezes restringe-se apenas a parte histórica, as correntes literárias ou mesmo para abordagem gramatical, ou seja, o texto não é utilizado em sua essência. Além disso, percebemos que algumas obras são utilizadas com a intenção moralizante, é o texto torna-se uma manual de regras e instruções a serem seguidas. Geralmente é o professor que seleciona os livros e na maioria das vezes optam por aquelas obras que dominam todo o enredo. Desta forma o aluno é obrigado a ler o que lhe foi imposto, ou seja, não teve liberdade a ler o que lhe foi imposto, ou seja, não teve liberdade de escolher o que fosse de seu interesse. Partindo disto, é óbvio que o desinteresse pela leitura é total, pois as obras impostas na maioria das vezes nada têm a ver com a realidade do aluno. Uma vez que cada leitor tem uma visão diferente do que ler. Sabemos que a literatura por mais que se utilize de recursos de ficção, sempre existirá semelhanças com o cotidiano do leitor. Isto é a essência da literatura, transmitir um aprendizado ao universo do leitor, ajudando-o a conhecê-lo melhor. Conforme LAJOLO (2001 p.7) é preciso ler, para compreender o mundo e para viver melhor. Outro aspecto a ser discutido é formação do professor. Muitos destes profissionais não leem ou não gostam ou mesmo não tem tempo. Isto afetará

positiva ou negativamente, pois o aluno tem como modelo o professor. Além de que os conteúdos ganham vida ou não através da forma como são repassados. A escola não deve ser a única instituição a estimular o gosto pela leitura. Sabemos que é na escola que se aprende a ler e escrever, e onde a leitura é apresentada aos futuros leitores. Segundo LAJOLO (op. Cit) a escola não esgota o poder de sedução que a literatura tem, ao contrário torna-se prático, circular e infinita. Assim a prática de leitura não é restrita somente à escola é responsabilidade de outras instituições como a família, a sociedade incentivar este hábito. 6.2 Para que incentivar o hábito da leitura? A leitura é uma importante fonte de informação e conhecimento em diversas áreas, como também de entretenimento. Ela deve ser realizada de forma prazerosa. A leitura não é simplesmente o ato de ler, é a interação entre os seguintes elementos: vejamos o diagrama abaixo, conforme as ideias de Bamberger: texto autor leitura leitor É nesta perspectiva que a concepção de leitura é ideal. Os leitores e autores são construtores sociais que dialogam entre si. Vale ressaltar que não basta somente ler, é importante interpretar e analisar, o leitor certamente utiliza seu conhecimento de mundo para interpretar o que foi lido.

Há muito tempo se considera a capacidade de ler essencial à realização pessoal e, hoje em dia, é cada vez mais aceita a premissa de que o progresso social e econômico de um país depende muito do acesso que o povo tem aos conhecimentos indispensáveis transmitidos pela palavra impressa. (BAMBERGER, 2000 p.7). É fundamental conscientizar a sociedade para a relevância da leitura. É evidente que a leitura favorece ao homem maiores oportunidades de educação e aumenta as possibilidades deste, obter realizações profissionais e pessoais. Visto que a partir do momento em que o homem reflete e crítica a sociedade em que se encontra, poderá transformá-la. 6.3 Propostas de incentivo a leitura A leitura deve ser induzida primeiramente no lar, estender-se pela escola e continuar pela a vida a fora. Tudo dependerá das influências que os leitores terão dos pais, amigos, professores, bibliotecários e etc.... o papel da escola é criar estruturas, através de uma biblioteca muito bem equipada, para que o eventual leitor se forme numa relação livre com os livros, fazendo por conta própria as escolhas que lhe forem mais adequadas. Uma destas escolhas é justamente não ler. Não devemos querer transformar todos os leitores em profissionais. Isto é uma utopia visível. O fundamental é facultar àquele que é um leitor em potencial as condições para que desenvolva o que traz consigo. (SANCHES NETO, 1998, p. 2). A escola tem um papel muito importante no desenvolvimento e aptidão dos leitores, e um deles é deixar que os alunos possam escolher os livros que

lhes interessarem e não o professor obrigá-los e lerem as obras consideradas cânones, mas tão somente sugerir, despertar o interesse. Indicar essas obras, porque a leitura deverá proporcionar um estado de prazer e não de repúdio. Outra característica é oferecer bibliotecas equipadas para que os leitores potenciais tenham estruturas suficientes para o seu desenvolvimento como leitor. As avaliações estruturam-se de modo a verificar se o aluno é capaz de ler e interpretar textos de linguagem verbal, visual, e enunciados, identificar e selecionar informações centrais e periféricas, inferir informações (temas, assuntos, contextos), compreender os elementos implícitos de construção do texto (organização, estrutura, intencionalidade), comparando os códigos e linguagens entre si, reelaborando, transformando e reescrevendo (resumos, paráfrases e relatos). Sabemos que para cada idade e fase de leitura o procedimento de incentivo a leitura é diferente. Conforme Bamberger: a) O período pré-escolar A fase inicial da leitura acontece geralmente na idade pré-escolar, através da contação de histórias e leitura em voz alta. É fundamental incentivar a criança a descobrir a leitura e do que se trata cada história, deixá-la folhear livros e revistas em quadrinhos. Observar as ilustrações, as cores e assim quanto maior o grau de intimidade com os livros maiores serão as possibilidades de leitura. b) Os primeiros anos escolares Nesta fase o aluno já apresenta grandes avanços na literatura, cabe ao professor elogiar cada progresso feito pelo pequeno leitor, pois isto o tornará otimista. O professor deve levar livros diversos, de modo que cada aluno leia e depois relate para a turma o que leu. Também pode se realizar desenhos ou ilustrações da história para uma exposição em sala ou mesmo para os pais. c) O quarto e o quinto ano escolar

Nesta fase as crianças já omitem opiniões a respeito do que leem, sobre as obras que lhes agradaram, assim como as que não gostaram. É também a fase para dar inicio a formação de grupos de leitura e conscientizá-las da importância destes grupos. d) O oitavo e nono ano de escola É importante que nesta fase os adolescentes escolham livremente o que gostariam de ler, pois cada um tem interesses diferentes. Uns gostam de esportes, já outros de aventuras. e) Jovens e Adultos Os livros destinados aos jovens, e que certamente, eles demonstrarão interesse, serão aqueles que falam sobre o conhecimento de si mesmo, ou seja dos conflitos inerentes a esta fase. Também fazem sucesso entre os adolescentes os de detetives). Esta fase é excelente para se trabalhar com clubes de leitura. As discussões sobre as leituras de cada grupo devem acontecer sem muita interferência do professor.... a escola deveria dar textos para serem lidos para poder ver quais efeitos são causados com a leitura desses textos, o porquê de um leitor ler assim ou assado. Depois deveria pedir para que se escrevesse a respeito disso. Acho que a escola tem tudo a ver com a escrita. Gostaria que na escola só circulassem textos, e não houvesse o exercício gramatical. (POSSENTI, 2001, p.7). Segundo o autor a escola deveria utilizar textos e apartir dos mesmos perceber os efeitos que causam ao leitor e entender porque alguns alunos lêem de uma maneira e outros de outros de outro. Fazer com que os alunos exponham a compreensão dos mesmos e só então escrevesse a respeito do assunto, comentando, interrogando, discordando ou concordando. Observa-se muito nas escolas a utilização de textos, com destaque as interpretações e compreensões, mas em relação a produção escrita há uma defasagem. Muitos professores ainda estão concentrados em estudos das gramáticais tradicionais e deixam a produção escrita em segundo plano. f) Para todos os níveis de idade

Os livros jamais podem ser vistos pelos alunos/leitores como uma Obrigação escolar. Os estudantes precisam descobrir, refletir sobre o que cada leitura repassa ao seu próprio mundo. O professor deve ser visto como uma pessoa que gosta de ler e mostrar aos alunos os benefícios de cada leitura em sua formação pessoal e profissional. Atribui-se à leitura um valor positivo absoluto: ela traria benefícios óbvios e indiscutíveis ao indivíduo e à sociedade forma de lazer e de prazer, de aquisição de conhecimentos e de enriquecimento cultural, de ampliação das condições de convívio social e de interação. (ORLANDI, 2005, p. 19). Os benefícios da leitura são inúmeros como obter informações, sugerir instruções, estabelecer comparações, tirar conclusões, formular julgamentos, etc. Além do lazer e do prazer, na aquisição de conhecimentos, na interação com a sociedade.

7. METODOLOGIA O presente estudo, portanto, nasceu de uma inquietação advinda do convívio em sala de aula e de pesquisa bibliográfica sobre o tema, a partir da qual definimos o objeto de estudo: A importância do incentivo ao hábito da leitura no ensino fundamental. Esta pesquisa será do tipo bibliográfica e empírica na qual se investigará as causas que levam a prática de leitura a se tornar uma atividade pouco desenvolvida pela maioria dos alunos e por não ultrapassar os limites da escola. O contexto pesquisado foi o Colégio Menezes de Sousa em Sobral-CE, sendo uma unidade de ensino de natureza privada. Como referencial teórico utilizar-se-á os autores BAMBERGUE (2000), COLOMER (2002.), CONDEMARÍN (2005) e LAJOLO (2001) FREIRE (2005) entre outros, que explicitam a importância do incentivo a leitura como fonte de conhecimento e de conquistas individuais e coletivas.

8. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ATIVIDADES DURAÇÃO DAS ATIVIDADES 2011.1 FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 SELEÇÃO BIBLIOGRÁFICA COLETA DE INFORMAÇÕES X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X ELABORAÇÃO DO PROJETO X X X X X X X X PRIMEIRA VERSÃO DO PROJETO X X ENTREGA DO PROJETO X

9. REFERÊNCIAS BAMBERGUER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. 7 ª ed. São Paulo: Ática, 2000. COLOMER, Tereza; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2002. CONDEMARÍN, Mabel; MEDINA Alejandra. Avaliação autêntica: um meio para melhorar as competências em linguagem e comunicação. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2005. FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 10 ª ed São Paulo: Cortez,1994. A importância do ato de ler: em três artigos que se completem. 46ªed. São Paulo: Cortez, 2005. LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 7 ª ed. São Paulo:Atica,2001. MARCHI, Diana Maria. A literatura e o leitor. In NEVES, Iara Conceição Bitencourt ali (orgs). Ler e Escrever: compromisso de todas as áreas. Porto Alegre: UFRGS, 2006.

ORLANDI, Eni Pulcinelli.et al. LEITURA perspectivas interdisciplinares. 5ª ed. São Paulo: Ática, 2005. POSSENTI, Sírio. Existe a leitura errada? 40ed. São Paulo: Presença Pedagógica, 2001. SANCHES NETO, Miguel. Desordenar uma biblioteca: comércio & industria da leitura na escola. Revista Literária Blau, Porto Alegre, v. 4, n. 20, mar. 1998. SILVA, Ezequiel Theodoro. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia de leitura. 7 ª Ed. São Paulo:Cortez,1998. ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. ed. São Paulo: Global, 2003.