Aprendizagem na Educação Musical



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Transcrição:

Aprendizagem na Educação Musical Flávia Rizzon Universidade Federal do Rio Grande do Sul Resumo: O presente texto refere-se à importância de reavaliar a didática na área da Educação Musical, relacionando-a aos dados da psicologia da criança, pois, para uma ação pedagógica favorável à educação, o entendimento de como nosso aluno aprende é necessário para alcançar melhores resultados nessa aprendizagem. Ao focalizar a educação como uma adaptação ao meio, delineia-se uma interação entre sujeito e meio para que essa adaptação ocorra, através de um processo contínuo e ininterrupto por toda a vida. Trata-se de compreender que as estruturas sobre as quais se desenvolve a inteligência vão se modificando com as aprendizagens e com os significados imprimidos na interação sujeito/objeto. Várias razões podem ser apontadas para justificar a presença da música no ambiente escolar. Por exemplo, desde os primórdios do homem na terra a música faz parte de sua cultura, de seu cotidiano. Hoje estudos revelam que ainda no útero o bebê já escuta tanto a sonoridade produzida pelo próprio organismo da mãe como os sons do ambiente a sua volta. Em muitos lugares por onde passamos no nosso dia a dia estamos em contato com a música. Esse contato se dá, então, desde que nosso aparelho auditivo consegue captar as ondas sonoras, quando ainda somos um feto, até a uma idade avançada, absorvendo melodias de várias formas e em diversos contextos, ora numa balada, ora na casa de um amigo, ora nos comerciais da televisão, ora numa festa, academia, igreja, bares, etc. Em suma, a música faz parte de nossa vida mesmo que não se perceba ou não se valorize os inúmeros contatos que temos com ela. Através de atividades musicais desenvolve-se a percepção auditiva, a concentração, a expressividade, a criatividade, a sensibilidade, a imaginação, entre muitas outras habilidades que poderiam ser citadas. Tudo isso basta para justificar as aprendizagens musicais na escola. Mas o que é aprendizagem?aprendizagem, antes de tudo, é um processo dentro do desenvolvimento do ser humano que é contínuo e ininterrupto por toda vida. Assim, é possível dizer que o ser humano nasce aprendendo e nunca mais pára. Essas palavras dão a entender o quanto é dinâmico esse processo chamado aprendizagem, que está presente na interação sujeito-meio. Mesmo que conscientemente alguém decida não aprender mais nada

estará aprendendo, num sentido mais amplo, pois é imprescindível uma constante adaptação e organização para que a vida continue existindo num perfeito equilíbrio do organismo, incluindo aqui a estrutura do aparelho psíquico. Isso significa que o mecanismo que possibilita essa adaptação está presente em nosso organismo biológico e na nossa organização mental desde que nascemos, continuando na infância e vida adulta. Ou seja, nossas estruturas sobre as quais se desenvolve a inteligência vão se modificando com as aprendizagens, mas o modo como aprendemos permanece sendo sempre o mesmo. Dessa forma, a interação entre sujeito e meio (através da ação do sujeito sobre os objetos) acontece com dois processos simultâneos: a organização interna e a adaptação ao meio. Esse dois processos têm de estar em constante equilíbrio, sendo que à adaptação correspondem a assimilação (modo muito particular de cada sujeito interpretar os objetos) e a acomodação (modo como o sujeito responde às assimilações modificando a si mesmo). Toda ação do sujeito sobre os objetos estará produzindo esquemas (instrumentos de ação), que ele poderá generalizar e usar em ações futuras ou retomadas de ações; e até mesmo poderá modificar seus esquemas e modificar-se a si mesmo (as suas estruturas). Assim, o processo de aprendizagem de um sujeito vai depender do que ele já assimilou até aquele momento, dos instrumentos que já dispõe para reorganizar suas estruturas cognitivas, inclusive em patamares superiores (BECKER, 1997). Desse modo, pode-se pensar na aprendizagem como um processo de assimilação e como uma parte de todo o processo do desenvolvimento do ser humano. Entretanto, é necessário que haja o interesse do sujeito para que efetue uma ação sobre algum objeto, algo que proporcione uma identificação com o objeto. Por exemplo, no caso da música de uma brincadeira cantada (de roda), o objeto é a melodia da canção, assim como todas as possibilidades que ela comporta em termos de movimentação e expressões simbólicas referentes a dramas, valores e sentimentos. A interação entre uma criança e esse objeto, principalmente se a criança estiver nos primeiros estágios do desenvolvimento, poderá ser de inteligência prática, que servirá como base onde se apoiarão mais tarde as construções conceituais sobre a melodia, cabendo a uma ação pedagógica promover um enfoque que amplie o envolvimento com a música e a exploração de conhecimentos específicos musicais.

O que permanece essencial é a forma, o quanto, o como o sujeito experencia, age sobre os objetos que a ele tem significação. Ao imporem-se conteúdos à criança, destitui-se a ação mais importante da aprendizagem que é a pesquisa, o abandonar-se a uma ação de construção através da repetição (espontânea), organização e imaginação, criando assim muitas formas de ampliação desse momento. É importante salientar que um processo de aprendizagem baseado nas idéias acima mencionadas, levará em conta o significado das experiências proporcionadas ao sujeito para que haja lugar para o papel das regulações ativas nas construções das estruturas. Considerar que a significação de experiências seja importante é reafirmar que a consciência e a emoção não são separáveis, pois toda significação que construímos interligase com nossa construção afetiva, isto é, não há significação que não passe pela emoção. O que nos tem significado muito forte (e por isso nos abandonamos à aprendizagem de algo) é significativo exatamente pela emoção que nos traz; exatamente pelo movimento afetivo. E a criança é um ser de intenso movimento, movimento endógeno e movimento exógeno. Na infância é característico da criança precisar adaptar-se através do jogo, tendo-o como um meio de significar a aprendizagem, uma vez que ele pode ser um simples exercício ou um jogo de imaginação simbólico. Por exemplo, a menina ao embalar sua boneca, cantando uma canção de ninar estará com esse jogo reproduzindo valores que assimilou na sua interação com o ambiente em que vive, construindo sua identidade e pensamento. A educação musical, assim como outras formas de educação artística, apresenta-se como um meio da criança expressar todos os seus anseios, conflitos, inquietudes, enfim, todo o seu universo interior e, ao mesmo tempo, adaptar-se ao mundo real. Durante a realização de um trabalho de apreciação musical, em uma sala de jardim de uma escola municipal de Porto Alegre, esses aspectos foram evidenciados. Numa audição de uma obra instrumental, a turma foi orientada para que escutasse uma música e imaginasse sobre o que ela falava, para posteriormente ser relatado ou desenhado. Foi colocado que era como se a música contasse alguma coisa através dos sons, as palavras da música seriam os sons. Várias crianças movimentaram-se o tempo todo, com exceção de um pequeno grupo, do qual uma criança identificou uma mudança de andamento num trecho da melodia. O timbre de cordas chamou muita atenção e vários quiseram desenhar um violão ou cavaquinho. Também apareceram desenhos de flauta, pandeiros e tambores. Nos desenhos os

instrumentos estavam em um contexto, com personagens, cenários ensolarados e arborizados, em sua maioria. A seguir estão algumas falas dos alunos sobre seu registro: um sol brilhando e uma pessoa brincando ; imaginei uma música saindo de um castelo ; ele está escolhendo qual violão quer, o outro está vendendo e esta vai para a festa com ele ; esse homem está tocando violão e essa mulher está pegando bergamota ; é o girassol ; parece o Tarzan na selva ; as coisas da música lembram os índios ; eu, meu pai e minha mãe na Redenção. Pode-se notar que os relatos e registros expressam um universo interior muito próprio de cada criança, com alusão à natureza, ao sol, a vivências prazerosas. Estas imagens constituem-se como manifestações de todo um mundo subjetivo que muitas vezes carece de compreensão de todas as regras convencionadas no meio social. Para uma criança em idade pré-escolar ainda é exigência excessiva esperar-se dela um perfeito equilíbrio afetivo e intelectual quanto às convenções e modelos exteriores. Dessa forma, ela encontra em atividades como a música, ou o desenho, ou uma brincadeira de faz de conta, uma maneira de adaptar a realidade que mal compreende a todas as suas necessidades afetivas e intelectuais (PIAGET & INHELDER, 2001). Ao mesmo tempo em que essas manifestações afetivas destacam-se, as manifestações cognitivas estão presentes no mesmo evento, já que uma estará sempre em contribuição com a outra, progredindo para uma síntese entre a expressão do eu e a submissão ao mundo material e social, o que seria as primeiras manifestações de arte infantil (PIAGET, 1998). Nesse sentido é importante salientar a movimentação das crianças durante a audição, numa clara tentativa de acompanhar ritmicamente a melodia. Essa ação motora automaticamente realizada, evidencia que a atribuição de um significado à obra constitui-se também à medida que esta propicia uma movimentação corporal, pois nessa idade (5 e 6 anos) a criança constrói suas aprendizagens e conceitos muito através do que pode sentir, vivenciar e experimentar corporalmente. Em outras palavras, a movimentação ocorrida também faz parte do processo de uma significação para a música ouvida. As crianças tiveram real necessidade de movimentar-se para atribuir um significado à melodia. Para finalizar, ao respeitar a estruturação do conhecimento da criança e suas necessidades, poderá ser possível cumprir com o que se espera da educação musical: o envolvimento em uma expressão de arte, que a princípio pode manifestar-se como um jogo

simbólico e que, não sufocado, permite uma criação pessoal baseada em uma experiência estética. Bibliografia BECKER, Fernando. Da ação à operação: o caminho da aprendizagem em J. Piaget e P. Freire. Rio de Janeiro: DP&A Editora e Palmarinca, 1997. 2ª edição. PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança, imitação, jogo e sonho; imagem e representação. 3ª ed. Rio de Janeiro, Zahar,1978. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense- Universitária, 4ª edição, 1976. Sobre a Pedagogia: textos inéditos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998. e INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. 17ª ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2001.