AÇÃO SOLIDÁRIA BRILHO NO OLHAR DESENVOLVIDA NA CRECHE MARIA DE NAZARÉ NA CIDADE DE PORTO ALEGRE



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Transcrição:

AÇÃO SOLIDÁRIA BRILHO NO OLHAR DESENVOLVIDA NA CRECHE MARIA DE NAZARÉ NA CIDADE DE PORTO ALEGRE Amanda Cardoso 1 Gustavo Brock 2 Sérgio Carneiro 3 Tabajara Melos 4 Tainá Araujo 5 Ivone Chassot Greis 6 RESUMO: Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de uma ação solidária desenvolvida na creche Maria de Nazaré em Porto Alegre. A realização da atividade social desde seu planejamento, iniciando com a escolha e visita do local, passando ao plano de ação para a realização do evento, possibilitou aos alunos a compreensão de forma prática, dos diferentes contextos sociais em que estão inseridos aos indivíduos na sociedade. O voluntariado é o conjunto de ações de interesse social e comunitário em que toda a atividade desempenhada reverte a favor do serviço e do trabalho. É feito sem recebimento de qualquer remuneração ou lucro. É uma profissão de prestígio, visto que o voluntário ajuda quem precisa, contribuindo para um mundo mais justo e mais solidário. A ação voluntária possibilitou observar uma manifestação de amor, compaixão e solidariedade, onde os voluntários dedicam parte do seu tempo para aquela atividade/momento, tornando-se especial pela pureza do olhar de cada criança, pela felicidade manifestada com sorrisos e pela gratidão das pessoas envolvidas no processo pedagógico da comunidade. Palavras Chaves: Responsabilidade Social, Trabalho Voluntário. 1 Autora do Trabalho. 2 Autor do Trabalho. 3 Autor do Trabalho. 4 Autor do Trabalho. 5 Autora do Trabalho. 6 Orientadora do Trabalho.

1. INTRODUÇÃO O tema responsabilidade social das empresas vem sendo amplamente discutido e divulgado pela mídia no Brasil nos últimos anos. Entre os diversos fatores que podem explicar a repentina valorização desse assunto no nosso ambiente está o fato de que, ao assumirem uma responsabilidade mais ampla sobre o conjunto da sociedade, as empresas suprem necessidades comunitárias que até então não estavam satisfatoriamente atendidas. Nesse sentido, podemos afirmar que as ações de responsabilidade social das empresas representam uma das formas da iniciativa privada atuar com finalidade pública. O trabalho voluntário é uma ação de cidadania e solidariedade, que enriquece a vida pessoal de quem o faz, e contribui para a transformação da sociedade. Ser voluntário é dedicar espontaneamente parte do tempo para trabalhar em prol do bem social e comunitário. O trabalho voluntário tem se tornado um importante fator de crescimento das organizações não-governamentais, componentes do Terceiro Setor. É graças a esse tipo de trabalho que muitas ações da sociedade organizada têm suprido o fraco investimento ou a falta de investimento governamental em educação, saúde, lazer etc. Este trabalho tem como objetivos fornecer uma visão geral do que se conhece hoje no Brasil sobre as ações de responsabilidade social. 2. CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE A presente ação voluntária foi desenvolvida na Creche Maria de Nazaré, localizada na vila nazaré, parque são sebastião, na cidade de Porto Alegre. A creche Maria de Nazaré atende não só crianças de 0-6 anos, mas também crianças maiores e adolescentes da comunidade carente ao qual está inserida. A Creche Maria de Nazaré surgiu a partir da necessidade das famílias da comunidade em ter um espaço físico adequado e seguro para deixar seus filhos enquanto estivessem no trabalho. Foi então que, em 1987, através da Associação de Moradores da Vila Nazaré e em convênio com a extinta Legião Brasileira de Assistência LBA, foi erguida a Creche. Em 2001, foi iniciado um novo trabalho, com a eleição de Diretoria, novo Estatuto Social e CNPJ. Assim, o atendimento foi se desenvolvendo proporcionalmente ao trabalho executado, dando credibilidade às pessoas responsáveis pela Creche.

Missão/Visão Promover a formação integral das crianças, adolescentes, jovens e de suas famílias oportunizando-lhes condições para que se tornem protagonistas de sua própria transformação social. Área de atuação Atualmente a Instituição crianças e/ou adolescente na Educação Infantil, no Serviço de Atendimento Sócio-Educativo - SASE e no Trabalho Educativo. Todos são moradores da Vila Nazaré e se encontram em processo de vulnerabilidade social e ou familiar. Público-alvo Primeira infância, crianças, adolescentes, adultos 2.1 OBJETIVO GERAL Oferecer aos alunos da creche Maria de Nazaré, da Vila Nazaré de Porto Alegre, uma tarde diferente e animada de junho, desenvolvendo atividades culturais. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Criar um ambiente de Festa Junina e de descontração; Realizar uma grande festa junina, utilizando alimentos e brincadeiras características; Desenvolver brincadeiras relacionadas ao tema, como pescaria e argolas. 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Trabalho Voluntário O trabalho voluntário no Brasil ganhou maior legitimidade em 1998, com a criação da Lei do Voluntariado (Lei nº 9.608) que considera o serviço uma atividade não remunerada.

A criação da lei normatizou o trabalho voluntário, dando maior segurança às instituições e entidades. Segundo definição das Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos.... Entretanto, o trabalho voluntário vai muito além a essas definições pragmáticas. É a manifestação do amor, compaixão, solidariedade em forma de ação (ABRACE, 1986). De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ibope, 25 milhões de brasileiros já realizaram trabalho voluntário. O crescimento do número de envolvidos em projetos sociais se deve a algumas certezas recentes confirmadas por amplos setores sociais. A primeira é que não vale a pena esperar pela ação de um governo que, embora arrecade muito, gasta mal e deixa vazar bastante dinheiro pelos ralos da corrupção. Outra é que a mera doação financeira para entidades de ação social pode, na verdade, apenas alimentar estruturas burocráticas mais engajadas em marketing do que em atitude. A terceira é que pequenas atitudes individuais, quando somadas, representam grandes resultados. Todas as atividades são importantes, mesmo atividades como incentivar a coleta seletiva de lixo num bairro, participar de campanhas de doação de sangue, pintar o muro da escola e ajudar a cuidar de um jardim público são ações que fazem diferença (VEJA, 2005). Envolver-se em causas sociais não traz vantagens apenas para quem é ajudado. Uma pesquisa da Universidade de Michigan, Estados Unidos, constatou que a expectativa de vida é maior para quem faz trabalho voluntário. O estudo analisou mais de 10 mil pessoas e concluiu que aquelas que agem movidas pelo altruísmo envelhecem com mais saúde e podem ter a expectativa de vida ampliada em até quatro anos. De acordo com as autoras da pesquisa, os benefícios existem porque o corpo amplia a produção de ocitocina (a substância responsável pela ativação do amor materno e que reduz o estresse) (PECEP, 2011). O voluntariado que nasce deste encontro da solidariedade com a cidadania não substitui o Estado nem se choca com o trabalho remunerado mas exprime, isto sim, a capacidade da sociedade de assumir responsabilidades e de agir por si mesma. No Brasil contemporâneo, voluntariado não é só o trabalho assistencial de apoio aos grupos mais vulneráveis da população. Inclui as múltiplas iniciativas dos cidadãos nas áreas de educação, saúde, cultura, defesa de direitos, meio ambiente, esporte e lazer. O trabalho voluntário é também, cada vez mais, uma via de mão dupla: não só generosidade e doação mas também abertura a novas experiências, oportunidade de aprendizado, prazer de se sentir útil, criação de novos vínculos de pertencimento, afirmação do sentido comunitário. (PORTAL DO VOLUNTÁRIO, 2010) 3.2 Responsabilidade Social

Os primeiros estudos que tratam da responsabilidade social tiveram início nos Estados Unidos, na década de 50, e na Europa, nos anos 60 (BICALHO, 2003). Responsabilidade Social tem um conceito amplo, com muitos significados e sinónimos, cidadania corporativa, desenvolvimento sustentável, crescimento sustentável, sustentabilidade, capitalismo sustentável, filantropia empresarial, marketing social e ativismo social empresarial. Todos estes desfechos referem-se em geral ao conjunto de ações estabelecidas por empresas em relação a sociedade que transitam a esfera direta da sua atividade econômica ( GARCIA, 2004). Responsabilidade Social Empresarial é um dos novos fenômenos de mercado proveniente da globalização da economia. Ao longo dos ciclos históricos, tivemos a empresa orientada sucessivamente para o produto, para o mercado e depois para o cliente. Agora a empresa encontra-se orientada para o social (BICALHO, 2003). Luiz Ramos, um dos maiores especialistas brasileiros em Segurança, Meio Ambiente e Responsabilidade Social, que atualmente vem desenvolvendo um amplo trabalho de preparação de empresas visando certifica-las em diferentes normas auditáveis, atuando em cidades como São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e outras, escreveu em artigo que emparedados, canalizados, esgotados (em todos os sentidos que esta palavra permite), ainda assim os rios resistem. Busco nesta frase do excelente autor uma forma de mostrar a importância de reciclar os conhecimentos, aprimorando os conceitos de Cultura Organizacional (resistência; luta; domínio!) para a implementação da Responsabilidade Social não como um modismo, mas como uma bandeira inquestionável. Como um valor presente e irremovível! No artigo Corporate Social Responsibility (CARROLL, 1999), demonstrou que na literatura, o conceito de responsabilidade social é o mesmo no passado e no presente; o que mudou são as questões encaradas pelas empresas e as práticas de responsabilidade social, principalmente porque a sociedade mudou e as empresas mudaram, e, consequentemente, as relações entre a sociedade e as empresas. 4. METODOLOGIA Os acadêmicos, após analisarem algumas instituições, escolheram a creche Maria de Nazaré por tratar-se de uma comunidade carente e com poucos recursos e apoios disponíveis. O grupo entrou em contato com a creche e realizou uma primeira visita para conhecer as

instalações e analisar as necessidades. Em um segundo momento, efetuamos vários contatos e encontros para buscar atender as necessidades da creche. Após algumas avaliações e várias propostas, iniciamos uma campanha de arrecadação de brinquedos e livros para doação à instituição. A data escolhida para a realização das atividades, foi o dia 20 de junho de 2012, das 14h às 17h. 4.1 Cronograma Tarefas Amanda Gustavo Sérgio Tainá Tabajara Escolha da entidade X x x x x Visita para verificar X - - X X necessidades Busca de recursos X X X X X Campanha de x x x x x arrecadação Ação na creche x x x x - Apresentação do x - x - x trabalho Artigo e finalização x x - - - 5. RESULTADOS Para atingir os nossos objetivos e concretizar a ação, fomos ao encontro das crianças da creche, no dia e hora anteriormente combinados com a instituição e com os materiais arrecadados de doações e os alimentos preparados pelo grupo, para desenvolver as atividades. As brincadeiras foram muito descontraídas e as crianças puderam pescar na brincadeira conhecida como pescaria e cada um que conseguisse pescar, ganhava um brinde e quem acertasse na argola, também ganhava um brinde. O lanche foi bem aceito pela criançada, que após, dançou músicas típicas. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo geral desse trabalho, foi desenvolver uma atividade voluntária em uma comunidade carente. Nosso objetivo geral e os objetivos específicos foram atendidos e recebemos o melhor feedback que poderíamos ter, com a percepção do brilho no olhar de cada criança atendida com a nossa ação voluntária na creche. As crianças brincaram e interagiram com os envolvidos na ação e toda a comunidade ficou satisfeita com o projeto realizado na creche, conforme relatos recebidos das professoras e funcionárias da creche.

7. REFERÊNCIAS ABRACE: Associação Brasileira de Assistência às Famílias de Crianças Portadoras de Câncer e Hemopatias. Voluntários. Disponível em: http://www.abrace.com.br/wtk/pagina/voluntarios. Acesso em: [01/07/12]. BAIO, Izabel Moraes; TAKATAMA, Mineo; RODRIGUES, Francisca Edilania B. Responsabilidade social das empresas: a contribuição das universidades, 3. ed. São Paulo: Peirópolis, 2004. BICALHO, Aline. Responsabilidade Social das Empresas: Contribuição das Universidades. São Paulo : Editora Peirópolis, 2003 CARROLL, Archie B. Corporate Social Responsibility:Evolution of a Definitional Construct. s.l. : Business & Society., 1999. pp. 268-295. Vol. XXXVIII GARCIA, Joana. O negócio do social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. VEJA. Trabalho voluntário: como ajudar: Cada vez mais brasileiros doam parte de seu tempo a atividades comunitárias. 20/07/05. Disponível em: http://veja.abril.com.br/200705/p_110.html. Acesso em: [01/07/12]. PECEP: Projeto de Educação Comunitária: 4 bons motivos para você fazer um trabalho voluntário. 15/11/11. Disponível em: http://pecep.wordpress.com/page/10/. Acesso em: [01/07/12]. PORTAL DO VOLUNTÁRIO: Democracia, voluntariado e participação. 2007. Disponível em: http://portaldovoluntario.v2v.net/posts/1382. Acesso em: [01/07/12]. 8. ANEXO