AAssefaz completou, em 2006, 25 anos



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Transcrição:

Palavra do Presidente Rumo à Gestão Estratégica O ano de 2006 marcou o Jubileu de Prata da Assefaz. Mas não foi um período de festa. A Fundação precisou enfrentar vários desafios, entre eles o de reencontrar o equilíbrio econômico em meio a uma crise que atingiu todo o setor de saúde suplementar. A situação exigiu a adoção de várias medidas contingenciais e muito empenho de toda a Família Assefaziana. O esforço deu resultado. As reservas financeiras ainda não atingiram o nível ideal, mas pararam de cair e estão se recuperando. O sucesso das iniciativas adotadas permitiu que fossem oferecidos benefícios como o retorno do reembolso de medicamentos dos planos antigos para 50%, o início da cobertura de escleroterapia e ainda o adiamento do reajuste anual na data-base, que deveria ter sido aplicado em setembro de 2006. Para 2007, a Assefaz prepara um novo planejamento estratégico, do qual faz parte um conjunto de mudanças para atingir um melhor desempenho e garantir um futuro com mais qualidade. Entre essas mudanças está a implantação, em julho, de um novo sistema de gestão, o Assigo, que vai modernizar o atendimento em todas as unidades. Além do Assigo, a Assefaz adotará também uma nova política de recursos humanos, que vai estabelecer novas diretrizes para a gestão de pessoas, valorizar ainda mais o capital humano e promover o desenvolvimento individual e das equipes. O novo Estatuto e o novo Regimento Interno, já em vigor, permitirão criar condições mais favoráveis a todo esse processo de mudança. O relator desses projetos foi José Mário Ribeiro da Costa, que é, desde novembro de 2006, o novo Superintendente Executivo da Assefaz. Destaco, nesta edição, o artigo de José Alves Coutinho, nosso primeiro Presidente. É uma fonte de inspiração para o novo Planejamento Estratégico e para o momento em que a Assefaz vive. Precisamos que o sonho, o ideal e a alma assefaziana continuem a andar juntos. Desejo um excelente 2007 a toda a Família Assefaziana. Vamos juntos construir o futuro da Fundação com qualidade! Renato Carreri Palomba Presidente da Assefaz O sonho, o ideal e a alma da Assefaz Em artigo recente, José Alves Coutinho faz uma reflexão sobre a engrenagem que mantém a Fundação em funcionamento em todo o país. Pág. 6 Jubileu de Prata da Assefaz Os 25 anos da Assefaz AAssefaz completou, em 2006, 25 anos de sua criação. Confira nesta edição a história da Fundação e de seus fundadores, que se uniram para tornar realidade o sonho de proporcionar uma vida melhor para o servidor público. Três momentos distintos da história da Assefaz: reunião de servidores da Fazenda, juntamente com o então Ministro Ernane Galvêas (segundo da esq. para dir.), em meados de 1981; o ex-presidente da Assefaz, Domingos Pedro do Couto, em 1986; e cerimônia de posse do atual presidente, Renato Palomba (mais à esq.), em 2003, sucedendo o presidente Sálvio Medeiros. Fotos: Arquivo Assefaz

2 janeiro o de 2007 - nº 21 A história da criação da Assefaz UNIÃO pelo bem-comum Arquivo Assefaz Da esq. para dir.: Domingos Grello, Marco Aurélio Araújo, José Alves Coutinho, Jorge Caetano e Jackson Trindade durante assembléia em que foi aprovada a transformação da Associação em Fundação, em 1984. Grandes empresas costumam ter como fundador uma pessoa que se destacou por pensar à frente do seu tempo. A história da criação da Assefaz confirma essa impressão. A diferença é que ela pôde contar com várias pessoas, que se uniram em torno de uma causa visando o bem comum. O resultado dessa união foi o nascimento da Associação dos Servidores do Ministério da Fazenda (Assefaz) em 26 de março de 1981, após o encerramento de um encontro de Delegados do Ministério da Fazenda, no salão nobre da Escola de Administração Fazendária (ESAF). Presidia a reunião o então Secretário Geral do Ministério, Eduardo Pereira de Carvalho. O primeiro Presidente da Associação, José Alves Coutinho, em sua obra Um Mágico Caminho, conta que aquele era um momento psicologicamente adequado para o lançamento da idéia, que era o sonho de muitos servidores. Dificilmente uma iniciativa com aqueles nobres objetivos deixaria de ser bem recebida em tão seleto auditório, relata. Todos os delegados, de vários Estados, apoiaram a idéia. Naquele mesmo dia, Coutinho e Terezinha Bonfante então assessora no Departamento de Pessoal do Ministério coletaram 119 assinaturas de adesão. Em apenas três anos de existência, a Assefaz ganhou o respeito e a admiração da comunidade fazendária e a reputação de entidade séria e atuante. Coutinho criou o mercadinho, que vendia produtos com desconto para os associados, e uma creche, ambos no prédio anexo do Ministério. A instalação da creche contou com o apoio de Léa Galvêas, esposa do então Ministro da Fazenda, Ernane Galvêas. A Assefaz promovia, também, diversos eventos culturais e campanhas beneficentes. A idéia da Associação se espalhou por outras regiões do Brasil, com o apoio dos delegados regionais. Cada uma passou a desenvolver uma Assefaz local, o que permitiu que a Fundação pudesse estar presente hoje em todo o território nacional. A Fundação Em 7 de agosto de 1984, a Assefaz transformouse em Fundação. Dessa forma, ela poderia ter o seu próprio patrimônio e melhor estruturar suas atividades. Uma assembléia geral de servidores aprovou um novo estatuto e diretoria. Muitos doaram recursos do próprio bolso. Nos anos seguintes, a Assefaz construiu um patrimônio relevante e conquistou uma invejável solidez econômica. A Fundação expandiu sua área de atuação para mais localidades e adquiriu clubes e centros de lazer por todo o Brasil, com objetivo de atender o maior número possível de servidores. Planos de saúde Até 1993, parte da assistência médica oferecida pela Assefaz era financiada pelo Ministério da Fazenda. Mas, naquele ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que o governo não poderia mais repassar recursos diretamente para a Fundação, que deveria criar planos de saúde e concorrer no mercado com outras empresas do setor. Os primeiros planos de saúde da Assefaz obtiveram ampla adesão, devido à credibilidade que a Fundação tinha entre os servidores.

janeiro o de 2007 - nº 21 3 Unidos por um nobre ideal Em 25 anos, várias foram as pessoas que contribuíram para o surgimento e desenvolvimento da Assefaz. Enumerar todas demandaria, sem dúvida, muitas páginas deste jornal. O Informativo Assefaz destacou algumas delas e realizou uma série de entrevistas, para que pudessem contar um pouco da história da Fundação. José Alves Coutinho José Alves Coutinho foi escolhido presidente da Assefaz em março de 1981. Antes disso, havia exercido várias funções no Ministério da Fazenda, entre elas a de delegado, em Brasília, uma espécie de prefeito do Ministério. Uma de suas medidas foi reativar o serviço médico, que passou a fornecer medicamentos gratuitos. Também criou um restaurante e até sessão de cinema para os servidores na hora do almoço. Eu pensava em criar alguma coisa além do que já existia. A Terezinha Bonfante e o Eloy Corazza conversaram comigo a respeito da criação de uma Associação. Eu disse a eles que isso vinha ao encontro do que eu sonhava. Aí tudo começou, lembra Coutinho. Para atrair o interesse dos servidores, Coutinho fundou um mercadinho. Conseguiu emprestado um caminhão e comprou, em Anápolis (GO),dez mil quilos de arroz e seis mil latas de óleo. Vendeu tudo em 15 dias. Voltou à Anápolis, trouxe mais produtos e ofereceu desconto para os servidores que se associassem à Assefaz. Era só dar o nome, não precisava pagar nada, explica. O lucro era utilizado para custear despesas com saúde de servidores que não tinham condições de pagar. O mercadinho existe até hoje. A creche era outro serviço oferecido pela Assefaz, que funcionava no anexo do Ministério da Fazenda. A criação da creche deveu-se ao empenho de Léa Galvêas, esposa do então Ministro da Fazenda, que organizou uma série de bazares para arrecadar fundos. Aposentado do Ministério da Fazenda, hoje Coutinho se dedica à literatura. Além de alguns contos, escreveu, em 1997, Um Mágico Caminho, livro que traz a história da Assefaz. Passou por duas cirurgias no coração, custeadas pela Assefaz. Quando ouço alguém reclamar da Fundação, fico pensando... Porque essa pessoa não se pergunta o que ela pode fazer para ajudar, em vez de ir para a Justiça? Se eu tento prejudicá-la estou trabalhando contra mim mesmo, afirma Coutinho, como um pai orgulhoso e sempre pronto a defender o filho. Fotos: Deco Banccillon Jackson Trindade O ex-procurador chefe da Fazenda Nacional, Jackson Miguel Trindade, contribuiu muito na criação do primeiro Estatuto da Assefaz. Quando terminava o expediente no Ministério, Coutinho e Terezinha Bonfante íam até a sala dele para fazer o Estatuto. Foram eles que convenceram Trindade sobre a necessidade de se criar uma associação de servidores. Eu gostei da idéia. Para mim todo órgão deveria ter uma associação como a Assefaz, avalia. O Estatuto ficou pronto em 45 dias. Jackson explica que uma associação só passa a ter vida legalmente depois de ter o estatuto publicado no Diário Oficial da União. Hoje, aos 79 anos, vê a Assefaz como uma instituição respeitada. A Assefaz foi a primeira associação a dar mais atenção ao aposentado. Foi uma grande idéia. E boas idéias sempre levam as pessoas a se mobilizarem por ela, conclui. A Assefaz hoje Hoje, a Assefaz cuida de 95 mil vidas. Além do plano de saúde, ela oferece ainda uma estrutura social completa, com clubes e colônias de férias em todo o Brasil. A Fundação controla também a Drogaria Vitabel e a agência de turismo Avtur, em Brasília, o Campos do Jordão Garden Hotel, além de mercados, lojas e restaurantes em várias localidades, que oferecem serviços e produtos a preços mais acessíveis ao servidor. A Fundação também promove diversos eventos culturais e esportivos, campanhas de vacinação e prevenção. Mantém ainda convênios de descontos comerciais, oferece fundos de financiamento para o pagamento de despesas com procedimentos não cobertos pelo plano, UTI Aérea e diversos outros benefícios.

4 janeiro o de 2007 - nº 21 Ter erezinha ezinha Bonfante Na reunião que marcou a criação da Assefaz, em 1981, a auditora-fiscal Terezinha Bonfante teve um papel fundamental. Naquele dia, redigiu a ata da reunião e coletou, juntamente com José Alves Coutinho, as primeiras 119 assinaturas de adesão à associação que acabava de ser criada. Então assessora no Departamento de Pessoal do Ministério da Fazenda, Terezinha foi uma grande entusiasta da idéia de se criar uma associação de servidores. Defendia três pilares básicos para a associação: alimentação, saúde e lazer. Nesse contexto, sonhava em criar um mercado que oferecesse alimentos para todos os servidores do Ministério que não tinham boas condições financeiras. O supermercado tornou-se uma realidade pouco tempo depois, com José Alves Coutinho. Em 1983, surgiu a idéia de transformar a associação em uma fundação. Terezinha Bonfante lembra que muitos servidores doaram recursos do próprio bolso para criar a Fundação. Em seguida, foi convidada para ser a primeira diretora da Assefaz no Distrito Federal. Aposentouse após 25 anos de serviços prestados à Fazenda. E se e- mociona ao falar sobre o Jubileu de Prata. Quantas pessoas foram ajudadas pela Assefaz nesses 25 anos? Muitas. A história da Assefaz é muito bonita, é a história da união de pessoas que pensaram no bemestar coletivo, afirma. Fotos: Deco Banccillon Rubens Pellicciari Em 1982, Francisco Dornelles era o Secretário da Receita Federal e Rubens Pellicciari o Secretário Adjunto. Juntos eram responsáveis pela administração da Receita, inclusive de pessoal. Preocupado com a qualidade de vida dos seus colegas, Pellicciari defendia a criação de uma associação de servidores para resolver o problema da pouca assistência social e à saúde oferecida pelo Ministério da Fazenda. Mas uma associação não bastava, era preciso estar legalmente capacitada para receber recursos do Ministério para a execução dos projetos necessários. Ele coletou informações de outras instituições e convocou Renato Palomba, Domingos Pedro do Couto, Jorge Caetano e Amador Gil Marcelino para que elaborassem um projeto com o objetivo de transformar a recém-criada Associação dos Servidores em uma Fundação. O Pellicciari era uma pessoa muito bem relacionada e um trabalhador incansável. Deu um pontapé inicial muito importante, relata Gil Marcelino. Uma Assembléia foi convocada e Rubens Pellicciari foi escolhido o primeiro Presidente do Conselho de Administração. É gratificante você ser um dos responsáveis pela criação da Assefaz, que hoje faz um trabalho excepcional. Tem uma presença forte não somente entre os fazendários, como também fora do Ministério. A Assefaz se tornou um exemplo, afirma Pellicciari, que hoje atua como advogado na área tributária em São Paulo. Sálvio Medeiros A Assefaz não estaria hoje espalhada e consolidada em todo o Brasil não fosse a dedicação de muitos servidores em cada localidade onde havia um órgão do Ministério da Fazenda. Sálvio Medeiros foi um deles. Como vice-presidente da Associação em Sergipe, contribuiu para o desenvolvimento da Assefaz na região. Mais tarde, em 1993, morando em Brasília, passou a integrar o Conselho de Administração da Assefaz. Em 1994 foi eleito presidente do mesmo Conselho, permanecendo até 1995. O conhecimento sobre a Fundação e a competência administrativa adquirida ao longo dos anos fez com que fosse eleito para o cargo de Presidente da Assefaz para o triênio 2001-2003. Como Presidente, diz ter se surpreendido com o espírito associativo e batalhador do corpo de empregados da Assefaz. É uma instituição atípica. As pessoas, quando aqui entram, passam a ser um batalhador da causa. Muitos excedem, inclusive, a responsabilidade que devem ter como profissionais, afirma. Em sua gestão, destaca o apoio que sempre teve do que ele denomina Comitê de Inteligência Pró-Assefaz, formado pelos Conselheiros Roberto Barbosa, Lourierdes Fiúza e o atual Presidente, Renato Palomba. Temos mais voluntários do que executivos. São mais de duzentas pessoas, que mantêm vivo o sonho, com o mesmo espírito de união de 25 anos atrás, reforça Sálvio. Segundo ele, o espírito de união foi fundamental para superar a recente crise vivida pela Fundação. Enquanto houver a chama da união e entusiasmo, haverá Assefaz, sentencia.

janeiro o de 2007 - nº 21 5 Gil Marcelino Amador Gil Marcelino é o tipo de pessoa que não pára. Colaborou no projeto que transformou a Associação dos Servidores em Fundação e, como diretor-técnico da Diretoria Executiva, entre 1986 e 1987, ajudou a implantar o primeiro plano de assistência à saúde em todo o Brasil. Depois, como presidente da seção do Distrito Federal, implantou inúmeros projetos bem sucedidos que serviram de modelo para outras unidades da Assefaz pelo país. A idéia do Domingos Pedro do Couto [ex-presidente da Assefaz] e minha era transformar a Assefaz numa empresa. Era preciso criar receitas, conta Gil. Ele convocava outras associações e, juntas, conseguiam preços melhores em hospitais e clínicas, além de combater o mau uso dos benefícios por parte de alguns usuários. Destaca a atuação do Dr. Simão Pedro, médico contratado na época para fiscalizar as faturas dos hospitais. Era um guerreiro, que defendia nossa causa. Ele ajudou muito a Assefaz, confirma. Gil também conseguia com fornecedores preços mais baratos nos produtos para o mercadinho: arroz, sapatos, meias, mel, brinquedos. Com o lucro obtido e com as parcerias que firmava com outras empresas, pagava tratamentos que normalmente não eram cobertos com os recursos vindos do Ministério. Até avião Gil Marcelino conseguia para enviar pacientes para São Paulo ou Belo Horizonte, quando não havia tratamento em Brasília. Atualmente, Gil Marcelino se divide entre vários trabalhos voluntários, como aulas de espanhol para crianças carentes e exposições de arte, com destaque para um conjunto de mini-esculturas sobre a vida de Cristo. O voluntariado é muito bom e me ajudou a superar um problema de saúde. O ser humano é um grão de areia, se soubesse como é pequeno, ajudaria mais a sua família e a sua comunidade, afirma. Fotos: Deco Banccillon Rubens Soares O ex-auditor fiscal da Receita Federal, Rubens Soares, participou da elaboração do primeiro plano de contas da Fundação. Mas foi como presidente que ele mais se destacou, entre outubro de 1991 e setembro de 1995. O período foi marcado pela criação dos primeiros planos de saúde da Assefaz e pelo crescimento e consolidação da atual estrutura de clubes e centros de lazer. Até o início da década de 90, a Assefaz recebia recursos do Ministério da Fazenda para executar os projetos de assistência social e à saúde para o servidor. Uma mudança na legislação, porém, passou a impedir o repasse desses recursos e, com isso, a Fundação precisou criar planos de saúde e competir, dentro do próprio Ministério, com outras operadoras. Eu me lembro que, quando recebemos essa notícia, lágrimas apareceram nos olhos da dona Neuza Pessek (atual ouvidora da Assefaz). Ela me disse: É, doutor, a nossa Fundação vai acabar. Vai acabar nada, eu respondi. Criamos os planos, botamos uma mesinha para vendê-los no térreo do Ministério e obtivemos uma ampla adesão, conta Rubens Soares. O excelente retorno dos planos de saúde permitiu que a Assefaz construísse ou adquirisse mais clubes e centros de lazer por todo o Brasil. Rubens Soares ressalta o excelente trabalho dos chamados Presidentes de Seção, que eram servidores da Fazenda responsáveis pela administração da Assefaz em cada Estado. Hoje Rubens Soares é diretorfinanceiro no Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob), em Brasília. Elloy Corazza Estudos de grupos de trabalho criados em 1979 pelo então secretário-geral do Ministério da Fazenda, Márcio Fortes, apontaram, no Ministério da Fazenda, a ausência de assistência médica e social aos servidores, principalmente para os lotados fora da capital. A saúde pública era precária no interior e a maioria dos servidores ganhava pouco, conta Eloy Corazza. Como chefe do Departamento de Pessoal do Ministério, ele trabalhou ativamente para solucionar essa questão e identificou que faltava amparo legal para que o Ministério cuidasse da assistência ao servidor de uma forma mais ativa. Foi então que surgiu a idéia de criar uma associação de servidores. Coutinho foi indicado para ser o presidente e sua primeira missão foi visitar os Estados para, junto com os delegados do Ministério, ver o que precisava ser feito para criar a Assefaz. A Assefaz nasceu com o apoio de pessoas de vários lugares, de um congraçamento entre os servidores. Com ela o servidor está mais preparado para desempenhar o seu trabalho, afirma Corazza, hoje um dos diretores da Rede Sarah, em Brasília. Divulgação

janeiro o de 2007 - nº 21 6 Léa Galvêas Em 1981, a Associação dos Servidores do Ministério da Fazenda acabara de ser criada, quando a esposa do então Ministro da Fazenda (Ernane Galvêas) pediu que José Alves Coutinho lhe fizesse uma visita. Dona Léa Galvêas acalentava a idéia de criar algo no Ministério na área social, que pudesse beneficiar filhos de servidores, relata Coutinho. Léa Galvêas promoveu uma série de bazares beneficentes e, com os recursos obtidos, a Assefaz montou uma creche no terraço do edifício dos Órgãos Regionais, em Brasília. Segundo Coutinho, foi a coisa mais espetacular, mais linda, que a Assefaz teve. Inaugurada em 21/ 12/1984, tinha capacidade para atender 40 crianças e contava com nutricionista, pediatra, e acabou servindo de modelo para a implantação em várias cidades. As mães funcionárias tinham muita dificuldade em ter onde deixar os filhos para trabalhar, explica Léa Galvêas, que lembra com orgulho o ótimo resultado obtido com a criação das creches. Pela iniciativa, o Conselho de Administração da Assefaz, em 1984, outorgou à Léa Galvêas o título de Madrinha da Assefaz. Arquivo Assefaz Regina Lúcia A atual assessora na Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (SPOA) do Ministério da Fazenda, Regina Lúcia, tem um caso de amor com a Assefaz. Na época do nascimento da Associação, trabalhava no Departamento de Pessoal do Ministério e ajudou a implantar programas de alimentação para os servidores. A minha relação com a Assefaz sempre foi de afeto. Gosto dela e colaboro até hoje, afirma. Assim como muitos servidores, Regina trabalhou voluntariamente para a Assefaz. Entre as muitas recordações, aponta o papel fundamental desempenhado pelo segundo presidente da Fundação, Domingos Pedro do Couto. Soube mobilizar a todos, pois era extremamente humano. Em seus projetos, sempre tinha o cuidado de que trouxessem benefícios para todos os servidores. Ficava a tarde inteira no gabinete do Ministro, se possível, não tinha vergonha de pedir, de levar chá de cadeira. Sobre o momento vivido hoje pela Fundação, acredita que a solução está na conscientização de servidores que usam indiscriminadamente o plano. Alguns não têm mais aquele espírito de união, porque eles não sabem como é não ter a Assefaz em suas vidas, conclui Regina. Deco Banccillon O sonho, o ideal e a alma da Assefaz Sonho e ideal se confundem. Sonho é concepção, é idéia acalentada, é aspiração. Ideal é o objeto do sonho. Sonho é desejo intenso. Ideal é aquilo que se sonha. Mas ambos sonho e ideal serão apenas quimeras se alguém não os transforme em realidade. Muito se fala do sonho e do ideal da Assefaz. O sonho materializou-se. O ideal continua no nosso imaginário, nos nossos corações. Ideal é fé, não se vê, não se toca, apenas se sente. Temos, sim, na Assefaz, um ideal: o de bem servir, que é o fundamento em torno do qual vivemos, o fim a que nos propomos atingir. Mas a Assefaz também tem uma alma, força vital que reúne e unifica as características essenciais à vida; conjunto das faculdades de pensar e de agir. Alma que modela a entidade que a abriga, que lhe dá forma e que com ela se confunde. Para legitimar estas reflexões, proponho que se considere essa alma como sendo uma viga figurativa, a principal viga de uma imaginária e colossal estrutura. Seja filosófica ou simbolicamente falando, seja sob o aspecto espiritual ou mera imagem alegórica, a verdade é que a Assefaz, que tem um ideal que a move, tem, também, uma alma que a apóia, sustenta, ampara. A Assefaz é, hoje, uma engrenagem gigantesca de âmbito nacional, que a cada dia se torna mais complexa e mais exigente. Essa engrenagem se mantém em funcionamento eficaz e harmônico de norte a sul deste país, com a mesma eficiência, a mesma orientação, a mesma dedicação, o mesmo ideal. Mas é inegável que o ideal, por isso só, não seria suficiente para obtenção desse resultado. Esse resultado existe, com todo o seu êxito, graças às pessoas que vêm José Alves Coutinho* conduzindo a Assefaz durante seus 25 anos de existência, integrantes dos quadros dirigentes, administrativos, consultivos, departamentais, setoriais, nacionais, regionais, estaduais, e locais em Brasília e pelo Brasil afora, os quais, juntamente com a participação dedicada e indispensável do seu corpo de funcionários, constituem a viga, a alma a que me referi. Na Assefaz, sonho, ideal e alma andam juntos ou, mais que isso, se irmanam, se completam, se confundem. Sonho que persegue um ideal; ideal que acredita ser possível oferecer sempre melhores condições ao próximo e alma, que lhes dá vida e sustentação. Eu também sonhei esse sonho, abraço esse ideal e integro essa alma. *Integrante do atual Conselho Consultivo e 1º Presidente da Assefaz (1981-1984).