ESTUDO COMPUTACIONAL SOBRE FORMAÇÃO DE CAVERNAS EM TANQUES AGITADOS. Armando Zanone 1 ; Efraim Cekinski 2



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Transcrição:

ESTUDO COMPUTACIONAL SOBRE FORMAÇÃO DE CAVERNAS EM TANQUES AGITADOS Armando Zanone 1 ; Efraim Cekinski 2 1 Aluno de Iniciação Científica da Escola de Engenharia Mauá (EEM/CEUN-IMT); 2 Professor da Escola de Engenharia Mauá (EEM/CEUN-IMT). Resumo. Quando fluidos não-newtonianos são misturados em tanques agitados mecanicamente com baixo número de Reynolds, podem se formar regiões de alta mistura ao redor do impelidor, denominado caverna. Já em regiões afastadas a agitação é praticamente nula, prejudicando a mistura. O objetivo do projeto é estudar a formação de cavernas dentro de tanques agitados por meio da fluidodinâmica computacional. O efeito caverna e validação do modelo foram baseados na tese de Adams (2009), que realizou os testes experimentalmente e em CFD. Estudou-se os sistemas atuais utilizados para fluidos altamente viscosos impelidores tipo: âncora, pás inclinadas descentralizado e helicoidal. Então analisou-se dois sistemas de agitação propostos por Celso Joaquim Jr. Foi possível encontrar resultados semelhantes na previsão da formação de cavernas. O impelidor tipo âncora foi capaz de agitar cerca de 50 % do volume do tanque, representando sua altura. As pás inclinadas descentralizadas sem chicanas foram superiores ao centralizado com chicanas. Os impelidores helicoidais, não apresentaram resultados tão bons, agitando aproximadamente 30 % do tanque, mas apresentaram eficiência superior ao sistema estudado por Adams. O sistema de agitação com melhor resultado foi o sistema proposto por Celso Joaquim Jr., o qual agitou 96,9 % do tanque e apresentou 51,1 % de homogeneidade. Introdução A agitação de fluidos é a operação central de muitos processos alimentícios, farmacêuticos, cosméticos, poliméricos e etc. Entender seu mecanismo é crucial para o aumento de escala industrial. O dimensionamento correto do sistema garante, além da eficácia do processo, economia com mão de obra, energia e perda de matéria-prima (Zhang et al., 2013). Os modelos disponíveis para projetos de sistemas com fluidos não-newtonianos, e especialmente com baixo número de Reynolds, são insuficientes para o aumento de escala industrial (Wilkens et al., 2005). Correlações empíricas foram deduzidas, no entanto os fundamentos da mistura permanecem obscuros, especialmente para líquidos altamente viscosos (Zhang et al., 2013). Enquanto todos os fluidos possuem regiões de boa e má mistura, os não- Newtonianos, podem apresentar regiões de nenhum movimento. Além disso, o progresso nessa área é dificultado pela falta de técnicas aplicáveis para visualização do fluxo tridimensional em fluidos não-newtonianos viscosos, os quais normalmente são opacos (Adams e Barigou, 2007). Em vista das dificuldades apresentadas, e da necessidade de elaboração de processos mais eficientes, pretende-se estudar o efeito caverna através da fluidodinâmica computacional (CFD) em tanques agitados que trabalham com fluidos não-newtonianos em regime laminar. Agitação Pode-se definir agitação como o processo que diminui a heterogeneidade de um sistema, sendo completamente misturado, quando a chance de se encontrar um dado componente em um dado local é a mesma em qualquer ponto do tanque (van t Riet e Tramper, 1997). Os seus objetivos são: promover mistura, reação, suspensão e transferência de massa. O processo de mistura ocorre em dois níveis: macro e micromistura. A macromistura ocorre devido ao fluxo convectivo. Enquanto a micromistura se refere a intermistura das moléculas por difusão entre células. Para fluidos com alta viscosidade, a macromistura é

determinante no processo de agitação. O processo de mistura geralmente está associado a meios mecânicos, com utilização de impelidores de forma circulatória em um tanque. Porém, também é possível a agitação do processo por borbulhamento de gases em fase líquida ou a circulação do fluido em tubulações, sendo a turbulência gerada a própria agitação (Zhang et al., 2013). Fluidos não-newtonianos Um fluido Newtoniano apresenta a taxa de deformação diretamente proporcional à tensão cisalhante e passa pela origem do sistema (zero deformação para zero tensão). Já um fluido não-newtoniano é todo aquele que desvia desse comportamento. A base tecnológica para o dimensionamento de misturadores de sistemas com reologia complexa é muito mais limitada que misturadores de baixa viscosidade, sendo necessário uma grande quantidade de dados e modelos para descrever a agitação e mistura desses (Wilkens et al., 2005). Sistemas de agitação Os tanques de agitação geralmente são cilíndricos, verticais, abertos ou fechados para o ar e com um eixo vertical. As proporções e diâmetros dos tanques são variáveis e dependem da natureza da agitação. Normalmente seguem a configuração conforme mostrado na Figura 1. Figura 1 Configuração convencional de um tanque agitado (Cekinski, 2013). Para fluidos altamente viscosos, maiores diâmetros de impelidores e a ausência de chicanas aumentam a eficiência de agitação, porém, eles precisam de mais energia e o fluido só se movimenta quando as pás passam pelo local, o que não evita pequenas cavernas (Joaquim Jr. et al., 2007). Uma forma de minimizar esse efeito é utilizar o impelidor tipo âncora, sendo o mais utilizado em regime laminar. Geralmente, possui de 90 a 95 % do diâmetro do tanque e é utilizado para fluidos com viscosidade entre 10 a 100 Pa.s. Além disso, são mais econômicos e com fácil montagem de raspadores, indicado para aplicações de transferência de calor e fluidos termosensíveis. Outros impelidores usuais são o tipo rosca, adequado para líquidos pseudoplásticos com índices de lei de potência inferiores a 0,5, e helicoidal. Mas, se a viscosidade diminuir, sua eficiência também irá. Uma solução é a combinação de dois ou mais tipos de impelidores (Letellier et al., 2002). Outra opção são os impelidores de pá inclinada, com baixo custo de construção e funcionamento em fluxos turbulentos quanto laminares. Outras estratégias adotadas são: impelidores com geometria complexa; descentralização; maior rotação e altura das pás (Pedrosa e Nunhez, 2000; Zhang et al., 2013). Fluidodinâmica computacional (CFD) A fluidodinâmica computacional ou simplesmente CFD (Computational Fluid Dynamics) é o termo dado ao grupo de técnicas matemáticas, numéricas e computacionais, usadas para obter, visualizar e interpretar soluções computacionais para as equações de conservação de massa, energia e momento de um dado escoamento (Teixeira, 2003).

A maneira convencional de estudar a agitação é realizar diversos experimentos, utilizando diferentes impelidores, tanques e fluidos com reologia diferente. Ainda assim, geralmente, os resultados são correlações empíricas que funcionam apenas para o sistema estudado. Logo, a CFD desempenha papel fundamental para entender a complexidade do fluxo no interior de tanques agitados, com a vantagem de custo relativamente baixo e possibilidade de imitar situações próximas da realidade (Islabão, da Silva Pinto e Vianna Júnior, 2010). Embora não se possa deixar de efetuar testes em laboratório ou escala piloto, pois serão utilizados para a validação da CFD, já é possível reduzir sobremaneira a necessidade dos testes e diminuir o ciclo de projeto. Outra vantagem é a apresentação de resultados através de informações detalhadas e visíveis, fornecendo informações valiosas que não seriam, ou muito dificilmente, obtidas experimentalmente (Zanutto, 2015). Efeito caverna A caverna é definida como a região a qual o fluido é agitado, enquanto o restante encontra-se estagnado. Para fluidos plásticos de Bingham, a caverna é definida como a região na qual a tensão de cisalhamento é superior à tensão de ruptura do material. O tamanho e formato da caverna é dependente das propriedades do fluido, da geometria do impelidor e da rotação. Para fluidos não-plásticos, nomeia-se o efeito de pseudocaverna (Wilkens et al., 2005). Segundo Elson et al. (1986), Nienow e Elson (1988) e Elson (1990) apud Adams e Barigou (2007) os formatos das cavernas podem ser descritos como cilindros ao redor do impelidor, como mostrado na Figura 2 (a) e a equação que a descreve é dada pela equação 1. Na qual: D: diâmetro do impelidor; DC: diâmetro da caverna; HC: altura da caverna; P0: número de potência; : densidade; N: velocidade rotacional; y: tensão de cisalhamento. Posteriormente, Amanullah et al. (1998) propôs um modelo preditivo teórico do tamanho de cavernas e outros dois para pseudo-cavernas. Foi assumido um formato esférico, Figura 2 (b), e dado pela equação 2. Na qual Fa é a força axial concedida pelo impelidor. ( D c D ) 3 = P 0 [0,55+1/3]π² (ρn²d² ) (1) ( D 2 c τ y D ) = 1 π (ρn²d² Fa ) ( τ y (rn²d 4 ) ) 2 + ( 4P 0 3π ) 2 (2) Figura 2 Modelos teóricos do formato e tamanho de caverna e pseudo-cavernas: (a) cilíndrico; (b) esférico; (c) toroidal. O primeiro modelo para pseudo-cavernas assumindo formato esférico é dada pela equação 3 e mostrada na Figura 2 (b). Na qual: rc: raio da caverna; n: índice do comportamento de fluxo; v0: velocidade do fluido no contorno da caverna; k: coeficiente de consistência; F = F a +F θ : força total concedida pelo impelidor; b: raio da caverna circundante ao toro com diâmetro equivalente ao tanque. O segundo modelo proposto assume um formato toroidal, como mostrado na Figura 2 (c) e na equação 4 (Amanullah, Hjorth e Nienow, 1998). r [1 (2/n)] c = v 0 [( 2 1/n 1) (4πk n F ) ] +b [1 (2/n)] (3) r [1 (2/n)] c =v 0 [( 2 1/n n 1) k (4π2 F ) ] +b [1 (2/n)] (4)

Material e Métodos Todas as simulações foram realizadas utilizando o software CFX 14.0 da Ansys Inc. O método empregado para a sua utilização resume-se em três etapas. A primeira etapa é o préprocessamento, que envolve a representação do problema computacionalmente. Esta fase é subdividida em outros grupos: geometria (volume de controle), malha (discretização do domínio), propriedades dos fluidos e condições de contorno. A segunda etapa é a parte principal de um pacote CFD e que exige maior recurso computacional, sendo o solver, responsável pela resolução das equações fundamentais em cada elemento da malha. Na última etapa, o pósprocessamento, permite a visualização dos resultados na etapa anterior em diversos pontos do domínio computacional na forma de desenhos, gráficos e filmes. Pela CFD utiliza-se como parâmetro para determinação do contorno da caverna a curva na qual a velocidade é igual a 1 % da velocidade da ponta do impelidor, ou velocidade máxima (Adams, 2009). O contorno da caverna ao redor do impelidor foi obtido por dois métodos, sendo o método tangencial e o radial-axial. Em ambos, criou-se um plano central com os valores das velocidades e determinou-se o contorno no qual a velocidade (tangencial ou radial-axial) fosse superior ou igual a 1 % da velocidade da ponta da pá do impelidor (velocidade máxima), representando o formato da caverna. A homogeneidade foi comparada com base no índice gama, no qual 1 (ou 100 %), representa um tanque ideal no qual a velocidade em todos os pontos do volume é igual a velocidade média não nula. O cálculo do γ A é dado pela equação (5), na qual v i representa a velocidade pontual e v A a velocidade média em todo o volume (V). γ A =1 [ v i v A ] V v A V dv (5) Condições de contorno Como vórtices não são desenvolvidos, a condição de contorno da superfície livre (topo do tanque) é defina como de simetria, na qual a velocidade normal do componente é igual a zero (Letellier et al., 2002). O tanque, chicanas e agitador (pás, suporte e eixo) foram definidas como paredes (velocidade igual a zero). O domínio de contato foi definido como rotativo com velocidade angular de mesmo módulo que a velocidade angular do agitador, porém com sentido contrário, sendo essa calculada pela equação 6, para um número de Reynolds para todas as simulações de 7,3, exceto para a validação do modelo, em que se realizaram simulações nos cinco números de Reynolds descritos na Tabela 1. O domínio rotativo utilizado em todas as simulações circundava apenas as regiões móveis, ou seja, impelidores, eixos e suportes. Tabela 1 Reologia do Carbopol 940. Re τ (Pa) k (Pa.sn) n 7,3 2,63 0,54 0,56 20,4 1,41 0,37 0,57 70,3 1,29 0,35 0,57 86,6 1,56 0,45 0,55 163,2 1,97 0,47 0,58 O material simulado foi Carbopol 940, descrito na tese de Adams (2009), cuja relação entre a tensão de cisalhamento e viscosidade obedece a lei descrita pela equação 7. Na qual os parâmetros dessa é função do número de Reynolds conforme Tabela 1.

Re = ρ.k s.n 2.D 2 (6) τ = k.γ n τ y +(k S.N) n (7) Resultados e Discussão A seguir são mostrados os resultados dos tanques estudados, sendo divididos em três categorias: validação do modelo CFD, estudo de tanques agitados utilizados atualmente para fluidos viscosos, e por fim, um desenho proposto por Celso Joaquim Júnior. Validação A validação do modelo foi baseada no trabalho de Adams (2009), o qual estudou um tanque agitado cilíndrico de fundo reto com diâmetro e altura de 148 mm, contendo um impelidor com 6 pás inclinadas a 45º com 50 mm de diâmetro e 10 mm de largura. O suporte das pás está a 50 mm do fundo do tanque e possui 14 mm de diâmetro e o eixo possui 6,5 mm de diâmetro. Há 4 chicanas igualmente espaçadas com largura de 14,8 mm. Foi possível obter resultados semelhantes para a predição do formato da caverna gerada em cinco números de Reynolds diferentes, assim como em Adams (2009). Pela Figura 3 é possível comparar os resultados encontrados pelos dois métodos estudados e os mesmos métodos simulados por Adams. Além disso, estão presentes os resultados experimentais. A caverna prevista pelo método radial-axial foi sempre superior ao método da velocidade tangencial para todos os cinco números de Reynolds. Encontrou-se cavernas muito próximas dos valores obtidos por Adams, apenas o método da velocidade tangencial apresentou grandes diferenças para Reynolds de 70,3 e acima. A predição do tamanho e formato da caverna foi bastante satisfatório até Reynolds de 86,6, quando a caverna atingiu as chicanas. Na Figura 4 foi realizada a comparação dos três modelos teóricos de cavernas com os obtidos pela simulação. O modelo teórico que melhor representou a caverna formada para a solução de Carbopol 940 foi o modelo toroidal. Porém, os métodos obtidos por CFD foram melhor representados pelo modelo cilíndrico. Contudo, visualmente, a caverna obtida possuía uma aparência de dois toróides sobrepostos. O segundo sistema estudado foi um tanque cilíndrico com fundo torosférico ASME 10 %, altura e diâmetro de 2 m. Três agitadores foram estudados: Impelidor com 4 pás inclinadas a 45º e 520 mm de diâmetro descentralizado a metade do raio e 200 mm de largura. O suporte das pás está a 400 mm do fundo do tanque com 100 mm de diâmetro e o eixo possui 50 mm; Impelidor tipo âncora com diâmetro de 96 % do tanque, centralizado com altura de 1 m; Ambos impelidores anteriores. Na Figura 5 são mostradas a região com velocidade superior a 1 % da velocidade máxima, ou seja, a caverna formada no tanque, sendo representada pela região escura. Foi possível perceber que a utilização única do impelidor com quatro pás PBT 45º houve a formação de uma caverna ao seu redor, sendo desinteressante sua utilização única. Apesar de descentralizado, a desordem no líquido não foi suficiente para impedir a formação da caverna. A utilização do impelidor tipo âncora evitou a formação de cavernas. A Figura 5 (a) mostra que a agitação se deu até a altura da mesma, desta maneira, o topo do tanque não sofre agitação, assim, não se deve preencher completamente o tanque. Com os dois agitadores, o efeito é similar à utilização apenas do agitador tipo âncora, houve a agitação de uma altura levemente maior de líquido próximo ao segundo agitador, conforme Figura 5 (c). O terceiro sistema estudado foi um tanque cilíndrico com fundo reto de altura e diâmetro a 1 m. Novamente estudaram-se três sistemas. O primeiro com um impelidor helicoidal com 900 mm de diâmetro e 90 mm de largura,1,5 passes e 649,8 mm de espaçamento. O suporte da hélice tem 45 mm de diâmetro e o eixo 90 mm. O segundo sistema possui o impelidor anterior

(a) Re = 7,3 (b) Re = 20,4 (c) Re = 70,3 (d) Re = 86,6 (e) Re = 163,2 Figura 3 Comparação dos métodos de predição do contorno da caverna com os modelos teóricos e experimental (a) Re = 7,3 (b) Re = 20,4 (c) Re = 70,3 (d) Re = 86,6 (e) Re = 163,2 Figura 4 Comparação dos métodos de predição do contorno da caverna com os modelos teóricos e experimental.

e outro impelidor helicoidal com 450 mm de diâmetro e 90 mm de largura, com 1,5 passes e 649,8 mm de espaçamento. O suporte da hélice tem 45 mm de diâmetro e o eixo possui 90 mm. Já o terceiro sistema possui o primeiro impelidor e outro impelidor helicoidal com 900 mm de diâmetro e 90 mm de largura, com 1,5 passes e 649,8 mm de espaçamento. O suporte da hélice tem 45 mm de diâmetro e o eixo possui 90 mm. (a) (b) (c) Figura 5 Representação da caverna no tanque para (a) impelidor tipo âncora, (b) impelidor tipo pá inclinada e (c) dois agitadores com impelidor tipo âncora e pá inclinada. O sistema de agitação utilizando um agitador com um impelidor tipo helicoidal apresentou os resultados ilustrados na Figura 6 (a). Houve a formação de uma caverna ao redor da hélice, porém, com a sua movimentação, esta caverna se movimentaria pelo tanque, promovendo a mistura de praticamente todo o volume. A distribuição da velocidade não ficou uniforme e metade do tanque estaria sendo agitado a cada instante. O sistema de agitação utilizando duas hélices com diâmetros diferentes (Figura 6 (b)) apresentou um comportamento semelhante ao sistema com um impelidor. Porém desta vez, um maior volume foi agitado, mas a distribuição continua não uniforme. O último sistema estudado utilizando duas hélices de mesmo diâmetro, mostrado na Figura 6 (c), apresentou a melhor situação. A agitação no volume foi mais uniforme, porém ainda existem regiões mortas próximas a parede, fundo e topo do tanque. (a) (b) (c) Figura 6 Representação da caverna para o sistema (a) com um impelidor helicoidal, (b) dois helicoidais com diâmetros diferentes e (c) dois impelidores helicoidais com mesmo diâmetro. O Dr. Celso Joaquim Júnior propôs dois sistemas de agitação compostos por dois agitadores. O primeiro constituído por um impelidor tipo âncora com 4 pás inclinadas a 45º de fluxo ascendente. E o segundo agitador com 3 impelidores com 2 pás cada inclinadas a 45º de fluxo descendente. As geometrias são mostradas no Apêndice A. Dos sistemas de agitação estudados, aqueles que apresentaram o melhor desempenho foram os dois tanques propostos por Celso Joaquim Jr., não ocorrendo o efeito caverna nesses.

É mostrado na Figura 7 (a) que a velocidade foi distribuída uniformemente ao longo de todo volume. Apesar de não existir a formação de cavernas nos tanques, a distribuição das velocidades no segundo sistema de agitação foi maior, havendo menores variações de velocidade, sendo facilmente visualizado na Figura 7 (b) e (c). Porém, o segundo desenho, apresenta uma menor agitação no topo do tanque, o que sugeriria não preencher todo o volume do tanque. (a) (b) (c) Figura 7 Representação da (a) caverna no tanque e representação da velocidade radial-axial no plano XY dos sistemas de agitação propostos por Celso Joaquim Jr., sendo (b) o sistema de agitação 1 e (c) o sistema de agitação 2. Analisados cada sistema de agitação separadamente, é mostrado na Tabela 2 uma comparação de todos os sistemas de agitação estudados em relação ao tamanho percentual das cavernas mostradas. Ou seja, verificou-se a porcentagem do volume que apresentava velocidade superior a 1 % da velocidade máxima. Tabela 2 Tamanho percentual da caverna (velocidade superior a 1 % da velocidade máxima) formada nos diferentes sistemas de agitação estudados. Sistema de agitação Tamanho da caverna Sistema de agitação Tamanho da caverna Adams (2009) Âncora Re 7,3 4,4% Âncora 52,7% Re 20,4 5,5% PBT 45º 5,6% Re 70,3 21,5% Âncora & PBT 45º 51,5% Re 86,6 29,9% Helicoidal Re 163,1 30,5% Única hélice 11,7% Celso Joaquim Jr. Hélices com diâmetros diferentes 15,7% Desenho1 93,2% Hélices com mesmo diâmetro 31,3% Desenho2 96,9% Assim como visualizado na Figura 7, os sistemas de agitação propostos por Celso Joaquim Jr. apresentaram os melhores resultados, além da agitação de praticamente 100 % do tanque, apresentaram também uma distribuição mais uniforme (menor desvio-padrão) da velocidade por praticamente todo o tanque, como mostra a Figura 8 (a). O segundo desenho proposto para o sistema de agitação apresentou uma leve diferença na uniformidade da velocidade, confirmando a suspeita de maior uniformidade apresentada na Figura 7 (c). Assim como mostrado na Figura 8 (b), o índice de homogeneidade foi calculado para todos os sistemas estudados. Percebe-se que para todos os tanques que apresentaram a formação de cavernas, com altas regiões estagnadas, o índice foi negativo. Deste modo, apenas os tanques propostos por Celso Joaquim Jr. apresentaram um índice positivo.

Desvio padrão relativo Índice gama de homogeneidade 12,0 10,0 8,0 6,0 60,0 40,0 20,0 0,0-20,0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 4,0-40,0 2,0 0,0 (a) (b) Figura 8 (a) Desvio-padrão relativo da velocidade no volume do tanque de agitação e (b) índice gama de homogeneidade 1: Adams Re=7,3; 2: Adams Re=20,4; 3: Adams Re=70,3; 4: Adams Re=86,6; 5: Adams Re=163,1; 6: Ancora; 7: PBT 45º; 8: Ancora & PBT 45º; 9: Única hélice; 10: Hélices com diâmetros diferentes; 11: Hélices com mesmo diâmetro; 12: Sistema proposto desenho 1; 13: Sistema proposto desenho 2. Conclusões 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13-100,0 A agitação é a operação central de muitos processos e essencial para conseguir a mistura, reação, suspensão de sólidos, transferência de massa e energia. A mistura de fluidos não- Newtonianos é pouco entendida e dificultada, principalmente, pois a maioria destes fluídos são opacos. Então, a fluidodinâmica computacional, desempenha um papel fundamental para ajudar a entender este processo. Além disso, esta ferramenta ajuda a diminuir, sobremaneira, o número de testes e custos com recursos humanos e materiais. Utilizando a tese de doutorado de Adams foi possível predizer o tamanho e formato da caverna satisfatoriamente para diferentes números de Reynolds, até 86,6, quando a caverna atinge a chicana. O método de predição da caverna pelo método da velocidade radial-axial ficou muito próximo dos valores obtidos por Adams, e o método da velocidade tangencial apresentou grandes diferenças para Reynolds superiores a 70,3. O modelo teórico que melhor representou a caverna obtida por CFD foi o modelo cilíndrico, apesar da caverna possuir uma aparência bitoroidal, sendo o modelo toroidal, o que mais se assemelha a caverna experimental. A agitação para o tanque de Adams foi de 4,4 a 30,5 % do volume total para os cinco diferentes números de Reynolds, sendo que a variação de velocidade no interior do tanque seria de 5 a 10 vezes maior do que a do melhor sistema de agitação. O impelidor tipo âncora, normalmente utilizado para fluidos viscosos, apresentou um grau de agitação de 52,7 %. A agitação ocorreu apenas em metade do tanque, referente à altura da âncora. Uma possível melhoria para o sistema seria a utilização de uma âncora mais alta, o que aumentaria a agitação na parte superior do tanque. A variação da velocidade neste tanque era cerca de duas vezes a do melhor sistema de agitação. Comparado ao sistema de Adams, ao retirar as chicanas e utilizar um impelidor com pás inclinadas à 45º descentralizado foi possível obter maior grau de agitação (5,6 % - Re = 7,3), ficando próximo ao sistema com número de Reynolds três vezes superior (5,5 % - Re = 20,4). Porém, este apresentou a pior distribuição de velocidade no tanque. Os impelidores helicoidais não apresentaram resultados tão bons. A utilização de um fundo torosférico talvez pudesse diminuir a região morta ao fundo do tanque. Mas ainda apresentaram uma eficiência bem superior ao sistema estudado por Adams. O sistema com duas hélices de mesmo diâmetro conseguiu agitar a mesma porção do volume (31,3 % - Re = 7,3) do que pás inclinadas com número de Reynolds mais que vinte vezes superior (30,5 % - Re = 163,1). Porém, há maior uniformidade na distribuição da velocidade no tanque de maior número -60,0-80,0

de Reynolds. O impelidor helicoidal com diferentes diâmetros apresentou desvantagem no sentido que a hélice com metade do diâmetro tem um comportamento tendenciado a uma rosca, sendo este, não indicado para fluidos com lei de potência superior a 0,5, sendo este o caso estudado, e provavelmente o responsável por não apresentar uma melhora tão significativa em relação a hélice única, apresentando, respectivamente, um grau de agitação de 11,7 e 15,7 %. O sistema de agitação que apresentou o melhor resultado foi o sistema proposto por Joaquim Jr., o qual foi capaz de agitar 96,9 % de todo o volume e os únicos sistemas com índice de homogeneidade positiva. Referências Bibliográficas Adams, L. W. (2009). Experimental and computational study of non-turbulent flow regimes and cavern formation of non-newtonian fluids in a stirred tank. (Doctoral dissertation), University of Birmingham, School of Engineering, Birmingham. Adams, W. L.; Barigou, M. (2007). CFD analysis of caverns and pseudo-caverns developed during mixing of non-newtonian fluids. ChemE(85), 598-604. Amanullah, A.; Hjorth, S. A.; Nienow, A. (1998). A new mathematical model to predict cavern diameters in highly shear thinning, power law liquids using axial flow impellers. Chem. Eng. Sci., 53(3), 455-469. Cekinski, E. (2013). Introdução à agitação e mistura. (Apostila), ABEQ. Islabão, G. I.; da Silva Pinto, J. C.; Vianna Júnior, A. d. (2010). Technological Trends in CFD Applications. Journal of Technology Management & Innovation, 5, 76-83. Joaquim Jr, C.; Cekinski, E.; Nunhez, J. R.; Urenha, L. C. (2007). Agitação e Mistura na Indútria. Rio de Janeiro: LTC. Letellier, B.; Xuereb, C.; Swaels, P.; Hobbes, P.; Bertrand, J. (2002). Scale-up in laminar and transient regimes of a multi-stage stirrer, a CFD approach. Chemical Engineering Science(57), 4617-4632. Pedrosa, S. M.; Nunhez, J. R. (2000). The behavior of stirred vessels with anchor type impellers. Computers and Chemical Engineering(24), 1745-1751. Teixeira, A. C. (2003). Interferências em coluna de destilação multicomponente. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. van t Riet, K.; Tramper, J. (1997). Basic Bioreactor Design (1 ed.). (I. Marcel Dekker, Ed.) New York. Wilkens, R. J.; Miller, J.; Plummer, J.; Dietz, D.; Myers, K. (2005). New techniques for measuring and modeling cavern dimensions in a Bingham plastic fluid. Chemical Engineering Science(60), 5269-5275. Zanutto, C. P. (2015). Aplicação de Técnicas de Fluidodinâmica Computacional (CFD) na Avaliação da Hidrodinâmica e da Transferência de Massa em Estágio de Coluna de Destilação. Tese, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos. Zhang, M.; Hu, Y.; Wang, W.; Shao, T.; Cheng, Y. (2013). Intensification of viscous fluid mixing in eccentric stirred tank systems. Chemical Engineering and Processing(66), 36-43.

APÊNDICE A GEOMETRIA DOS TANQUES PROPOSTOS POR CELSO JOAQUIM JR. Figura A1 Sistema de agitação 1. Figura A1 Sistema de agitação 2.