CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS



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Transcrição:

Fundo Especial de Investimento CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS RELATÓRIO & CONTAS 2005 ÍNDICE 1. ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO 2 2. MERCADOS FINANCEIROS 7 3. MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS EM PORTUGAL 11 4. RELATÓRIO DE GESTÃO 12 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 13 EM ANEXO: RELATÓRIO DO AUDITOR EXTERNO

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) 15. CUSTOS IMPUTADOS Os custos imputados ao Fundo durante o período compreendido entre 7 de Outubro e 31 de Dezembro de 2005, apresentam o seguinte detalhe: % Valor médio líquido Custos Valor global do Fundo Comissão de gestão: Componente fixa - - Componente variável - - Comissão de depósito - - Taxa de supervisão 2.331 0,0089% 2.331 Outros custos - - Comissões e taxas indirectas 4.268 0,0164% Total de custos imputados ao Fundo 6.599 Valor médio líquido global do Fundo 26.051.215 Taxa global de custos (TGC) 0,0253% 17. OUTRAS CONTAS DE CREDORES O saldo desta rubrica corresponde ao imposto a pagar relativo aos rendimentos obtidos fora do território português no decurso do exercício, o qual será liquidado até ao final do mês de Abril do ano seguinte, em conformidade com o Artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. 6

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS 1. ENQUADRAMENTO MACRO ECONÓMICO Conjuntura Internacional Em 2005, a actividade económica mundial voltou a registar um crescimento positivo. Apesar das condicionantes, nomeadamente, o comportamento dos preços energéticos e das diferentes matériasprimas, que foram contribuindo para manter um cenário de incerteza, ainda assim, foi possível obter uma taxa de crescimento global robusta. Dentro do G7, a economia dos EUA terá sido a que mais cresceu, impulsionada uma vez mais pelo consumo das famílias e pelo investimento privado. Face ao ano anterior a procura interna abrandou ligeiramente, em consonância com os objectivos da Reserva Federal, que subiu as taxas directoras gradualmente ao longo do ano, em oito movimentos. Os furacões que devastaram parte da costa sul dos EUA no final do terceiro e início do quarto trimestres, acabaram por ter um efeito limitado e a confiança dos agentes económicos permaneceu elevada. Os consumidores, em particular, continuaram a desfrutar de um ambiente de crescimento muito moderado dos preços no consumidor. 5.0% Evolução do PIB 4.0% 3.0% 2.0% 1.0% 0.0% -1.0% -2.0% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 EUA Japão União Europeia (EU25) Portugal Fonte: CE, Previsões Económicas do Outono 2005; Eurostat Euro-Indicators, Perspectives Economiques de l OCDE Moody s; Investors Service A contínua expansão das economias asiáticas teve em 2005 um especial contributo do Japão. O aumento de confiança gerada pela vitória no segundo semestre do partido do primeiro-ministro Koizumi nas eleições para a Câmara Baixa do Parlamento, influenciou decisivamente a melhoria dos indicadores de confiança, em especial dos índices de consumidores. A descida da taxa de desemprego adicionou um factor de sustentabilidade à presente melhoria da situação económica japonesa. O crescimento dos preços, entretanto, continuou, em termos homólogos, a registar crescimentos negativos, sustentado o nível de recuperação da economia. RELATÓRIO&CONTAS 2005 2

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS Ainda relativamente à Ásia, destaque para a China que registou uma taxa de crescimento da actividade económica de aproximadamente 10%. Segundo alguns indicadores, a economia chinesa passou no final do ano a ser a quarta maior economia mundial, ultrapassando, em 2005, a França e o Reino Unido. Indicadores Económicos Mundiais (em%) PIB Inflação Taxa de Desemprego* 2004 2005 2004 2005 2004 2005 União Europeia (25) 2,4 1,5 2,1 2,3 9,0 8,7 Área Euro 2,1 1,3 2,1 2,3 8,9 8,6 Alemanha 1,6 0,8 1,8 2,0 9,5 9,5 França 2,3 1,5 2,3 2,0 9,6 9,6 Reino Unido 3,2 1,6 1,3 2,4 4,7 4,6 Espanha 3,1 3,4 3,1 3,6 11,0 9,2 Itália 1,2 0,2 2,3 2,2 8,0 7,7 EUA 4,2 3,5 2,7 3,3 5,5 5,1 Japão 2,7 2,5 0,0-0,2 4,7 4,5 Rússia 7,2 6,9 10,9 12,5 China 9,5 9,3 3,9 1,8 Índia 6,9 8,0 7,1 5,1 Brasil 4,9 2,4 6,6 6,6 Fonte: CE, Previsões Económicas do Outono 2005; Eurostat Euro-Indicators, Perspectives Economiques de l OCDE Moody s; Investors Service * Média de 12 meses Conjuntura Europeia A taxa de crescimento da área económica do Euro foi de 1,3% tendo ficado abaixo dos 2,1% de 2004. A conjuntura económica europeia, registou uma visível melhoria na segunda metade do ano, mas que não foi suficiente para originar um crescimento anual maior, devido à fraqueza a que ainda se assistiu na primeira metade do ano. RELATÓRIO&CONTAS 2005 3

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS Indicadores Económicos da União Europeia e Zona Euro (em %) União Europeia Área Euro 2004 2005 2004 2005 Taxas de Variação Produto Interno Bruto (PIB) 2,4 1,5 2,1 1,3 Consumo Privado 2,1 1,6 1,6 1,4 Consumo Público 1,3 1,2 1,2 1,3 FBCF 3,0 2,3 2,3 1,7 Procura Interna 2,4 1,6 2,1 1,5 Exportações 6,7 3,9 7,2 3,5 Importações 7,0 4,2 7,7 4,0 Taxa de Inflação 2,1 2,3 2,1 2,3 Rácios Taxa de Desemprego 9,0 8,7 8,9 8,6 Saldo do Sector Público (em % do PIB) -2,6-2,7-2,7 2,9 Fonte: CE, Previsões Económicas do Outono 2005; Eurostat Euro-Indicators. Ao contrário do verificado em outros anos, o melhor desempenho económico do segundo semestre teve por base um comportamento positivo das rubricas respeitantes à procura interna, nomeadamente, do Investimento Privado. Os níveis de confiança dos agentes económicos evoluíram em conformidade, com destaque para os relativos à indústria, que encerram o ano com os valores mais altos registados nos últimos quatro anos. O melhor momento do investimento foi consequência, para além da dinâmica que se continuou a assistir a nível do comércio externo, dos lucros muito positivos apresentados pelas principais empresas europeias. O mercado de trabalho reagiu também de forma positiva, com a taxa de desemprego da EU12 a descer de 8.9%, no início do ano, para 8,4% em Dezembro. Os indicadores mensais sugerem que a actividade económica europeia ter-se-á, no segundo semestre, expandido a um ritmo perto do potencial. A par dos EUA, também na EU12, assistimos à ausência de qualquer forte evidência de inflação. A decisão no dia 1 de Dezembro do Banco Central Europeu de aumentar a taxa directora em 0,25% já estava descontada pelos investidores pelo que acabou por não ter impacto nas taxas de juro de curto prazo. O PIB da União Europeia registou uma taxa de crescimento de 1,5%, igualmente abaixo do registado no ano anterior. As economias dos Novos Estados membros não pertencentes à EU12 registaram uma vez mais taxas de crescimento relativamente elevadas. RELATÓRIO&CONTAS 2005 4

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS Conjuntura Nacional A taxa de crescimento real registada em Portugal foi baixa, tendo a economia abrandado face ao ano anterior. A procura interna voltou a registar uma forte desaceleração, de 2,1% em 2004 para apenas 0,6% no ano de 2005. Indicadores Económicos de Portugal (em %) 2004 2005 PIB (Taxas de variação real) 1,3 0,3 Consumo Privado 2,3 1,8 Consumo Público 2,6 1,1 FBCF 0,2-3,1 Procura Interna 2,1 0,6 Exportações 5,4 1,8 Importações 6,8 2,4 Taxa de Inflação 2,5 2,2 Rácios Taxa de Desemprego 7,1 8,0 Balança Corrente e de Capital (em % do PIB) -5,9-8,2 Défice do SPA (em % do PIB) -5,2-6,0 Dívida Pública (em % do PIB) 59,3 65,9 Fonte: INE e Banco de Portugal- Boletim Económico- Inverno 2005 Apesar do consumo das famílias ainda ter conhecido um ritmo de crescimento razoável (embora em desaceleração face a 2004) a queda de 3.1% do investimento privado anulou boa parte daquele efeito. Para a menor expansão da procura doméstica, terá igualmente contribuído um desempenho dos gastos públicos inferior ao de 2004. Em paralelo, as exportações abrandaram também consideravelmente, crescendo apenas 1.8%, enquanto as importações, embora também em desaceleração, se expandiram 2.4%. Em resultado o défice da balança corrente e as necessidades de financiamento externo da economia em % do PIB conheceram um novo agravamento em 2005, de 5,9% para 8,2%. Em 2005 a taxa de variação média anual do Índice de Preços no Consumidor (IPC) desceu de 2,5% para 2,2%. Para este resultado terá contribuído algum abrandamento salarial no sector privado e a diminuição dos preços de importação de vários bens de consumo, num contexto de globalização, o que permitiu compensar um novo ano de aumento dos custos energéticos e da quase totalidade das matérias-primas. RELATÓRIO&CONTAS 2005 5

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS Tendo em conta os indicadores publicados pelas entidades públicas responsáveis, o número de novos desempregados inscritos nos Centros de Emprego registou em 2005 um crescimento de 3,6%, depois dos 3,2% de 2004, enquanto o número de desempregados cresceu em 3,5%. A taxa de desemprego, de acordo com o INE, cresceu de 7.1%, no último trimestre de 2004 para 8% no final de 2005. RELATÓRIO&CONTAS 2005 6

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS 2. MERCADOS FINANCEIROS Mercado Monetário O comportamento diferenciado das principais economias, em particular durante o primeiro semestre do ano, continuou a dar origem a diferentes decisões por parte das respectivas autoridades monetárias. Enquanto o Banco Central de Inglaterra alterou apenas uma vez a taxa directora, reduzindo-a em Agosto, o Banco Central Europeu, como resposta à substancial melhoria dos indicadores económicos europeus a partir de meados do terceiro trimestre, anunciou em Dezembro o primeiro incremento da taxa de juro em quatro anos. A Reserva Federal americana manteve durante todo o ano de 2005, a política de aumento de taxas de juro iniciada em 2004, decidindo subidas das mesmas em todos os oito Comités de Política Monetária de 2005. As taxas Euribor para os diferentes prazos, que haviam permanecido inalteradas durante grande parte de 2005, registaram fortes acréscimos no último trimestre, em articulação com a decisão do BCE, encerrando o ano nos valores mais altos desde o início de 2002. Mercado Cambial Apesar da deterioração do saldo da balança de transacções correntes americana durante 2005, o comportamento muito positivo dos indicadores desta economia e o aumento do diferencial de taxas de juro directoras a favor do dólar, contribuíram para que esta moeda registasse a primeira apreciação desde 2001 face às principais divisas mundiais. O Euro esteve durante grande parte do ano a depreciar-se em consequência da valorização do dólar e do forte clima de incerteza gerado pelos resultados dos referendos à Constituição Europeia. 1,4 Evolução taxa de câmbio EUR/USD 1,3 1,2 1,1 1 0,9 0,8 Jan-99 Jul-99 Jan-00 Jul-00 Jan-01 Jul-01 Jan-02 Jul-02 Jan-03 Jul-03 Jan-04 Jul-04 Jan-05 Jul-05 Fonte: Bloomberg RELATÓRIO&CONTAS 2005 7

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS Durante 2005 a moeda única europeia registou uma depreciação de 2,8% face à libra britânica. A subida das taxas directoras por parte do Banco Central Europeu no final de 2005, e as perspectivas de que o Banco de Inglaterra poderá em 2006 reduzir as suas taxas directoras, não foram suficientes para inverter o ganho da libra face ao euro, que chegou a ser de 4,5% em meados do ano. Depois de no primeiro semestre, o Euro ter registado uma depreciação face ao iene japonês em consequência da melhoria relativa dos indicadores económicos nipónicos, no final do ano a recuperação da economia europeia e crescente evidência de subida de juros europeus, inverteram essa tendência e levaram o iene a encerrar o ano com uma perda de 0.3% face ao euro. Mercado Obrigacionista As taxas de juro a 10 anos do mercado americano, continuaram em 2005 a não evidenciar nenhuma tendência específica, embora tenham oscilado entre os 3.90% e os 4.60%. Apesar dos diversos dados económicos que indicavam que o crescimento da economia iria acelerar, os receios gerados por um possível abrandamento do mercado habitacional dos EUA em 2006 e as preocupações quanto às consequências para a actividade económica de variações nos preços energéticos, contribuíram para a ausência de tendência atrás referida. Na EU12, é possível identificar uma tendência de ligeira descida nas taxas de juros a 10 anos. Em ambos os blocos, a ausência de pressões inflacionistas junto das rubricas menos voláteis da inflação terá impedido a subida das taxas de juro, apesar da evidência de melhorias ao nível do crescimento económico. Apenas nas taxas de curto prazo se assistiu a movimentos de subida, nos EUA em consequência da acção da Reserva Federal, enquanto na EU12 este movimento se ficou a dever à crescente evidência de futuros incrementos da principal taxa directora. Assim, a inclinação (diferença entre as taxas de juro a 10 anos e a 2 anos) de ambas as curvas (EUA e EU12), mostrou um desempenho idêntico no sentido de descida (flatening). Nos EUA esta tendência de flatening iria mesmo levar a uma inversão da inclinação da curva de rendimentos no final de 2005. Na EU12 a inclinação (medida como referido acima) reduziu-se de 1,63% no final de 2004 para 0,45% no final de 2005. O diferencial entre as taxas dos dez anos nos EUA e na União Europeia apresentou um acréscimo em 2005 de 0,54% para 1,09%. O mercado obrigacionista global registou uma valorização em 2005 de 3.7%, tendo o mercado europeu apresentado uma subida de 5.3%. Mercado Accionista Com excepção do mercado americano, e apesar da forte apreciação do preço das commodities, as principais praças bolsistas mundiais mantiveram em 2005 uma contínua tendência de subida. RELATÓRIO&CONTAS 2005 8

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS Variações dos principais índices bolsistas em 2005 50,8% ATX 31,1% HEX/fim 23,4% 27,1% 18,2% 16,7% 13,3% CAC 40 DAX IBEX FT 100 MIBTEL 39,6% NIKKEI 13,4% PSI 20-0,6% DOW JONES -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Fonte: Bloomberg, local currency No caso europeu, os respectivos índices obtiveram ganhos acima de 20% no ano, impulsionados pelas bons resultados obtidos nas reestruturações das empresas, taxas de juro baixas e, no final do ano, pela confirmação de melhoria do clima económico europeu. Na América Latina destaque para os fortes ganhos registados nas bolsas brasileira e mexicana, enquanto que na Ásia o destaque vai para o mercado accionista japonês, o qual proporcionou retornos acima dos 40%, o melhor resultado em muitos anos. A performance positiva dos indicadores económicos, a que se juntou o nível de crescimento da EU12 registado no final do ano, a divulgação de dados imprevistos positivos no Japão e a manutenção do baixo crescimento da inflação nos principais blocos económicos, constituíram factores com impacto positivo. Os receios dos investidores, medidos pela volatilidade, permaneceram baixos, consequência também do facto da subida do mercado de acções estar sustentado pelo forte e contínuo aumento dos lucros das empresas nos principais blocos económicos. Durante o ano, assistimos à subida de praticamente todos os sectores, com destaque para os mais cíclicos (Recursos Básicos, Bens Industriais, Construção), que corresponderam aos que maiores apreciações conheceram. Os três sectores com pior performance foram Media, Retalho e Telecomunicações. Com uma valorização de 13.4%, o mercado accionista português conheceu uma performance inferior aos principais mercados europeus. Durante o primeiro semestre a aplicação interna de medidas económicas extraordinárias para correcção do défice público, levou a bolsa de Lisboa a abrir um diferencial de valorização negativo face ao resto da Europa em cerca de 10%, tendo inclusivamente fechado o primeiro semestre com uma valorização marginalmente negativa. No segundo semestre a bolsa portuguesa teve uma performance semelhante aos mercados europeus, no entanto esta RELATÓRIO&CONTAS 2005 9

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS valorização não foi suficiente para que Portugal registasse uma valorização dos mercados accionistas semelhantes aos principais mercados europeus no conjunto do ano. RELATÓRIO&CONTAS 2005 10

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS 3. MERCADO DE FUNDOS MOBILIÁRIOS EM PORTUGAL Em 2005 o mercado de fundos de investimento mobiliário português voltou a registar uma variação positiva. O montante de activos geridos pelo conjunto das Sociedades Gestoras portuguesas aumentou para 28.290 Milhões de Euros, o que correspondeu a um crescimento de 15,9% desde o final de 2004. O aumento do montante gerido deveu-se, em primeiro lugar, aos Fundos Especiais de Investimento que registaram um crescimento de 1.163 Milhões de Euros; e em segundo lugar, aos Fundos de Obrigações que registaram um aumento no volume gerido de 656 Milhões de Euros, respectivamente. FUNDOS GERIDOS PELAS SGFIM's PORTUGUESAS 2000 2001 2002 2003 2004 2005 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Milhões de euros Flexíveis FEI PPA e PPR Capital Garantido Acções Internac. Acções Nacionais Fundos de Fundos Mistos Obrigações Tesouraria Fonte: Apfipp O lançamento de novos fundos foi particularmente dinâmico em 2005, tendo sido constituídos 30 novos fundos (sobretudo Fundos Especiais e de Capital Garantido). No mesmo período foram extintos 13, pelo que o total de fundos de investimento mobiliário portugueses subiu para 242. O número de fundos estrangeiros comercializados em Portugal aumentou para 43 em 2005, tendo o montante global sob gestão registado um aumento de 101,6% para 683,3 Milhões de Euros. Em 2005 o número de entidades comercializadoras em Portugal de fundos estrangeiros aumentou para 10, com o Banco Comercial Português a iniciar esta actividade. No final do ano, as cinco maiores sociedades gestoras de Fundos Mobiliários portuguesas detinham uma quota de 87% do mercado dos fundos geridos em Portugal. A Caixagest, em particular, registou um ligeiro crescimento na sua quota de mercado de 19,1% para 19,3%. RELATÓRIO&CONTAS 2005 11

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS 4. RELATÓRIO DE GESTÃO Caracterização do Fundo O Fundo CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS foi constituído e aprovado na CMVM em 7 de Outubro de 2005. Sendo comercializado na CGD, este Fundo destina-se a investidores que pretendem fazer aplicações a longo prazo superiores a 50.000, com distribuição anual dos rendimentos distribuídos pelos fundos detidos em carteira. O objectivo principal do Fundo é proporcionar aos participantes o acesso a uma carteira diversificada de fundos de investimento imobiliário e outros valores mobiliários equiparáveis, cujo património reflicta a evolução do mercado imobiliário europeu e internacional. O Fundo pode recorrer a leverage de curto prazo, com vista a realizar investimentos adicionais, ou de longo prazo, com o objectivo de alavancar o retorno gerado. Tipicamente, os investimentos denominados em moeda estrangeira vão estar cobertos de risco cambial. Estratégia de Investimento Tendo em conta a fase incipiente do processo de investimento do Fundo, factor apoiado pelos activos em carteira, as exposições geográfica e sectorial ainda não são representativas dos objectivos de investimento. No fim do ano, o Fundo estava maioritariamente investido com carácter value added e oportunístico em escritórios e habitações residenciais nos EUA, no entanto antevê-se que o primeiro trimestre de 2006 seja particularmente proeminente no que concerne novos investimentos em mercados europeus de retalho e escritórios. O objectivo do Fundo é ter uma exposição aos diferentes sectores do mercado imobiliário, com especial incidência em escritórios e edifícios de retalho. Em termos geográficos, o Fundo investe principalmente em mercados europeus, mas também vai acompanhar a evolução dos EUA e da Ásia. Relativamente a estratégias de investimento o fundo vai estar diversificado, com uma parte do retorno a ser derivada a partir de rendas e portanto mais estável e outra, proveniente de apreciação de capital e desenvolvimento de projectos de construção, com um prazo mais alargado e deste modo mais arriscada. Em linha com os guidelines de investimento o fundo está neste momento totalmente coberto do risco cambial. O fundo ainda não contraiu endividamento e tal não se espera que venha a acontecer em breve, pelo menos numa óptica de longo prazo. A equipa de gestão tem o objectivo de acompanhar a evolução do mercado, avaliar e estudar novas oportunidades e garantir que o racional de investimento está de acordo com os artigos de constituição do Fundo. Avaliação do desempenho No final do ano, o valor da carteira do Fundo CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS ascendia a 33.985.873, distribuídos por 6.801.296 unidades de participação. RELATÓRIO&CONTAS 2005 12

CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS 5. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO&CONTAS 2005 13

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO "CAIXAGEST IMOBILIÁRIO - FUNDO DE FUNDOS" BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) Activo Mais- Menos- Activo ACTIVO Notas bruto -valias -valias líquido CAPITAL DO FUNDO E PASSIVO Notas CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO FUNDO Unidades de participação 3 5.746.316 4.783-5.751.099 Unidades de participação 1 34.006.480 Variações patrimoniais 1 (6.485) DISPONIBILIDADES Resultado líquido do período 1 (14.122) Depósitos à ordem 3 28.205.592 - - 28.205.592 33.985.873 TERCEIROS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Comissões a pagar 5 830 Outros acréscimos e diferimentos 5 30.182 - - 30.182 Outras contas de credores 17 170 1.000 Total do Activo 33.982.090 4.783-33.986.873 Total do Capital do Fundo e do Passivo 33.986.873 Número total de unidades de participação em circulação 1 6.801.296 Valor unitário da unidade de participação 1 4,9970 O anexo faz parte integrante deste balanço.

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO "CAIXAGEST IMOBILIÁRIO - FUNDO DE FUNDOS" DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS PARA O PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 7 DE OUTUBRO DE 2005 (DATA DE INÍCIO DE ACTIVIDADE DO FUNDO) E 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) CUSTOS Notas PROVEITOS Nota CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES Comissões: Juros e proveitos equiparados: Da carteira de títulos 5 21 Outros, de operações correntes 5 102.804 Outras, de operações correntes 5 e 15 2.331 Rendimento de títulos 5 830 Perdas em operações financeiras: Ganhos em operações financeiras: Em operações extrapatrimoniais 5 99.460 Na carteira de títulos 5 4.783 Impostos sobre o rendimento 9 20.727 Resultado líquido do período (14.122) 108.417 108.417 O anexo faz parte integrante desta demonstração.

FUNDO DE INVESTIMENTO MOBILIÁRIO ABERTO "CAIXAGEST IMOBILIÁRIO - FUNDO DE FUNDOS" DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 7 DE OUTUBRO DE 2005 (DATA DE INÍCIO DE ACTIVIDADE DO FUNDO) E 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO FUNDO Recebimentos: Subscrições de unidades de participação 33.999.995 Pagamentos: Resgates de unidades de participação - Fluxo das operações sobre as unidades do Fundo 33.999.995 OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS Recebimentos: Resgates de unidades de participação 206.801 Rendimento de títulos 843 Pagamentos: Subscrições de unidades de participação (5.953.116) Outras taxas e comissões (21) Fluxo das operações da carteira de títulos (5.745.493) OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS Recebimentos: Operações cambiais 15.565.806 Pagamentos: Operações cambiais (15.665.276) Fluxo das operações a prazo e de divisas (99.470) OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE Recebimentos: Juros de depósitos bancários 52.061 Pagamentos: Impostos e taxas (1.501) Fluxo das operações de gestão corrente 50.560 Saldo dos fluxos monetários do período 28.205.592 Depósitos à ordem no início do período - Depósitos à ordem no fim do período 28.205.592 O anexo faz parte integrante desta demonstração.

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) INTRODUÇÃO O Fundo Especial de Investimento CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS (adiante igualmente designado por Fundo ), foi autorizado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em 8 de Setembro de 2005, tendo iniciado a sua actividade em 7 de Outubro de 2005. Este Fundo foi constituído por prazo indeterminado e tem por objecto o investimento em unidades de participação de fundos e de outros valores mobiliários equiparáveis, cujo património reflicta a evolução do mercado imobiliário europeu e internacional. O Fundo não pode investir directamente no mercado imobiliário, ou seja, está excluída a detenção directa de imóveis na carteira. O Fundo é administrado, gerido e representado pela Caixagest - Técnicas de Gestão de Fundos, S.A.. As funções de banco depositário são exercidas pela Caixa Geral de Depósitos, S.A. (CGD). BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras foram preparadas com base nos registos contabilísticos do Fundo, mantidos de acordo com o Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo, estabelecido pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, e regulamentação complementar emitida por esta entidade, na sequência da competência que lhe foi atribuída pelo Decreto-Lei nº 252/03, de 17 de Outubro. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas dos Organismos de Investimento Colectivo. As notas cuja numeração se encontra ausente não são exigidas para efeitos do anexo às contas anuais, ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. 1. CAPITAL DO FUNDO O património do Fundo está formalizado através de unidades de participação, com características iguais e sem valor nominal, as quais conferem aos seus titulares o direito de propriedade sobre os valores do Fundo, proporcional ao número de unidades que representam. O movimento ocorrido no capital do Fundo, entre 7 de Outubro de 2005 (data de início de actividade do Fundo) e 31 de Dezembro de 2005, apresenta o seguinte detalhe: Resultado Saldos em líquido do Saldos em 07.10.2005 Subscrições período 31.12.2005 Valor base - 34.006.480-34.006.480 Diferença para o valor base - (6.485) - (6.485) Resultado líquido do período - - (14.122) (14.122) - 33.999.995 (14.122) 33.985.873 Número de unidades de participação em circulação - 6.801.296-6.801.296 Valor da unidade de participação - 4,9990-4,9970 O valor líquido global do Fundo, o valor de cada unidade de participação e o número de unidades de participação em circulacão no último dia de cada mês entre o período compreendido entre 7 de Outubro de 2005 (data da início de actividade do Fundo) e 31 de Dezembro de 2005, foi o seguinte: Valor líquido Valor da Número de unidades de Meses global do Fundo unidade de participação participação em circulação Outubro 25.025.778 5,0052 5.000.000 Novembro 25.003.760 5,0008 5.000.000 Dezembro 33.985.873 4,9970 6.801.296 Em 31 de Dezembro de 2005, as unidades de participação do Fundo eram integralmente detidas por um único participante. 1

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) 2. VOLUME DE TRANSACÇÕES O volume de transacções durante o período compreendido entre 7 de Outubro de 2005 (data de início de actividade do Fundo) e 31 de Dezembro de 2005, foi o seguinte: Compras Vendas Total Bolsa Fora Bolsa Bolsa Fora Bolsa Bolsa Fora Bolsa Unidades de participação - 5.953.116-206.801-6.159.917 De acordo com o regulamento de gestão do Fundo, os pedidos de subscrição e resgate recebidos durante o período de subscrição/resgate mensal são processados ao valor da unidade de participação conhecido e divulgado no dia 22 (ou no dia útil seguinte) do mês subsequente ao do pedido. Os pedidos de subscrição e resgate recebidos após o período de subscrição/resgate mensal são processados ao valor da unidade de participação conhecido e divulgado no dia 22 (ou no dia útil seguinte) do 2º mês subsequente ao do pedido. O pedido de subscrição/resgate é, portanto, efectuado a preço desconhecido, podendo o subscritor ter de aguardar um a dois meses, consoante os casos, para conhecer o valor da unidade de participação pelo qual será efectuada a subscrição/resgate. O período de subscrição e de resgate mensal decorre até às 16 horas e 30 minutos de Lisboa, do dia 22 de cada mês. Na subscrição de unidades de participação é cobrada ao participante uma comissão variável em função do número de unidades de participação, de acordo com as seguintes regras: i) 1,0% até 200.000 unidades subscritas; e ii) 0% para subscrições superiores a 200.000 unidades. Durante os primeiros três anos de vida do Fundo, os investidores estão isentos do pagamento de comissão de subscrição. No resgate de unidades de participação é cobrada ao participante uma comissão variável em função do prazo de detenção das unidades de participação, de acordo com as seguintes regras: iii) iv) 2,0% até três anos; 0% para prazos iguais ou superiores a três anos. No apuramento da comissão de resgate, é utilizado o método contabilístico FIFO, ou seja, as unidades de participação subscritas em primeiro lugar são as primeiras a ser consideradas para efeitos de resgate. Não é cobrada comissão de subscrição/resgate quando o participante for uma entidade que se encontre em relação de domínio ou de grupo, ou ligado no âmbito de uma gestão comum ou por participação de capital, bem como sobre fundos geridos pela sociedade gestora e por entidades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo. A comissão de subscrição/resgate não constitui proveito do Fundo. Durante o período compreendido entre 7 de Outubro de 2005 (data de início de actividade do Fundo) e 31 de Dezembro de 2005, não ocorreram resgates de unidades de participação do Fundo. 2

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) 3. CARTEIRA DE TÍTULOS E DISPONIBILIDADES Em 31 de Dezembro de 2005, a carteira de títulos tem a seguinte composição: Custo de Mais- Menos- Valor da aquisição -valias -valias carteira Unidades de participação de Fundos de Investimento Imobiliário domiciliados num Estado Membro UE - Tishman Sre Vent. VI 3.136.481 - - 3.136.481 - Lehman Brothers Rep II 1.983.555 - - 1.983.555 - EuroYield 626.280 4.783-631.063 5.746.316 4.783-5.751.099 O movimento ocorrido na rubrica de disponibilidades durante o período compreendido entre 7 de Outubro de 2005 (data de início de actividade do Fundo) e 31 de Dezembro de 2005, foi o seguinte: Depósitos à ordem Saldo em 7 de Outubro de 2005 -. Aumentos -. Reduções 28.205.592 ---------------- Saldo em 31 de Dezembro de 2005 28.205.592 ========= Em 31 de Dezembro de 2005, os depósitos à ordem encontram-se domiciliados na CGD e apresentam a seguinte decomposição por moeda: EUR 17.758.978 GBP 10.191.558 USD 255.056 ---------------- 28.205.592 ========= Em 31 de Dezembro de 2005, os depósitos à ordem em Euros eram remunerados à taxa anual bruta de 2,22%. 4. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras, foram as seguintes: a) Reconhecimento de juros de aplicações Os juros das aplicações são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que se vencem, independentemente do momento em que são recebidos. Os juros são registados pelo montante bruto, sendo o respectivo Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) reconhecido na demonstração dos resultados do exercício na rubrica Impostos sobre o rendimento (Nota 9). 3

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) b) Carteira de títulos As unidades de participação em carteira são registadas ao custo de aquisição e valorizadas com base no último valor divulgado, nos termos dos respectivos Regulamentos de Gestão. As mais ou menos-valias líquidas apuradas de acordo com as políticas contabilísticas definidas anteriormente, são reconhecidas na demonstração dos resultados do exercício nas rubricas de Ganhos/Perdas em operações financeiras na carteira de títulos, por contrapartida das rubricas Mais-valias e Menos-valias do activo. Os rendimentos distribuídos pelos fundos nos quais o Fundo detém unidades de participação são registados como proveitos na rubrica Rendimento de títulos quando do seu recebimento. c) Valorização das unidades de participação O valor de cada unidade de participação é calculado mensalmente ao dia 21 (ou no dia útil anterior, no caso de não ser um dia útil) e no final de cada mês dividindo o valor líquido global do Fundo pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido do património corresponde ao somatório das rubricas do capital do Fundo. A rubrica "Variações patrimoniais" resulta da diferença entre o valor de subscrição ou resgate relativamente ao valor base da unidade de participação, na data de subscrição ou resgate, respectivamente. d) Comissão de gestão e de depositário A comissão de gestão e a comissão de depositário constituem um encargo do Fundo, a título de remuneração de serviços a si prestados. De acordo com o regulamento de gestão do Fundo, estas comissões são calculadas mensalmente na data de valorização do Fundo, por aplicação de uma taxa fixa anual de 0,2%, sobre o valor do património líquido do Fundo, excluído do valor investido em unidades de participação de fundos geridos pela sociedade gestora ou por outras entidades em relação de domínio ou de grupo, sendo liquidadas mensalmente. Durante os primeiros seis meses de actividade do Fundo, não são cobradas comissões de gestão e de depositário. O Fundo pagará ainda à sociedade gestora uma comissão de gestão variável anual, calculada mensalmente na data de valorização do Fundo, correspondente a 20% da diferença, quando positiva, entre a rendibilidade anualizada líquida de impostos e de comissões fixas de gestão e depositário do Fundo e a taxa nominal anual de 4%, acrescida da última taxa de inflação anual da zona euro, divulgada na Bloomberg à data de valorização. A comissão de gestão variável anual será no máximo de 0,8% sobre o valor do património líquido na data de valorização do Fundo, sendo liquidada anualmente. O Fundo encontra-se isento desta comissão de gestão variável até 31 de Dezembro de 2007. e) Taxa de supervisão A taxa de supervisão devida à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários constitui um encargo do Fundo. Esta remuneração é calculada por aplicação de uma taxa sobre o valor global do Fundo no final de cada mês. Em 31 de Dezembro de 2005, esta taxa ascendia a 0,003%. Sempre que o resultado obtido seja inferior a 100 Euros ou superior a 10.000 Euros, a taxa mensal devida, corresponderá a um desses limites. 4

FUNDO ESPECIAL DE INVESTIMENTO CAIXAGEST IMOBILIÁRIO FUNDO DE FUNDOS ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Montantes expressos em Euros) 5. COMPONENTES DO RESULTADO DO FUNDO Estas rubricas têm a seguinte composição: PROVEITOS Ganhos de Capital Mais Mais valias valias Juros Rendimento potenciais efectivas Total Vencidos Decorridos Total de títulos Total Operações à vista: Unidades de Participação 4.783-4.783 - - - 830 5.613 Depósitos - - - 72.622 30.182 102.804-102.804 4.783-4.783 72.622 30.182 102.804 830 108.417 CUSTOS Perdas de Capital Menos Menos valias valias Comissões potenciais efectivas Total Vencidas Decorridas Total Total Operações à vista: Operações cambiais - 99.460 99.460 - - - 99.460 Comissões: Taxa de supervisão - - - 1.501 830 2.331 2.331 Carteira de títulos - - - 21-21 21-99.460 99.460 1.522 830 2.352 101.812 9. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO Em conformidade com o Artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os rendimentos obtidos pelos fundos especiais de investimento constituídos sobre a forma de fundos de fundos respeitantes a unidades de participação estão isentos de IRC, com excepção dos rendimentos de unidades de participação de fundos não constituídos de acordo com a legislação nacional e os juros dos depósitos à ordem, os quais são tributados às taxas de 20%. O Fundo apenas regista imposto sobre as mais-valias efectivas obtidas em unidades de participação de fundos de investimento estrangeiros no momento do seu resgate, não registando qualquer imposto sobre mais-valias potenciais líquidas. Em 31 de Dezembro de 2005, esta rubrica apresenta a seguinte composição: Impostos pagos em Portugal - Imposto sobre o rendimento:. Juros de depósitos à ordem 20.561. Rendimento de unidades de participação 166 --------- 20.727 ===== 11. EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL Em 31 de Dezembro de 2005, o Fundo detinha os seguintes activos expressos em moeda estrangeira: Moeda GBP 6.984.275 USD 6.340.796 Contravalor em Euros 15.566.481 ======== 5