A COMUNICAÇÃO COMO ESTÍMULO À MOTIVAÇÃO. Daiana Machado Goulart



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Transcrição:

1 A COMUNICAÇÃO COMO ESTÍMULO À MOTIVAÇÃO Daiana Machado Goulart Resumo: Este artigo tem por objetivo a compreensão da comunicação como estímulo a motivação aos colaboradores das organizações, especialmente aos da Base Academia de Ginástica Ltda. A partir disso, serão mencionadas as formas de comunicação, a motivação e a relação organização e colaborador. Para tanto, realizou-se uma pesquisa com os colaboradores da Base Academia de Ginástica Ltda. e, nesse ambiente organizacional, buscou-se identificar o processo de comunicação da empresa com os seus colaboradores e a eficácia desse processo como forma de estímulo a motivação. Palavras-Chave: Comunicação, Estímulo, Motivação, Organização, Colaboradores. Introdução Sabemos que o relacionamento entre organizações e colaboradores foi modificando com o passar dos tempos: o que antigamente era comando e controle em busca de lucro, hoje abre espaço para um relacionamento de conciliação de interesses e, conforme o segmento das empresas, uma das finalidades é atrair novos clientes. Diante disso, as organizações procuram melhorar o relacionamento com seus colaboradores, visto que eles constroem à imagem da empresa na venda de seus produtos ao público consumidor, que por sua vez, é uma peça fundamental para permanência de uma empresa no mercado. Há uma consciência do valor do funcionário na vida da empresa. Diante desse contexto, buscamos compreender a comunicação como estímulo à motivação dos colaboradores da Base Academia de Ginástica Ltda., identificando o processo de comunicação da empresa com os seus colaboradores, bem como a eficiência desse processo como forma de estímulo à motivação. Hoje, mais do que nunca, uma empresa, para manter-se no mercado, deve ser competitiva e ter diferenciais. Uma empresa que pretende ter sucesso deve voltar-se para o cliente e, para isso acontecer, ela deve primeiro olhar para dentro de si mesma; precisa conhecer e reconhecer seu público interno e fazê-lo um aliado na obtenção de clientes. Visto que

2 esse é o público que lida diretamente com os consumidores, precisam estar satisfeitos com a empresa onde trabalham para passarem uma boa imagem do estabelecimento. Comunicação Passamos a comunicar-nos desde o momento em que estamos no ventre de nossa mãe. A comunicação é uma de suas ferramentas básicas para que possamos ser compreendidos e para que possamos compreender o outro. Segundo Schuler (2004), para que haja a comunicação é imprescindível um sistema de elementos: o emissor, o receptor, o canal, a mensagem, os processos, a composição, a interpretação e a resposta. O emissor é a fonte das informações, ou seja, ele é responsável pela emissão da mensagem, ele é quem tem uma mensagem a transmitir. O canal é o meio físico pelo qual as informações chegam até o receptor. A mensagem é a forma compreensível da informação por ocasião de seu tráfico entre emissor e receptor. O receptor, por sua vez, é aquele que recebe a mensagem emitida. Composição é o processo em que o emissor altera as informações, transformando-as em mensagem. A interpretação é o artifício para que o receptor atribua sentido à mensagem. Esse processo dá-se de acordo com a capacidade e o modo de entender do receptor, assim como suas peculiaridades e tática de interpretação. A resposta é o processo ao qual a pessoa que recebeu a informação, ou seja, o receptor teve reação ao receber a mensagem. Dessa forma, compreende-se que para que haja uma comunicação eficaz é necessário um conjunto de elementos que são inerentes a uma boa comunicação e cada qual apresenta sua importância e funcionalidade.

3 Para Bowditch e Buono, (1992, p. 80): De certa forma, a comunicação é o processo pelo qual conduzimos nossas vidas. Assim que dois ou mais indivíduos se reúnem, há a necessidade de comunicação entre eles, algum modo de facilitar o entendimento do que cada um quer e precisa daquela situação. Dependemos da comunicação para todos os setores de nossa vida: seja no trabalho, seja nos estudos, com a família, com o namorado, ou com os amigos. A comunicação é determinante para nossa sobrevivência, uma vez que se não soubermos nos comunicar, não seremos compreendidos, o que tornará difícil nossa convivência com outras pessoas. Precisamos do outro para nos comunicar, assim como o outro precisa de nós para ouvi-lo, cada qual precisa do outro, emissor e receptor. Ainda que de uma maneira inconsciente, muitas vezes podemos influenciar a resposta do receptor com nossas atitudes no momento de envio da mensagem. Para alguns autores, não seria uma influência, mas um estímulo, Torquato (2002, p. 182) A comunicação também é um estímulo [...] Cada tipo de comunicação, cada meio de comunicação, cada forma de comunicação apresenta estímulos diferenciados. Com base na afirmação de Torquato, o emissor da mensagem constrói significados sendo capaz de estimular o receptor à interpretação dessa mensagem, tal qual o significado que a introduziu. Sendo assim, o segredo da comunicação é a interpessoalidade, a nossa comunicação com o outro levando em consideração a maneira como nos comunicamos com ele para que compreenda o que quisemos informar. Como vimos, a comunicação é inerente ao ser humano, portanto, não seria possível entender as pessoas sem ela. Da mesma forma, seria falar de comunicação sem levar em conta as pessoas e sem considerar a maneira que elas se organizam e organizam-se entre si. Segundo Thayer (1976, p. 29), A orientação de nossas vidas e de nossas organizações depende do modo como são ou não administradas; e dirigir pessoas, dentro ou fora de organizações formais, depende basicamente da comunicação.

4 Precisamos da comunicação para organizar nossa vida, da mesma forma as empresas utilizam a comunicação para organizarem seus setores, suas tarefas e, principalmente, seus colaboradores. Nessa mesma linha de raciocínio Chiavenato (2004, p.20) relata: As organizações são instrumentos sociais por meio dos quais muitas pessoas combinam seus esforços e trabalham juntas para atingir propósitos que isoladamente jamais poderiam alcançar. Diante do conceito de Chiavenato, as organizações podem ser definidas como a interação de pessoas que se empenham e contribuem de forma organizada para o alcance de resultados, uma vez que sozinhas não conseguiriam atingi-lo. Logo, uma organização pode ser entendida como um processo de troca de relacionamento, de empenhos, de esforços ordenados e coordenados na busca de uma meta comum a todos. Essa busca só será possível com a compreensão e entendimento entre as partes que utilizaram a comunicação como instrumento para esse acordo. Já para Bowditch e Buono, (1992, p. 88) A comunicação organizacional é a disposição e a estrutura de como a comunicação é direcionada a pessoas específicas e grupos que dela precisam para fins de trabalho, solução de problemas, controle ou tomada de decisões. De acordo com os autores, a comunicação deve ser composta e acondicionada aos colaboradores para que eles possam compreender seu trabalho e realizá-lo da melhor maneira possível. Seria difícil exigir uma atividade de alguém que desconhece a própria atividade ou a maneira como fazê-la, por isso há necessidade de acuidade ao emitir informações corretas aos colaboradores, pois, dessa forma, além de garantir um bom desempenho dele, ainda é possível garantir um bom resultado para a empresa. As organizações ordenam recursos humanos, financeiros e materiais na busca de seus objetivos, entretanto, o caminho a ser utilizado para sua concretização é a comunicação, pois ela permeia a interligação desses recursos. A Comunicação organizacional abrange, portanto, a compreensão e o fluxo de sentidos que se dá para os dados que são coadjuvantes no artifício da comunicação e intercomunicação da organização. Dentro das organizações existem vários meios para que ela se comunique com seus públicos; entre eles está um dos mais importantes que é a comunicação administrativa. Para Andrade (apud Kunsch 2003, p. 153) comunicação administrativa é o intercambio de informações dentro de uma empresa ou repartição, tendo em vista sua maior eficiência, e o melhor atendimento ao público.

5 A comunicação administrativa, na visão do autor, pode ser considerada a troca de conhecimentos, documentos ou normas dentro da organização de um modo geral ou por setores garantindo seu melhor entendimento perante os colaboradores. A comunicação está dentro das pessoas e está diretamente relacionada com as tarefas de diversos tipos realizadas por elas. Por esse motivo, precisamos atentar para as redes que influenciam o fluxo e os padrões de informação que estão diretamente relacionadas com o funcionamento do sistema organizacional. Para Kunsch (2003), o sistema de informação de uma organização é dividido em formal e informal. A formal é a que condiz com as normas e políticas da empresa, que são estabelecidas e imutáveis. A informal é a que surge no decorrer do tempo de trabalho da pessoa dentro da empresa com seus colegas. Podemos dizer que são as relações sociais que se formam dentro da empresa. A comunicação formal é a comunicação utilizada pela organização como ferramenta para disseminar dados e tarefas, inculcando em seu colaborador o conhecimento sobre suas atividades dentro dela. Já a comunicação informal vem a ser aquela entre pessoas que possam ocupar o mesmo cargo ou não dentro da organização, seja para esclarecimentos de dúvidas quanto ao trabalho, seja por questões pessoais. Sendo assim, a comunicação administrativa é a comunicação da organização com seus colaboradores com a finalidade de evidenciar suas tarefas rotineiras, bem como qualquer alteração no seu procedimento e, para isso, utiliza-se das duas redes (formal e informal) para uma comunicação coesa, fluente e clara para com seus colaboradores, pois os dois processos de comunicação são determinantes para as operações, condições e relacionamentos dentro da empresa. Além da comunicação administrativa, as organizações utilizam-se também da comunicação interna. Para Torquato (2002, p. 54) a comunicação interna contribui para o desenvolvimento e a manutenção de um clima positivo, propício ao cumprimento das metas estratégicas da organização e ao crescimento continuado de suas atividades e serviços e a expansão de sua linha de produtos. Segundo o autor, a comunicação interna é a possível interação da empresa com seus colaboradores, utilizando-se da comunicação para o perfeito funcionamento da organização. Uma vez que é apontado claramente o foco dos negócios, a empresa gera

6 credibilidade e confiança em seus funcionários, estimulando posturas interativas; mobilizando-os em prol das metas; criando um espírito de pertencer e um clima favorável para o crescimento e desenvolvimento da empresa. Já para Pimenta (2002, p. 58) a comunicação dentro da empresa contribui para a definição e concretização de metas e objetivos, além de possibilitar a integração e equilíbrio entre seus componentes (departamentos, áreas etc.). Sendo assim, pode-se evidenciar que as políticas da organização não são impostas, mas informadas. O funcionário tem consciência do papel que exerce no processo manutenção e crescimento da empresa. O fluxo da informação é tão natural que acaba por brotar nos colaboradores o sentimento de comprometimento, construindo, assim, o futuro da empresa. Percebemos que ela habita, sobretudo, no diálogo e na troca de informações entre a organização e colaboradores. Essa relação é fundamental na conquista da qualidade dos produtos ou serviços e da realização das metas de qualquer organização. Na verdade, todas as relações que a empresa mantém com seus variados públicos são de fundamental importância para ela. França (2004, p. 27) relata que: A base da existência dos públicos é a relação, a necessidade de troca de experiências entre as pessoas, de bens e serviços entre os grupos ou entre uma organização e os públicos dos quais ela depende para sua constituição, seu desenvolvimento e sua sobrevivência. Assim, os públicos são as pessoas que se unem para a troca de conhecimento de determinada instituição, empresa ou organização, montando uma opinião sobre o objeto de estudo, que irá interferir no crescimento desse no mercado. França (2004) revela ainda que os públicos podem ser divididos em público interno, externo e misto, porém, para este estudo, iremos deter-nos somente no público interno das organizações. De acordo com Fortes (2003, p. 72) público interno é: [...] agrupamento espontâneo, com ou sem contigüidade física, perfeitamente identificável, originário das pessoas e dos grupos

7 ligados a empresa por relações funcionais oficializadas, que caracterizem um empregador e o empregado. De acordo com o autor, o público interno é constituído, portanto, por trabalhadores vinculados com a organização, podendo ser os funcionários fixos, os funcionários fixos que trabalham dentro de um cliente, os funcionários temporários ou mesmo os estagiários, trainees, pois ambos realizam tarefas de acordo com a orientação da organização. As informações referentes à empresa podem ser passadas ao seu público interno por meio de vários veículos. Conforme Andrade (apud Kunsch, 2003, p. 187), existem quatro tipos de veículos: escrita, oral, auxiliar e aproximativa. Os veículos de comunicação dirigida escrita remetem-se à carta, aos ofícios, aos memorandos, aos e- mails, aos folhetos, às circulares, aos jornais internos, aos relatórios ou aos manuais da empresa. Ainda para o autor, os veículos de comunicação dirigida oral são os discursos, reuniões, conversas face a face, ou por telefone, seminários ou conferências. Já os veículos de comunicação dirigida auxiliar, para Andrade, podem ser definidos por vídeos, filmes institucionais, Internet e intranet. E, por último, na visão do autor, a comunicação dirigida aproximativa vem a ser os eventos, as comemorações, as exposições de produtos Sendo assim, as organizações precisam saber que o público interno é o público mais importante da empresa e precisa ser considerado como tal, pois a conquista ao cliente é sustentada internamente, diante do trabalho do mesmo. Motivação As pessoas diferem em capacidade comportamental, umas pensam, correm e fazem qualquer tipo de atividade mais rápido que outras. Para Chiavenato (1993) o comportamento das pessoas no trabalho ou em qualquer outro lugar é muito complexo, pois possuem vários fatores motivacionais como sentimentos, desejos e temores. O comportamento humano é movido por uma variedade de necessidades que interferem diretamente no desempenho e no resultado das tarefas executadas por essa pessoa, seja dentro ou fora de organizações.

8 Para Chiavenato (2004, p. 233) as necessidades são carências ou deficiências que as pessoas experimentam em um determinado período de tempo. Para o autor, existem três tipos de necessidades: as fisiológicas que são relativas ao alimento; as psicológicas que provém da auto-estima; e ainda as sociológicas vindas da necessidade de interação pessoal. O autor diz ainda que as pessoas se tornam mais suscetíveis aos esforços motivacionais quando surgem tais necessidades. As pessoas pensam e escolhem como se comportar, seguindo um comportamento que acreditam ser o melhor na busca de suas presentes necessidades, por isso muitas têm um comportamento mutável e, se influenciadas por treinamentos, passam a ser mais ágeis. Entretanto, outras são difíceis de influenciar via treinamento, pois possuem necessidades diferentes. Por isso em muitas delas o processo de persuasão precisa ser mais intenso e em outras não. A motivação abrange esses aspectos que são singulares na busca das necessidades de cada um e por ser um assunto tão complexo, não há apenas uma definição para motivação e sim várias. Esse assunto é discutido até os dias atuais, e não possui uma fórmula para tal. Autores como Shermerhorn, Hunt e Osborn (1999, pg.87) definem motivação como às forças dentro de uma pessoa responsáveis pelo nível, direção e persistência do esforço despendido no trabalho. A motivação tem a ver com um objetivo pessoal. As pessoas acreditam nele e empenham seus esforços na sua consecução, administrando profundidade, perseverança e sentido.para alguns colaboradores é preciso um envolvimento emocional com o cargo que ocupam; precisam apreciar o trabalho que realizam; contemplar o ambiente onde trabalham; ou simplesmente concordar com as normas e valores da organização onde trabalham. Para outras pessoas o trabalho tem um significado especial; não é um passatempo, mas algo com que se identifiquem e que sacie sua satisfação pessoal. Relaciona-se ver com o psicológico, com anseio, sentimentos, com realização profissional. Nesse caso, é necessário que os gestores os ajudem a definir suas idealizações de acordo com a organização. Este é um enorme desafio para os gestores: motivar cada um dos seus funcionários conforme suas necessidades individuais na busca de maior realização e, conseqüentemente, maior produtividade. Assim, na percepção Bowditch e Buono (1992), existem dois fatores motivacionais que podem ajudar a impactar de forma positiva a vida dos funcionários de uma organização: a motivação intrínseca e a motivação extrínseca.

9 Motivação Intrínseca são as realizações pessoais e profissionais, o prazer que algum trabalho pode despertar em uma pessoa. Estão diretamente relacionadas à natureza do trabalho em si. É o desejo de trabalhar continuamente, pelo simples prazer de estar desempenhando uma tarefa. É o crescimento pessoal, a própria realização. Motivação Extrínseca são as recompensas obtidas pela realização de um trabalho, como salários, benefícios, elogios, promoções. É uma relação de troca, no momento em que a pessoa realiza um trabalho visando ao recebimento de uma gratificação. Dessa forma, somos motivados a trabalhar para recebermos algo em troca. É evidente que a união dessas duas formas de motivação deve ser equilibrada, pois, se motivarmos uma pessoa somente extrinsecamente, ela não sentirá o prazer pelo trabalho e somente visará ao lucro que ele pode lhe dar. Todavia, somente com a motivação intrínseca a pessoa pode sentir-se desvalorizada e desmotivada, visto que realiza sempre a mesma tarefa. Para Chiavenato (1993), as organizações somente podem alcançar seus objetivos, se as pessoas que a compõem ordenarem seus esforços para tal objetivo, entretanto essas pessoas esperam satisfazer suas necessidades pessoais. Desta forma, dá-se a relação organização com o funcionário: enquanto um oferece recompensas e incentivos em troca de empenho, o outro coopera com seu ânimo e espera alcançar seus objetivos pessoais. Como pudemos perceber, motivação não é uma descrição de personalidade, mas a implicação da interação entre a pessoa e a situação que a submerge, variando de pessoa para pessoa, com maior ou menor intensidade em determinados momentos. É um processo complexo, desafiador e necessário para as organizações, pois, para alcançar seus objetivos, as organizações precisam de pessoas que trabalhem com afinco e desempenhem um excelente trabalho. Para tanto, é necessário que as organizações consigam identificar os fatores que motivam seus trabalhadores, levando em consideração que cada pessoa possui necessidades e fatores motivacionais distintos, e, por isso, terão contribuições diferentes para com a organização. Além disso, as integrações das organizações e de seus funcionários fundamentam-se na influência e na sintonia, conforme indicam as teorias da motivação que segundo Chiavenato (2004), estão divididas em três grupos: as de conteúdo (que falam das necessidades específicas das pessoas); as de processo (analisam e descrevem como o comportamento é ativado); e as teorias de reforço (baseadas no comportamento bem ou mal sucedido).

10 As teorias da motivação por conteúdo, conforme Bowdith e Buono (1992) permitem uma melhor compreensão do estímulo à motivação do comportamento dos indivíduos diante de suas necessidade. Podemos considerar a teoria de Abraham H. Maslow como a mais conhecida das teorias motivacionais, ao qual se denomina Hierarquia das Necessidades. Essa teoria baseia-se no grau de importância e na influência das necessidades do comportamento humano. As necessidades fisiológicas constituem o nível mais baixo das necessidades, mas de grande importância, como fome, sede, sono, calor, frio. São necessidades que, se não forem satisfeitas, administram o comando do comportamento. Caso elas estejam satisfeitas, a pessoa passa a se preocupar com as necessidades de segurança, ou seja, a busca de estabilidade, de fuga do perigo não só em situações que põe em risco sua vida, como também alguns momentos de incerteza sobre sua permanência no seu cargo. De acordo com sua teoria, Maslow relata que as pessoas só passam a buscar a perfeição de uma necessidade de nível superior quando a imediatamente inferior estiver satisfeita de modo pleno. Após surge a Teoria de ERC (existência, relacionamento e crescimento) de Clayton Alderfer, ao qual reduziu a teoria de Maslow para três níveis. A teoria da existência refere-se às necessidades fisiológicas e de segurança, ou seja, comida, sexo, água, sono, autonomia, liberdade e abrigo. A segunda refere-se às necessidades sociais e de estima extrínseco que vêm a ser a família, amigos grupos sociais, salários, benefícios e elogios. E por último, a teoria que se refere às necessidades de auto-realização e estima intrínseco, que, por sua vez, correspondem à educação, à religião, aos passatempos e às realizações pessoais e profissionais. Logo, surge a teoria dos dois fatores de Herzberg, ao qual Chiavenato (2004) relata que a teoria de Herzberg está baseada em dois fatores que estão associados com a motivação das pessoas no trabalho: fatores higiênicos (extrínsecos) e fatores motivacionais (intrínsecos). Posteriormente David McCleland propõe a teoria das necessidades adquiridas: realização, poder e afiliação. A primeira necessidade as pessoas sentem anseio de fazer da melhor maneira os desafios para chegar ao objetivo; a segunda, as pessoas gostam de influenciar as pessoas a sua volta e por último a de filiação, onde as pessoas têm o desejo de ser amando, de ser aceito.

11 Já as teorias de processo da motivação, segundo Bowdith e Buono (1992), foram criadas com o intuito de compreender como a motivação conduz o comportamento dos indivíduos e estão divididas em teoria da Eqüidade de Adams onde os indivíduos comparam remuneração, aumentos, cargos e benefícios com o seu esforço, desprendido, com sua competência e com sua experiência e os relacionam com os benefícios recebidos pelas outras pessoas. Quando há um equilíbrio nessas comparações, é porque há eqüidade, mas, se um indivíduo acha que esta sendo menos recompensado, chamamos de iniqüidade. Há ainda na teoria de processo a teoria da expectância, que segundo Casado (2002), esta teoria de Victor Vroom propõe que as pessoas façam suas escolhas de acordo com eventos psicológicos presentes em seu comportamento. A expectativa é o grau que a pessoa acredita ou espera de seus objetivos de acordo com sua escolha. E, por último, as teorias de reforço, que de acordo com Bowdith e Buono (1992), as teorias da motivação de reforço tratam do comportamento humano durante um período de tempo. Consideramos nas teorias de reforço a teoria de Condicionamento Operante de Skinner, que segundo Chiavenato (2004), revela que o reforço no comportamento é essencial. O trabalhador que executa uma tarefa e obtém êxito, procura repetir a atitude na espera de um novo êxito. Desta forma, podemos perceber que a motivação gera produtividade e, conseqüentemente, satisfação, visto que somos convidados a executar uma tarefa, realizamo-la e obtemos eficácia, além do mérito estamos satisfeitos com nosso desempenho e procuramos realizar mais tarefas para obter novamente esse sentimento de satisfação. Nessa teoria, o comportamento positivo reforçado vai ocorrer novamente e ser particularmente efetivo. Relação Organização e Colaborador Para demonstrar a hipótese levantada de que a comunicação age como estímulo a motivação, realizou-se uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório que utilizou como método o estudo de caso, cujo objeto de estudo foi a Base Academia de Ginástica Ltda. Nesse ambiente organizacional, buscou-se identificar o processo de comunicação da empresa com os seus colaboradores e a eficiência desse processo como forma de estímulo a motivação.

12 Conforme citado por Torquato (2002), a comunicação é vista como um estímulo. Através dela o emissor consegue estimular o receptor a assumir determinadas ações. No caso da Academia, esse instrumento é de grande importância, pois a comunicação administrativa interna e a comunicação interpessoal acabam por gerar um comportamento intencional nos colaboradores. Assim, fica claro que a comunicação é essencial para as organizações, pois elas precisam comunicar os processos operacionais, bem como suas normas para aqueles que irão trabalhar nelas. Além disso, a relação interpessoal que irá estabelecer-se também é essencial para o bom funcionamento da organização. A Base Academia comunica de forma clara as funções a serem exercidas pelos seus colaboradores. Além disso, oferece um ambiente de trabalho agradável e bons relacionamentos internos. Por meio de entrevistas aos colaboradores da Academia, pode se verificar a eficácia desse processo de comunicação como estímulo à motivação dos colaboradores. Percebeu-se que alguns acreditavam que havia uma intenção da Base de motivar através de comunicação. Já outros acreditavam que a intenção de motivação não era feita pela comunicação, mas pelas tarefas diárias. Um terceiro grupo achava que o estímulo à motivação era o profissionalismo, e para outros seriam os benefícios oferecidos pela academia. Houve, ainda, aqueles que diziam que as relações humanas garantiam a motivação. O comportamento das pessoas no trabalho ou em qualquer outro lugar é muito complexo, pois elas possuem vários fatores motivacionais como sentimentos, desejos e temores, conforme citado anteriormente por Chiavenato (2004). Ou seja, a necessidade da pessoa irá influenciar sua percepção no momento em que ela acontecer. Entretanto, a comunicação está presente em todos os fatores citados, pois as tarefas diárias precisam ser bem informadas para que sejam realizadas com êxit; o profissionalismo sem dúvida necessita da boa comunicação; as relações humanas não seriam possíveis sem ela; e os benefícios podem estar relacionados com o cargo, que foi conquistado através do êxito em suas tarefas, ou ainda nas necessidades do momento daquela pessoa.

13 Considerações Finais Ao final deste artigo, que teve como objetivo geral compreender a comunicação como estímulo à motivação aos colaboradores da Base Academia de Ginástica Ltda., podemos dizer que ele foi alcançado. A academia, conforme a resposta às entrevistas estimula seus colaboradores de maneira diferenciada. É indispensável que as organizações consigam identificar os estímulos que levam à motivação dos seus colaboradores, considerando que cada pessoa possui carências motivacionais distintas. Essa identificação de estímulos de cada indivíduo só será possível através da comunicação. Ela é a peça-chave para que as organizações consigam manter seus colaboradores satisfeitos e motivados. É por meio dela que a organização apresentará a seu colaborador suas normas, seus processos, sua missão, sua situação no mercado e seu objetivo a ser alcançado. Dessa forma, o colaborador ficará bem informado, sentirá sua carga de responsabilidade sobre o papel que virá a desempenhar e sentir-se-á comprometido com tal tarefa. Assim, quando a organização alcançar sua meta por meio do seu trabalho senti-se-rá satisfeito pessoal e profissionalmente, o que acarretará no seu comportamento futuro, conforme a teoria de condicionamento e reforço operante. Portanto, com este artigo concluí-se que a motivação é um elemento essencial para os colaboradores trabalharem comprometidos com a organização, e que o instrumento para o estímulo à motivação é, sem dúvida, a comunicação. Referencial teórico BOWDITCH, James L., BUONO, Anthony F. Elementos de comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira, 1992. CASADO. Tânia. A motivação e o trabalho. In: FLEURY, Maria tereza Leme (Coord.). As pessoas na organização. 4 ed. Vários autores. São Paulo: Gente, 2002. p. 247 258. CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. São Paulo; Makron Bokks, 1993.

14 FORTES, Waldyr Gutierrez. Relações Públicas: processo, funções, tecnologia e estratégias. 2. ed.. São Paulo. Summus, 2003. FRANÇA, Fabio. Públicos: como identificá-los em uma nova visão estratégica. São Paulo. Yendis, 2004. KUNSCH, Margarida Maria Krohling. Planejamento de Relações Públicas na comunicação integrada. São Paulo: Summus, 2003. PIMENTA, Maria Alzira. Comunicação empresarial: conceitos e técnicas para administradores. São Paulo: Alínea, 2002. SCHERMERHORN JR., John R.; HUNT, James G.; OSBORN, Richard N. Fundamentos de comportamento organizacional. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 1999. SCHULER, Maria (Coord.). Comunicação estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. THAYER, Lee Osborne. Comunicação: Fundamentos e sistemas, na administração, nas relações interpessoais. São Paulo: Atlas, 1976. TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação organizacional e política. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.