BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL)
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1 BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL) Resumo A série apresenta a formação dos Estados europeus por meio da simbologia das cores de suas bandeiras. Uniões e cisões políticas ocorridas ao longo dos séculos estão hoje representadas nas várias bandeiras européias. Na bandeira de Portugal, a história da expansão marítima, das conquistas além-mar e da formação do império, a partir do século XV, aparece representada e relembra aos portugueses seus dias de glória. Palavras-chave. Bandeiras. Europa. Portugal. Estado-nação. Símbolos nacionais Nível de ensino Ensino Fundamental (inicial)
2 Componente curricular História Disciplinas relacionadas Geografia, Português e Arte Aspectos relevantes do vídeo O documentário faz parte de uma série sobre as bandeiras européias e o significado de suas cores e símbolos. A história da formação dos Estados é o fio condutor da narrativa e é ela que possibilita a compreensão dessas simbologias. Remonta à Idade Média o início da formação dos Estados na Europa. A bandeira é um dos símbolos nacionais, assim como o hino. Dessa maneira, ela está relacionada com a identidade da nação ou com a imagem que uma nação constrói de si mesma. Na bandeira são representadas as idéias que caracterizam o Estado nacional, portanto tudo nela possui um significado simbólico: as cores, brasões, dizeres, emblemas e formas estão ligados, entre outros, à história das conquistas, guerras, religião, dinastias, grupos étnicos e formas de governo de cada país. Decifrar e entender as bandeiras é compreender também a formação histórica de um Estado.
3 No caso de Portugal, o mais antigo estado-nação europeu, formado no século XII, a história das diferentes bandeiras adotadas narra os conflitos com os reinos de Leão e Castela (que integraram a atual Espanha), as conquistas ultramarinas, a influência do cristianismo na identidade portuguesa, lendas e batalhas entre reis, formas de governo. Acompanhar no documentário a construção histórica da bandeira portuguesa é identificar permanências e mudanças ocorridas ao longo dos séculos em Portugal. Duração da atividade A atividade proposta foi pensada para ser desenvolvida em sete a oito aulas, com alunos do 7º ano (6ª série), pois é um tema trabalhado geralmente nos livros didáticos dessa série. A discussão sobre a simbologia de uma bandeira poderá gerar uma produção dos alunos, que represente a sua comunidade escolar. Dessa maneira, o aprendizado na sala de aula proporciona uma reflexão sobre a realidade dos alunos. O que o aluno poderá aprender com esta aula Leitura de imagens, com interpretação simbólica (bandeira). Identificação de permanências e mudanças ao longo da história de um país. Debate de idéias e de suas representações simbólicas. Representação imagética de valores sociais.
4 Conhecimentos prévios que devem ser trabalhados pelo professor com o aluno Os alunos do ciclo inicial do Ensino Fundamental costumam apresentar um interesse por bandeiras de países. Estimulados principalmente por competições esportivas, os jovens identificam rapidamente um país por suas cores, símbolos e reconhecem sua bandeira dentre tantas outras. Aproveitar esse interesse é estimulante, pois a atividade pode partir do que os alunos já sabem sobre a bandeira portuguesa. Questões iniciais despertam a curiosidade sobre o tema e preparam para o documentário. Por exemplo: quais são suas cores? Que símbolos (desenhos) aparecem nela representados? O que eles significam? Dessa maneira, o professor saberá quais informações já são conhecidas pelos alunos. Partir da colaboração dos alunos é sempre um bom começo. Estratégias e recursos da aula/descrição das atividades O objetivo da atividade proposta é capacitar os alunos para a leitura simbólica da construção de imagens, no caso, a bandeira de um país. Compreender que cada elemento que compõe a representação visual está associado a uma ideia, a um aspecto da história, é fundamental para a criação do conceito de identidade nacional. Ao ampliar a discussão do tema
5 para a realidade dos alunos, a proposta também visa proporcionar uma reflexão sobre a própria realidade dos alunos. 1. O professor pode iniciar a atividade com o levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre as bandeiras que conhecem. Perguntas motivadoras podem ajudar a direcionar a discussão para a bandeira portuguesa, nosso foco de interesse. Quem conhece a bandeira de Portugal?, pode ser a pergunta que direciona a turma para onde queremos. Outras perguntas são acrescidas, como: Quais são suas cores? Como ela é? Há desenhos? Há brasões? Há dizeres? Enfim, o professor sentirá nas respostas dos alunos aquilo que já é conhecido ou não. Pode ser feito um registro coletivo dessas informações. 2. A seguir, na mesma aula inicial, os alunos assistem ao documentário sobre a bandeira de Portugal. Como o vídeo é curto (12 minutos), torna-se possível desenvolver em uma aula essas duas etapas. Vale lembrar que o documentário apresenta rapidamente uma cronologia sobre a história de Portugal, do período medieval até o século XX. Não é preciso aprofundar os vários momentos dessa trajetória, nem os alunos precisam necessariamente compreender e dominar todos os eventos citados. O importante é garantir que, nessa primeira exibição, os alunos percebam que a bandeira é fruto de uma construção histórica, que inclui
6 mudanças ao longo do tempo, bem como algumas permanências simbólicas. É aqui que acontece a proposta para a segunda aula: pesquisar em enciclopédias virtuais as diferentes bandeiras que Portugal teve ao longo de sua história. Os alunos podem acessar, no Portal do Professor, os links para esses locais de pesquisa, como a Wikipédia e a Barsa Saber ( O objetivo é fazer um levantamento das bandeiras que já foram adotadas e, se possível, captar suas imagens. Caso isso não ocorra, pode-se retomar o documentário, em diferentes momentos, e pausar nas bandeiras que forem aparecendo, para garantir a leitura do documento visual. 3. No início da segunda aula, o professor parte das informações levantadas pelos alunos na pesquisa feita nas enciclopédias virtuais livres. As informações podem ser organizadas cronologicamente, ressaltando os elementos presentes em cada uma das antigas bandeiras. Chamar a atenção para a presença de diferentes cores, de brasões de dinastias, de inúmeras cruzes católicas, de símbolos cristãos e de conquistas, de ícones da monarquia, enfim, de como a composição dos símbolos foi sendo construída, reformulada, retomada e consolidada. A aula objetiva analisar as imagens e interpretá-las à luz da história portuguesa. A aula pode gerar uma tabela de classificação e identificação das simbologias. Por exemplo, símbolos religiosos, símbolos políticos, símbolos reais (professor e alunos podem criar esses critérios de organização); seguidos do seu significado. Por exemplo: a coroa = símbolo da monarquia; a esfera
7 armilar = símbolo das conquistas portuguesas no período da expansão imperial; os escudos azuis com 5 pontos brancos = significam as chagas de Cristo, lembrando que o rei tem poder divino; a cor verde = usada pela primeira vez no século XIV, após vitória contra a Espanha; dentre tantos outros elementos identificados. O professor fica livre para decidir o encaminhamento, a partir da percepção sobre o andamento das suas turmas. A discussão deve ser coletiva e a construção dessa tabela deve ser feita de maneira interativa com os alunos. O professor pode ter um esboço, que delineie os pontos fundamentais que devam constar, mas são os alunos que produzem a organização das informações coletadas na pesquisa e/ou vistas no vídeo; o professor faz a mediação e intervenções que ajudem na produção final. Assim, essa etapa pode ser mais demorada, dependendo da turma, e tomar uma parte maior da aula. Caso não dê tempo de finalizá-la nessa aula, é recomendado que o próximo encontro seja iniciado com a retomada da aula anterior, para a complementação das informações. 4. A terceira aula e a quarta aula são dedicadas ao estudo de alguns símbolos e sua relação com a história de Portugal. O professor pode selecionar alguns símbolos para a discussão, como aqueles ligados à religião cristã e os ligados à expansão colonial e às monarquias. Sobre eles, cabem explicações sobre diferentes períodos da história portuguesa. O livro didático pode ser usado como um dos
8 instrumentos de apoio para essa aula. Ou ainda, partes do vídeo podem ser revistas, com intervenções do professor. Vale destacar a presença do cristianismo na Europa, desde o final do Império Romano do Ocidente, durante a Idade Média e na formação do estado-nação. É fundamental também que os alunos identifiquem na história portuguesa o momento de expansão econômica e política, na época das grandes navegações, dos descobrimentos e da colonização a esfera armilar é o símbolo desse poder imperial sobre territórios em vários continentes. Usar mapas de apoio para a localização desses territórios conquistados é recomendado. Para isso, no Portal do Professor, há links disponíveis para diferentes mapas temáticos ( Um mapamúndi impresso também serve para a visualização do tamanho do império português entre os séculos XV e XX. Essas são aulas voltadas para conteúdos conceituais da disciplina e o professor pode privilegiar os aspectos que melhor atendam aos objetivos do seu curso. 5. A quinta aula tem como proposta analisar outras bandeiras e seus símbolos. O professor pode usar outro episódio da série, como o dedicado à bandeira espanhola, ou ainda usar a bandeira brasileira, ou do estado e do município da escola para a interpretação dos seus símbolos. Os alunos fazem os mesmos procedimentos usados para a leitura da bandeira portuguesa, como: identificação das cores, dos
9 elementos presentes, das formas, lemas e dizeres, etc. A seguir, é feita uma pesquisa sobre a bandeira (nacional, estadual ou municipal). Se na aula puderem usar recursos da informática, a pesquisa é feita em pequenos grupos; se não for possível, essa etapa pode ser estendida para uma lição de casa, com indicação de locais para a realização da coleta de dados. Outra alternativa, é o professor pesquisar e preparar uma apresentação que estimule a participação dos alunos na leitura das representações presentes em alguma dessas bandeiras. Não recomendamos uma aula puramente expositiva, pois o desenvolvimento da competência leitora (no caso de imagens) pressupõe a participação ativa do aluno na construção dos conceitos. Na pesquisa, é preciso relacionar os símbolos à história local. Essas informações devem contemplar os aspectos fundamentais para a compreensão simbólica desses elementos. Sobre a bandeira do Brasil, há informações em muitos sites, sendo um dos recomendados o site do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( Caso haja possibilidade, cabe exibir a imagem da bandeira analisada. Se houver coincidência de cores e símbolos presentes nas bandeiras estudadas, procurar as relações possíveis (quando houver) entre eles. 6. A proposta final para essa atividade é a criação de uma bandeira para a escola. Os alunos, divididos em grupos de 5 a 6 integrantes,
10 discutem os elementos simbólicos que devem constar nesse projeto. Eles discutem as idéias que consideram fundamentais para a representação da sua comunidade escolar, dos símbolos que representam aspectos da história da escola, do seu grupo, das práticas e dos princípios defendidos pela comunidade. A bandeira, como todas as estudadas, deve representar a identidade coletiva. Para isso, recomendamos reservar duas aulas. Uma de discussão das idéias e uma para a realização do produto. 7. Na aula de criação, as idéias são debatidas e registradas pelo grupo. Nessa etapa, a participação, a coerência das propostas, o respeito à diversidade de sugestões, a colaboração para o encaminhamento da criação serão avaliados, tanto pelos integrantes do grupo como pelo professor. Os procedimentos atitudinais serão desenvolvidos e valorizados. 8. Na aula seguinte, essas idéias devem resultar em uma bandeira (o produto), realizada eletronicamente, em papel ou em tecido, dependendo dos recursos disponíveis na escola. Os alunos executarão a proposta, desenvolvendo conteúdos procedimentais. Eles podem usar programas gráficos (como alguns softwares educacionais acessíveis no Portal do Professor, podem também, com o auxílio do professor de Arte, desenhar, pintar, recortar e colar, criando no papel ou no tecido a bandeira da escola.
11 Cabe lembrar que os símbolos devem representar as idéias discutidas e selecionadas, portanto devem ser justificados quando expostos. 9. Para finalizar a atividade, uma última aula para os grupos apresentarem seus produtos. Cada um expõe a bandeira criada e apresenta argumentos para as escolhas feitas. As bandeiras podem ser expostas em área comum da escola, para o compartilhamento das criações entre os demais alunos. Dessa maneira, o professor dispôs de momentos diferenciados de aprendizado que podem resultar em instrumentos de avaliação variados, como: participação nas discussões em sala de aula, registro escrito das idéias, apresentação de informações pesquisadas, postura adequada durante os debates, apresentação de argumentos válidos nas discussões, colaboração na execução do trabalho e resultado do produto final. Para as avaliações é sempre recomendado que seja feita ao longo do processo e que os instrumentos e critérios adotados seja de conhecimento prévio dos alunos, para que eles possam se autorregular durante as etapas da atividade. Questões para discussão
12 Durante a atividade, o professor de História pode trabalhar junto com professores de outras disciplinas. Na área de Geografia, pode ser feito um trabalho com os mapas e a construção do território nacional, tema também abordado no documentário. Com a disciplina de Português, a língua portuguesa pode ser estudada como um dos símbolos da identidade nacional, assim como a bandeira. Também podem ser analisados poemas que contemplem a história de Portugal e de suas conquistas, como os de Camões (citados no vídeo). Com o professor de Arte, os recursos para a representação visual das idéias presentes no projeto da bandeira da escola podem ser desenvolvidos e selecionados de acordo com os recursos e com as propostas. A linguagem escolhida deve beneficiar a representação simbólica. Consultora: Denise Mendes
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