PROCESSO Nº: 0800052-44.2013.4.05.8305 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGANTE: UNIÃO FEDERAL EMBARGADO: MUNICIPIO DE GARANHUNS ADVOGADO: TIAGO JOSÉ GONÇALVES FERREIRA RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL JOSE LAZARO ALFREDO GUIMARAES - 4ª TURMA RELATÓRIO Trata-se de embargos de declaração interposto ante acórdão de fls. Alega o embargante, em resumo, que no caso concreto, tem-se que o convênio que o Município pretende assinar não se reveste de AÇÃO SOCIAL, que só deve ser compreendida como aquelas elencadas na CF, a saber: EDUCAÇÃO, ASSISTÊNCIA SOCIAL E SAÚDE. A pavimentação de ruas não se enquadra no conceito de ação social. É o relatório. PROCESSO Nº: 0800052-44.2013.4.05.8305 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGANTE: UNIÃO FEDERAL EMBARGADO: MUNICIPIO DE GARANHUNS ADVOGADO: TIAGO JOSÉ GONÇALVES FERREIRA RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL JOSE LAZARO ALFREDO GUIMARAES - 4ª TURMA VOTO O voto condutor (leio) analisou as questões suscitadas e discutidas pelas partes. Desnecessária a indicação dos dispositivos legais mencionados pela embargante, porquanto exige o art. 458, II, em correlação com os arts. 282, III, e 300, todos do Código de Processo Civil, a apreciação dos fundamentos de fato e fundamentos jurídicos da causa. Nesse sentido, concluiu a Eg. Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça: É válido o acórdão embargado que embora instado a se pronunciar sobre aplicação de dispositivo legal, nega-se a abordá-lo, ante a afirmação de sua irrelevância para o deslinde do caso concreto (REsp 1024744 / SP, Rel. Min. Eliana Calmon). Ademais, revelam-se improcedentes os embargos declaratórios em que as questões levantadas traduzem inconformismo com o teor da decisão embargada, pretendendo rediscutir matérias já decididas, sem demonstrar omissão, contradição ou obscuridade (art. 535 do CPC). Inexistentes, "in casu", os vícios que caracterizam os pressupostos legais de manejo dos embargos de declaração (CPC, art. 535).
Oportuno transcrever trechos do voto proferido por mim, demonstrando o enfretamento da matéria: Passo ao mérito. As transferências voluntárias de recursos federais para as ações fora dos campos da educação, saúde e assistência social, estão disciplinadas pela LC nº 101/2001, mais precisamente em seus arts. 25, 3º, e 26, onde se lê: "Art. 25. Para efeito desta Lei Complementar, entende-se por transferência voluntária a entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da Federação, a título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de determinação constitucional, legal ou os destinados ao Sistema Único de Saúde. 1 o São exigências para a realização de transferência voluntária, além das estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias: I - existência de dotação específica; II - (VETADO) III - observância do disposto no inciso X do art. 167 da Constituição; IV - comprovação, por parte do beneficiário, de: a) que se acha em dia quanto ao pagamento de tributos, empréstimos e financiamentos devidos ao ente transferidor, bem como quanto à prestação de contas de recursos anteriormente dele recebidos; b) cumprimento dos limites constitucionais relativos à educação e à saúde; c) observância dos limites das dívidas consolidada e mobiliária, de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, de inscrição em Restos a Pagar e de despesa total com pessoal; d) previsão orçamentária de contrapartida. 2 o É vedada a utilização de recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada. 3 o Para fins da aplicação das sanções de suspensão de transferências voluntárias constantes desta Lei Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência social. Art. 26. A destinação de recursos para, direta ou indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei específica, atender às condições estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias e estar prevista no orçamento ou em seus créditos adicionais." Demais disto, a Lei 10.522, de 19.07.2002, que dispõe sobre o Cadastro Informativo dos créditos não quitados de órgãos e entidades federais, por sua vez, em seu art. 26, textualmente estabelece que: "Art. 26. Fica suspensa a restrição para transferência de recursos federais a Estados, Distrito Federal e Municípios destinados à execução de ações sociais e ações em faixa de fronteira, em decorrência de inadimplementos objeto de registro no Cadin e no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - Siafi." Com efeito, a lei efetivamente exclui da restrição para transferência de recursos, execuções de ações sociais e ações em faixa de fronteira, em decorrência de inadimplementos objeto de registros no CADIN e SIAFI. No entanto, para efeito de o Município se beneficiar da suspensão da restrição para a transferência de recursos, deve-se levar em conta o significado, ou conceito, de "ações sociais". Ação social significa o agir, por intermédio de programas voltados à promoção e preservação da pessoa humana, a garantia do exercício dos direitos de cidadania, a exemplo de ações de combate à fome, à seca, à formação profissional, à saúde, enfim, o bem-estar de toda a sociedade. A corroborar o entendimento acerca das "ações sociais", destaco o Parecer da AGU GM-027, proferido nos
autos do PROCESSO Nº 00001.007377/95-04, que citando o Parecer CONJUR/MI nº 141/00, assim se houve: "A Secretaria de Defesa Civil formula consulta sobre o significado da expressão ações sociais" constante do art. 26 da Medida Provisória nº 1.863-53, de 24.09.99, atualmente Medida Provisória nº 1.973-60 de 06.04.00. A conceituação de tais ações é importante para a celebração de convênios, tendo em vista que o mencionado dispositivo suspende a restrição à transferência, para Estados, Distrito Federal e Municípios com registros no CADIN e no SIAFI, de recursos destinados à execução de tais ações, bem como dispensa a apresentação, pelas mesmas entidades, de certidões concernentes à adimplência. [...] Na busca do significado da expressão "ações sociais", empregada nas citadas Medidas Provisórias, o ponto de partida é o reconhecimento de que tal expressão não pode ter sido empregada em seu conceito lato. Se seu sentido fosse amplo, toda a atividade governamental estaria por ela abrangida, porquanto o Estado, sendo resultado da evolução da sociedade e tendo a finalidade de atuar em proveito da coletividade, é um ente eminentemente social e suas ações não deixam de ter, em ultima análise, natureza social. Neste caso, não teria razão de ser a menção a ações sociais. Bastaria que se suspendesse a restrição às transferências para os Estados, Distrito Federal e Municípios, destinadas à execução de quaisquer ações governamentais. Mas não foi essa a fórmula empregada no diploma legal, que apenas suspendeu uma restrição legal à formalização de convênios. Note-se que a restrição continua mantida, apenas foi suspensa em duas situações (ações sociais ou em faixa de fronteira), o que imprime à norma suspensiva uma nota de excepcionalidade, que reforça a posição de que é estrito o significado da expressão "ações sociais". Em conseqüência, as transferências de recursos destinadas a outras espécies de ações governamentais têm de obedecer ao requisito de adimplência prescrito no art. 26 da Lei nº 9.692, de 27.07.98, e no art. 34 da Lei nº 9.811, de 28.07.99. Em sentido estrito, a expressão "ações sociais" contrapõe-se a "ações econômicas" ou a "ações de defesa" empreendidas pelo Estado. A identificação dessas outras categorias de ações governamentais decorre da própria Constituição da República que distingue a ordem econômica da social, discip1inandoas separadamente nos Títulos VII e VIII, enquanto trata da defesa no Titulo V. Adotada tal concepção, conclui-se que, em princípio situam-se fora da área das ações sociais aquelas voltadas para a produção de bens ou serviços, para o fomento as atividades econômicas, para a construção de infra-estrutura - energia, transportes, comunicações. Da mesma forma, não se enquadram como sociais as ações governamentais orientadas para o equipamento e treinamento das forças armadas. É certo, porém, que a eletrificação de uma escola ou de um hospital não deixa de caracterizar uma ação social. Traçados os limites do campo das ações sociais, de modo a evidenciar que atividades encontram-se excluídos dele, torna-se necessário definir com mais exatidão que tipos de atuação estão nele incluídos. Em outras palavras, cabe precisar seu alcance. Para tanto, há de se ter presente, em primeiro lugar, que a Lei Maior reconhece como direitos sociais "a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados" (art. 6º). Com apenas duas exceções - o trabalho e o lazer - a cada um desses direitos, corresponde um dever do Estado, como se depreende do disposto nos arts. 205 (educação); 196 (saúde); 144 (segurança); 201, combinado com 194, parágrafo único (previdência social); e 203, combinado com 194, parágrafo único proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados), tudo da Constituição Federal. Quanto ao direito ao trabalho, a Carta Política não impõe ao Estado a obrigação de assegurá-lo a todas as pessoas, limitando seus deveres à formação profissional através da educação. A Constituição estabelece, no art. 205, que um dos objetivos da educação é a qualificação para o trabalho; e, no art. 214, IV, que o plano nacional de educação terá como uma de suas metas a "Formação para o trabalho". No que respeita ao lazer, a Carta Magna apenas determina, no art. 217, 3º, que "o poder público incentivará o lazer, como forma de promoção social." [...] Conclui-se, portanto, que as ações sociais, de que trata a Medida Provisória nº 1.973-65, de 28 de agosto passado, são aquelas exercidas com o objetivo de se conseguir o bem-estar e a justiça sociais, em especial nas áreas da seguridade social, da saúde, da previdência social, da assistência social, da
educação, da cultura, e do desporto, e nos seus desdobramentos, podendo, desse modo, iniciarem ou prosseguirem as transferências de recursos federais a Estados, Distrito Federal e Municípios destinados àquelas ações porventura interrompidas em razão dos entendimentos contrários no que tange à sua conceituação, logicamente, procedendo-se uma análise em cada caso ocorrente." Por sua vez, a celebração de convênios de natureza financeira que tenham por objeto a execução de projetos ou realização de eventos é disciplinada pela Instrução Normativa nº 01 de 15.01.1997, da Secretaria do Tesouro Nacional. A inadimplência aos referidos convênios, dá ensejo a vedação contida no art. 5º, I, conforme se lê: "Art. 5º. É vedado: I - celebrar convênio, efetuar transferência ou conceder benefícios sob qualquer modalidade, destinado a órgão ou entidade da Administração Pública Federal, estadual, municipal, do Distrito Federal, ou para qualquer órgão ou entidade, de direito público ou privado, que esteja em mora, inadimplente com outros convênios ou não esteja em situação de regularidade para com a União ou com entidade da Administração Pública Federal Indireta;" Frise-se, que o fato de já ter sido emitida nota de empenho é irrelevante e não garante ao Município, a celebração de convênios, tampouco as transferências voluntárias. É que o emprenho antecede a celebração do convênio e do contrato de repasse, à luz do 3º, do art. 24, da Portaria Interministerial de nº 127, de 2008, verbis: "Art. 24. São condições para a celebração de convênios e contratos de repasse, a serem cumpridas pelos convenentes ou contratados, conforme previsto na Lei Complementar nº101, de 4 de maio de 2000, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e na legislação federal: [...] 3º É condição para a celebração de convênios ou contratos de repasse, a existência de dotação orçamentária específica no orçamento do concedente ou contratante, a qual deverá ser evidenciada no instrumento, indicando-se a respectiva nota de empenho." De fato a Portaria 507, de 24.11.2011, revogou a Portaria Interministerial de nº 127, de 29 de maio de 2008, e passou a regular as condições para a celebração de convênio em seu art. 38, incisos, alíneas e parágrafos. No entanto, o fato de ter retirado do caput, do art. 38 os contratos de repasse, por si, não autoriza a transferência pretendida, vez que permanecem as exigências dos art. 25 e 26 da Lei Complementar de nº 101/01, para que se proceda a transferência pretendida. Por fim, sobre a matéria, destaco, ainda, os seguintes precedentes: "ADMINISTRATIVO. MUNICÍPIO. CONVÊNIO. INSCRIÇÃO NO CAUC/SIAFI. VERBAS DESTINADAS À ASSISTÊNCIA SOCIAL. NÃO ENQUADRAMENTO. 1. Hipótese em que a transferência de recursos, relativa a contrato de repasse proposto ao Ministério do Turismo, foi suspensa por pendência do Município apelante junto ao CAUC. 2. A Lei nº 10.522/02, em seu art. 26, dispõe que a inadimplência não constitui óbice à liberação de recursos destinados a ações sociais, sendo tal situação, também, excepcionada nos casos de verbas voltadas para educação, saúde e assistência social (art. 25, parágrafo 3º, da LC nº 101/00). 3. Em que pese o benefício social trazido pela obra, sobretudo quanto ao lazer dos cidadãos do município recorrente e ao aumento do potencial turístico da região, a obra não se enquadra no conceito de assistência social, insculpido no comando normativo, visto que não se preza ao amparo, auxílio ou ajuda, na estreita semântica da palavra. 4. Não há que se falar em cerceamento de defesa, em face do julgamento antecipado da lide, quando a matéria discutida prescinde de dilação probatória. 5. Apelação improvida. (AC 200983000084247, Desembargadora Federal Cíntia Menezes Brunetta, TRF5 - Terceira Turma, DJE - Data: 13/07/2012 - Página: 221.) PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MUNICÍPIO. CONTRATO DE REPASSE DE VERBAS FEDERAIS. SITUAÇÃO DE INADIMPLÊNCIA. EXECUÇÃO DE AÇÕES SOCIAIS. NÃO ENQUADRAMENTO. 1. Em razão de a quitação dos contratos de repasse não ter sido realizada em decorrência da inclusão do município no CAUC, torna-se desnecessária a produção de provas testemunhal e pericial para a resolução da lide. Agravo retido improvido. 2. Sendo a CEF mera representante da União na execução do negócio, cujo objeto é a transferência de recursos financeiros
federais, deve apenas a União permanecer no pólo passivo da presente demanda. Preliminar rejeitada. 3. Nos termos do art. 5º, inciso I, da Instrução Normativa STN nº 01/97, "é vedado celebrar convênio, efetuar transferência, ou conceder benefícios sob qualquer modalidade, destinado a órgão ou entidade da Administração Pública Federal, Estadual, Municipal, do Distrito Federal, ou para qualquer outro órgão ou entidade, de direito público ou privado, que esteja em mora, inadimplente com outros convênios ou não esteja em situação de regularidade para com a União ou com entidade da Administração Pública Federal Indireta". 4. Hipótese em que o pagamento do saldo remanescente, relativo aos contratos de repasse, não foi realizado por pendência do Município contratado junto ao CAUC. 5. A Lei nº 10.522/02, em seu art. 26, dispõe que a inadimplência não constitui óbice à liberação de recursos destinados a ações sociais, sendo tal situação, também, excepcionada nos casos de verbas voltadas para educação, saúde e assistência social (art. 25, parágrafo 3º, da LC nº 101/00). 6. Hipótese em que a quantia que se busca liberar está reservada para pavimentação de ruas e aquisição de equipamentos, não se enquadrando, pois, na proposição acima descrita. 7. Apelação improvida. (AC 200983000145078, Desembargador Federal Luiz Alberto Gurgel de Faria, TRF5 - Terceira Turma, DJE - Data: 03/04/2012 - Página: 412.) TRIBUTÁRIO. AUTO DE INFRAÇÃO. DECRETO Nº 70.235/72 (ART. 23). INTIMAÇÃO POSTAL. VALIDADE. DEVIDO PROCESSO LEGAL OBSERVADO. PENDÊNCIA DE DÉBITO. CND. CELEBRAÇÃO DE CONTRATO. IN 01/97 -STN. ATIVIDADE VINCULADA. TRANSFERÊNCIA VOLUNTÁRIA DE RECURSOS FEDERAIS. VERBAS DESTINADAS À PAVIMENTAÇÃO DE RUAS E CONSTRUÇÃO DE QUADRA POLIESPORTIVA. LIBERAÇÃO DE RECURSOS. HIPÓTESES NÃO ENQUADRADAS NAS EXCEÇÕES PREVISTAS NA LC Nº 101/2000 E NA LEI N.º 10.522/2002. IMPOSSIBILIDADE. APELAÇÃO IMPROVIDA. 1. Inexistência de nulidade do processo administrativo pela ausência do exercício do direito de defesa, eis que o art. 12 do CPC diz respeito tão-somente à representação judicial. Tratando de procedimento administrativo fiscal, nos termos do art. 23, do Decreto nº 70.235/72, a intimação poderá ser feita, sem ordem de preferência, por via pessoal, postal ou eletrônica. 2. As exceções previstas na LC n.º 101/2000 e Lei n.º 10.522/2002, que permitem a transferência de recursos federais a outros entes da federação, mesmo em razão de inadimplência junto ao CAUC/SIAFI, apenas dizem respeito à execução de ações de educação, saúde,assistência social ou ações sociais. 3. Conquanto a pavimentação de ruas e a construção de quadra poliesportiva possam trazer grandes benefícios à municipalidade, tais ações não se incluem dentre aquelas que constituem exceção ao impedimento das transferências voluntárias, nos termos dos arts. 25, parágrafo 3º, da LC 101/2000 e 26, da Lei nº 10.522/2002, mormente quando o autor não contraria a afirmação da União de que o DEBCAD 372844049 originou-se de débitos contraídos pelo atual gestor. 4. Apelação desprovida. (PROCESSO: 00000118020124058100, AC552157/CE, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL EDÍLSON NOBRE, Quarta Turma, JULGAMENTO: 22/01/2013, PUBLICAÇÃO: DJE 24/01/2013 - Página 472) Do exposto, sendo certo que o objeto dos repasses pretendidos - que compreende obras de pavimentação, conforme empenhos 800787-GND e 800160-GND (id 4058305.284214 e 4058305.284211)-, a despeito da inquestionável relevância para a comunidade, não se enquadra nas exceções previstas no 3º, do art. 25, da LC nº 101/ 2001 relativas a ações de educação, saúde e assistência social, tampouco, nas do art. 26 da Lei 10.522, de 19.07.2002, que se referem às ações sociais e ações em faixa de fronteira, inexiste o direito à pretendida formalização do contrato de repasse. Ante o exposto, nego provimento aos embargos de declaração. É como voto.
EMENTA: Processual Civil. Embargos de declaração. Liberação de recursos aos municipios. Obras de pavimentação. Caráter social. Enquadramento nas exceções previstas no 3º, do art. 25, da LC nº 101/ 2001 relativas a ações de educação, saúde e assistência social, tampouco, nas do art. 26 da Lei 10.522, de 19.07.2002. Inexistência de omissão no acórdão embargado. Embargos de declaração improvidos. PROCESSO Nº: 0800052-44.2013.4.05.8305 - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGANTE: UNIÃO FEDERAL EMBARGADO: MUNICIPIO DE GARANHUNS ADVOGADO: TIAGO JOSÉ GONÇALVES FERREIRA RELATOR(A): DESEMBARGADOR(A) FEDERAL JOSE LAZARO ALFREDO GUIMARAES - 4ª TURMA EMENTA: Processual Civil. Embargos de declaração. Liberação de recursos aos municipios. Obras de pavimentação. Caráter social. Enquadramento nas exceções previstas no 3º, do art. 25, da LC nº 101/ 2001 relativas a ações de educação, saúde e assistência social, tampouco, nas do art. 26 da Lei 10.522, de 19.07.2002. Inexistência de omissão no acórdão embargado. Embargos de declaração improvidos. ACÓRDÃO Vistos etc. Decide a Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, por unanimidade, negar provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Recife, 21 de outubro de 2014. (data do julgamento)