O MUNDO DENTRO E FORA DA SALA DE AULA: idas e vindas na busca de uma escola cidadã



Documentos relacionados
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E EDUCAÇÃO ESPECIAL: uma experiência de inclusão

Prefeitura Municipal de Santos

ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NUMA ESCOLA DO CAMPO

PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: COMPROMISSOS E DESAFIOS

OS SENTIDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA CONTEMPORANEIDADE Amanda Sampaio França

O TRABALHO DOCENTE NUM PROGRAMA DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS: CONTRADIÇÕES E PERSPECTIVAS

ANÁLISE DE UMA POLÍTICA PÚBLICA VOLTADA PARA A EDUCAÇÃO: PROGRAMA BRASIL ALFABETIZADO

EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ENSINO BÁSICO: PROJETO AMBIENTE LIMPO

A INCLUSÃO DOS DIREITOS HUMANOS NAS TURMAS DO EJA POR MEIO DAS NOVAS TECNOLOGIAS

ERRADICAR O ANALFABETISMO FUNCIONAL PARA ACABAR COM A EXTREMA POBREZA E A FOME.

Avaliação-Pibid-Metas

ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

MÍDIAS NA EDUCAÇÃO Introdução Mídias na educação

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS DO CURSO DE PEDAGOGIA/IRATI - EAD (Currículo iniciado em 2010)

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA PIBID ESPANHOL

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO

QUANTO VALE O MEU DINHEIRO? EDUCAÇÃO MATEMÁTICA PARA O CONSUMO.

A escola para todos: uma reflexão necessária

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

TÍTULO: COMO INTERLIGAR OS LIVROS DE LITERATURA INFANTIL COM OS CONTEÚDOS MATEMÁTICOS TRABALHADOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

UMA EXPERIÊNCIA DE FORMAÇÃO CONTINUADA NO CONTEXTO DE CRECHE

A DISLEXIA E A ABORDAGEM INCLUSIVA EDUCACIONAL

Necessidade e construção de uma Base Nacional Comum

ZILENE MACEDO DOS SANTOS A RELAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGOGICO ENTRE O PROFESSOR NO ENSINO APRENDIZAGEM

O LÚDICO COMO INSTRUMENTO TRANSFORMADOR NO ENSINO DE CIÊNCIAS PARA OS ALUNOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

CONCEPÇÃO E PRÁTICA DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: UM OLHAR SOBRE O PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO RAFAELA DA COSTA GOMES

Programa de Pós-Graduação em Educação

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: ELABORAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

Profa. Ma. Adriana Rosa

ASSISTÊNCIA SOCIAL: UM RECORTE HORIZONTAL NO ATENDIMENTO DAS POLÍTICAS SOCIAIS

GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO E DO ESPORTE 2ª COORDENADORIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO

A MATEMÁTICA ATRÁVES DE JOGOS E BRINCADEIRAS: UMA PROPOSTA PARA ALUNOS DE 5º SÉRIES

Organização Curricular e o ensino do currículo: um processo consensuado

AS RELAÇÕES DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E SUAS IMPLICAÇÕES NO ENSINO REGULAR INCLUSIVO

Direito a inclusão digital Nelson Joaquim

INCLUSÃO ESCOLAR: UTOPIA OU REALIDADE? UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E ECONOMIA SOLIDÁRIA NO ASSENTAMENTO FAZENDA MATA EM AMPARO-PB.

IMPLANTANDO OS DEZ PASSOS DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA EDUCAÇÃO INFANTIL RELATO DE UMA EXPERIENCIA

INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E AS DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA

Informações gerais Colégio Decisão

INTEGRAÇÃO E MOVIMENTO- INICIAÇÃO CIENTÍFICA E.E. JOÃO XXIII SALA 15 - Sessão 2

RESUMO Sobre o que trata a série?

TEXTO RETIRADO DO REGIMENTO INTERNO DA ESCOLA APAE DE PASSOS:

GT Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR

Belém/PA, 28 de novembro de 2015.

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Papo com a Especialista

Palavras-chave: Educação Física. Ensino Fundamental. Prática Pedagógica.

Disciplina: Alfabetização

SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO ESCOLA ESTADUAL DOMINGOS BRIANTE ANA GREICY GIL ALFEN A LUDICIDADE EM SALA DE AULA

O ESTUDO DE CIÊNCIAS NATURAIS ENTRE A TEORIA E A PRÁTICA RESUMO

Habilidades e competências no Cuidado à pessoa idosa. Karla Giacomin, MD, PhD

DIFICULDADES ENFRENTADAS POR PROFESSORES E ALUNOS DA EJA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA

Política de Formação da SEDUC. A escola como lócus da formação

INCUBADORAS SOCIAIS UNIVERSITÁRIAS: A PROMOÇÃO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA COM O FORTALECIMENTO DA EDUCAÇÃO POPULAR 1

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

O CURRÍCULO PROPOSTO PARA A ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NAS ESCOLAS ITINERANTES DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA NO PARANÁ.

O ensino de Ciências e Biologia nas turmas de eja: experiências no município de Sorriso-MT 1

REFLEXÕES SOBRE A UTILIZAÇÃO DE JOGOS CARTOGRÁFICOS COMO RECURSO DIDÁTICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA

Titulo: DILEMAS ENCONTRADOS POR PROFESSORES DE QUÍMICA NA EDUCAÇÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS.

A COMPETÊNCIA LEITORA NOS ESPAÇOS DA COMUNIDADE DO PARANANEMA-PARINTINS/AM

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

DICAS PARA UM ESTUDO EFICAZ

PROJETO MEDIAR Matemática, uma Experiência Divertida com ARte

PROJETO MÚSICA NA ESCOLA

Profª. Maria Ivone Grilo

AIMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUADA COLABORATIVA ENTRE PROFESSORES QUE ATUAM COM PESSOAS COM AUTISMO.

PROPOSTA DE REVISÃO CURRICULAR APRESENTADA PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA POSIÇÃO DA AMNISTIA INTERNACIONAL PORTUGAL

A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VISUAIS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS.

Gênero no processo. construindo cidadania

PRAZER NA LEITURA: UMA QUESTÃO DE APRESENTAÇÃO / DESPERTANDO O PRAZER NA LEITURA EM JOVENS DO ENSINO MÉDIO

GESTÃO DEMOCRÁTICA EDUCACIONAL

Mestre em Educação pela UFF (Universidade Federal Fluminense) e Professora Assistente na Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus BA).

ENSINO DE CIÊNCIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL EM DIFERENTES ESPAÇOS EDUCATIVOS USANDO O TEMA DA CONSERVAÇÃO DA FAUNA AMAZÔNICA.

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO (PME)

O ENSINO DE PROGRAMAÇÃO PARA CRIANÇAS DA REDE PÚBLICA DE CAMPINA GRANDE

O ESTÁGIO SUPERVISIONADO E A FORMAÇÃO DE LICENCIANDOS EM CIÊNCIAS NATURAIS

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição Fatia 3;

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: UM ATO DE AMOR E AFETIVIDADE

Paulo Freire. A escola é

Instituto de Humanidades e Letras. Curso: Pedagogia

VIOLÊNCIA NO ESPAÇO ESCOLAR: UMA ANÁLISE A PARTIR DA ESCOLA CAMPO

A LUDICIDADE NO CONTEXTO ESCOLAR

O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Decanato Acadêmico

O MOODLE COMO FERRAMENTA DIDÁTICA

Conheça as 20 metas aprovadas para o Plano Nacional da Educação _PNE. Decênio 2011 a Aprovado 29/05/2014

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DOS PAIS NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS NO CONTEXTO ESCOLAR

PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO. Prof. Msc Milene Silva

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO MEDIADOR DE NOVOS CONHECIMENTOS 1

Projeto: PEQUENOS OLHARES, GRANDES CAMINHOS

IMPLANTANDO O ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NA REDE ESTADUAL DE ENSINO

PROJETO DE ELEIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE REPRESENTANTES DE TURMA DO CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES 2011

PROJETOS DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: DO PLANEJAMENTO À AÇÃO.

O USO DO TANGRAM EM SALA DE AULA: DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO

EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA: DIREITO À DIVERSIDADE

Transcrição:

O MUNDO DENTRO E FORA DA SALA DE AULA: idas e vindas na busca de uma escola cidadã Ana Paola da Silva Universidade Federal de Campina Grande- UFCG anapaolacg@yahoo.com.br 1. INTRODUÇÃO A EJA1, de acordo com a Lei 9.394/96, passou a ser uma modalidade da educação básica nas etapas do ensino fundamental e médio. A educação básica é o caminho para assegurar a todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores ( PARECER CNE/CEB 11/2000). O mundo atual é repleto de letras e números e se torna inadmissível manter à margem da sociedade uma considerável parcela da população que não teve acesso ao letramento e que mesmo alcançando a idade adulta está limitada em suas ações cotidianas pela falta de leitura, resumidos a subempregos e dependência total quando se trata de informação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) estabelece no capítulo II, seção V a Educação de Jovens e Adultos, menciona que os cursos em tempo parcial noturno devem estabelecer metodologias adequadas as idades entre 15 anos e 18 anos. As normas aproximam o saber necessário ao grau de conhecimento do aprendiz, estabelecendo um coerente elo que dinamize o aprendizado para os alunos. Nesse contexto de convivência escola/sociedade pode-se compreender que a EJA busca caracterizar uma nova concepção de educação, que envolve, além da alfabetização, o desenvolvimento integral do aluno, possibilitando ao indivíduo jovem e adulto retomar seu potencial, desenvolver suas habilidades, confirmar suas competências, valorizando suas experiências, opiniões e história de vida. 1 Educação de Jovens e Adultos

Trabalhar com os estudantes do ensino noturno, requer o entendimento de suas necessidades, dificuldades, limitações, assim como suas potencialidades e habilidades. Educar na EJA envolve todas as dimensões do saber humano: enriquece a capacidade de vivência, assume o compromisso com a vida, compartilha experiências com o próximo e motiva-os a buscar um mundo novo através do ler e escrever (FREIRE, 1987). Relatos apontam que ao longo da carreira como professora da EJA há sempre muitos ganhos dos dois lados, mas geralmente aprende-se muito mais do que se ensina. Aprende-se a viver com as desigualdades; a ser tolerante com a indiferença; a superar adversidades; a respeitar o tempo de cada pessoa, o jeito de ser e a individualidade; a dividir atenção e a falar moderadamente; a compreender as necessidades de cada um; a trazer uma palavra de conforto e um olhar de atenção. Enfim, aprende-se a viver a EJA. Para se alcançar o aperfeiçoamento profissional, o professor precisa ter paixão de ensinar, ter compromisso, sentir-se feliz aprendendo e ensinando. Ser humilde, ouvir, trabalhar em equipe, ser solidário (GADOTTI, 2010). O grande desafio é perceber que é possível contribuir com sua formação, evidenciando que a EJA é uma possibilidade de formação cidadã capaz de mudar significativamente a vida das pessoas, possibilitando-lhes uma nova leitura da vida e a transformação para que reescrevam sua própria história de vida (CHAUI, 2001; ARROYO, 2001). A escola deve ser um espaço que materializa a busca pela educação e inclusão (CURY, 2002; DOURADO, 2007). A presença da educação é relevante para o sucesso de qualquer projeto social do País, pois é pela educação que podemos construir uma consciência crítica e cidadã, onde os alunos poderão pensar na sociedade de forma coletiva, proporcionando subsídios para que a sociedade possa vencer as barreiras da exclusão social, do analfabetismo, do desemprego e da desumanização.

O trabalho objetiva apresentar a proposta de palestras e aulas expositivas, efetivamente, em uma escola cidadã, uma escola que ressalte os seus valores e princípios, que estimule a cidadania e, acima de tudo, possa contribuir para a formação social do ser humano. 2. METODOLOGIA A metodologia proposta baseou-se em atividades participativas, no construtivismo tendo como referência a experiência de cada um, através da qual o educando foi de fato sujeito do processo de ensino-aprendizagem. A sua vivência em sala de aula se expandiu até chegar à família e daí à própria comunidade. Portanto, tratou-se de uma pedagogia centrada no aluno e que tomou como ponto de partida o seu contexto com possibilidade de expansão. Utilizamos a sala de aula como ponto de convergência de ideias, local onde colocamos em prática as diversas atividades relacionadas com o tema, envolvendo o aluno a partir de palestras, seminários e debates. 2.2 RESULTADOS E DISCURSÕES Dentro do campo de discussões em sala de aula, abordaram-se assuntos específicos que incluem aprendizagem, formação do individuo e a pratica da cidadania, entendendo a educação como um dos direitos humanos fundamentais a condição para garantia dos demais direitos. Com base na obra do educador Paulo Freire, enfoca-se as primeiras iniciativas de conscientização política do povo buscando a emancipação social e cultural das classes menos favorecidas, visando, enfim, a inclusão em todos os sentidos. As atividades foram desenvolvidas na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Itan Pereira. A escola encontra-se localizada a Rua Luiz Motta, no bairro de Bodocongó, município de Campina Grande e foi criada em fevereiro de 2000, e publicado no Diário Oficial do Estado, em maio do mesmo ano, e atende a comunidade dos bairros circunvizinhos, nos três turnos.

A unidade escolar possui 1.060 alunos matriculados nas modalidades de ensino Fundamental, Médio, Educação de Jovens e Adultos e ainda possui o Programa Mais Educação. A escola foi a vencedora da etapa estadual do Prêmio Gestão Escolar (PGE) 2013, ano base 2012. 3.CONCLUSÃO Dentre algumas observações pontuadas no texto podermos perceber pequenos avanços no ponto de vista humano em relação à educação de jovens e adultos em função das mudanças sociais, dos caminhos da globalização e das mudanças nos processos do trabalho. O fato é que estamos vivendo um processo de mudança que afeta a existência de uma sociedade desigual, e que naturalmente tende a ser excludente e competitiva. Podemos concluir que, ao considerar a cidadania como princípio, conceito muito praticado na escola quando fugimos desse mesmo princípio, ao impedir, por várias formas ou meios, o exercício pleno de cidadania, que deveria, em tese, ser estimulada e praticada. O nosso maior desafio existe em buscar o caminho que nos una em princípios fundamentais que dizem respeito ao ser humano. As contradições existem e afloram diariamente frente aos nossos olhos e, ao analisarmos a conjuntura que hoje se apresenta, nos deparamos com um quadro totalmente indefinido no que se relaciona a resultados satisfatórios O fato de existir salas de aula superlotadas de alunos não significa alfabetização plena e nem de longe capacitação intelectual dos indivíduos. Longe ainda estamos da perfeição. Distante ficamos de uma educação coerente e realmente voltada para os interesses maiores de nossa gente. Alguns metros nos separam do caos, mas a determinação de uns, acaba por alavancar sempre um resultado que nos faz manter em funcionamento a máquina da educação, movida pelo combustível da esperança. Bibliografia ARROYO, Miguel. A educação de jovens e adultos em tempos de exclusão. Alfabetização e Cidadania, São Paulo: RAAB, n.11, p.9-20, abr. 2001.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%c3%a7ao.htm>. Acesso em 22/08/2013.. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Disponível em: <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/ leis/l9394. Htm>. Acesso em 28/08/2013. CURY, Carlos Roberto Jamil. Parecer CEB 11/2000. In: SOARES, Leôncio. Educação de jovens e adultos. Rio de Janeiro, 2002. DINIZ, Adriana Valéria Santos et al. A aprendizagem ao longo da vida e a educação de jovens e adultos: possibilidades e contribuição ao debate. João Pessoa: Editora Universitária da UFPB, 2010. DOURADO, L.F.; OLIVEIRA, J.F.; SANTOS, C.A. A qualidade da educação: conceitos e definições. Brasília, DF: INEP, 2007. FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1987. GADOTTI, Moacir. Qualidade na educação: uma nova abordagem. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2010. (Instituto Paulo Freire; 5/Série Caderno de Formação).