ANUÁRIO Finanças Estruturadas

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Transcrição:

2012 ANUÁRIO Finanças Estruturadas 2012 Empresa de Conhecimento Financeiro

Caro leitor, Finanças Estruturadas 2012 O ano de 2011 foi de crescimento tímido para a economia brasileira como um todo, tendo sido os números gerais influenciados para baixo pela indústria e puxados para cima pelo consumo. O mercado de crédito, por sua vez, cresceu mais do que a economia. Dois segmentos de destaque dentro da expansão do crédito, em linha com o perfil de crescimento da economia, foram o imobiliário e o de consumo pessoal. O desempenho do mercado de finanças estruturadas refletiu, em boa parte, a tendência dos mercados de crédito. Por isto, 2011 registrou alguns recordes importantes na expansão de seus mercados de títulos de securitização, principalmente aqueles vinculados aos setores imobiliário e de crédito pessoal. Um marco jurídico-regulamentar sólido e em contínuo aprimoramento na busca da transparência e padronização, em conjunto com as necessidades de alternativas que viabilizem financiamento de longo prazo e que atendam a demanda por investimentos com retornos diferenciados, são fortes razões para se acreditar no crescimento da importância deste mercado em um futuro próximo. A Uqbar acredita plenamente nesta perspectiva de curto prazo e, mais, acredita que o equacionamento da solução para as necessidades apontadas acima passa pelo desenvolvimento do mercado de finanças estruturadas no Brasil. É neste contexto que temos o prazer de entregar a edição 2012 do Anuário Finanças Estruturadas. Capturando a expansão e transformação em curso deste mercado, esta publicação traz um levantamento completo do desempenho em 2011 de todos os principais títulos de finanças estruturadas e da atuação de veículos, empresas e participantes dedicados a este segmento do mercado financeiro. Através de nossas publicações, como este Anuário, procuramos trazer nossa contribuição para o desenvolvimento deste mercado, ampliando a base de dados e de análises disponíveis. Esperamos que os futuros Anuários continuem a refletir um mercado em franca e sólida expansão e que agrega cada vez mais valor para a economia brasileira. Como de costume, agradecemos críticas e elogios como parte essencial do processo contínuo da busca de melhoria de qualidade de nossas publicações. Desejamos a todos uma boa leitura! Equipe Uqbar 2

Finanças Estruturadas 2012 PATROCÍNIO A Brazilian Securities foi criada em 2000 para desenvolver o mercado brasileiro de títulos imobiliários. Foi a primeira empresa no Brasil a receber a classificação AA1.BR da Moody s Investors Service, referente sua emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). As emissões da Brazilian Securities totalizaram R$ 9,8 bilhões em dezembro de 2011, o que representava 27,8% do mercado brasileiro. www.braziliansecurities.com.br Somos um dos principais Bancos de investimentos da América Latina, com foco em Investment Banking, Asset Management e Wealth Management. Trabalhamos com excelência, preservando o patrimônio, honrando a confiança e a alinhando objetivos aos interesses dos nossos clientes. Nossa missão é ser o catalisador do setor produtivo e compartilhar nosso conhecimento, nossa agilidade e auxiliar na solidez de seu crescimento. www.btgpactual.com A RB Capital é uma empresa independente, especializada em operações de crédito estruturado e gestão de investimentos imobiliários, que se diferencia pela sua capacidade de desenvolver e entregar soluções inovadoras e eficientes aos seus Clientes e Investidores e, ao mesmo tempo, comprometer o capital necessário para o desenvolvimento dos negócios. www.rbcapital.com.br Fundado em 1992, o Mattos Filho Advogados é um dos maiores escritórios do Brasil. O escritório oferece uma ampla gama de serviços e atende a solicitações e demandas específicas dos clientes. Além da equipe altamente qualificada de sócios e advogados, o Mattos Filho Advogados possui reconhecida experiência no ambiente jurídico brasileiro. www.mattosfilho.com.br O PMKA combina qualidade técnica, vasta experiência em negócios imobiliários e profundo conhecimento da dinâmica empresarial do setor, que contribuem para uma melhor performance na identificação, avaliação, discussão e proposição de soluções eficazes. www.pmka.com.br TKS Advogados é um escritório focado no atendimento a clientes do mercado imobiliário, nas áreas contratual, societária, tributária e de mercado de capitais, cuja atuação concilia capacitação técnica a uma ampla compreensão do negócio imobiliário como um todo, oferecendo, assim, soluções jurídicas inovadoras e de alto valor agregado. www.tksadvogados.com.br 3

Finanças Estruturadas 2012 ÍNDICE ÍNDICE DE CONTEÚDO Introdução geral 9 Capítulo Um Títulos Gerais 16 Introdução 18 Cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) 24 resumo dos Termos e Condições 26 Emissões 27 registros 29 Desempenho 31 Spreads 33 investidores 33 Mercado Secundário 34 Cedentes 34 Classificação de Risco 35 Cédulas de Crédito Bancário (CCB) 36 resumo dos Termos e Condições 37 registros 38 Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB) 39 Resumo dos Termos e Condições 40 registros 41 Capítulo Dois Títulos Imobiliários 42 Introdução 44 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) 49 resumo dos Termos e Condições 51 Emissões 51 Emissores 52 registros 53 investidores 55 Mercado Secundário 56 Cedentes 56 Classificação de Risco 57 Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI) 58 Resumo dos Termos e Condições 59 registros 59 Capítulo Três Títulos do Agronegócio 61 Introdução 62 Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) 64 Resumo dos Termos e Condições 65 Emissões 66 Emissores 66 registros 67 Cédulas de Produto Rural (CPR) 69 Resumo dos Termos e Condições 70 registros 71 Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) 72 resumo dos Termos e Condições 73 registros 74 4

Finanças Estruturadas 2012 ÍNDICE Capítulo Quatro Rankings de 2011 75 Introdução 77 FIDC 82 Emissões 83 Emissores 83 terceiros 85 Administradores 85 Advogados 87 Agências de Classificação de Risco 88 Auditores 89 Custodiantes 91 Estruturadores 93 gestores 94 líderes de Distribuição 96 Securitizadoras Imobiliárias 97 Emissões 99 Emissores 99 terceiros 102 Advogados 102 Agências de Classificação de Risco 103 Agentes Fiduciários 104 Auditores 106 líderes de Distribuição 107 5

Finanças Estruturadas 2012 ÍNDICE ÍNDICE DE FIGURAS Os dados das figuras desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2011. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis. Figura 1 Emissões por Categoria (Geral, Imobiliário, Agronegócio) 2011 (em R$ milhões) 12 Figura 2 Negociações por Categoria (Geral, Imobiliário, Agronegócio) 2011 (em R$ milhões) 12 Figura 3 PL dos FIDC de Fornecedores 13 Figura 4 Crescimento do PL dos FIDC Multi-cedentes Multi-sacados e da Indústria (Base 100 - Janeiro 2010) 14 Figura 5 Emissões de Cotas de FIDC - Montante (em R$ milhões) 27 Figura 6 Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro 2010 e 2011 (% do Montante Emitido) 28 Figura 7 Ofertas Públicas de Cotas de FIDC 29 Figura 8 Número de FIDC Registrados na CVM 29 Figura 9 Depósitos de Cotas de FIDC na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 30 Figura 10 Estoque de Cotas de FIDC na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) 30 Figura 11 Atrasos, PDD e PDD/Atrasos 31 Figura 12 Evolução dos Índices Atrasos/DC e PDD/DC 31 Figura 13 PDD/DC por Ativo-lastro 2010 e 2011 32 Figura 14 Variação de PDD Normalizada das maiores classes de Ativo-lastro 32 Figura 15 Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2011 por Classe de Investidor (% de Montante) 33 Figura 16 Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) 34 Figura 17 Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente 2011 34 Figura 18 Depósitos de CCB na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 38 Figura 19 Estoque de CCB na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) 38 Figura 20 Negociações de CCB na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 38 Figura 21 Depósitos de CCCB na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 41 Figura 22 Estoque de CCCB na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 41 Figura 23 Negociações de CCCB na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 41 Figura 24 Emissões de CRI - Montante (em R$ milhões) 51 Figura 25 Ofertas Públicas de CRI 53 Figura 26 Emissões de CRI de 2011 por Tipo de Registro (% montante emitido) 53 Figura 27 Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM 54 Figura 28 Depósitos de CRI na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 54 Figura 29 Estoque de CRI na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 54 Figura 30 Composição do Montante Emitido de CRI em 2011 por Classe de Investidor (% de Montante) 55 Figura 31 PL dos FII que investem em CRI 55 Figura 32 Negociações de CRI na BM&FBOVESPA e CETIP Montante (em R$ milhões) 56 Figura 33 Número de Cedentes de Crédito Residencial por Atividade Econômica Ano 2011 56 Figura 34 Número de Cedentes de Crédito Corporativo por Atividade Econômica Ano 2011 57 Figura 35 Depósitos de CCI na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 59 Figura 36 Estoque de CCI na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 59 Figura 37 Estoque de CCI na CETIP Composição por Indexador (% do Montante) 60 Figura 38 Negociações de CCI na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 60 Figura 39 Emissões de CRA Montante (em R$ milhões) 66 Figura 40 Depósitos de CRA na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 67 Figura 41 Estoque de CRA na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 67 Figura 42 Negociações de CRA na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 68 Figura 43 Negociações de CPR Financeira na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 71 6

Finanças Estruturadas 2012 ÍNDICE Figura 44 Negócios de CPR Financeira na CETIP em 2011 por Produto ( % do Montante) 71 Figura 45 Depósitos de CDCA na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 74 Figura 46 Estoque de CDCA na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 74 Figura 47 Negociações de CDCA na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) 74 ÍNDICE DE TABELAS Os dados das tabelas desta publicação têm como data base 31 de dezembro de 2011. Para acompanhamento contínuo de dados e notícias sobre este mercado, utilize o Orbis. Tabela 1 Definições das Classes de Ativo-lastro de FIDC 28 Tabela 2 Spreads por Classificação de Risco 33 Tabela 3 Spreads por Ativo-Lastro 33 Tabela 4 Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2011 35 Tabela 5 Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2011 35 Tabela 6 Definições das Classes de Ativo-lastro de CRI 51 Tabela 7 Securitizadoras Imobiliárias que Emitiram em 2011 52 Tabela 8 Elevações de Classificação de Risco de CRI em 2011 57 Tabela 9 Rebaixamentos de Classificação de Risco de CRI em 2011 57 Tabela 10 Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM 67 Tabela 11 Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2011 83 Tabela 12 Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2011 83 Tabela 13 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2011 84 Tabela 14 Ranking de FIDC por Montante de PL Consolidado 84 Tabela 15 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2011 85 Tabela 16 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2011 85 Tabela 17 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL - Consolidado 86 Tabela 18 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações - Consolidado 86 Tabela 19 Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2011 87 Tabela 20 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2011 87 Tabela 21 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2011 88 Tabela 22 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificado em 2011 88 Tabela 23 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC Consolidado 88 Tabela 24 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificado Consolidado 89 Tabela 25 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2011 89 Tabela 26 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2011 90 Tabela 27 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL - Consolidado 90 Tabela 28 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações - Consolidado 90 Tabela 29 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2011 91 Tabela 30 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2011 91 Tabela 31 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL - Consolidado 92 Tabela 32 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações - Consolidado 92 Tabela 33 Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2011 93 Tabela 34 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2011 93 Tabela 35 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2011 94 Tabela 36 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2011 94 Tabela 37 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL - Consolidado 95 7

Finanças Estruturadas 2012 ÍNDICE Tabela 38 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações Consolidado 95 Tabela 39 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2011 96 Tabela 40 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2011 96 Tabela 41 Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2011 99 Tabela 42 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2011 99 Tabela 43 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2011 100 Tabela 44 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido Consolidado 100 Tabela 45 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações Consolidado 101 Tabela 46 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 101 Tabela 47 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer 102 Tabela 48 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2011 102 Tabela 49 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2011 103 Tabela 50 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2011 103 Tabela 51 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado em 2011 103 Tabela 52 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado - Consolidado 104 Tabela 53 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado - Consolidado 104 Tabela 54 Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2011 104 Tabela 55 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2011 105 Tabela 56 Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI 105 Tabela 57 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer 105 Tabela 58 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI 106 Tabela 59 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer 106 Tabela 60 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2011 107 Tabela 61 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Operações em 2011 107 2012 Uqbar A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. empregou seus melhores esforços na obtenção e verificação dos dados apresentados neste documento. Nossas informações foram obtidas de fontes que consideramos fidedignas, mas sua exatidão e seu grau de integralidade e integridade não estão garantidos. A Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. não se responsabiliza por quaisquer perdas ou prejuízos que possam advir de informações equivocadas. Esta publicação não é uma recomendação de compra ou venda. Todos os direitos autorais inerentes ao presente documento são de propriedade da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. Nenhuma das informações desta publicação pode ser copiada, reproduzida, divulgada ou transmitida, no todo ou em partes, em qualquer formato, por qualquer razão, ou por qualquer pessoa, sem citar Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada Ltda. como fonte. 8

Introdução geral

Finanças Estruturadas 2012 Introdução Quando os livros de finanças contarem a história da evolução do mercado de finanças estruturadas brasileiro, o verbete dedicado ao ano de 2011 deverá indicar como destaques os novos volumes recordes de emissões de títulos, a participação significativa de algumas instituições, antes com presença modesta ou insignificante neste mercado, como é o caso da participação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como investidor, e a da Caixa Econômica Federal (CEF) como captadora de recursos, e a continuidade das transformações do marco regulamentar visando o aumento de transparência e de padronização. Indicarão também que, no Brasil, o segmento do mercado de finanças estruturadas que continuou a se destacar foi o de securitização de ativos, operações financeiras realizadas no país primordialmente através de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e Companhias Securitizadoras de Crédito Imobiliário (Securitizadoras Imobiliárias). Em 2011, estes dois veículos foram responsáveis por 99,6% do total de títulos de securitização emitidos durante o ano. A diferença ficou para o terceiro tipo de emissor, as Companhias Securitizadoras de Direitos Creditórios do Agronegócio, que começaram a dar seus primeiros sinais de existência. Este Anuário apresenta uma cobertura completa da evolução deste mercado de finanças estruturadas durante o ano de 2011. Três capítulos trazem um amplo conjunto de dados quantitativos e qualitativos dos títulos deste mercado, organizados por atividade econômica. Neles são apresentados os títulos gerais, onde se destacam as cotas de FIDC, seguidos pelos títulos imobiliários, com os títulos emitidos pelas Securitizadoras Imobiliárias - os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) - em evidência, e, por fim, os títulos do agronegócio, entre eles os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Além destes, outros títulos também são incluídos em cada um destes capítulos. As justificativas para a inclusão encontram-se nas características que eles carregam per se, as quais estão ligadas a conceitos basilares das finanças estruturadas, como a transferência de risco e o agrupamento de ativos; e pelo fato deles muitas vezes constituírem o lastro ou ativo das operações de securitização. O conjunto dos títulos gerais, basicamente devido a sua natureza não específica e consequente aplicação em uma larga gama de segmentos, são os títulos do mercado de finanças estruturadas que, por mais um ano, tiveram o maior montante de emissão, equivalente a R$ 68,83 bilhões. Os títulos imobiliários, apesar da especificidade setorial, alcançaram um montante de emissão de R$ 35,74 bilhões, um volume expressivo que reflete a relevância crescente do setor na economia brasileira. Por último, as emissões dos títulos do agronegócio, de somente R$ 1,31 bilhão, são um indicativo dos desafios 11

Finanças Estruturadas 2012 Introdução que este setor ainda tem pela frente em termos de evolução no mercado de capitais. A figura 1 apresenta estes montantes emitidos em 2011. Emissões por Categoria (Geral, Imobiliário, Agronegócio) 2011 (em R$ milhões) FIG. 1 Fonte: Uqbar 80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000 20.000 10.000 0 Títulos Gerais Títulos Imobiliários Títulos do Agronegócio Se mensurados através do montante consolidado de negociações em 2011, o conjunto de títulos imobiliários esteve à frente do de títulos gerais, R$ 13,63 bilhões e R$ R$ 11,60 bilhões respectivamente, seguidos por último pelos títulos do agronegócio com apenas R$ 1,57 bilhão. O número de montante de negociações contabiliza todas as negociações registradas na CETIP e/ou ocorridas na BM&FBOVESPA que aconteceram imediatamente a partir do final do processo de subscrição das emissões primárias dos títulos. A figura 2 apresenta estes montantes negociados em 2011. Negociações por Categoria (Geral, Imobiliário, Agronegócio) 2011 (em R$ milhões) FIG. 2 Fonte: Uqbar 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 Títulos Gerais Títulos Imobiliários Títulos do Agronegócio 12

Finanças Estruturadas 2012 Introdução No conjunto de títulos gerais, o mercado de cotas de FIDC demonstrou em 2011 um forte ritmo de expansão em alguns de seus subgrupos e segmentos, dentre eles dois já apontados na edição do ano passado deste Anuário. O primeiro subgrupo inclui aqueles fundos dedicados a financiar os fornecedores de grandes empresas (FIDC de Fornecedores). Em 2011, três novos FIDC deste tipo foram estruturados e um foi liquidado, elevando o total destes fundos de sete para nove. O patrimônio líquido consolidado deste subgrupo saltou de R$ 155,6 milhões no final de 2010 para R$ 452,7 milhões no término do ano passado. A figura 3 apresenta a evolução histórica do número de fundos e do patrimônio líquido (PL) dos FIDC de Fornecedores. PL dos FIDC de Fornecedores FIG. 3 Fonte: Uqbar 500 12 450 400 10 Set 06 Dez 06 Mar 07 Jun 07 Set 07 Dez 07 Mar 08 Jun 08 Set 08 Dez 08 Mar 09 Jun 09 Set 09 Dez 09 Mar 10 Jun 10 Set 10 Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11 Dez 11 PL (R$ milhões) 350 300 250 200 8 6 Número de FIDC 150 4 100 2 50 0 0 PL (R$ milhões) Número de FIDC O outro tipo de FIDC que também aumentou sua participação no mercado é aquele que conta com vários cedentes que, por sua vez, pertencem a diversos segmentos da economia. São os já conhecidos fundos multi-cedentes multi-sacados cuja origem é, na sua maioria, do segmento de factoring. A evidência é de que as sociedades de fomento mercantil continuam a migrar suas atividades para o universo de FIDC por razões fiscais e pela possibilidade de alavancagem na captação de recursos. Os fundos deste segmento cresceram de um patrimônio líquido consolidado de R$ 1,91 bilhão em janeiro de 2010 para um de R$ 4,60 bilhões em dezembro de 2011. Na figura 4 é exibido um comparativo entre o ritmo de crescimento do setor de FIDC como um todo e do subgrupo dos fundos multi-cedentes multi-sacados nos últimos dois anos a partir de janeiro de 2010. 13

Finanças Estruturadas 2012 Introdução Crescimento do PL dos FIDC Multi-cedentes Multi-sacados e da Indústria (Base 100 - Janeiro 2010) Fonte: Uqbar 250 200 150 100 50 Jan 10 Fev 10 Mar 10 Abr 10 Mai 10 Jun 10 Jul 10 Ago 10 Set 10 Out 10 Nov 10 Dez 10 Jan 11 Fev 11 Mar 11 Abr 11 Mai 11 Jun 11 Jul 11 Ago 11 Set 11 Out 11 Nov 11 Dez 11 FIG. 4 FIDC Multi Cedentes Multi Sacados Indústria FIDC O mercado de títulos ligados ao setor imobiliário mostrou expansão ainda mais forte no ano e, entre estes títulos, o CRI, que é o principal título de securitização vinculado a este setor, figurou em destaque. Mesmo assim, apesar de mais um ano de crescimento marcante, o mercado de CRI ainda representa uma fatia pequena da quantidade consolidada de crédito imobiliário na economia. Em outros países com grau de desenvolvimento do mercado de capitais comparável ou mesmo inferior ao do Brasil, a participação relativa deste tipo de títulos no financiamento do setor é bem mais alta. O destaque do ano foi a participação do FGTS como comprador destes títulos. No total foram mais de R$ 2,50 bilhões de títulos lastreados em créditos cedidos por importantes instituições financeiras como CEF, Banco Itaú e Banco Santander. Estas operações, diferentemente da maioria realizada no mercado, tiveram como indexador a Taxa Referencial (TR) de juros e como lastro créditos originados de acordo com o Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Entre os títulos do agronegócio, o único título de securitização, o CRA, continua tendo seu montante consolidado de emissões crescendo a taxas relevantes, porém ainda sobre uma base muito pequena, principalmente se levados em conta a importância e tamanho deste setor na economia brasileira. Em seguida aos primeiros três capítulos referentes aos mercados de títulos, o Anuário traz o capítulo referente aos rankings de emissões, emissores e prestadores de serviços para este mercado, uma vasta compilação de informações que oferece um outro tipo de análise sobre o ocorrido ao longo de 2011. Um capítulo, presente em todas as demais edições deste Anuário, foi eliminado nesta publicação: aquele que abordava o mercado de Derivativos de Crédito. A razão é evidente. Apesar de diversas tentativas de alguns 14

Finanças Estruturadas 2012 Introdução participantes de mercado, este é um segmento do mercado de finanças estruturadas ainda inexistente no Brasil. Ao se adentrar o ano de 2012, dois diagnósticos parecem presentes em boa parte das análises do cenário econômico-financeiro brasileiro. Por um lado, o quadro de baixo nível de investimento em capital fixo na economia e as limitações operacionais e regulatórias do setor bancário para atender, diretamente de seu balanço, de forma eficiente e maximizadora, toda a demanda e oferta de recursos existentes na economia, indicam a necessidade de alternativas de mercado que possibilitem o financiamento de longo prazo, voltado principalmente para os setores de infraestrutura e imobiliário. Por outro, se prevê o surgimento de um mercado mais amplo de títulos de crédito privado, como reação a uma demanda crescente dos investidores por retornos diferenciados em um ambiente de taxas de juro declinantes. Estas duas necessidades resultam em um promissor cenário para o desenvolvimento do mercado de capitais além das fronteiras historicamente estabelecidas. É justamente neste contexto que surge a importância do mercado de finanças estruturadas, que tenta aproximar de forma direta e objetiva tomadores e doadores de recursos. Veículos como o FIDC e as Securitizadoras Imobiliárias e títulos como as cotas de FIDC e os CRI se apresentam, na evolução do mercado de capitais brasileiro, como opções atraentes que podem contribuir exatamente para o atendimento de questões prementes como as diagnosticadas acima. 15

capítulo UM TíTULOS GERais

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais INTRODUÇÃO Este é o primeiro de três capítulos dedicados a diferentes categorias de títulos mobiliários. Neste capítulo são abordados os títulos gerais, aqueles que não são associados especificamente a um setor de negócios, como nos casos dos títulos imobiliários e dos títulos do agronegócio. Fazem parte da categoria dos títulos gerais relacionados ao mercado de finanças estruturadas as cotas de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), as Cédulas de Crédito Bancário (CCB) e os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB). As cotas de FIDC têm representado, há quase uma década, o principal título de securitização no Brasil. Os FIDC são veículos que podem e são usados como forma de captação de recursos nos mais variados setores da economia. O montante consolidado de emissões de cotas de FIDC tem crescido ininterruptamente desde 2003, com exceção para o ano de 2009. Nos últimos dois anos, o montante total emitido cresceu a taxas bastante altas, tendo saltado de R$ 12,52 bilhões em 2009 para R$ 22,87 bilhões em 2010, e atingido R$ 36,52 bilhões no último ano. 1 Um ponto a destacar neste crescimento é a forma pela qual foram realizadas as distribuições destes títulos no mercado. A maior parte das emissões de 2011 foi distribuída com esforços restritos, de acordo com a Instrução CVM nº 476 (ICVM 476), ou tiveram dispensa de registro. O montante de ofertas públicas registradas reguladas pela Instrução CVM nº 400 (ICVM 400) não exibiu tendência de crescimento no último ano. Em 2011, o montante emitido de acordo com a ICVM 400 foi de R$ 6,30 bilhões, nível comparável ao dos anos anteriores, com exceção de 2009, quando o montante foi substancialmente menor. Assim como tem sido há alguns anos, os recursos captados pelos FIDC em 2011 foram investidos predominantemente em quatro tipos de ativos, compostos por créditos decorrentes: (i) de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas; (ii) de financiamentos para consumo não específico a pessoas físicas, incluindo operações com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque especial; (iii) de financiamentos a pessoa jurídica para a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes) e outros fins como comércio exterior, infraestrutura e desenvolvimento; e (iv) da venda financiada de um bem ou serviço realizado por pessoas jurídicas, sendo o financiamento geralmente de curto prazo, 30 a 90 dias. 1 Este número não considera as emissões do FIDC Sistema Petrobras NP. A Uqbar exclui esse fundo em todas as suas análises sobre o mercado de FIDC devido às suas características particulares, seu tamanho totalmente desproporcional com relação ao restante do mercado e o fato de que a inclusão de seus dados comprometeria seriamente a análise de desempenho do mercado. Informações sobre este fundo podem ser encontradas no Orbis. 18

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Conforme critério estabelecido pela Uqbar, estes créditos compõem, respectivamente, as seguintes classes de ativos investidos por FIDC (ativoslastro): Financiamento de Veículos, Crédito Pessoal, Crédito Pessoa Jurídica e Recebíveis Comerciais. Apesar do setor de FIDC ter mantido a concentração típica histórica nestas quatro classes de ativos-lastro em 2011, houve um pequeno movimento no sentido de diminuição desta concentração no último ano. Em 2010, as quatro classes de ativos-lastro dominaram 82,4% das emissões de cotas, enquanto que em 2011 esta preponderância caiu para 73,6%. Se levada em conta a classe denominada Multiclasse, a qual é composta por fundos que, em sua maioria, também investem nestas quatro maiores classes de ativo, a participação de mercado destes ativos foi de 95,3% em 2010 e 92,8% em 2011. Este pequeno recuo no grau de concentração se explica pelo crescimento em emissões da classe Prestação de Serviços Públicos, a quinta maior classe, que é formada por créditos decorrentes da prestação de serviços públicos como, por exemplo, saneamento básico. Fundos pertencentes a esta classe emitiram R$ 1,48 bilhão em 2011, contra apenas R$ 128,5 milhões no ano anterior. Fundos cujos ativos pertencem à classe Financiamento de Veículos foram os que mais emitiram no último ano, R$ 7,39 bilhões, acima dos R$ 6,32 bilhões em 2010. Porém, no ranking de ativos-lastro, esta classe perdeu participação relativa no ano, tendo sua fatia do total caído de 27,6% para 20,2%. Ao mesmo tempo, a classe Recebíveis Comerciais, mesmo tendo aumentado ligeiramente seu volume de emissão de R$ 5,62 bilhões para R$ 5,74 bilhões, foi a que mais perdeu participação relativa em 2011, decrescendo de 24,6%, quando era a segunda maior classe em 2010, para 15,7% do total, se tornando assim a quarta classe em 2011. Finalmente, a classe que mais ganhou participação relativa neste período foi Crédito Pessoa Jurídica, subindo de 13,5%, na quarta colocação em 2010, para 18,3% do total, passando para a terceira colocação em 2011, tendo seu montante de emissão crescido de R$ 3,10 bilhões para R$ 6,68 bilhões. Em relação à classe Financiamento de Veículos, a BV Financeira foi a instituição que mais captou recursos através de FIDC com este tipo de lastro. Os FIDC BV Financeira I, II, IV e VI emitiram aproximadamente R$ 4,20 bilhões em cotas no ano, sendo que somente o BV Financeira VI, lançado em 2011, emitiu R$ 2,65 bilhões. Entre os fundos pertencentes à classe Crédito Pessoal, o FIDC F ACB Financeiro teve a liderança isolada por montante emitido, equivalente a R$ 4,27 bilhões. Apesar do montante emitido ser significativo, o fundo, lançado em 2011, emitiu apenas R$ 630,6 milhões em cotas da classe sênior (cotas sênior). Os demais R$ 3,63 bilhões são títulos pertencentes à classe subordinada (cotas subordinadas). O fundo, que investe em uma carteira de empréstimos com consignação em folha de pagamento, é um 19

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais dos dois maiores FIDC do mercado e, assim como o outro grande fundo do mercado, o FIDC BCSul Verax Multicred Financeiro, tem o Banco Cruzeiro do Sul como cedente e como investidor majoritário através de posição em cotas subordinadas. Na classe Crédito Pessoa Jurídica tiveram destaque as emissões do FIDC Insumos Básicos da Indústria Petroquímica, que totalizaram R$ 1,02 bilhão, tendo como cedente a Petrobras. Na classe Recebíveis Comerciais, a que apresentou o maior número de fundos emissores em 2011, um total de 85, duas operações merecem menção pelos valores e por serem de fundos que já estão em funcionamento há alguns anos. O FIDC For-te, que tem como cedentes empresas fornecedoras de bens e serviços para as empresas do Grupo Telefônica, devedoras dos créditos do fundo, emitiu R$ 1,62 bilhão em cotas no ano; enquanto que o FIDC Caterpillar do Segmento Industrial II, que tem a Caterpillar como cedente, emitiu R$ 1,57 bilhão, sendo R$ 858,6 milhões em cotas sênior e R$ 709,5 milhões em cotas subordinadas outro fundo com um alto índice de subordinação. Finalmente, vale também destacar o FIDC Cedae, da classe Prestação de Serviço Público, que emitiu R$ 1,22 bilhão, sendo R$ 1,14 bilhão em cotas sênior e R$ 76,2 milhões em cotas subordinadas. Outro indicador de crescimento no mercado de cotas de FIDC como um todo é o referente ao montante consolidado anual de emissões de novos fundos, ou seja, emissões apenas de FIDC que emitiram pela primeira vez no respectivo ano. Em 2011 este indicador alcançou R$ 22,84 bilhões (62,6% do total), contra R$ 12,66 bilhões em 2010 (55,4% do total) e R$ 6,06 bilhões em 2009 (48,4% do total). O número de fundos registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) também vem subindo anualmente, atingindo 110 em 2011, contra 99 no ano anterior. Os registros de depósitos e de estoque de cotas de FIDC na CETIP indicaram forte expansão em 2011. Já tendo saltado de R$ 1,85 bilhão em 2009 para R$ 9,06 bilhões em 2010, o nível de depósitos atingiu R$ 12,97 bilhões em 2011. Já o montante em estoque, que se encontrava em R$ 14,54 bilhões no final de 2010, pulou para R$ 25,42 bilhões em dezembro do ano passado. Entre as principais classes de ativo-lastro, as alterações mais significativas entre 2010 e 2011 são de aumento de PDD/DC para Crédito Pessoa Jurídica e diminuição do mesmo indicador para Recebíveis Comerciais. Conforme ilustrado por dois tipos de gráficos neste capítulo, estas mudanças podem ser detectadas tanto através da leitura deste índice para estas classes no final de cada ano, como pela interpretação do comportamento da variação mensal deste índice normalizado ao longo do ano. 20

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Na avaliação do rendimento esperado das emissões de cotas de FIDC em 2011 com classificação de risco AAA e AA e duration entre 1,5 e 3,5 anos das principais categorias de ativo-lastro, percebe-se um pequeno aumento do spread mínimo registrado em relação a 2010. A exceção ficou por conta da classe Crédito Pessoal, que teve seu spread mínimo para as emissões AAA reduzido de 193, em 2010, para 127 no último ano. Este spread em 2011 ocorreu em uma emissão da cota sênior do FIDC Fênix de Varejo, cujos cedentes são as Lojas Americanas e a empresa B2W e cujos recebíveis são contratos de cartão de crédito que tem pessoas físicas como devedores. Vale apontar também que, para as emissões de cotas em 2011 da classe Recebíveis Comerciais, as duas emissões AAA saíram com um spread superior àquele de todas as emissões AA. Analisando-se a composição dos investidores de cotas de FIDC no mercado primário em 2011, tomando como base 55,6% do total das emissões no ano, referente às informações às quais a Uqbar teve acesso, percebe-se uma pequena diminuição da participação relativa à categoria dos fundos de investimento em relação a 2010. Naquele ano esta participação tinha sido de 34,0% do total, caindo agora para 27,7%. Por outro lado, a participação da categoria das instituições ligadas à distribuição das cotas e pessoas físicas e jurídicas e instituições financeiras vinculadas aos originadores dos créditos ficou em 30,1%. Ainda relevante, entidades de previdência tiveram mais uma vez uma participação tímida, de 3,5%, e o Fundo Garantidor de Crédito se viu detentor de 1,7% das cotas emitidas no ano. No ambiente de mercado secundário, o montante anual de cotas negociadas registrado na CETIP e BM&FBOVESPA voltou a subir um pouco depois de três anos em queda. De 2007 a 2010, o montante negociado anual caiu de forma aproximadamente linear de R$ 4,36 bilhões para R$ 1,24 bilhão. Em 2011, o montante aumentou para R$ 2,61 bilhões. O mercado secundário de cotas de FIDC continua com um nível de liquidez muito reduzido, principalmente se medido pelo número de negócios. Este comportamento diverge da tendência de expansão no mercado apontada pelos números de emissão, patrimônio líquido, depósitos e estoque. Há fatores estruturais que podem explicar este fenômeno como, por exemplo, a ausência de participantes dedicados ao mercado secundário. Mas o principal avanço necessário para a evolução do secundário está relacionado aos aspectos informacionais deste setor. O efetivo monitoramento de investimentos nestes títulos e a capacidade de se desenvolver seu apreçamento de forma consistente com seu risco decorrem, em um primeiro plano, do nível de transparência neste mercado, principalmente no tocante ao lastro das operações. A Uqbar espera que a partir de 2012, com a totalidade dos fundos em operação no país divulgando 21

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais mensalmente dados mais detalhados sobre o desempenho de seus ativos, através do novo formato de Informe Mensal estipulado pela Instrução CVM nº 489, uma importante barreira tenha sido vencida. Vale, no entanto, frisar a dificuldade ainda existente de obtenção de forma simples e prática de dados elementares como, por exemplo, os valores patrimoniais das cotas, na frequência compatível com a dinâmica de um mercado secundário robusto, ou seja, diariamente. Em 2011, mais uma vez, instituições financeiras brasileiras predominaram no papel de cedentes de direitos creditórios no setor de FIDC. Desta vez, este segmento de atividade econômica correspondeu a uma fatia de 65,3% do mercado quando medido pelo montante total emitido, uma expansão desta participação se comparada aos 57,0% referentes a 2010. Esta preponderância advém do peso das classes Financiamento de Veículos e Crédito Pessoal no setor como um todo. Vale aqui a observação de que, apesar da utilização crescente da securitização, por parte das instituições financeiras, como forma de captação de recursos, esta tendência não tem sido constatada, no mesmo passo, em relação ao crédito imobiliário. Conforme será abordado no capítulo de Títulos Imobiliários, no Brasil, diferentemente de outros países, os principais cedentes de créditos imobiliários para operações de securitização são as empresas do setor imobiliário. Finalizando a parte referente às cotas de FIDC, no que diz respeito à qualidade de crédito dos ativos investidos por estes fundos, dois grupos de indicadores apresentam conclusões divergentes. A análise do grupo de indicadores que relatam a evolução dos montantes consolidados de provisões para devedores duvidosos (PDD) e de créditos vencidos e não pagos (Atrasos) do setor de FIDC aponta para uma tendência de ligeira melhora no desempenho deste mercado ao longo de 2011. PDD e Atrasos são indicadores associados aos níveis de inadimplência e crescem de forma inversamente proporcional ao bom desempenho. Em 2011, ambos indicadores cresceram, de forma paralela, em termos absolutos, mas decresceram em termos relativos, tanto em comparação ao montante consolidado de direitos creditórios (DC) como ao de patrimônio líquido. Os quocientes PDD/DC e Atrasos/DC caíram, respectivamente, de 5,7% e 8,0%, em dezembro de 2010, para 4,9% e 6,5%, no final de 2011. Por outro lado, tomando-se como base exclusivamente o número de ações de elevação e de rebaixamento das agências de classificação de risco, chega-se à conclusão de que em 2011 o quadro geral apresenta tendência de ligeira piora. Enquanto cinco cotas (quatro sênior e uma mezanino), todas de fundos diferentes, tiveram um total de cinco elevações de classificação realizadas por duas agências, dezesseis cotas (sete sênior, cinco mezanino, 22

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais duas subordinadas e duas únicas), de oito fundos diferentes, tiveram um total de 18 rebaixamentos realizados por quatro agências. É importante ressaltar que os dois grupos de indicadores aplicam-se a universos diferentes. Enquanto que o primeiro cobre todos os fundos em operação no país, o segundo aplica-se apenas àqueles fundos que têm suas cotas classificadas pelas agências. Avançando a análise para os outros dois títulos gerais, o mercado de CCB voltou a dar demonstração de força em 2011, retomando trajetória ascendente em seus níveis de depósito, estoque e negociações registrados na CETIP. Este movimento de alta reflete, de certa forma, a tendência de aumento no nível geral de crédito na economia. A CCB é um título de crédito geral, não vinculado a um setor de negócios específico, e muito utilizado para operações de crédito em geral. Este título está associado ao mercado de Finanças Estruturadas tanto por fazer parte de carteiras de recebíveis de FIDC como por se caracterizar como um instrumento per se de captação de recursos com possíveis estruturas de garantias atreladas. O nível de depósitos anuais de CCB na CETIP subiu pelo segundo ano consecutivo, estabelecendo novo recorde histórico. Em 2011 foram depositados R$ 31,87 bilhões, contra R$ 21,39 bilhões no ano anterior. A cifra recorde até então era de R$ 23,15 bilhões, referente a 2008. O montante em estoque na mesma câmara também atingiu novo recorde histórico, registrando R$ 22,53 bilhões em dezembro de 2011, versus R$ 18,18 bilhões no final do ano anterior. Finalmente, o montante anual de negócios registrados na CETIP voltou a crescer depois de três anos de queda, alcançando R$ 8,48 bilhões em 2011, contra R$ 6,57 bilhões no ano anterior. A cifra anual recorde permanece sendo a de 2007, com R$ 11,95 bilhões. O mercado de CCCB, por sua vez, continuou apresentando tendência de queda em todas as suas variáveis no último ano. Os CCCB funcionam como instrumento de transferência de risco, ao permitir que instituições financeiras possam agrupar e vender as cédulas que estas detêm em seus ativos. A leitura que se faz, frente ao comportamento em expansão do mercado de CCB, é a de que houve não só uma menor demanda no mercado pelos certificados de cédulas, como também uma menor necessidade, por parte das instituições financeiras, de transferência de risco de seus balanços através desta ferramenta financeira de agrupamento. Em 2011, depósitos de CCCB na CETIP somaram R$ 445,7 milhões, contra R$ 1,06 bilhão em 2010. O nível de estoque fechou o ano em R$ 898,2 milhões, abaixo do R$ 1,39 bilhão do final do ano anterior. Por fim, os negócios no secundário totalizaram apenas R$ 489,9 milhões, menos de um terço da cifra de R$ 1,52 bilhão referente ao ano de 2010. 23

COTAS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS (FIDC) Esta seção apresenta informações sobre cotas de FIDC. Inclui um resumo dos principais termos e condições destes títulos e dados e estatísticas sobre emissões, registros na CVM e na CETIP, desempenho dos direitos creditórios, spreads, investidores, negociações no mercado secundário, cedentes e as elevações e rebaixamentos realizados pelas agências de classificação de risco para este mercado no ano de 2011.

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Descrição Emissor Ativos Resumo dos Termos e Condições Fração ideal de patrimônio do Emissor. Fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), uma comunhão de recursos que destina parcela preponderante do respectivo patrimônio líquido (acima de 50,0%) para a aplicação em direitos creditórios. Os FIDC podem ser constituídos sob a forma de condomínio aberto ou fechado e ter prazo de duração determinado ou indeterminado. Direitos e títulos representativos de crédito, originários de operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de hipotecas, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços, bem como em outros ativos representativos de crédito. garantia Os créditos subjacentes poderão ter garantias reais ou fidejussórias. Regime Fiduciário Não aplicável. Forma e Registro Escritural, mantida em conta de depósito em nome de seus titulares. As cotas de fundo fechado colocadas junto a investidores qualificados poderão ser registradas para negociação secundária em bolsa de valores ou em mercado de balcão organizado. Classe São admitidas cotas de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de amortização e resgate, e cotas de classe subordinada, que se subordinam às cotas sênior para efeito de amortização e resgate. Pagamentos Fundo aberto Cotas podem ser resgatadas a qualquer momento, de acordo com os termos e condições especificados no regulamento do fundo. Fundo fechado Cotas só podem ser resgatadas em situações específicas, tais como: (i) no término do prazo de duração de cada série ou classe das cotas ou do fundo, conforme estabelecido em seu regulamento; ou (ii) em virtude da liquidação do fundo. Além disso, são amortizadas: (a) em datas preestabelecidas no regulamento do fundo; ou (b) em virtude de decisão da assembleia geral de cotistas. Rentabilidade Estimada As cotas sênior podem ter um parâmetro de rentabilidade estimado, que não representa nem pode ser considerado como uma promessa, garantia ou sugestão de que a cota atingirá tal rentabilidade. Representa o limite máximo de remuneração possível para os investidores destas cotas. Distribuição Por intermédio de instituições integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários autorizadas a exercer esta atividade pelo Banco Central do Brasil. No caso de fundo fechado, ofertas públicas dependem de prévio registro na CVM, exceto se cumprirem com os requisitos previstos nas normas da CVM para dis pensa de registro. 26

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Transferência Somente Investidores Qualificados podem subscrever ou adquirir cotas de FIDC, conforme instrução específica da CVM que define o termo. Apesar das cotas de FIDC não possuírem um valor unitário mínimo estabelecido, o investimento mínimo para aplicação em cotas de FIDC é de R$ 25.000,00. Fundo aberto as cotas não podem ser objeto de cessão ou transferência, salvo por decisão judicial, excussão de garantia ou sucessão universal. Fundo fechado as cotas podem ser transferidas mediante termo de cessão e transferência, assinado pelo cedente e pelo cessionário, e registrado em cartório de títulos e documentos, ou através de bolsa de valores ou entidade de mercado de balcão organizado onde as cotas do fundo sejam admitidas à negociação. Liquidação Financeira CETIP ou BM&FBOVESPA. Ambiente de Negociação CetipNet, Somafix e BovespaFix. Emissões As figuras 5 e 6 apresentam, respectivamente, o histórico de emissões de cotas de FIDC e as composições por ativo-lastro destas emissões para os anos de 2010 e 2011. A tabela 1 descreve os critérios utilizados pela Uqbar para classificar os FIDC por tipo de ativos investidos. Emissões de Cotas de FIDC - Montante (em R$ milhões) FIG. 5 Fonte: Uqbar 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Sem o FIDC Sistema Petrobrás Emissões ICVM nº 400 (R$ milhões) Montante Total (R$ milhões) 27

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Composição das Emissões de Cotas de FIDC por Ativo-lastro 2010 e 2011 (% do Montante Emitido) Fonte: Uqbar Financiamento de Veículos Crédito Pessoal Multiclasse Crédito Pessoa Jurídica Recebíveis Comerciais Prestação de Serviço Público Setor Público Crédito Imobiliário Recebíveis do Agronegócio Recebíveis Educacionais Títulos Mobiliários Direitos Sem o FIDC Sistema Petrobrás 0 5 10 15 20 25 30 2011 2010 FIG. 6 Definições das Classes de Ativo-lastro de FIDC Tabela 1 Ativo-lastro Crédito Imobiliário Crédito Pessoa Jurídica Crédito Pessoal Direitos Financiamento de Veículos Prestação de Serviço Público Recebíveis Comerciais Recebíveis do Agronegócio Recebíveis Educacionais Recebíveis Médicos Setor Público Títulos Mobiliários Tributos Multiclasse Definição Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição ou desenvolvimento de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações realizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e Sistema Financeiro da Habitação (SFH), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Créditos decorrentes de financiamentos a pessoa jurídica, geralmente têm como finalidade a aquisição de bens (excluindo imóveis e veículos, já pertencentes a outras classes), mas podem incluir outros fins como, por exemplo, comércio exterior, infraestrutura e desenvolvimento. Créditos decorrentes de financiamentos para consumo não específico. Inclui operações de financiamento com e sem consignação em folha de pagamento, cartão de crédito e cheque especial. Créditos decorrentes da cobrança de direitos trabalhistas ou cobrança de uma patente de produto, processo de produção, marca, etc. para permitir seu uso ou comercialização. Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição de veículos automotores, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Créditos decorrentes da prestação de serviços públicos (e.g. saneamento básico). Créditos de curto prazo, geralmente de 30 a 90 dias, decorrentes da venda de um bem ou serviço realizado por pessoas jurídicas. Estes ativos são regularmente utilizados por empresas como fonte de geração de capital de giro através de desconto destes junto a instituições financeiras (e.g. desconto de duplicatas ou cheques). Créditos decorrentes de financiamentos rural e agroindustrial, tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Finalidades para estes financiamentos incluem investimento, custeio ou comercialização da produção. Créditos incluem financiamentos a pessoa física com fins educacionais (e.g. pagamento de empréstimo para cursar uma universidade) e pagamentos decorrentes da prestação de serviços educacionais (e.g. mensalidade escolar). Créditos incluem (i) contratos de prestação de serviços médico-hospitalares, celebrados entre prestadores de serviços médicos (entidades hospitalares, clínicas, laboratórios de diagnósticos, etc.) e administradoras de planos de saúde, cooperativas médicas e odontológicas, seguradoras especializadas em saúde e instituições equivalentes (operadoras); e (ii) contratos de seguro saúde celebrados entre operadoras e empresas para o fornecimento de planos de saúde a seus empregados. Créditos que têm como devedor o governo federal, estadual ou municipal, ou empresas cuja totalidade do controle acionário é detida pelo poder público, decorrentes da emissão de instrumentos de dívida, assunção e/ou reestruturação de passivos. Créditos decorrentes do investimento em valores mobiliários (e.g. debêntures, commercial papers, etc.). Créditos decorrentes de impostos devidos ao setor público por pessoas físicas e jurídicas. Créditos que incluem duas ou mais classes de ativo-lastro dentre as mencionadas nesta tabela. 28

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Registros Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à CETIP Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). Informações incluem a evolução histórica de registros de FIDC e das ofertas públicas de cotas na autarquia e dados sobre custódia destes títulos junto à CETIP. CVM A figura 7 apresenta a evolução histórica dos registros de ofertas públicas de cotas de FIDC concedidos pela CVM e a figura 8 apresenta a evolução histórica dos registros de FIDC junto à mesma. Ofertas Públicas de Cotas de FIDC Fonte: Uqbar 14.000 FIG. 7 80 Montante Registrado (R$ milhões) 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 70 60 50 40 30 20 Quantidade de Registros 2.000 10 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 0 Montante Registrado Quantidade de Registros Número de FIDC Registrados na CVM Fonte: Uqbar FIG. 8 120 100 80 60 40 20 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 29

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais CETIP As figuras 9 e 10 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos e do estoque referentes ao mercado de cotas de FIDC. Depósitos de Cotas de FIDC na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 9 Fonte: CETIP 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estoque de Cotas de FIDC na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP 30.000 FIG. 10 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Jun 05 Set 05 Dez 05 Mar 06 Jun 06 Set 06 Dez 06 Mar 07 Jun 07 Set 07 Dez 07 Mar 08 Jun 08 Set 08 Dez 08 Mar 09 Jun 09 Set 09 Dez 09 Mar 10 Jun 10 Set 10 Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11 Dez 11 30

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Desempenho A figura 11 mostra a relação percentual entre Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) e Atrasos e os respectivos montantes. Já a figura 12 mostra as trajetórias de PDD e de Atrasos em relação ao montante consolidado de Direitos Creditórios (DC) do setor. Atrasos, PDD e PDD/Atrasos FIG. 11 Montante (R$ milhões) Fonte: Uqbar 4.500 90,0 % 4.000 80,0 % 3.500 70,0 % 3.000 60v % 2.500 50,0 % 2.000 40,0 % 1.500 30,0 % PDD / Atrasos 1.000 20,0 % 500 10,0 % 0 Jan 06 Mar 06 Mai 06 Jul 06 Set 06 Nov 06 Jan 07 Mar 07 Mai 07 Jul 07 Set 07 Nov 07 Jan 08 Mar 08 Mai 08 Jul 08 Set 08 Nov 08 Jan 09 Mar 09 Mai 09 Jul 09 Set 09 Nov 09 Jan 10 Mar 10 Mai 10 Jul 10 Set 10 Nov 10 Jan 11 Mar 11 Mai 11 Jul 11 Set 11 Nov 11 0 Atrasos (R$ milhões) PDD (R$ milhões) PDD/Atrasos Evolução dos Índices Atrasos/DC e PDD/DC Fonte: Uqbar 9,0 FIG. 12 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Fev 06 Abr 06 Jun 06 Ago 06 Out 06 Dez 06 Fev 07 Abr 07 Jun 07 Ago 07 Out 07 Dez 07 Fev 08 Abr 08 Jun 08 Ago 08 Out 08 Dez 08 Fev 09 Abr 09 Jun 09 Ago 09 Out 09 Dez 09 Fev 10 Abr 10 Jun 10 Ago 10 Out 10 Dez 10 Fev 11 Abr 11 Jun 11 Ago 11 Out 11 Dez 11 PDD/DC Atrasos/DC 31

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais As figuras 13 e 14 em conjunto apresentam, respectivamente, as razões percentuais entre PDD e DC para os anos de 2010 e 2011 e as variações mensais de PDD Normalizada em 2011 segregadas por Ativo-lastro. A PDD Normalizada de um determinado mês é calculada através da divisão entre a variação mensal de PDD e o montante de DC do mês anterior. PDD/DC por Ativo-lastro 2010 e 2011 FIG. 13 Fonte: Uqbar Recebíveis do Agronegócio Crédito Pessoa Jurídica Recebíveis Educacionais Títulos Mobiliários Multiclasse Financiamento de Veículos Crédito Pessoal Recebíveis Comerciais Crédito Imobiliário Setor Público 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Dez 2011 Dez 2010 Variação de PDD Normalizada das maiores classes de Ativo-lastro em 2011 Fonte: Uqbar 6,0 FIG. 14 4,0 2,0 0,0-2,0-4,0-6,0-8,0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Crédito Pessoa Jurídica Crédito Pessoal Financiamento de Veículos Multiclasse Recebíveis Comerciais 32

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Spreads As tabelas 2 e 3 mostram os spreads calculados, em pontos bases, como o excedente da taxa de retorno do título frente à Taxa DI de duração equiva lente. Foram considerados os títulos que possuíam na data de emissão dura ção estimada dentro do intervalo de 1,5 a 3,5 anos. Spreads por Classificação de Risco Tabela 2 Classificação Spread Mínimo 2009 2010 2011 Spread Máximo Spread Mínimo Spread Máximo Spread Mínimo Spread Máximo AAA 217 217 92 307 113 397 AA 243 540 121 557 212 491 Fonte: Uqbar Spreads por Ativo-Lastro Tabela 3 Ativo-lastro Recebíveis Comerciais Financiamento de Veículos Crédito Pessoal Classificação Spread Mínimo 2009 2010 2011 Spread Máximo Spread Mínimo Spread Máximo Spread Mínimo Spread Máximo AAA 217 217 92 191 380 397 AA 214 540 138 456 250 257 AAA - - - - 138 195 AA 148 148 123 123 341 341 AAA - - 193 307 127 299 AA - - 121 249 - - Fonte: Uqbar Investidores A participação por classe de investidor em cotas de FIDC é apresentada na figura 15. Essa estatística está baseada em dados coletados pela Uqbar nos anúncios de encerramento de distribuição, que representaram aproximadamente 55,6% do total emitido no ano. Composição do Montante Emitido de Cotas de FIDC em 2011 por Classe de Investidor (% de Montante) FIG. 15 Fonte: Uqbar 1,7 % 1,3 % 1,6 % 2,0 % 3,5 % Pessoas (físicas ou jurídicas) Ligadas ao(s) Originador(es) dos Créditos Fundos de Investimento 30,1 % 27,7 % 10,2 % 30,1 % Instituições Intermediárias Participantes do Consórcio de Distribuição Instituições Financeiras Ligadas a(os) Originador(es) dos Créditos Entidades de Previdência Privada 21,9 % 10,2 % 3,5 % 21,9 % Outras Pessoas Jurídicas 2,0 % 27,7 % FGC Outras Instituições Financeiras Outros 1,7 % 1,3 % 1,6 % 33

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Mercado Secundário A figura 16 mostra a evolução histórica do montante negociado de cotas de FIDC realizado na BM&FBOVESPA e registrado na CETIP. Negociações de Cotas de FIDC na BM&FBOVESPA e CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 16 Fonte: Uqbar 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 2004 2005 2006 CETIP 2007 2008 2009 BM&FBOVESPA 2010 2011 Cedentes A figura 17 apresenta a distribuição dos cedentes de ativos para FIDC por tipo de atividade econômica destes. As participações foram calculadas tendo como base o montante de títulos emitidos durante o ano de 2011. A categoria Multisegmento inclui cedentes de dois ou mais setores econômicos. Emissões de cotas de FIDC por Atividade Econômica do Cedente 2011 FIG. 17 Fonte: Uqbar 4,1 % 3,8 % 4,4 % Intermediação Financeira 65,3 % 6,9 % Multisegmento 12,8 % Industria 6,9 % 12,8 % 65,3 % Eletricidade, Gás e Água Comércio 4,4 % 4,1 % Outros 3,8 % 34

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Classificação de Risco As tabelas 4 e 5 apresentam a lista das elevações e rebaixamentos de classificação de risco realizadas pelas agências de classificação de risco em 2011 para cotas de FIDC. Elevações de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2011 Tabela 4 FIDC Título Classificação Anterior Nova Classificação Agência de Classificação Celesc I Mercantis Sênior Série 1 AA+(bra) AAA(bra) Fitch 01/08/2011 Crédito Universitário Mezanino Série 1 braf bra+f S & P 23/11/2011 MPD KC Imobiliários Sênior Série 1 A+(bra) AA(bra) Fitch 12/08/2011 Multisetorial Hope LP Sênior Série 2 braaf braaaf S & P 03/02/2011 Omni Veículos IV Sênior Série 1 AA-(bra) AA+(bra) Fitch 04/11/2011 Data Fonte: Uqbar Rebaixamentos de Classificação de Risco de Cotas de FIDC em 2011 Tabela 5 FIDC Título Classificação Anterior Nova Classificação Agência de Classificação Ático Imobiliários Única AA(bra) AA-(bra) Fitch 14/12/2011 BBIF Master LP Única A- BBB Austin 13/05/2011 Comanche Clean Energy Mercantis Sênior Série 1 AA- A- LF 15/02/2011 Comanche Clean Energy Mercantis Sênior Série 1 A- BBB- LF 07/06/2011 Comanche Clean Energy Mercantis Sênior Série 1 BBB- BB- LF 15/08/2011 DB Master de Precatórios Federais NP Sênior A A- Austin 22/03/2011 Dulcini-Baldin Agroindustrial Sênior Série 1 A BBB LF 29/09/2011 Kobold Mercantis e Financeiros II NP Subordinada brbf brccf S & P 21/02/2011 Multisetorial Silverado Fornecedores do Sistema Petrobras Sênior Série 1 AA AA- Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Fornecedores do Sistema Petrobras Mezanino Série 1 BBB- BB+ Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Maximum Sênior Série 2 AA AA- Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Maximum Sênior Série 3 AA AA- Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Maximum Sênior Série 4 AA AA- Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Maximum Mezanino Série 1 BBB+ BBB Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Maximum Mezanino Série 2 BBB+ BBB Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Maximum Mezanino Série 3 BBB BB+ Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Maximum Mezanino Série 4 BBB BB+ Austin 15/08/2011 Multisetorial Silverado Maximum Subordinada BBB- BB- Austin 15/08/2011 Data Fonte: Uqbar 35

CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO (CCB) Esta seção apresenta informações sobre as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque das cédulas nesta câmara.

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Descrição Resumo dos Termos e Condições Título de crédito emitido, por pessoa física ou jurídica, em favor de instituição financeira ou de entidade a esta equiparada, representando promessa de pagamento em dinheiro, decorrente de operação de crédito, de qualquer moda lidade. A instituição credora deve integrar o Sistema Financeiro Nacional, sendo admitida a emissão da CCB em favor de instituição domiciliada no exterior, desde que a obrigação esteja sujeita exclusivamente à lei e ao foro brasileiros. CCB em favor de instituição domiciliada no exterior poderá ser emitida em moeda estrangeira. Emissor Pessoa física ou jurídica, que tem uma instituição financeira credora como contraparte. garantia Poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, cedularmente constituída. A constituição de garantia poderá ser feita na própria CCB ou em documento separado, neste caso fazendo-se, na cédula, menção a tal circunstância. Forma Cartular ou escritural. registro A validade e eficácia deste título de crédito não dependem de registro, mas as garantias reais, por ele constituídas, ficam sujeitas, para valer contra terceiros, aos registros ou averbações nos cartórios competentes, conforme previsto na legislação aplicável. Pagamento do Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os juros podem ser capitalizados. Negociação Diretamente entre as partes interessadas. Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza dos pelo Banco Central do Brasil. A negociação de CCB que constitua crédito, sem coobrigação da instituição cedente, contra órgão ou entidade do setor público, diretamente ou por meio de certificado, deve ser objeto de comunicação ao Banco Central do Brasil, sempre que o comprador for pessoa não integrante do Sistema Financeiro Nacional. Liquidação Financeira CETIP. 37

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Registros As figuras 18, 19 e 20 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos, do estoque e das negociações de CCB registrados na CETIP. Depósitos de CCB na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 18 Fonte: CETIP 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estoque de CCB na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP 25.000 FIG. 19 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Set 01 Dez 01 Mar 02 Jun 02 Set 02 Dez 02 Mar 03 Jun 03 Set 03 Dez 03 Mar 04 Jun 04 Set 04 Dez 04 Mar 05 Jun 05 Set 05 Dez 05 Mar 06 Jun 06 Set 06 Dez 06 Mar 07 Jun 07 Set 07 Dez 07 Mar 08 Jun 08 Set 08 Dez 08 Mar 09 Jun 09 Set 09 Dez 09 Mar 10 Jun 10 Set 10 Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11 Dez 11 Negociações de CCB na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 20 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 38

CERTIFICADOS DE CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO (CCCB) Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Cédulas de Crédito Bancário (CCCB). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque dos certificados nesta câmara.

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Descrição Emissor lastro Resumo dos Termos e Condições Título representativo de cédulas de crédito bancário. O CCCB pode representar cédulas de diferentes valores, prazos e condições de remuneração. Instituição financeira depositária de cédulas de crédito bancário, que responde pela origem e autenticidade das respectivas cédulas e atua como manda tária do seu titular, sendo responsável pela cobrança destas. CCB. As cédulas e as importâncias recebidas pela instituição financeira a título de pagamento do principal e de encargos não poderão ser objeto de penhora, arresto, sequestro, busca e apreensão, ou qualquer outro embaraço que impeça sua entrega ao titular do certificado. garantia Equivalente às garantias constituídas nas cédulas que representa. Forma Cartular ou escritural. Pagamento de Principal Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa. Pagamento de Juros Equivalente ao fluxo de pagamento das cédulas que representa. Negociação Diretamente entre as partes interessadas. Transferência Mediante endosso ou termo de transferência, se escritural, devendo, em qualquer caso, a transferência ser datada e assinada pelo seu titular ou mandatário com poderes especiais e averbada junto à instituição financeira emitente, no prazo máximo de dois dias. no caso de emissão sob a forma escritural, a titularidade também poderá ser transferida através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Liquidação Financeira CETIP. 40

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Gerais Registros As figuras 21, 22 e 23 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CCCB registrados na CETIP. Depósitos de CCCB na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 21 Fonte: CETIP 1.600 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estoque de CCCB na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP 1.600 FIG. 22 1.400 1.200 1.000 800 600 400 200 0 Dez 01 Mar 02 Jun 02 Set 02 Dez 02 Mar 03 Jun 03 Set 03 Dez 03 Mar 04 Jun 04 Set 04 Dez 04 Mar 05 Jun 05 Set 05 Dez 05 Mar 06 Jun 06 Set 06 Dez 06 Mar 07 Jun 07 Set 07 Dez 07 Mar 08 Jun 08 Set 08 Dez 08 Mar 09 Jun 09 Set 09 Dez 09 Mar 10 Jun 10 Set 10 Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11 Dez 11 Negociações de CCCB na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 23 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 41

capítulo DOIS TíTULOS IMOBILIáRIOS

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Introdução O desempenho do setor imobiliário tem figurado em destaque dentro do quadro de crescimento recente da economia brasileira. Nesta conjuntura, houve uma mudança para cima de patamar da demanda por crédito imobiliário e, consequentemente, um aumento da oferta deste crédito. Parte crescente desta oferta tem se materializado via mercado de capitais, especificamente através de títulos de securitização. O principal título de securitização vinculado ao setor imobiliário é o Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI). Estes títulos de crédito são emitidos por Companhias Securitizadoras de Créditos Imobiliários (CSCI ou Securitizadora Imobiliária) e têm como lastro recebíveis imobiliários. Em sua quase total maioria, estes recebíveis imobiliários são representados por Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI). Os CRI e as CCI são, assim, os dois principais títulos de crédito especificamente imobiliários e que compõem o universo das finanças estruturadas. Em 2011 o mercado de CRI teve mais um ano de altas taxas de crescimento em todas as suas principais variáveis quantitativas. O montante emitido deste título atingiu R$ 13,58 bilhões, equivalente a um aumento de 59,8% sobre os R$ 8,50 bilhões emitidos no ano anterior e a mais que o triplo do emitido em 2009. Em 31 de dezembro de 2011, o saldo devedor a vencer destes títulos somavam aproximadamente R$ 31,94 bilhões. Ao contrário do sucedido em 2010, quando o aumento ocorreu majoritariamente em função de emissões de títulos com lastro em aluguéis, desta vez o crescimento foi proporcionado pelas emissões com lastro em crédito imobiliário. Em 2011 o crédito imobiliário correspondeu ao lastro de 66,0% do total emitido de CRI, ou R$ 8,96 bilhões. Boa parte deste crescimento em emissões com lastro em crédito imobiliário, aproximadamente R$ 2,50 bilhões, se refere a operações cujo investidor dos CRI foi o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e cujo crédito lastro foi originado dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Esta tendência, de uma maior participação de créditos imobiliários como lastro vis-à-vis aluguéis, deve se acentuar como consequência da Resolução nº 3932/10 do Conselho Monetário Nacional (CMN). Esta regulamentação determina, por um lado, que somente investimentos em CRI lastreados em créditos imobiliários concedidos por entidades integrantes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) poderão ser computados para efeito da exigibilidade de direcionamento de recursos captados através da caderneta de poupança, e por outro, que créditos imobiliários cedidos por estas instituições permanecem podendo ser computados para fins desta exigibilidade, de forma linearmente decrescente, por um prazo de 36 meses após a respectiva cessão. 44

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Dezesseis Securitizadoras Imobiliárias emitiram CRI em 2011 e três novas companhias foram registradas na Comissão de Valores Imobiliários (CVM). Apesar do número relativamente alto de Securitizadoras Imobiliárias registradas e emitentes, as emissões de CRI continuam concentradas nas mãos de poucas, tendo apenas cinco delas sido responsáveis por cerca de 95,0% do total das emissões no último ano. As informações mais detalhadas de participação destes veículos de securitização podem ser encontradas no capítulo referente aos rankings. O montante consolidado de ofertas públicas de CRI distribuídas de acordo com as normas da Instrução CVM nº 400 alcançou a cifra recorde de R$ 3,69 bilhões, em 2011, por conta de 73 ofertas. Estes números se comparam aos R$ 2,96 bilhões em cima de 56 ofertas no ano anterior. Desde 2008, quando houve 28 ofertas públicas de CRI, que somaram R$ 851,9 milhões, está ocorrendo um crescimento anual ininterrupto em ofertas públicas deste título. A participação das ofertas públicas de CRI no total emitido no ano foi de 27,0%. A fatia preponderante, por tipo de registro de oferta, correspondeu às ofertas públicas distribuídas com esforços restritos, conforme regulamentação da Instrução CVM nº 476, com uma participação de 71,1%. O restante, equivalente a 1,9% do total, foram ofertas com dispensa de registro. Outros números que indicam claramente a continuação de tendência de alta taxa de crescimento no mercado de CRI são aqueles referentes aos níveis de depósitos e de estoque deste título na CETIP, principal casa de registro de valores mobiliários de renda fixa no país. Em 2011 foram depositados R$ 12,33 bilhões nesta câmara, o que representa um ritmo de expansão anual de 57,4% perante os R$ 7,83 bilhões em 2010 e um valor que é o triplo dos R$ 4,11 bilhões depositados em 2009. Já o nível de estoque de CRI saltou de R$ 18,92 bilhões, em dezembro de 2010, para R$ 27,80 bilhões, em dezembro último. Os bancos comerciais continuam sendo a maior categoria de investidor de CRI. Baseado em informações de operações para as quais a Uqbar obteve acesso ao perfil dos investidores, correspondentes a 67,8% do total do montante de CRI emitidos em 2011, os bancos comerciais obtiveram uma participação de 33,6% do total da demanda do mercado primário. Novamente, devido ao efeito da Resolução nº 3932/10 do CMN, conforme mencionado acima, a tendência futura é que haja menor interesse relativo, por parte dos bancos, para aquisição de CRI, uma vez que eles não podem mais alocar investimentos nestes títulos, quando os mesmos estiverem lastreados em aluguéis, para fins de exigibilidade de direcionamento de recursos captados através da caderneta de poupança. 45

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Na composição entre os diversos tipos de investidores de CRI em 2011, destaca-se a participação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que ficou com uma fatia de 27,6% do total emitido entre as operações que a Uqbar teve acesso, ou 18,7% do total, caso tivessem sido incluídas 100,0% das operações do ano. O investidor pessoa física adquiriu CRI de forma direta e indireta. A participação como investidor direto nas ofertas de CRI foi de 16,9% do total emitido no último ano. A participação como investidor indireto se deu através de cotas de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) dedicados a investimentos em títulos de crédito imobiliário, cujo destaque é o CRI. Estes fundos, que a Uqbar categoriza como FII de Renda Fixa, muitas vezes adquirem CRI de seus próprios bancos estruturadores, e captam recursos junto a seus clientes de private banking ou junto a investidores pessoa física que, por sua vez, podem negociar suas cotas no mercado secundário. Para o investidor pessoa física, a vantagem da isenção fiscal que existe no caso do investimento direto em CRI é replicada através do investimento indireto através de cotas de FII de Renda Fixa. Além disto, no caso do investimento em cotas destes fundos, há a vantagem do pequeno investidor poder atribuir a um gestor profissional a responsabilidade de investimento e monitoramento destes títulos estruturados. O valor consolidado de Patrimônio Líquido (PL) do conjunto de FII de Renda Fixa no mercado tem crescido consistentemente desde 2009. No final de 2011 existiam onze destes fundos em operação, que juntos somavam um PL total de R$ 1,61 bilhão. Vale ressaltar que a participação de entidades de previdência privada como investidoras de CRI ainda é muito reduzida, não passando de 0,8% do total em 2011. Apesar de algumas manifestações, por parte destas instituições, de intenção de investimentos neste título de securitização, principalmente em uma conjuntura de juros declinantes, os números de 2011 mostram que ainda não há qualquer evidência neste sentido. O montante anual de negócios de CRI, composto pelo volume registrado na CETIP e o negociado na BM&FBOVESPA, vem crescendo fortemente há vários anos, tendo saltado de R$ 1,66 bilhão, em 2009, para R$ 4,26 bilhões, em 2010, e depois para R$ 11,01 bilhões no ano passado, sendo que aproximadamente 100,0% destes negócios têm sido realizados na CETIP. Porém, como aconteceu em anos anteriores, em 2011, praticamente 100,0% do montante negociado de CRI, que à primeira vista poderia ser classificado como mercado secundário, corresponde a negócios realizados longe de ambientes de bolsa e balcão organizado. Além disto, uma quantia significativa destes negócios acontece muito próxima da data de emissão dos CRI, caracterizando-os mais como sendo decorrentes de um mercado 46

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários primário do que efetivamente uma troca de mãos ocorrida em um mercado secundário. Por exemplo, em 2011, 57,9% do total negociado aconteceu em até 30 dias da data de emissão, e 76,2% ocorreu dentro de um intervalo de 180 dias. Entre os tipos de cedentes de créditos residenciais e corporativos para as operações de CRI realizadas durante o ano de 2011, o domínio ainda fica por conta das empresas de foco em atividades imobiliárias, complementado por empresas com foco no desenvolvimento de empreendimentos no caso de créditos residenciais. As empresas de intermediação financeira atualmente chegam a atuar de forma um pouco mais expressiva como cedentes no caso de créditos imobiliários corporativos, no âmbito do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Dentre os cedentes é importante também mencionar a participação dos FII, que se relacionam historicamente com o mercado de finanças estruturadas no papel de fornecedores de lastro, no caso créditos corporativos, para operações de CRI. Estas operações são conhecidas no mercado pelos nomes de sale and lease-back e build-to-suit. Uma breve descrição das estruturas destas operações pode ser encontrada no Dicionário de Finanças Uqbar, no site www.uqbar.com.br Finalmente, no tocante ao desempenho dos CRI perante as agências de classificação de risco durante 2011, a conclusão à qual se chega, com base no número total de elevações e rebaixamentos, é a de uma tendência de melhora no quadro geral. Doze títulos tiveram suas classificações de risco elevadas enquanto três deles sofreram rebaixamento. Este conjunto de ações foram realizadas por três agências. O mercado do outro título imobiliário de destaque do setor de finanças estruturadas, a CCI, também apresentou forte ritmo de expansão em 2011, conforme indicado por suas principais variáveis quantitativas. A CCI é um título de crédito muito utilizado pelas Securitizadoras Imobiliárias devido ao seu papel viabilizador de uma maior eficiência operacional. Estes títulos representam o lastro das emissões de CRI, sendo que cada CCI representa um único crédito imobiliário. O montante anual de depósitos destes títulos na CETIP, depois de já ter quase dobrado em 2010 em relação ao ano anterior, alcançando R$ 11,94 bilhões, agora cresceu mais 85,6%, atingindo o valor de R$ 22,16 bilhões em 2011. No mesmo passo, o estoque de CCI na CETIP aumentou de R$ 12,70 bilhões no final de 2009, para R$ 24,29 bilhões em 2010, e R$ 43,79 bilhões no fechamento de 2011. A CCI, por refletir de forma idêntica os créditos imobiliários que representa, apresenta um perfil de indexação similar a estes créditos. Assim, a composição do estoque de CCI por tipo de indexador é bem distribuída 47

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários entre as participações referentes aos títulos indexados a TR, IPCA, IGP-M, DI ou aqueles que são Pré-fixados. A maior participação é a dos títulos indexados a TR, equivalente a 31,3% do total, seguida por ordem decrescente pela participação dos títulos atrelados aos outros indexadores, na ordem apresentada anteriormente. O último dado quantitativo do mercado de CCI se refere ao montante consolidado negociado no mercado secundário, registrado na CETIP. Este valor voltou a subir em 2011, registrando novo recorde histórico. Depois de dois anos em queda, o montante negociado anual cresceu de R$ 1,26 bilhão em 2010 para R$ 2,62 bilhões em 2011. 48

CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS (CRI) Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). Inclui dados e estatísticas sobre emissões, emissores, registros na CVM e na CETIP, investidores, mercado secundário, cedentes e as elevações e rebaixamentos de 2011 das agências de classificação de risco para este mercado.

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Resumo dos Termos e Condições Ver um Resumo dos Termos e Condições de CRI no ANUÁRIO UQBAR 2012 SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO Emissões A figura 24 apresenta o histórico de emissões de CRI dividido por tipo de ativo-lastro. Na sequência, a tabela 6 descreve os critérios utilizados pela Uqbar para definir os tipos de lastro dos CRI: Aluguel ou Crédito Imobiliário. Emissões de CRI - Montante (em R$ milhões) FIG. 24 Fonte: Uqbar 16.000 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Crédito Imobiliário Aluguel Definições das Classes de Ativo-lastro de CRI Tabela 6 Ativo-lastro Aluguel Crédito Imobiliário Definição Créditos decorrentes de contratos de locação típica e atípica e de constituição de direito real de superfície. Créditos decorrentes de financiamentos para a aquisição e desenvolvimento de imóveis residenciais ou comerciais. Inclui operações realizadas no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), tendo como tomador tanto pessoas físicas como jurídicas. Fonte: Uqbar 51

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Emissores A tabela 7 lista as Securitizadoras Imobiliárias que emitiram em 2011 com suas respectivas datas de constituição e primeira emissão e algumas informações societárias como os nomes dos principais acionistas. Securitizadoras Imobiliárias que Emitiram em 2011 Tabela 7 Securitizadora Data de Constituição Data de Primeira Emissão Montante Emitido em 2011 (R$ milhões) Aetatis 14/09/1998 22/02/2007 3,8 Beta 15/09/2004 06/06/2005 59,3 Principais Acionistas Prosperitas I - Fundo de Investimento em Participações FIP Banif Primus Real Estate Número e Tipo de Ações Integralizadas Capital Social (R$) ON 6.065.961 2.648.119 ON 22.193.719 13.722.655 Brazil Realty 14/09/2004 14/06/2011 270,0 Cyrela Brazil Realty ON 10.000 10.000 Brazilian Securities 10/04/2000 23/04/2001 2.694,3 Cibrasec 31/07/1997 12/01/1999 3.081,9 Gaia 11/07/2005 10/08/2009 3.119,6 Brazilian Finance Real Estate BB, CEF, Itaú, Bradesco e Santander GaiaSec Assessoria Financeira ON 45.845.987 100.228.652 ON 66.003 68.475.000 ON 531.700 531.700 Habitasec 19/12/2007 08/11/2010 82,1 Vicente Postiga Nogueira ON 700.000 700.000 Infrasec 27/10/2008 02/05/2011 26,5 GPI Participações e Investimentos ON 2.000.000 2.000.000 Nova Securitização 16/05/2007 30/09/2011 114,5 André Luiz de Souza ON 588.487 588.487 Pátria 26/05/1998 21/10/2002 110,0 Pátria Investimentos ON 256.457 256.547 PDG 10/03/2008 14/07/2009 1.360,0 PDG Realty ON 27.864.727 27.864.727 Plural Capital 18/08/2010 10/09/2011 90,2 Plural Capital Empreendimentos e ON 85.153 92.589 Participações Polo Capital 31/05/2010 30/06/2011 105,4 Marcos Duarte Santos e Cláudio José Carvalho de ON 500.000 500.000 Andrade RB Capital 17/11/1999 06/07/2006 2.420,3 RB Capital Real Estate I Fundo de Investimento ON 2.725.244 20.000.000 em Participações RB Capital Residencial 09/09/1998 10/05/2000 7,2 RB Capital Real Estate I Fundo de Investimento ON 5.996.865 13.708.283 em Participações TRX 22/01/2010 10/10/2011 34,7 TRX Investimentos Imobiliários ON 5.000 5.000 Fonte: Uqbar 52

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Registros Esta seção consolida dados de registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à CETIP Câmara de Custódia e Liquidação (CETIP). São apresentados os montantes de ofertas públicas de CRI (Instrução CVM nº 400), as emissões de CRI por tipo de registro e o número de securitizadoras imobiliárias registradas junto à autarquia, assim como os registros de custódia e estoque de CRI junto à CETIP. Para as ofertas públicas de CRI junto à CVM são consideradas as datas de registro provisório. CVM A figura 25 mostra um histórico anual dos registros de ofertas públicas de CRI desde 1999 e a figura 26 apresenta o montante emitido de CRI em 2011, dividido por tipo de registro. A figura 27 apresenta dados a respeito das Securitizadoras Imobiliárias registradas na CVM. Montante Registrado (R$ milhões) Ofertas Públicas de CRI Fonte: Uqbar 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 FIG. 25 80 70 60 50 40 30 20 10 Quantidade de Registros 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 0 Montante Registrado Quantidade de Registros Emissões de CRI de 2011 por Tipo de Registro (% montante emitido) FIG. 26 Fonte: Uqbar 1,9 % 27,0 % Esforços Restritos Ofertas Públicas 71,1 % 27,0 % 71,1 % Dispensa de Registro 1,9 % 53

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Número de Securitizadoras Imobiliárias Registradas na CVM Fonte: Uqbar 12 10 8 6 4 2 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 FIG. 27 CETIP As figuras 28 e 29 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos e do estoque referentes ao mercado de CRI. Depósitos de CRI na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 28 14.000 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estoque de CRI na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP 30.000 FIG. 29 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Jan 99 Jul 99 Jan 00 Jul 00 Jan 01 Jul 01 Jan 02 Jul 02 Jan 03 Jul 03 Jan 04 Jul 04 Jan 05 Jul 05 Jan 06 Jul 06 Jan 07 Jul 07 Jan 08 Jul 08 Jan 09 Jul 09 Jan 10 Jul 10 Jan 11 Jul 11 54

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Investidores A figura 30 apresenta a composição entre as classes de investidores de CRI, calculada por montante subscrito em 2011. Esta distribuição foi produzida a partir das informações de operações para as quais a Uqbar obteve acesso ao perfil dos investidores, o que corresponde a 67,8% do total do montante de títulos emitidos no ano. Composição do Montante Emitido de CRI em 2011 por Classe de Investidor (% de Montante) FIG. 30 Fonte: Uqbar 3,4 % 0,8 % 0,7 % 3,5 % Bancos comerciais 33,6 % FGTS 27,6 % 6,0 % Pessoas físicas 16,9 % 7,5 % 33,6 % Pessoas (físicas ou jurídicas) ligadas aos cedentes, aos participantes do consórcio de distribuição ou à emissora 7,5 % Fundos de investimento 6,0 % 16,9 % 27,6 % Instituições financeiras Instituições Intermediárias participantes do consórcio de distribuição Entidades de previdência privada 3,5 % 3,4 % 0,8 % Demais pessoas jurídicas 0,7 % A partir da Instrução da Comissão de Valores Mobiliários nº 472/2008 e, em seguida, da Lei nº 12.024/2009, as quais permitiram, respectivamente, investimentos preponderantes em CRI por parte de FII e isenção tributária destes fundos em relação aos rendimentos destes títulos, criaram-se as condições para o surgimento efetivo de um novo segmento, dedicado a investimentos de renda fixa, no mercado de FII. Denominados de FII de Renda Fixa, estes fundos têm como objetivo realizar investimentos em ativos financeiros de origem imobiliária, com destaque para o CRI. A figura 31 mostra a evolução do PL e do número de FII que investem em CRI. PL dos FII que investem em CRI FIG. 31 Fonte: Uqbar 1.800 12 1.600 1.400 10 Montante PL 1.200 1.000 800 600 8 6 4 Quantidade de FII 400 200 2 0 0 Jan 10 Fev 10 Mar 10 Abr 10 Mai 10 Jun 10 Jul 10 Ago 10 Set 10 Out 10 Nov 10 Dez 10 Jan 11 Fev 11 Mar 11 Abr 11 Mai 11 Jun 11 Jul 11 Ago 11 Set 11 Out 11 Nov 11 Dez 11 Montante PL Quantidade de FII 55

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Mercado Secundário A figura 32 mostra a evolução histórica das negociações de CRI realizadas na BM&FBOVESPA e registradas na CETIP. Negociações de CRI na BM&FBOVESPA e CETIP - Montante (em R$ milhões) FIG. 32 Fonte: CETIP / BMF&BOVESPA 12.000 10.000 8.000 6.000 4.000 2.000 0 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 CETIP BM&FBOVESPA Cedentes As figuras 33 e 34 apresentam a distribuição do número de cedentes de créditos imobiliários por tipo de atividade econômica destes, para as operações de CRI realizadas durante o ano de 2011, separadas por tipo de crédito: Residencial ou Corporativo. Número de Cedentes de Crédito Residencial por Atividade Econômica - Ano 2011 Fonte: Uqbar FIG. 33 Atividades Imobiliárias Construção Intermediação financeira 0 10 20 30 40 50 60 70 80 56

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Número de Cedentes de Crédito Corporativo por Atividade Econômica - Ano 2011 FIG. 34 Fonte: Uqbar Atividades Imobiliárias Intermediação financeira Construção Transporte Industria de transformação Comércio 0 5 10 15 20 25 30 Classificação de Risco As tabelas 8 e 9 apresentam as elevações e os rebaixamentos, respectivamente, realizados em 2011 pelas agências de classificação de risco. Elevações de Classificação de Risco de CRI em 2011 Tabela 8 Securitizadora Título (Série/Emissão) Classificação Anterior Nova Classificação Agência Brazilian Securities 134ª / 1ª BBB+ A(bra) Fitch 27/07/2011 Brazilian Securities 158ª / 1ª BBB+ A(bra) Fitch 27/07/2011 Brazilian Securities 166ª / 1ª BBB+ A(bra) Fitch 27/07/2011 Brazilian Securities 104ª / 1ª A(bra) A+(bra) Fitch 15/08/2011 Gaia 16ª / 4ª A+(bra) AA-(bra) Fitch 13/07/2011 Imigrantes 1ª / 1ª AA(bra) AA+(bra) Fitch 13/05/2011 RB Capital 34ª / 1ª AA(bra) AAA(bra) Fitch 08/02/2011 RB Capital Residencial 46ª / 1ª AA AA+ LF 20/07/2011 WT PIC 1ª / 1ª bra braaa S & P 04/01/2011 WT PIC 1ª / 2ª bra braaa S & P 04/01/2011 WT TC 1ª / 1ª AA-(bra) AAA(bra) Fitch 21/06/2011 WT TSSP 1ª / 1ª A(bra) AA(bra) Fitch 17/05/2011 Data Fonte: Uqbar Rebaixamentos de Classificação de Risco de CRI em 2011 Tabela 9 Securitizadora Título (Série/Emissão) Classificação Anterior Nova Classificação Agência Cibrasec 85ª / 2ª A(bra) A-(bra) Fitch 26/10/2011 Cibrasec 86ª / 2ª A(bra) A-(bra) Fitch 26/10/2011 Vision 1ª / 1ª AA(bra) A(bra) Fitch 26/05/2011 Data Fonte: Uqbar 57

CÉDULAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO (CCI) Esta seção apresenta informações sobre as Cédulas de Crédito Imobiliário (CCI). São apresentados dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque das cédulas nesta câmara.

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Resumo dos Termos e Condições Ver um Resumo dos Termos e Condições de CCI no ANUÁRIO UQBAR 2012 SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. Registros A figura 35 apresenta a evolução histórica dos montantes anuais de depósitos de CCI na CETIP. A evolução histórica do estoque destas cédulas e sua composição, por tipo de indexador, no final do ano de 2011 são apresentadas, respectivamente, nas figuras 36 e 37. Os montantes anuais de negócios registrados nesta câmara são apresentados na figura 38. Depósitos de CCI na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 35 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estoque de CCI na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 36 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 Ago 03 Dez 03 Abr 04 Ago 04 Dez 04 Abr 05 Ago 05 Dez 05 Abr 06 Ago 06 Dez 06 Abr 07 Ago 07 Dez 07 Abr 08 Ago 08 Dez 08 Abr 09 Ago 09 Dez 09 Abr 10 Ago 10 Dez 10 Abr 11 Ago 11 Dez 11 59

Finanças Estruturadas 2012 Títulos Imobiliários Estoque de CCI na CETIP - Composição por Indexador (% do Montante) FIG. 37 Fonte: CETIP 3,5 % 7,8 % 9,3 % 31,3 % 19,3 % 28,8 % TR 31,3 % IPCA 28,8 % IGP-M 19,3 % DI 9,3% Pré 7,8 % Outros 3,5 % Negociações de CCI na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 38 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 60

CAPÍTULO Três TíTULOS DO AGRONEGÓCIO

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Introdução As dimensões do mercado de títulos de crédito estruturado vinculado ao setor do agronegócio, quantificadas pelo volume de emissão realizado, histórico e corrente, até agora são bastante reduzidas. Tal constatação é ainda mais evidente face à substancial participação que este setor tem na economia brasileira e ao volume de crédito necessário para o seu financiamento. Os obstáculos para o crescimento do mercado de capitais e, dentro dele, do mercado de títulos estruturados, como fonte de financiamento e opção de investimento vinculados ao agronegócio, decorrem de certas características históricas do setor, dentre as quais se pode destacar: i) o agronegócio, por ser um setor estratégico, tem sido financiado em larga escala pelo crédito direcionado, que por sua vez não é precificado a taxas de mercado; ii) devido ao seu caráter de exceção, este setor sempre esteve sujeito a forte interferência política, resultando em baixos níveis de transparência e governança e altos níveis de inadimplência e refinanciamento artificial; iii) o credor neste mercado tem demonstrado limitada capacidade de recuperação efetiva de créditos vencidos devido a dificuldades de execução e monetização de garantias típicas; e iv) a natureza do agronegócio é de maior volatilidade, o que é sinônimo de maior risco. Por outro lado, o mercado de capitais já se beneficia potencialmente de avanços concretos no arcabouço jurídico regulamentar que são específicos para o setor de agronegócio. Inspirada na legislação que originou a securitização imobiliária, a Lei nº 11.076, de dezembro de 2004, criou um título de securitização, o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), e um veículo destinado à securitização de créditos originados no setor, a Companhia Securitizadora de Direitos Creditórios do Agronegócio (CSCA ou Securitizadora do Agronegócio). Dentre os títulos estruturados do agronegócio, é justamente o CRA que tem representado um mercado em crescimento, apesar de este estar ocorrendo em cima de uma base ainda muito diminuta. O registro do primeiro depósito de CRA na CETIP data de 2008, mas somente a partir de setembro de 2009 se iniciou uma sequência de algumas emissões deste título, todas sob o regime de oferta de esforços restritos e emitidas pela mesma Securitizadora do Agronegócio, a Eco Securitizadora. Em 2011 foram emitidos R$ 186,6 milhões em CRA por duas Securitizadoras do Agronegócio, contra R$ 140,1 milhões no ano anterior, um crescimento de 33,2%. O montante de depósitos na CETIP ao longo do último ano foi de R$ 212,1 milhões, versus R$ 140,1 milhões em 2010. Em termos de nível de estoque, no final de 2011 o montante era de R$ 345,6 milhões enquanto em dezembro do ano anterior estava em R$ 156,9 milhões. 62

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Além da Eco, uma segunda Securitizadora, a Brasil Agrosec, já emitiu CRA. Uma terceira Securitizadora emissora de CRA, a Octante, já foi registrada na CVM e tem uma oferta em análise na autarquia. No universo das finanças estruturadas, os montantes mais expressivos referentes a títulos do agronegócio ocorrem quando estes são adquiridos como ativos de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), o principal veículo de securitização do país. Os FIDC podem adquirir recebíveis de qualquer setor da economia, sendo que no agronegócio os dois principais títulos representativos de créditos no setor e que formam o lastro de cotas destes fundos são as Cédulas de Produto Rural Financeiras (CPR Financeiras) e os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA)*. A evolução anual histórica de negociações de CPR Financeiras, título de crédito destinado a financiar produtores rurais, vinha crescendo fortemente no período de 2005 até 2009, quando alcançou R$ 1,02 bilhão registrado na CETIP. Porém, nos últimos dois anos o volume de negociações foi substancialmente menor, tendo sido registrado apenas R$ 120,1 milhões em 2011. A composição das negociações por tipo de produto teve como maior fatia o boi, com 44,0%. Devido às características da CPR, não há informação disponível em termos de montante de depósitos ou em estoque deste título na CETIP. A informação é consolidada pela quantidade em unidades específicas do produto financiado, como arroba para boi ou saca para café. Dependendo do tipo de CPR, o mesmo é liquidado através da entrega de uma quantidade pré-determinada do produto financiado, e não em reais. Já em relação ao mercado de CDCA, depois de três anos de tendência de ligeira queda nos números de estoque, depósito e negociação na CETIP, em 2011 houve uma reversão de direção nestas variáveis, sendo registrado algum crescimento em todas elas. Depósitos ao longo do ano subiram de R$ 756,9 milhões em 2010 para R$ 1,12 bilhão no ano passado. O nível de estoque no final do ano cresceu de R$ 1,37 bilhão em 2010 para R$ 1,42 bilhão em 2011. Finalmente, negociações registradas aumentaram de R$ 1,0 bilhão em 2010 para R$ 1,1 bilhão em 2011. * Outro título utilizado no financiamento do agronegócio e adquirido pelos FIDC são as Cédulas de Crédito Bancário (CCB). O mercado de CCB é abordado no capítulo de Títulos Gerais. 63

CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS DO AGRONEGÓCIO (CRA) Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos ao histórico de emissões, aos emissores e aos registros destes títulos na CETIP.

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Descrição Emissor lastro Resumo dos Termos e Condições Título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em direitos creditórios do agronegócio e constitui promessa de pagamento em dinheiro. Somente companhias securitizadoras de direitos creditórios do agronegócio. Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos, relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implemen tos utilizados na atividade agropecuária, conforme dispuser o Termo de Secu ritização. garantia Poderá ter garantia flutuante, que lhe assegurará privilégio geral sobre o ativo do Emissor, mas não impedirá a negociação dos bens que compõem esse ativo. Poderá contar com instituição do Regime Fiduciário sobre os direitos cre ditórios do agronegócio. Regime Fiduciário Sistema que permite que os direitos creditórios do agronegócio de uma operação de CRA sejam destinados exclusivamente à remuneração dos títulos lastreados por estes créditos e às despesas e obrigações fiscais oriundas deste processo, mantendo-se apartados do patrimônio do Emissor até que se complete o resgate de todos os títulos da operação afetados por este benefício. Tais direitos creditórios não são passíveis de constituição de garantias ou de execução por quaisquer dos credores da Emitente de CRA, por mais privilegiados que sejam. Forma Escritural. registro Em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. Classe São admitidos CRA de classe sênior, que possuem preferência para efeitos de amortização e resgate, e CRA que se subordinam aos de classe sênior para efeito de amortização e resgate. Taxa de Juros Fixa ou flutuante, admitida a capitalização. Atualização Monetária Índice de preços com série regularmente calculada e de conhecimento público. A atualização de valor é permitida desde que os títulos tenham prazo e periodicidade de reajuste mínimos de um ano. CRA não podem ser indexados a moedas estrangeiras. Pagamento de Principal Normalmente através de amortizações periódicas mensais, não existindo exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no vencimento. 65

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Pagamento de Juros Negociação Transferência Liquidação Financeira Normalmente através de pagamentos periódicos mensais, não existindo exigência de intervalo mínimo entre os pagamentos periódicos. Outras periodicidades são permitidas, inclusive pagamento de uma única vez no vencimento. Diretamente entre as partes para ofertas públicas com montante de captação não superior a R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais). Através de instituição financeira intermediária para montante de captação superior a esse valor. Através de registro do negócio efetuado em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados pelo Banco Central do Brasil. CETIP. Emissões Em 2011, duas Securitizadoras do Agronegócio emitiram CRA: Brasil Agrosec e Eco Securitizadora. A figura 39 mostra a evolução das emissões de CRA desde 2009. Emissões de CRA - Montante (em R$ milhões) Fonte: Uqbar FIG. 39 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 2009 2010 2011 Emissores A tabela 10 mostra alguns dados sobre as Securitizadoras do Agronegócio registradas na CVM. Das três companhias registradas na CVM, a Octante é a única que não emitiu CRA, porém está com uma oferta pública em análise na CVM de duas séries que totalizam R$ 105,0 milhões. Os dados de capital social, número de ações integralizadas e principais acionistas foram obtidos nos arquivos Formulário de Referência de 2011, consultados no dia 08 de março de 2012. 66

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Securitizadoras do Agronegócio Registradas na CVM Tabela 10 Securitizadora Data de Constituição Data de Primeira Emissão Montante Emitido em 2011 (R$ milhões) Montante Emitido Consolidado (R$ milhões) Brasil Agrosec 30/06/2010 11/02/2011 51,0 51,0 Eco 02/04/2009 30/09/2009 135,6 297,7 Octante 03/05/2010-0,0 0,0 Principais Acionistas Banco Fator, Banco Indusval, Banco JBS e Ourinvest Participações Ecoagro Empresa de Consultoria de Operações Agropecuárias William Ismael Rozenbaum Trosman Número e Tipo de Ações Integralizadas Capital Social (R$) ON 17.500 2.096.500 ON 1.000 1.000 ON 134.889 134.889 Fonte: Uqbar Registros As figuras 40, 41 e 42 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CRA registrados na CETIP. Depósitos de CRA na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 40 250 200 150 100 50 0 2008 2009 2010 2011 Estoque de CRA na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 41 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Dez 08 Fev 09 Abr 09 Jun 09 Ago 09 Out 09 Dez 09 Fev 10 Abr 10 Jun 10 Ago 10 Out 10 Dez 10 Fev 11 Abr 11 Jun 11 Ago 11 Out 11 Dez 11 67

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Negociações de CRA na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP 350 300 250 200 150 100 50 0 2008 2009 2010 2011 FIG. 42 68

CÉDULAS DE PRODUTO RURAL (CPR) Esta seção apresenta informações sobre a Cédula de Produto Rural (CPR). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de negócios de CPR financeira e a composição dos negócios de CPR financeira nesta câmara.

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Descrição Emissor Resumo dos Termos e Condições Instrumento representativo de promessa de entrega de produtos rurais, com ou sem garantia cedularmente constituída. É título líquido e certo, exigível pela quantidade e qualidade do produto nela previsto, ou se CPR com liquidação financeira, exigível, na data de seu vencimento, pelo resultado da multipli cação do preço pela quantidade do produto especificado. Permite ao produtor rural ou suas cooperativas obterem recursos para desenvolver sua produção ou empreendimento, com comercialização antecipada ou não. Produtor rural e suas associações, inclusive cooperativas. garantia Poderá consistir em hipoteca, penhor ou alienação fiduciária. Forma Cartular ou escritural. registro Para ter eficácia contra terceiros, deve ser inscrita no cartório de registro de imóveis do domicílio do emissor. Caso a garantia consista de hipoteca ou penhor, a CPR deverá também ser averbada na matrícula do imóvel hipotecado e no cartório de localização dos bens apenhados. Em caso de negociação do título em mercados de bolsa e balcão é obrigatório o registro da cédula em sistema de registro e de liquidação financeira, administrado por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil. Pagamento No vencimento, no caso de CPR com liquidação financeira. Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão, neste caso sendo considerado um ativo financeiro. Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza dos pelo Banco Central do Brasil. Liquidação Financeira CETIP. 70

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Registros As figuras 43 e 44 apresentam, respectivamente, os montantes anuais de negócios de CPR financeira e a composição, por produto, dos negócios de CPR financeira na CETIP. Negociações de CPR Financeira na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 43 Fonte: CETIP 1.200 1.000 800 600 400 200 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Negócios de CPR Financeira na CETIP em 2011 por Produto ( % do Montante) FIG. 44 Fonte: CETIP 2,3 % 2,1 % 3,6 % Boi 44,0 % 7,1 % Soja 30,1 % 10,8 % 44,0 % Café Álcool 10,8 % 7,1 % Cana de Açúcar 3,6 % 30,1 % Algodão Pescado 2,3 % 2,1 % 71

CERTIFICADOS DE DIREITOS CREDITÓRIOS DO AGRONEGÓCIO (CDCA) Esta seção apresenta informações sobre os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA). São apresentados, além do resumo dos principais termos e condições, dados relativos aos registros destes títulos na CETIP, como montantes anuais de depósitos e negócios, assim como a evolução histórica do estoque dos certificados nesta câmara.

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Descrição Emissor lastro Resumo dos Termos e Condições Título de crédito nominativo, de livre negociação lastreado em créditos originados no agronegócio. Representa promessa de pagamento em dinheiro e constitui título executivo extrajudicial. Exclusivo de cooperativas de produtores rurais e de outras pessoas jurídicas que exerçam a atividade de comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária. O emissor responde pela origem e autenticidade dos direitos creditórios que lastreiam os certificados. Direitos creditórios originários de negócios realizados entre produtores rurais, ou suas cooperativas, e terceiros, inclusive financiamentos ou empréstimos, relacionados com a produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou de máquinas e implemen tos utilizados na atividade agropecuária. O CDCA confere direito de penhor sobre os direitos creditórios a ele vinculados, independentemente de convenção, os quais podem ser substituídos mediante acordo entre o emitente e o titular. A substituição dos direitos creditórios importará na extinção do penhor sobre os direitos substituídos, constituindose automaticamente novo penhor sobre os direitos creditórios dados em substituição. Os direitos creditórios utilizados como lastro dos CDCA devem ser (i) registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco Central do Brasil; e (ii) custodiados em instituições financeiras ou outras instituições autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários a prestar serviço de custódia de valores mobiliários. garantia Além do penhor, poderá contar com garantias reais ou fidejussórias, livremente negociadas entre as partes. Forma Cartular ou escritural. registro No caso de emissão sob forma escritural, os títulos deverão ser registrados em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizado pelo Banco Central do Brasil. Pagamento de Principal Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Pagamento de Juros Através de pagamentos periódicos ou em parcela única no vencimento. Os juros podem ser capitalizados, calculados em base de taxa fixa ou flutuante. Negociação Diretamente entre as partes ou em mercados de bolsa e de balcão. Transferência Na forma cartular, endosso; na forma escritural através dos registros das negociações em sistemas de registro e de liquidação financeira de ativos autoriza dos pelo Banco Central do Brasil. Liquidação Financeira CETIP. 73

Finanças Estruturadas 2012 Títulos do Agronegócio Registros As figuras 45, 46 e 47 apresentam, respectivamente, a evolução histórica dos depósitos, do estoque e dos negócios de CDCA registrados na CETIP. Depósitos de CDCA na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) FIG. 45 Fonte: CETIP 2.500 2.000 1.500 1.000 500 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estoque de CDCA na CETIP - Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP 2.500 FIG. 46 2.000 1.500 1.000 500 0 Dez 05 Mar 06 Jun 06 Set 06 Dez 06 Mar 07 Jun 07 Set 07 Dez 07 Mar 08 Jun 08 Set 08 Dez 08 Mar 09 Jun 09 Set 09 Dez 09 Mar 10 Jun 10 Set 10 Dez 10 Mar 11 Jun 11 Set 11 Dez 11 Negociações de CDCA na CETIP Evolução Histórica (em R$ milhões) Fonte: CETIP FIG. 47 2.000 1.500 1.000 500 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 74

CAPÍTULO quatro Rankings de 2011 Este capítulo apresenta uma série de rankings divididos por tipo de entidade emissora; Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) e Companhias Securitizadoras de Créditos Imobiliários (CSCI ou Securitizadora Imobiliária). Para cada um destes grupos são apresentados rankings para as categorias Emissões, Emissores e Terceiros. Sempre que possível ou apropriado, cada ranking é calculado: n tendo como base o montante, em R$, e o número de operações ou títulos; n para o ano de 2011 e de forma consolidada; n com as alterações nas posições comparativamente ao ranking do ano anterior.

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Introdução A análise dos rankings de emissões, emissores e prestadores de serviços para o mercado de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), produzidos desde 2003 pela Uqbar, mostra um cenário em plena expansão e muito competitivo. Para um ano que teve um total de emissões de R$ 36,56 bilhões e um montante médio das dez maiores emissões alcançando R$ 1,76 bilhão, contra R$ 892,6 milhões para o mesmo indicador no ano anterior, foram poucas as instituições que conseguiram se manter nas posições de liderança alcançadas em 2010. Abaixo segue uma análise destes rankings. Consistente com as análises e dados apresentados nos demais capítulos deste Anuário, o FIDC do Sistema Petrobras NP não foi considerado para os rankings produzidos pela Uqbar para o mercado de FIDC. Uma análise dos rankings do mercado de Securitizadoras Imobiliárias pode ser encontrada no ANUÁRIO UQBAR 2012 SECURITIZAÇÃO E FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO. A maior emissão de cotas de FIDC do ano de 2011 foi realizada pelo FIDC ACB Financeiro. O montante emitido de cotas subordinadas por este fundo somou R$ 3,63 bilhões, ou 9,9% do total emitido no ano. O fundo investe em contratos de empréstimos, originados pelo Banco Cruzeiro do Sul, com desconto em folha de pagamento de servidores públicos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social INSS. Este fundo liderou o ranking de emissores de cotas de FIDC com R$ 4,27 bilhões de emissões, já que também emitiu R$ 630,6 milhões de cotas sênior. O fundo também liderou o ranking anual de patrimônio líquido (PL) e ficou em segundo lugar no ranking consolidado deste indicador que compila todos os fundos em funcionamento no país em 31 de dezembro de 2011. Nesta data o FIDC ACB Financeiro contava com um PL de R$ 4,11 bilhões. As cotas sênior emitidas por este fundo foram adquiridas pelo Fundo FI Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado, o qual, por sua vez, tem como único investidor o Fundo Garantidor de Créditos FGC. Outro FIDC também com créditos cedidos pelo Banco Cruzeiro do Sul, o FIDC BCSul Verax Multicred Financeiro, foi o líder do ranking consolidado de PL no final de dezembro de 2011 com R$ 4,87 bilhões de PL. Assim como em 2010, BEM DTVM e SOCOPA foram as lideres dos rankings anuais por PL e número de operações, respectivamente. Com os novos mandatos de 2011, a BEM DTVM se manteve como a maior administradora de FIDC por PL consolidado no final do ano, vendo sua participação aumentar de 18,6% para 23,8%. Por sua vez, a SOCOPA ultrapassou a BEM DTVM e a Oliveira Trust DTVM no ranking consolidado por número de operações, pulando da terceira posição, em 2010, para a primeira no final de 2011. 77

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Com três fundos e um montante de R$ 1,69 bilhão (21,4%), o escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados alcançou a primeira colocação no ranking por montante emitido em 2011. Quando o critério é o número de operações, o líder foi o Peixoto Neto Sociedade de Advogados com 8 novos fundos (19,5%) assessorados, seguido por Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados com 7 (17,1%). No mercado de agências de classificação de risco, a S&P liderou os quatro rankings de FIDC elaborados para esta edição do Anuário. Destaque para a tomada da primeira posição no ranking consolidado de número de títulos classificados que anteriormente fora ocupada pela Austin. Nos rankings anuais por montante classificado e número de títulos, as participações da S&P foram de 44,2% e 59,6%, respectivamente. Também merece menção a entrada de um novo participante, a Liberum, neste concentrado segmento do mercado de capitais brasileiro. O domínio da KPMG entre os auditores independentes de FIDC continua amplo. A companhia liderou os quatro rankings apresentados nesta publicação com participações superiores a 60,0%. Porém, em 2011 a PricewaterhouseCoopers foi a participante que mais ganhou espaço neste segmento. O PL dos FIDC que iniciaram operações em 2011 e que eram auditados pela empresa em 31 de dezembro, foi de R$ 2,08 bilhões naquela data, tendo aumentado sua participação em 10,0% no ranking anual, em comparação com o ano anterior. Com uma larga diferença para o segundo colocado, o Banco Bradesco liderou o ranking anual de custodiantes de FIDC por montante de PL. Dentre os 89 fundos que iniciaram suas atividades em 2011, 18 têm seus ativos custodiados na instituição e somavam um PL que terminou o ano em R$ 11,6 bilhões (64,2%). Com isso, o Banco Bradesco aumentou sua participação no ranking consolidado por PL de 26,7% para 39,8%. Nos dois rankings de custodiantes ordenados pelo número de operações, o Banco Paulista foi o líder. Com o acréscimo das 22 operações de 2011, a instituição superou o Banco Bradesco e o Deutsche Bank no ranking consolidado, pulando da terceira posição no final 2010 para a primeira no final de 2011. O Banco BTG Pactual alcançou a primeira posição no ranking de estruturadores por montante emitido em 2011. Foram R$ 5,74 bilhões (28,4%) emitidos pelos 6 fundos estruturados pelo banco. Quando dispostos pelo número de operações que iniciaram em 2011, a Tercon Consultoria Empresarial permanece na liderança pelo quarto ano consecutivo com 11 fundos (17,2%) estruturados. Porém, desta vez viu a concorrência da PETRA Personal Trader CTVM de perto. A companhia ficou com a segunda posição após estruturar 10 fundos (15,6%) que iniciaram atividades em 2011. 78

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 No mercado de gestores de FIDC a Bram Bradesco Asset Management DTVM alcançou a liderança nos rankings anual e consolidado por montante de PL, com participações de 28,5% e 17,2%, respectivamente. No ano anterior, a instituição ocupava, respectivamente, as quinta e segunda posições. Uma instituição conseguiu manter uma posição de liderança entre os gestores. Foi a J & M Investimentos que, com 11 novos fundos, manteve-se em primeiro lugar no ranking anual por número de operações com uma participação de 12,1%. Os dois anos consecutivos de liderança fizeram com que a empresa alcançasse também a primeira colocação no ranking consolidado por número de operações. No final de 2011 a J & M Investimentos contava com a gestão de 36 fundos, ou 10,1% do total de número de FIDC em operação nesta data. Com a colocação de R$ 4,64 bilhões (25,9%), o Banco BTG Pactual ficou com a primeira posição, pelo critério de montante emitido, no ranking de líderes de distribuição de cotas de FIDC. Na sequência apareceram Banco Bradesco com R$ 4,27 bilhões (23,8%) e Banco Votorantim com R$ 2,82 bilhões (15,7%). Quando classificados pelo número de séries colocadas, a Citibank DTVM figurou na primeira posição com 10 títulos, seguida pelo Banco BTG Pactual e pelo Banco Itaú BBA, com 8 títulos cada. 79

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Lista de Rankings Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) Emissões Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2011 Emissores Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2011 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2011 Ranking de FIDC por Montante de PL Consolidado Terceiros Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2011 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2011 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL - Consolidado Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações - Consolidado Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2011 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2011 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2011 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificado em 2011 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC Consolidado Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificado Consolidado Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2011 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2011 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL - Consolidado Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações - Consolidado Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2011 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2011 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL - Consolidado Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações - Consolidado Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2011 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2011 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2011 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2011 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL - Consolidado Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações Consolidado Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2011 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2011 Securitizadoras Imobiliárias Emissões Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2011 Emissores Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2011 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2011 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido Consolidado Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações Consolidado Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer 80

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Terceiros Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2011 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2011 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2011 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado em 2011 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado - Consolidado Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado - Consolidado Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2011 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2011 Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2011 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Operações em 2011 81

FUNDOs DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS (FIDC) A seguir os rankings relacionados ao mercado de FIDC, segregados por emissões, emissores e terceiros provedores de serviços desta indústria. Os critérios utilizados são apresentados após cada ranking ou conjunto de rankings.

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Emissões Ranking de Emissões de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2011 Tabela 11 Título Emissor Classe Série Montante (R$) Participação F ACB Financeiro Subordinada Única 3.634.722.668 9,9 Caixa BTG Pactual Multisegmentos NP Sênior 1 2.800.000.000 7,7 BP Financeiro NP Sênior 1 2.800.000.000 7,7 BV Financeira VI Sênior 1 2.200.872.927 6,0 Aberto PSA Finance Brasil I Sênior Única 1.523.469.295 4,2 For-Te Sênior Única 1.435.001.575 3,9 BCSul Verax Multicred Financeiro Subordinada Única 927.669.481 2,5 Caterpillar do Segmento Industrial II Sênior Única 858.594.250 2,3 Caterpillar do Segmento Industrial II Subordinada Única 709.531.000 1,9 Caixa BTG Pactual Multisegmentos NP Subordinada Única 701.000.000 1,9 Dez Maiores 17.590.861.196 48,1 Total 36.557.523.326 100,0 Critério: Ordena as cotas de FIDC por montante emitido durante o ano de 2011. Emissores Ranking de FIDC por Montante Emitido em 2011 Tabela 12 Emissor Montante (R$) Participação F ACB Financeiro 4.265.372.543 11,7 Caixa BTG Pactual Multisegmentos NP 3.501.000.000 9,6 BP Financeiro NP 3.500.000.000 9,6 BV Financeira VI 2.645.261.823 7,2 For-Te 1.618.463.159 4,4 Caterpillar do Segmento Industrial II 1.568.125.250 4,3 Aberto PSA Finance Brasil I 1.544.237.985 4,2 Companhia Estadual de Águas e Esgotos - Cedae 1.216.203.556 3,3 BCSul Verax Multicred Financeiro 1.192.427.411 3,3 Insumos Básicos da Indústria Petroquímica 1.020.196.979 2,8 Dez Maiores 22.071.288.706 60,4 Total 36.557.523.326 100,0 Critério: Ordena os FIDC por montante emitido durante o ano de 2011. 83

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de FIDC por Montante de PL em 2011 Tabela 13 1/1/2011 31/12/2011 FIDC Montante (R$) Posição Participação F ACB Financeiro 4.105.373.699 1 22,7 BV Financeira VI 2.752.669.729 2 15,2 Caixa BTG Pactual Multisegmentos NP 2.222.886.133 3 12,3 Companhia Estadual de Águas e Esgotos - Cedae 1.220.378.118 4 6,8 Vale NP 571.573.048 5 3,2 Fênix do Varejo 569.436.342 6 3,1 MIT 555.140.475 7 3,1 Insumos Básicos da Indústria Petroquímica 535.714.483 8 3,0 Mercantil Crédito Consignado INSS 415.516.539 9 2,3 Aberto Multisetorial Vitória 386.937.585 10 2,1 Dez Maiores 13.335.626.151 73,8 Total 18.079.001.002 100,0 Ranking de FIDC por Montante de PL Consolidado Tabela 14 FIDC 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) BCSul Verax Multicred Financeiro 4.867.423.213 1 7,9 1 7,6 0,3 F ACB Financeiro 4.105.373.699 2 6,7 - - 6,7 BV Financeira VI 2.752.669.729 3 4,5 - - 4,5 Caixa BTG Pactual Multisegmentos NP 2.222.886.133 4 3,6 - - 3,6 CEMIG Conta CRC 1.819.356.138 5 3,0 2 3,0-0,1 BV Financeira IV 1.783.043.547 6 2,9 11 1,5 1,4 GM Venda de Veículos 1.453.971.052 7 2,4 7 2,3 0,1 Globex Crédito Mercantil 1.393.590.129 8 2,3 8 2,2 0,0 Pão de Açúcar 1.374.750.304 9 2,2 9 2,0 0,2 CESP IV 1.274.959.342 10 2,1 5 2,3-0,3 Dez Maiores 23.048.023.286 37,4 17.395.821.899 28,9 8,6 Total 61.571.852.566 100,0 43.764.489.966 100,0 Critério: Ordenam os FIDC por montante de PL no último dia do ano de 2011. O ranking anual considera apenas os fundos que efeti vamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2011. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para o ranking. 84

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Terceiros Administradores Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL em 2011 Tabela 15 Administrador 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) BEM DTVM 5.989.993.120 1 33,1 1 16,7 16,4 Caixa Econômica Federal 3.510.483.979 2 19,4 4 11,4 8,0 Votorantim Asset Management DTVM 3.322.106.071 3 18,4 2 16,0 2,4 Oliveira Trust DTVM 971.199.149 4 5,4 8 4,3 1,1 Citibank DTVM 962.595.438 5 5,3 6 7,0-1,7 BTG Pactual Serviços Financeiros DTVM 846.734.625 6 4,7 7 6,6-1,9 Intrag DTVM 681.692.943 7 3,8 3 15,3-11,5 Concórdia Corretora 475.125.961 8 2,6 10 2,2 0,4 BRL Trust DTVM 386.937.585 9 2,1 - - 2,1 PETRA 293.729.130 10 1,6 12 1,2 0,4 Dez maiores 17.440.598.001 96,5 11.637.089.391 93,5 3,0 Total 18.079.001.002 100,0 12.451.501.190 100,0 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações em 2011 Tabela 16 Administrador 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Número de Participação Participação participação Posição Posição Operações SOCOPA 17 1 18,7 1 19,2-0,5 BEM DTVM 14 2 15,4 2 14,1 1,3 PETRA 11 3 12,1 7 5,1 7,0 Citibank DTVM 9 4 9,9 3 12,8-2,9 Oliveira Trust DTVM 8 5 8,8 6 6,4 2,4 Concórdia Corretora 4 6 4,4 12 2,6 1,8 Caixa Econômica Federal 3 7 3,3 15 1,3 2,0 BTG Pactual Serviços Financeiros DTVM 3 8 3,3 5 6,4-3,1 CRV DTVM 3 9 3,3 - - 3,3 Votorantim Asset Management DTVM 2 10 2,2 10 2,6-0,4 Dez maiores 74 81,3 65 83,3-2,0 Total 91 100,0 78 100,0 85

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Administradores de FIDC por Montante de PL Consolidado Tabela 17 01/01/2002-31/12/2011 01/01/2002 31/12/2010 Mudança na Participação participação Administrador Montante (R$) Posição Posição Participação BEM DTVM 14.650.833.433 1 23,8 1 18,6 5,2 Votorantim Asset Management DTVM 8.129.293.405 2 13,2 4 9,2 4,0 Caixa Econômica Federal 6.722.918.434 3 10,9 9 4,6 6,3 Cruzeiro do Sul DTVM 5.985.825.016 4 9,7 2 14,7-5,0 Intrag DTVM 4.765.392.817 5 7,7 3 9,6-1,8 Oliveira Trust DTVM 4.394.573.836 6 7,1 5 7,1 0,1 Citibank DTVM 3.357.200.701 7 5,5 10 4,4 1,1 Concórdia Corretora 2.551.454.487 8 4,1 8 4,6-0,5 BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 2.125.958.734 9 3,5 7 4,8-1,4 BTG Pactual Serviços Financeiros DTVM 2.103.583.465 10 3,4 12 3,8-0,4 Dez maiores 54.787.034.328 89,0 36.051.782.165 82,4 6,6 Total 61.571.852.566 100,0 43.764.489.966 100,0 Ranking de Administradores de FIDC por Número de Operações Consolidado Tabela 18 Administrador 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Número de Participação Participação participação Posição Posição Operações SOCOPA 46 1 12,9 3 10,3 2,7 BEM DTVM 45 2 12,6 1 13,6-0,9 Oliveira Trust DTVM 40 3 11,2 2 12,3-1,0 PETRA 31 4 8,7 6 6,6 2,1 Citibank DTVM 30 5 8,4 7 6,3 2,1 Gradual CTVM 26 6 7,3 4 8,6-1,3 BNY Mellon Serviços Financeiros DTVM 22 7 6,2 5 8,3-2,1 BTG Pactual Serviços Financeiros DTVM 16 8 4,5 8 5,0-0,5 Concórdia Corretora 14 9 3,9 9 4,3-0,4 Intrag DTVM 13 10 3,7 11 4,0-0,3 Dez maiores 283 79,5 239 79,1 0,4 Total 356 100,0 302 100,0 Critério: Ordenam os Administradores de FIDC por número de fundos e por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2011. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2011. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings. 86

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Advogados Ranking de Advogados de FIDC por Montante Emitido em 2011 Tabela 19 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Participação Participação participação Escritórios de Advogados Montante (R$) Posição Posição Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 1.688.514.728 1 21,4 1 29,4-8,0 Soares Bumachar Chagas Barros Advogados 1.216.203.556 2 15,4 - - 15,4 Bocater, Camargo, Costa e Silva 1.216.203.556 3 15,4 - - 15,4 Pinheiro Guimarães Advogados 1.020.196.979 4 12,9 2 28,5-15,6 Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados 971.356.599 5 12,3 4 5,7 6,7 Barcellos Tucunduva Advogados 418.055.630 6 5,3 9 1,1 4,2 Motta, Fernandes Rocha Advogados 318.850.561 7 4,0 6 2,8 1,3 FreitasLeite Advogados 306.372.344 8 3,9 8 1,2 2,7 Velloza, Girotto e Lindenbojm Advogados 235.788.344 9 3,0 11 0,4 2,6 Brasil, Pereira Neto, Galdino, Macedo Advogados 201.000.000 10 2,5 - - 2,5 Dez maiores 7.592.542.297 96,3 11.768.774.396 99,1-2,8 Total 7.885.975.833 100,0 11.880.993.333 100,0 Ranking de Advogados de FIDC por Número de Operações em 2011 Tabela 20 Escritórios de Advogados 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Número de Participação Participação participação Posição Posição Operações Peixoto Neto Sociedade de Advogados 8 1 19,5 - - 19,5 Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados 7 2 17,1 6 6,5 10,6 FreitasLeite Advogados 4 3 9,8 2 13,0-3,3 Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 3 4 7,3 4 8,7-1,4 Barcellos Tucunduva Advogados 2 5 4,9 10 2,2 2,7 Motta, Fernandes Rocha Advogados 2 6 4,9 5 8,7-3,8 Velloza, Girotto e Lindenbojm Advogados 2 7 4,9 7 4,3 0,5 Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados 2 8 4,9 1 32,6-27,7 Soares Bumachar Chagas Barros Advogados 1 9 2,4 - - 2,4 Bocater, Camargo, Costa e Silva 1 10 2,4 - - 2,4 Dez maiores 32 78,0 42 91,3-13,3 Total 41 100,0 46 100,0 Critério: Ordenam os Assessores Jurídicos de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2011. A assessoria considerada neste ranking é aquela prestada pelo participante ao administrador do FIDC no processo de estrutu ração do fundo. Quando duas ou mais instituições assessoram conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as instituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2011. 87

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Agências de Classificação de Risco Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC em 2011 Tabela 21 Agência de Classificação de Risco 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação Participação Posição Posição (R$) S & P 6.224.188.000 1 44,2 1 36,3 8,0 Fitch 3.831.890.000 2 27,2 2 31,3-4,1 Moody s 2.205.000.000 3 15,7 3 22,8-7,2 Liberum 1.319.587.000 4 9,4 - - 9,4 Austin 408.139.869 5 2,9 4 4,9-2,0 LF 90.000.000 6 0,6 - - 0,6 Total 14.078.804.869 100,0 10.657.383.112 100,0 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificado em 2011 Tabela 22 Agência de Classificação de Risco 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Participação Participação Participação Número de cotas Posição Posição S & P 68 1 59,6 1 52,6 7,1 Austin 19 2 16,7 2 24,4-7,7 Fitch 15 3 13,2 3 10,3 2,9 Moody s 7 4 6,1 4 10,3-4,1 Liberum 4 5 3,5 - - 3,5 LF 1 6 0,9 - - 0,9 Total 114 100,0 78 100,0 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante Classificado de Cotas de FIDC Consolidado Tabela 23 Agência de Classificação de Risco 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação Participação Posição Posição (R$) S & P 28.010.924.045 1 36,9 1 35,3 1,7 Fitch 16.001.240.000 2 21,1 2 19,7 1,4 Moody s 14.036.545.000 3 18,5 3 19,1-0,6 Austin 11.138.627.445 4 14,7 4 17,4-2,7 LF 2.724.401.559 5 3,6 6 4,3-0,7 SR 2.654.823.529 6 3,5 5 4,3-0,8 Liberum 1.319.587.000 7 1,7 - - 1,7 Total 75.886.148.578 100,0 61.807.343.709 100,0 88

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de Cotas de FIDC Classificado Consolidado Tabela 24 Agência de Classificação de Risco Número de cotas 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Posição Participação Posição Participação Mudança na Participação S & P 225 1 37,8 2 32,6 5,2 Austin 181 2 30,4 1 33,7-3,3 Fitch 91 3 15,3 3 15,8-0,5 Moody s 62 4 10,4 4 11,4-1,0 SR 18 5 3,0 5 3,7-0,7 LF 14 6 2,4 6 2,7-0,3 Liberum 4 7 0,7 - - 0,7 Total 595 100,0 481 100,0 Critério: Ordenam as Agências de Classificação de Risco com base no montante classificado e no número de atribuições de classifi cações de risco emitidas por cada uma delas às cotas de FIDC. O valor considerado nesses rankings é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings anuais consideram apenas as atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos an teriores, mas classificadas pelas Agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das Agências não são contabilizadas para suas posições nos rankings. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias Agências de Classificação de Risco. Quando um título recebe classificações de duas ou mais Agências, o montante objeto da classificação é atribuído a ambas as Agências. Os rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2011. Auditores Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL em 2011 Tabela 25 Auditor 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) KPMG 14.447.878.410 1 84,3 1 94,9-10,7 PricewaterhouseCoopers 2.078.895.579 2 12,1 2 2,1 10,0 Deloitte Touche Tohmatsu 333.506.294 3 1,9 - - 1,9 Ernst & Young Terco 152.205.093 4 0,9 3 1,1-0,2 Baker Tilly Brasil 129.562.160 5 0,8 4 1,0-0,2 Acal Consultoria e Auditoria 2.763.740 6 0,0 6 0,2-0,1 Total 17.144.811.276 100,0 12.451.501.190 100,0 89

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações em 2011 Tabela 26 Auditor 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Número de Participação participação Posição Posição Participação Operações KPMG 46 1 62,2 1 65,4-3,2 Baker Tilly Brasil 17 2 23,0 2 23,1-0,1 PricewaterhouseCoopers 6 3 8,1 4 1,3 6,8 Ernst & Young Terco 3 4 4,1 3 5,1-1,1 Deloitte Touche Tohmatsu 1 5 1,4 - - 1,4 Acal Consultoria e Auditoria 1 6 1,4 6 1,3 0,1 Total 74 100,0 78 100,0 Ranking de Auditores de FIDC por Montante de PL Consolidado Tabela 27 Auditor 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) KPMG 46.570.920.997 1 76,8 1 76,3 0,5 Deloitte Touche Tohmatsu 6.684.605.912 2 11,0 2 14,7-3,7 PricewaterhouseCoopers 4.923.380.943 3 8,1 3 5,3 2,9 Baker Tilly Brasil 940.822.735 4 1,6 4 1,5 0,0 Ernst & Young Terco 644.632.078 5 1,1 6 0,6 0,5 Horwath Bendoraytes Aizenman 473.506.991 6 0,8 5 1,1-0,4 Audi Factor 112.735.337 7 0,2 7 0,2 0,0 PSW Brasil 88.168.409 8 0,1 8 0,2 0,0 Confiance Auditores Independentes 75.082.793 9 0,1 - - 0,1 Acal Consultoria e Auditoria 64.721.076 10 0,1 10 0,0 0,1 Dez maiores 60.578.577.271 99,9 43.753.863.319 100,0-0,1 Total 60.637.662.840 100,0 43.764.489.966 100,0 Ranking de Auditores de FIDC por Número de Operações Consolidado Tabela 28 Auditor 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Número de Participação Participação participação Posição Posição Operações KPMG 227 1 67,0 1 70,9-3,9 Baker Tilly Brasil 53 2 15,6 2 14,9 0,7 PricewaterhouseCoopers 17 3 5,0 4 4,0 1,0 Deloitte Touche Tohmatsu 13 4 3,8 3 4,3-0,5 Ernst & Young Terco 13 5 3,8 5 2,3 1,5 Confiance Auditores Independentes 5 6 1,5 - - 1,5 Audi Factor 3 7 0,9 6 1,0-0,1 Acal Consultoria e Auditoria 2 8 0,6 10 0,3 0,3 Performance 2 9 0,6 8 0,7-0,1 Horwath Bendoraytes Aizenman 1 10 0,3 7 0,7-0,4 Dez maiores 336 99,1 300 99,3-0,2 Total 339 100,0 302 100,0 90

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Critério: Ordenam os Auditores de FIDC por número de fundos e por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2011. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2011. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings. Custodiantes Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL em 2011 Tabela 29 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Participação Participação participação Custodiante Montante (R$) Posição Posição Banco Bradesco 11.577.457.746 1 64,2 1 33,6 30,6 Itaú Unibanco 2.466.772.503 2 13,7 3 19,5-5,8 Citibank DTVM 1.987.991.985 3 11,0 5 7,3 3,7 Deutsche Bank 1.178.773.487 4 6,5 4 10,4-3,9 Banco Santander (Brasil) 292.799.774 5 1,6 2 24,3-22,7 Banco Modal 169.780.788 6 0,9 10 0,0 0,9 Banco Paulista 164.488.078 7 0,9 6 2,0-1,1 Banco PETRA 100.921.289 8 0,6 - - 0,6 Banco do Brasil 70.423.215 9 0,4 8 1,1-0,7 HSBC Bank Brasil 16.181.982 10 0,1 9 0,4-0,4 Total 18.025.590.848 100,0 12.451.501.190 100,0 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações em 2011 Tabela 30 Custodiante 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Número de Participação participação Posição Participação Posição Operações Banco Paulista 22 1 24,7 1 26,9-2,2 Banco Bradesco 18 2 20,2 2 19,2 1,0 Citibank DTVM 13 3 14,6 3 18,0-3,3 Deutsche Bank 11 4 12,4 4 10,3 2,1 Banco Santander (Brasil) 9 5 10,1 5 9,0 1,1 Itaú Unibanco 6 6 6,7 6 6,4 0,3 Banco PETRA 5 7 5,6 - - 5,6 Banco Modal 2 8 2,2 10 1,3 1,0 HSBC Bank Brasil 2 9 2,2 8 3,9-1,6 Banco do Brasil 1 10 1,1 9 1,3-0,2 Total 89 100,0 78 100,0 91

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Custodiantes de FIDC por Montante de PL Consolidado Tabela 31 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Participação Participação participação Custodiante Montante (R$) Posição Posição Banco Bradesco 24.501.453.161 1 39,8 1 26,7 13,1 Itaú Unibanco 12.594.410.128 2 20,5 3 24,8-4,3 Deutsche Bank 11.741.524.363 3 19,1 2 25,1-6,0 Citibank DTVM 5.885.488.287 4 9,6 5 8,0 1,6 Banco Santander (Brasil) 3.529.733.964 5 5,7 4 10,6-4,9 Banco Paulista 1.418.691.185 6 2,3 6 2,1 0,2 Banco do Brasil 396.621.246 7 0,6 7 1,3-0,7 Banco Rural 339.296.064 8 0,6 8 0,4 0,2 Banco Safra 271.175.039 9 0,4 10 0,4 0,1 Banco PETRA 262.036.358 10 0,4 - - 0,4 Dez maiores 60.940.429.795 99,0 43.636.185.862 99,7-0,7 Total 61.571.852.566 100,0 43.764.489.966 100,0 Ranking de Custodiantes de FIDC por Número de Operações Consolidado Tabela 32 Custodiante 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Número de Participação participação Posição Posição Participação Operações Banco Paulista 71 1 19,9 3 17,9 2,1 Banco Bradesco 68 2 19,1 1 21,5-2,4 Deutsche Bank 64 3 18,0 2 19,5-1,6 Citibank DTVM 40 4 11,2 6 8,9 2,3 Banco Santander (Brasil) 39 5 11,0 4 12,6-1,6 Itaú Unibanco 35 6 9,8 5 11,9-2,1 Banco PETRA 14 7 3,9 - - 3,9 Banco do Brasil 6 8 1,7 7 2,3-0,6 HSBC Bank Brasil 6 9 1,7 8 2,3-0,6 Banco Modal 4 10 1,1 10 0,7 0,5 Dez maiores 347 97,5 298 98,7-1,2 Total 356 100,0 302 100,0 Critério: Ordenam os Custodiantes de FIDC por número de fundos e por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2011. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2011. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings. 92

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Estruturadores Ranking de Estruturadores de FIDC por Montante Emitido em 2011 Tabela 33 Estruturador 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) Banco BTG Pactual 5.736.432.995 1 28,4 6 5,7 22,7 Banco Votorantim 3.861.465.379 2 19,1 2 18,2 0,9 Banco Itaú BBA 2.798.391.692 3 13,8 3 12,3 1,6 Banco Bradesco BBI 1.502.303.556 4 7,4 7 4,0 3,4 BB Banco de Investimento 1.289.703.556 5 6,4 5 6,9-0,5 Caixa Econômica Federal 1.216.203.556 6 6,0 - - 6,0 Banco Santander (Brasil) 1.216.203.556 7 6,0 1 23,6-17,6 Banco BVA 756.884.639 8 3,7 9 3,0 0,7 BICBanco 327.948.351 9 1,6 12 1,7-0,1 Angá Adnministração de Recursos 218.093.695 10 1,1 - - 1,1 Dez maiores 18.923.630.975 93,5 13.298.459.464 89,0 4,6 Total 20.232.825.072 100,0 14.946.488.320 100,0 Ranking de Estruturadores de FIDC por Número de Operações em 2011 Tabela 34 Estruturador Número de Operações 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Participação participação Posição Participação Posição Tercon Consultoria Empresarial 11 1 17,2 1 21,7-4,6 PETRA Personal Trader CTVM 10 2 15,6 3 7,3 8,4 Banco BTG Pactual 6 3 9,4 2 10,1-0,8 Banco Itaú BBA 5 4 7,8 7 2,9 4,9 Integral Trust Serviços Financeiros 3 5 4,7 9 2,9 1,8 Banco Votorantim 2 6 3,1 4 5,8-2,7 Banco Bradesco BBI 2 7 3,1 14 1,5 1,7 BB Banco de Investimento 2 8 3,1 6 4,4-1,2 Banco BVA 2 9 3,1 10 2,9 0,2 BICBanco 2 10 3,1 16 1,5 1,7 Dez maiores 45 70,3 45 65,2 5,1 Total 64 100,0 69 100,0 Critério: Ordenam os Estruturadores de FIDC com base no montante emitido e no número de operações realizadas durante o ano de 2011. Quando duas ou mais instituições estruturam conjuntamente um mesmo fundo, o crédito é atribuído integralmente a todas as ins tituições. Os rankings consideram apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2011. 93

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Gestores Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL em 2011 Tabela 35 Gestor 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) Bram Bradesco Asset Management DTVM 5.149.440.279 1 28,5 5 10,0 18,5 BTG Pactual 3.678.090.111 2 20,3 6 6,3 14,0 Votorantim Asset Management DTVM 3.392.529.285 3 18,8 1 17,0 1,8 Integral Investimentos 1.252.733.028 4 6,9 7 4,2 2,7 BRL Trust 742.419.315 5 4,1 9 3,6 0,5 Intrag DTVM 681.692.943 6 3,8 2 15,0-11,2 Concórdia Corretora 437.259.566 7 2,4 10 2,7-0,3 Mercantil do Brasil DTVM 415.516.539 8 2,3 - - 2,3 Pine DTVM 333.506.294 9 1,8 - - 1,8 Oliveira Trust DTVM 293.980.991 10 1,6 8 3,9-2,2 Dez maiores 16.377.168.351 90,6 10.632.855.159 85,4 5,2 Total 18.079.001.002 100,0 12.451.501.190 100,0 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações em 2011 Tabela 36 Gestor 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Número de Participação Participação participação Posição Posição Operações J & M Investimentos 11 1 12,1 1 19,2-7,1 PETRA Personal Trader CTVM 9 2 9,9 6 5,1 4,8 Integral Investimentos 7 3 7,7 9 2,6 5,1 Bram Bradesco Asset Management DTVM 5 4 5,5 4 5,1 0,4 BTG Pactual 3 5 3,3 2 6,4-3,1 Votorantim Asset Management DTVM 3 6 3,3 7 3,8-0,5 Concórdia Corretora 3 7 3,3 11 2,6 0,7 Oliveira Trust DTVM 3 8 3,3 5 5,1-1,8 SOCOPA 3 9 3,3 - - 3,3 BRL Trust 2 10 2,2 10 2,6-0,4 Dez maiores 49 53,8 46 59,0-5,1 Total 91 100,0 78 100,0 94

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Gestores de FIDC por Montante de PL Consolidado Tabela 37 Gestor 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) Bram Bradesco Asset Management DTVM 10.591.413.942 1 17,2 2 12,5 4,7 Votorantim Asset Management DTVM 8.455.475.986 2 13,7 3 10,2 3,5 BCSul Verax Serviços Financeiros 6.139.172.213 3 10,0 1 14,6-4,6 BTG Pactual 5.114.243.050 4 8,3 9 3,8 4,5 Intrag DTVM 4.503.340.135 5 7,3 4 8,8-1,5 Integral Investimentos 4.203.016.518 6 6,8 5 5,2 1,6 Concórdia Corretora 2.572.627.708 7 4,2 8 4,8-0,6 Oliveira Trust 2.494.775.046 8 4,1 6 5,1-1,0 Caixa Econômica Federal 1.784.360.836 9 2,9 19 0,8 2,1 BRL Trust 1.600.251.119 10 2,6 17 1,0 1,6 Dez maiores 47.458.676.553 77,1 31.990.332.764 73,1 4,0 Total 61.571.852.566 100,0 43.764.489.966 100,0 Ranking de Gestores de FIDC por Número de Operações Consolidado Tabela 38 Gestor 1/1/2002 31/12/2011 1/1/2002 31/12/2010 Mudança na Número de Participação Participação participação Posição Posição Operações J & M Investimentos 36 1 10,1 3 7,6 2,5 PETRA 30 2 8,4 4 7,0 1,5 Oliveira Trust 24 3 6,7 2 8,9-2,2 Bram Bradesco Asset Management DTVM 22 4 6,2 1 8,9-2,8 Gradual CTVM 18 5 5,1 5 7,0-1,9 BTG Pactual 16 6 4,5 6 5,0-0,5 Integral Investimentos 13 7 3,7 11 2,6 1,0 Concórdia Corretora 12 8 3,4 7 4,0-0,6 Votorantim Asset Management DTVM 11 9 3,1 9 3,3-0,2 BNY Mellon 10 10 2,8 10 3,3-0,5 Dez maiores 192 53,9 177 58,6-4,7 Total 356 100,0 302 100,0 Critério: Ordenam os Gestores de FIDC por número de fundos e por montante agregado de PL dos fundos no último dia do ano de 2011. Os rankings anuais consideram apenas os fundos que efetivamente entraram em operação, através de sua primeira emissão de cotas, durante o ano de 2011. O fundo cujo valor do PL não tenha sido divulgado para o dia em questão não é considerado para os rankings. 95

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Líderes de Distribuição Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Montante Emitido em 2011 Tabela 39 1/1/2011 31/12/2011 Líder de Distribuição Montante (R$) Posição Participação Banco BTG Pactual 4.644.928.878 1 25,9 Banco Bradesco 4.265.372.543 2 23,8 Banco Votorantim 2.816.479.097 3 15,7 Banco Itaú BBA 2.568.681.692 4 14,3 Banco BVA 623.941.271 5 3,5 Citibank DTVM 504.253.461 6 2,8 Banco BMG 359.694.358 7 2,0 Cruzeiro do Sul DTVM 296.524.229 8 1,7 Banco Credit Suisse (Brasil) 280.008.132 9 1,6 BICBanco 190.530.574 10 1,1 Dez Maiores 16.550.414.235 92,4 Total 17.908.960.161 100,0 Ranking de Líderes de Distribuição de Cotas de FIDC por Número de Títulos em 2011 Tabela 40 1/1/2011 31/12/2011 Líder de Distribuição Número de Títulos Posição Participação Citibank DTVM 10 1 10,8 Banco BTG Pactual 8 2 8,6 Banco Itaú BBA 8 3 8,6 Concórdia Corretora 6 4 6,5 Gradual CTVM 6 5 6,5 Oliveira Trust DTVM 6 6 6,5 Petra Personal Trader CTVM 6 7 6,5 Banco BVA 5 8 5,4 Cruzeiro do Sul DTVM 4 9 4,3 Banco Votorantim 3 10 3,2 Dez Maiores 62 66,7 Total 93 100,0 Critério: Ordenam os Líderes de Distribuição de ofertas de cotas de FIDC com base no número de títulos e no montante distribuído durante o ano de 2011. Quando duas ou mais instituições lideram conjuntamente uma mesma oferta, os montantes são atribuídos integral mente a todas as instituições. 96

SECURITIZADORAS IMOBILIÁRIAS A seguir os rankings relacionados ao mercado de Securitizadoras Imobiliárias ou CSCI, segregados por emissões, emissores e terceiros provedores de serviços desta indústria. Os critérios utilizados são apresentados após cada ranking ou conjunto de rankings.

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Emissões Ranking de Emissões de CRI por Montante Emitido em 2011 Tabela 41 Emissor Título Emissão/Série Classe Montante (R$) Participação Gaia 4ª / 31ª Sênior 1.862.056.928 13,7 Cibrasec 2ª / 166ª Única 688.821.167 5,1 Cibrasec 2ª / 158ª Única 500.000.000 3,7 RB Capital 1ª / 73ª Única 350.000.000 2,6 Cibrasec 2ª / 165ª Única 317.069.680 2,3 Gaia 5ª / 9ª Única 300.000.000 2,2 RB Capital 1ª / 56ª Única 276.000.000 2,0 Brazil Realty 1ª / 1ª Única 270.000.000 2,0 PDG 3ª / 7ª Única 252.625.614 1,9 PDG 1ª / 15ª Única 250.000.000 1,8 Dez maiores 5.066.573.389 37,3 Total 13.579.812.801 100,0 Critério: Ordena os CRI por montante emitido durante o ano de 2011. Emissores Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2011 Tabela 42 Securitizadora Imobiliária 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) Gaia 3.119.625.184 1 23,0 3 14,9 8,1 Cibrasec 3.081.884.396 2 22,7 4 10,0 12,7 Brazilian Securities 2.694.254.348 3 19,8 1 42,5-22,6 Grupo RB Capital 2.427.507.668 4 17,9 2 18,2-0,3 PDG 1.359.968.153 5 10,0 5 9,3 0,7 Brazil Realty 270.000.000 6 2,0 - - 2,0 Nova Securitização 114.533.702 7 0,8 - - 0,8 Pátria 110.000.000 8 0,8 10 0,0 0,8 Polo Capital 105.427.990 9 0,8 - - 0,8 Plural Capital 90.238.028 10 0,7 - - 0,7 Dez Maiores 13.373.439.469 98,5 8.492.492.074 100,0-1,5 Total 13.579.812.800 100,0 8.493.992.074 100,0 99

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2011 Tabela 43 Securitizadora Imobiliária Nº de Operações Posição 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Participação Posição Participação Mudança na participação Brazilian Securities 52 1 34,7 1 37,9-3,3 Grupo RB Capital 29 2 19,3 3 18,1 1,2 Cibrasec 20 3 13,3 2 19,0-5,6 Gaia 18 4 12,0 4 11,2 0,8 PDG 12 5 8,0 6 3,4 4,6 Nova Securitização 3 6 2,0 - - 2,0 Plural Capital 3 7 2,0 - - 2,0 TRX 3 8 2,0 - - 2,0 Polo Capital 2 9 1,3 - - 1,3 Habitasec 2 10 1,3 9 0,9 0,5 Dez Maiores 144 96,0 115 99,1-3,1 Total 150 100,0 116 100,0 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido Consolidado Tabela 44 1/1/1999 31/12/2011 1/1/1999 31/12/2010 Mudança na Participação Participação participação Securitizadora Imobiliária Montante (R$) Posição Posição Brazilian Securities 9.915.207.382 1 27,0 1 31,3-4,2 Cibrasec 8.339.772.998 2 22,7 2 22,8 0,0 Grupo RB Capital 6.667.982.700 3 18,2 3 18,4-0,2 Gaia 4.784.810.253 4 13,1 4 7,2 5,8 PDG 2.251.839.522 5 6,1 6 3,9 2,3 BRC 1.098.764.963 6 3,0 5 4,8-1,8 Grupo WTorre 729.845.830 7 2,0 7 3,2-1,2 Altere 493.174.181 8 1,3 8 2,1-0,8 Safra 292.000.000 9 0,8 9 1,3-0,5 Brazil Realty 270.000.000 10 0,7 - - 0,7 Dez Maiores 34.843.397.829 95,0 22.151.495.206 96,0-0,9 Total 36.662.412.591 100,0 23.082.599.792 100,0 100

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações Consolidado Tabela 45 Securitizadora Imobiliária 1/1/1999 31/12/2011 1/1/1999 31/12/2010 Mudança na Nº de Participação Participação participação Posição Posição Operações Brazilian Securities 176 1 27,5 2 25,3 2,2 Cibrasec 158 2 24,6 1 28,1-3,5 Grupo RB Capital 145 3 22,6 3 23,6-1,0 Gaia 38 4 5,9 4 4,1 1,9 PDG 19 5 3,0 8 1,4 1,5 BRC 19 6 3,0 5 3,9-0,9 Altere 14 7 2,2 6 2,9-0,7 Grupo WTorre 13 8 2,0 7 2,6-0,6 Aetatis 7 9 1,1 9 1,2-0,1 Pátria 6 10 0,9 - - 0,9 Dez Maiores 595 92,8 328 94,1-1,3 Total 641 100,0 491 100,0 Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total emitido e no numero de operações efetivamente realizadas durante o ano de 2011, e calculados de forma consolidada desde 1999. As Securitizadoras que não divulgaram informações sobre suas emissões, mesmo tendo ofertas públicas registradas, não são consideradas para o ranking. O ranking referente a 2011 considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, naquele ano. Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI Tabela 46 12/2011 Securitizadora Imobiliária Montante (R$) Posição Participação Brazilian Securities 9.978.625.463 1 31,8 Grupo RB Capital 6.194.579.166 2 19,7 Cibrasec 5.860.515.906 3 18,7 Gaia 4.415.951.678 4 14,1 PDG 2.159.539.370 5 6,9 Grupo WTorre 555.575.969 6 1,8 BRC 470.960.640 7 1,5 Vision 340.616.892 8 1,1 Brazil Realty 272.500.056 9 0,9 Pátria 186.779.855 10 0,6 Dez Maiores 30.435.644.996 96,9 Total 31.394.497.984 100,0 101

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer Tabela 47 12/2011 Securitizadora Imobiliária Número de Operações Posição Participação Brazilian Securities 139 1 31,4 Cibrasec 111 2 25,1 Grupo RB Capital 77 3 17,4 Gaia 34 4 7,7 PDG 19 5 4,3 Grupo WTorre 12 6 2,7 Altere 7 7 1,6 BRC 6 8 1,4 Pátria 5 9 1,1 Beta 4 10 0,9 Dez Maiores 414 93,5 Total 443 100,0 Critério: Ordenam as Securitizadoras Imobiliárias com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no ultimo dia útil de 2011. As Securitizadoras que não divulgaram informações sobre suas emissões não são consideradas para o ranking. Terceiros Advogados Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Montante Emitido em 2011 Tabela 48 Escritório de Advogados 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Montante Participação Participação participação Posição Posição (R$) PMKA Advogados Associados 6.386.810.868 1 47,0 1 39,9 7,2 Negrão, Ferrari & Bumlai Chodraui Advogados 1.516.384.272 2 11,2 - - 11,2 Navarro Advogados 849.198.531 3 6,3 4 6,1 0,1 Tauil & Chequer Advogados associado a Mayer Brown LLP 673.235.207 4 5,0 7 4,7 0,2 Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados 662.069.680 5 4,9 2 16,0-11,2 Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados 611.685.876 6 4,5 6 5,3-0,8 Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados 587.968.027 7 4,3 10 2,1 2,2 Vaz, Barreto, Shingaki & Oioli Advogados 529.753.961 8 3,9 9 2,2 1,7 Pinheiro Guimarães Advogados 424.269.461 9 3,1 3 6,1-3,0 Felsberg, Pedretti, Manrrich e Aidar 267.300.518 10 2,0 5 6,1-4,1 Dez Maiores 12.508.676.401 92,1 7.762.911.256 90,9 1,2 Total 13.578.944.912 100,0 8.536.837.716 100,0 102

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Advogados de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações em 2011 Tabela 49 Escritório de Advogados 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Número de Participação Participação participação Posição Posição Operações PMKA Advogados Associados 40 1 35,7 1 37,5-1,8 Negrão, Ferrari & Bumlai Chodraui Advogados 14 2 12,5 - - 12,5 Navarro Advogados 8 3 7,1 13 1,1 6,0 Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados 6 4 5,4 4 5,7-0,3 Tauil & Chequer Advogados associado a Mayer Brown LLP 5 5 4,5 14 1,1 3,3 Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados 5 6 4,5 6 4,5-0,1 Pinheiro Guimarães Advogados 4 7 3,6 12 1,1 2,4 Cascione, Pulino, Boulos & Santos Advogados 4 8 3,6 18 1,1 2,4 FreitasLeite Advogados 4 9 3,6 5 5,7-2,1 Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados 4 10 3,6 - - 3,6 Dez Maiores 94 83,9 77 77,4 6,5 Total 112 100,0 88 100,0 Critério: Ordenam os Assessores Legais com base no montante e no número de operações de CRI realizadas pelas Securitizadoras Imobiliárias durante o ano de 2011. A assessoria considerada neste ranking e aquela prestada pelo participante às Securitizadoras Imobiliárias no processo de estruturação da operação. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, no ano de 2011. Agências de Classificação de Risco Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado em 2011 Tabela 50 Agência de Classificação de Risco 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na participação Montante (R$) Posição Participação Posição Participação Fitch 3.238.584.418 1 76,4 1 60,4 16,0 Moody's 570.000.000 2 13,4 2 16,4-3,0 SR 350.000.000 3 8,3 5 2,6 5,6 Austin 80.939.222 4 1,9 3 13,2-11,3 Total 4.239.523.640 100,0 1.350.844.727 100,0 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado em 2011 Tabela 51 Agência de Classificação de Risco 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na participação Nº de títulos Posição Participação Posição Participação Fitch 35 1 79,6 2 30,8 48,8 Austin 6 2 13,6 1 56,4-42,8 Moody's 2 3 4,6 3 5,1-0,6 SR 1 4 2,3 5 2,6-0,3 Total 44 100,0 39 100,0 103

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Montante de CRI Classificado Consolidado Tabela 52 Agência de Classificação de Risco 1/1/1999 31/12/2011 1/1/1999 31/12/2010 Mudança na participação Montante(R$) Posição Participação Posição Participação Fitch 6.849.012.354 1 61,2 1 51,9 9,3 Moody's 1.488.482.662 2 13,3 3 13,2 0,1 Austin 1.008.554.417 3 9,0 2 13,4-4,3 SR 797.591.325 4 7,1 5 6,4 0,7 S & P 683.549.889 5 6,1 4 9,8-3,7 LF 363.256.802 6 3,3 6 5,2-2,0 Total 11.190.447.449 100,0 6.950.923.809 100,0 Ranking de Agências de Classificação de Risco por Número de CRI Classificado Consolidado Tabela 53 Agência de Classificação de Risco 1/1/1999 31/12/2011 1/1/1999 31/12/2010 Mudança na participação Nº de títulos Posição Participação Posição Participação Fitch 95 1 45,2 1 36,1 9,1 Austin 55 2 26,2 2 29,5-3,3 LF 22 3 10,5 3 13,3-2,8 SR 15 4 7,1 4 8,4-1,3 Moody's 14 5 6,7 5 7,2-0,6 S & P 9 6 4,3 6 5,4-1,1 Total 210 100,0 166 100,0 Critério: Ordenam as Agências de Classificação de Risco com base no montante e no número de atribuições de classificações de risco emitidas por cada uma delas aos CRI. O valor considerado no ranking das Agências de classificação de risco é o montante total de títulos aos quais foi atribuída uma classificação e não o valor de toda a operação. Os rankings consideram atribuições feitas durante o período sob análise para operações novas (registradas ou em processo de registro) ou antigas (realizadas em períodos anteriores, mas classificadas pelas Agências em questão pela primeira vez durante o ano). As atividades de monitoramento das Agências não são contabilizadas para suas posições no ranking. Uma classificação, seja ela preliminar ou não, é contabilizada uma única vez. Contudo, somente são consideradas classificações nas quais os montantes dos títulos classificados são informados nos relatórios ou em comunicados formais das próprias Agências de Classificação de Risco. Quando um título recebe classificações de duas ou mais Agências, o montante objeto da classificação e atribuído a ambas as Agências. Os rankings são calculados de forma consolidada e para o ano de 2011. Agentes Fiduciários Ranking de Agentes Fiduciários por Montante Emitido de CRI em 2011 Tabela 54 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na participação Agente Fiduciário Montante (R$) Posição Participação Posição Participação Pentágono DTVM 7.825.542.822 1 57,6 2 43,8 13,9 Oliveira Trust DTVM 3.771.113.280 2 27,8 1 52,0-24,2 GDC Partners DTVM 887.891.583 3 6,5 5 0,0 6,5 Planner Corretora 685.965.679 4 5,1 4 0,7 4,4 Pavarini DTVM 409.299.437 5 3,0 3 3,6-0,6 Total 13.579.812.801 100,0 8.493.992.075 100,0 104

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI em 2011 Tabela 55 Agente Fiduciário 1/1/2011 31/12/2011 1/1/2010 31/12/2010 Mudança na Número de participação Posição Participação Posição Participação Operações Pentágono DTVM 64 1 42,7 2 34,5 8,2 Oliveira Trust DTVM 62 2 41,3 1 60,3-19,0 Planner Corretora 11 3 7,3 4 0,9 6,5 GDC Partners DTVM 10 4 6,7 5 0,9 5,8 Pavarini DTVM 3 5 2,0 3 3,5-1,5 Total 150 100,0 116 100,0 Critério: Ordenam os Agentes Fiduciários com base no montante e no número total de operações realizadas durante o ano de 2011. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante aquele ano. Ranking de Agentes Fiduciários por Preço Unitário dos CRI Tabela 56 12/2011 Agente Fiduciário Montante (R$) Posição Participação Oliveira Trust DTVM 14.576.205.759 1 46,4 Pentágono DTVM 13.907.093.799 2 44,3 Pavarini DTVM 1.476.365.548 3 4,7 GDC Partners DTVM 921.934.354 4 2,9 Planner Corretora 512.898.524 5 1,6 Total 31.394.497.984 100,0 Ranking de Agentes Fiduciários por Número de Operações de CRI a Vencer Tabela 57 12/2011 Agente Fiduciário Número de Operações Posição Participação Oliveira Trust DTVM 272 1 61,4 Pentágono DTVM 127 2 28,7 Pavarini DTVM 22 3 5,0 GDC Partners DTVM 13 4 2,9 Planner Corretora 9 5 2,0 Total 443 100,0 Critério: Ordenam os Agentes Fiduciários com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no último dia útil de 2011. Os Agentes Fiduciários que não divulgaram informações sobre suas emissões não são considerados para os rankings. 105

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Auditores Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Preço Unitário dos CRI Tabela 58 12/2011 Auditor Montante (R$) Posição Participação KPMG Auditores 11.683.542.948 1 37,2 PricewaterhouseCoopers 10.039.638.510 2 32,0 Deloitte Touche Tohmatsu 6.194.579.166 3 19,7 Ernst & Young Terco 3.005.559.125 4 9,6 BKR Lopes, Machado 120.724.823 5 0,4 Fabbri & Cia 116.412.514 6 0,4 Moore Stephens Lima Lucchesi 99.425.650 7 0,3 Tecnoaud 93.330.868 8 0,3 Ramires & Cia Auditores Independentes 41.284.380 9 0,1 Total 31.394.497.984 100,0 Ranking de Auditores de Securitizadoras Imobiliárias por Número de Operações de CRI a Vencer Tabela 59 12/2011 Auditor Número de Operações Posição Participação KPMG Auditores 178 1 40,2 PricewaterhouseCoopers 145 2 32,7 Deloitte Touche Tohmatsu 77 3 17,4 Ernst & Young Terco 31 4 7,0 BKR Lopes, Machado 4 5 0,9 Fabbri & Cia 3 6 0,7 Moore Stephens Lima Lucchesi 3 7 0,7 Tecnoaud 1 8 0,2 Ramires & Cia Auditores Independentes 1 9 0,2 Total 443 100,0 Critério: Ordenam os Auditores com base no montante total e no número de operações de CRI a vencer (PU) no ultimo dia útil de 2011. As operações que não tiveram suas informações divulgadas não são consideradas para os rankings. 106

Finanças Estruturadas 2012 RANKINGS DE 2011 Líderes de Distribuição Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Montante Emitido em 2011 Tabela 60 1/1/2011 31/12/2011 Líder de Distribuição Montante (R$) Posição Participação Banco Itaú BBA 2.303.178.562 1 28,2 Banco Bradesco BBI 1.504.191.038 2 18,4 Banco BTG Pactual 1.503.599.321 3 18,4 RB Capital DTVM 952.880.498 4 11,7 Banco Votorantim 411.804.477 5 5,0 BB Banco de Investimento 272.500.000 6 3,3 Banco Fator 221.583.364 7 2,7 XP Investimentos CCTVM 204.736.809 8 2,5 SOCOPA 167.105.520 9 2,0 Banco Santander (Brasil) 150.000.000 10 1,8 Dez Maiores 7.691.579.589 94,2 Total 8.161.369.188 100,0 Ranking de Líderes de Distribuição de CRI por Número de Operações em 2011 Tabela 61 1/1/2011 31/12/2011 Líder de Distribuição Número de Operações Posição Participação RB Capital DTVM 21 1 18,8 Banco Bradesco BBI 17 2 15,2 Banco Itaú BBA 16 3 14,3 Banco BTG Pactual 9 4 8,0 Banco Votorantim 9 5 8,0 SOCOPA 6 6 5,4 Banco Fator 5 7 4,5 XP Investimentos CCTVM 5 8 4,5 Banco PETRA 3 9 2,7 BB Banco de Investimento 2 10 1,8 Dez Maiores 93 83,0 Total 112 100,0 Critério: Ordenam os Líderes de Distribuição de CRI com base no montante emitido e no número de operações durante o ano. O ranking considera apenas as operações efetivamente realizadas, através de sua primeira emissão, durante o ano de 2011. Observação: Dos Rankings de Líderes de Distribuição de CRI foram excluídos os CRI nos quais o investidor é o FGTS. 107

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