TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. Roteiro para Análise de Fluxo de Caixa para Outorga de Concessões

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Transcrição:

ANEXO 8 ROTEIRO DE ANÁLISE DE FLUXO DE CAIXA PARA OUTOGA DE CONCESSÕES

Índice Geral 1. OBJETIVO... 4 2. ANÁLISE PRELIMINAR DAS PLANILHAS... 5 2.1. Análise das fórmulas e vínculos das planilhas... 6 3. ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA... 10 Índice de Verificações Verificação 1.Verificar a existência de proteção da planilha. Em caso afirmativo, retirar a proteção, o que permitirá a realização de simulações e checagens.... 5 Verificação 2.Verificar se o recálculo da planilha está na opção manual ou automático ou se há macros (botões) para recálculo global da planilha.... 5 Verificação 3.Verificar a existência de linhas ou colunas ocultas (descontinuidade da numeração). Em caso afirmativo, exibir as linhas ou colunas, como forma de melhor visualizar os cálculos realizados na planilha.... 5 Verificação 4.Verificar a existência de #REF# (indicação de erro de fórmula ou inconsistências). Em caso afirmativo, identificar a causa do erro e os reflexos do mesmo no restante da planilha.... 6 Verificação 5.Verificar a existência de referências circulares. Em caso afirmativo, identificar a causa do erro e os reflexos do mesmo no restante da planilha.... 6 Verificação 6.Observar se houve excessivo transcurso de tempo entre a data-base da avaliação ou do estudo de viabilidade e a data do início do acompanhamento do procedimento licitatório, o que resultaria em inconsistência da tarifa pública ou da contraprestação pública considerada para o certame vide Acórdão n 1366/2003 TCU Plenário.... 10 Verificação 7.Verificar se o fluxo de caixa corresponde ao estudo de viabilidade encaminhado à análise do TCU. Caso não ocorra tal correspondência, deve-se realizar medida saneadora.... 10 Verificação 8.Verificar se as premissas indicadas nos estudos de viabilidade foram coerentemente transportadas para o fluxo de caixa:... 10 Verificação 9.Verificar o interrelacionamento entre o Demonstrativo de Resultados do Exercício, o fluxo de caixa e as planilhas indicativas de demanda, receita, investimentos e custos operacionais.... 10 Verificação 10.Verificar se a demanda estimada está corretamente calculada, de acordo com as previsões de crescimento e evasão, conforme o caso.... 10 Verificação 11.Verificar se os tributos calculados observam a legislação aplicável.... 10 Verificação 12.Verificar se todos os valores lançados a título de investimentos foram depreciados até o final da concessão.... 10 Verificação 13.Verificar se, ao final do fluxo de caixa, foi somada a depreciação e foram deduzidos os investimentos. Caso isso não tenha ocorrido, verificar a existência de justificativa ou entrar em contato com o responsável pelos estudos..... 10 Verificação 14.Verificar os parâmetros de cálculo da taxa de desconto (custo de capital próprio e de terceiros) vide Doc 1-002 (Roteiro de Verificação do Cálculo do Custo do Capital).... 10 Verificação 15.Em se tratando de PPP, verificar se o pagamento da contraprestação pública tem início após a disponibilização do serviço, observas as peculiaridades do projeto em análise.... 10 Verificação 16.Verificar a consistência e a correção do cálculo da taxa interna de Página 2 de 12

retorno (TIR) e do valor presente líquido do fluxo de caixa livre (VPL).... 11 Verificação 17.Verificar a consistência e a correção do valor econômico obtido do fluxo de caixa (tarifa de serviço público ou contraprestação pública).... 11 Página 3 de 12

1. OBJETIVO Examinar as planilhas de fluxo de caixa relativas às avaliações econômico-financeiras do serviço a ser concedido sob a forma de concessão tradicional, prevista na Lei n 8.987/95, ou concessão nas modalidades patrocinada ou administrativa (parceria público-privada), regida pela Lei n 11.079/2004. Página 4 de 12

2. ANÁLISE PRELIMINAR DAS PLANILHAS Ao receber as planilhas, recomenda-se, inicialmente, realizar as seguintes verificações: O analista, ao iniciar o reconhecimento da planilha, deve salvar uma cópia em seu computador e proceder as checagens nessa cópia, preservando-se a versão original encaminhada pelo interessado do processo. Verificação 1. Verificar a existência de proteção da planilha. Em caso afirmativo, retirar a proteção, o que permitirá a realização de simulações e checagens. Verificação 2. Verificar se o recálculo da planilha está na opção manual ou automático ou se há macros (botões) para recálculo global da planilha. Para verificar se a planilha está em modo de cálculo automático ou manual, selecione o menu Ferramentas, a opção Opções e a aba Cálculo e ajuste a opção desejada. A opção de cálculo manual requer seja pressionada a tecla F9 a cada alteração na planilha para recálculo da mesma. A opção automática torna as alterações da planilha mais ágeis. Verificação 3. Verificar a existência de linhas ou colunas ocultas (descontinuidade da numeração). Em caso afirmativo, exibir as linhas ou colunas, como forma de melhor visualizar os cálculos realizados na planilha. Para exibir as linhas ou colunas ocultas, marque as linhas ou colunas ocultas, selecione o menu Ferramentas, a opção Formatar, Linha ou Coluna, Reexibir. Página 5 de 12

Verificação 4. Verificar a existência de #REF# (indicação de erro de fórmula ou inconsistências). Em caso afirmativo, identificar a causa do erro e os reflexos do mesmo no restante da planilha. Verificação 5. Verificar a existência de referências circulares. Em caso afirmativo, identificar a causa do erro e os reflexos do mesmo no restante da planilha. Como regra, responder afirmativamente à habilitação de macros e negativamente à manutenção de vínculos. Para possibilitar a visualização, execução e vínculos das planilhas, entre outras verificações, deve-se alterar o nível de segurança do macro no Excel em Ferramentas/ opções/ segurança/ segurança macro/ajustar para médio ou baixo. 2.1. Análise das fórmulas e vínculos das planilhas Uma boa técnica para rastrear eventuais inconsistências em fórmulas e vínculos é a reconstrução lógica das planilhas, a partir dos seguintes passos: Passo 1. Fazer uma cópia de trabalho das planilhas; Passo 2. Abrir a pasta que contém a planilhas que serão analisadas; Passo 3. Fazer uma cópia da pasta, clicando com o botão direito do mouse sobre a aba da pasta; selecionar a opção Mover ou copiar No quadro de diálogo subseqüente, selecione a opção Criar uma cópia, (mover para o final) e OK. Página 6 de 12

Passo 4. Renomeie a pasta de trabalho recém-copiada, clicando com o botão direito do mouse sobre a aba da pasta e selecionando a opção Renomear Mantenha o nome da pasta original, acrescentando o símbolo # à frente do nome para identificar que se trata de uma cópia para manipulação; Ex. Nome original: Balanço Patrimonial; Nome da cópia: # Balanço Patrimonial. Passo 5. Abra a pasta copiada e selecione todas as células utilizado uma das seguintes técnicas: A seleção pode ser feita posicionando-se o cursor no primeira célula da planilha no canto superior esquerdo, célula A1 {CTRL + Home} e arrastando-o até a última célula da planilha {CTRL + SHIFT + End}. A vantagem de se utilizar o atalho, nesse caso, é que, mesmo havendo células ocultas, a seleção alcançará a última célula. O arraste manual poderá acarretar perda de seleção se a última célula visível não for efetivamente a última célula da planilha. Alternativamente, pode-se selecionar o córner superior esquerdo da área de cabeçalhos como na figura a seguir, ou simplesmente por meio do atalho {CTRL + T}. Copie todo o conteúdo selecionado por meio do menu Editar ou pelo atalho {CTRL + C}. Volte ao início da planilha {CTRL + Home} e, depois, cole todo o conteúdo selecionado. Não utilize o atalho {CTRL + V} para colar o conteúdo. Vá ao menu Editar, Colar especial, selecione a opção Valores no quadro de diálogo e clique em OK. Página 7 de 12

Com este procedimento, todas as fórmulas e referências da pasta foram suprimidas. Apenas os valores das células foram preservados. Passo 6. A reconstrução lógica da planilha se dá pela reinserção de fórmulas e vínculos originais. Essa técnica ajuda a revelar erros de fórmulas, omissões de vínculos ou inconsistências nas planilhas originais. O princípio da reconstrução lógica está em comparar os resultados da planilha reconstruída com os da planilha original. O exemplo a seguir mostra como esse tipo de análise é feita. Suponha que, na planilha original com fórmulas, a seguinte agregação é apresentada na linha Total: Na planilha copiada que só contém valores, sem fórmulas, insira duas linhas novas sobre a linha que contém a soma, uma linha # Total e uma linha # DIF. O símbolo # ajuda a identificar as interferências inseridas na planilha para fins de auditoria outro símbolo pode ser utilizado, caso seja mais conveniente, em função de outras notações aplicadas na planilha original: Página 8 de 12

A linha # DIF deve conter a fórmula da diferença entre # Total e Total. Significa que # DIF deve ser sempre igual a zero. A linha # Total deve conter a fórmula que expressa a soma das linhas que estão sendo agregadas. com fórmula sem fórmula No exemplo acima, a auditoria revelou que a soma da planilha original não estava incluindo a Linha 5. Esse procedimento pode ser repetido para todas linhas de todas as planilhas, priorizando-se sempre as contas mais relevantes, em função do tempo disponível para análise. Página 9 de 12

3. ANÁLISE DO FLUXO DE CAIXA Verificação 6. Observar se houve excessivo transcurso de tempo entre a data-base da avaliação ou do estudo de viabilidade e a data do início do acompanhamento do procedimento licitatório, o que resultaria em inconsistência da tarifa pública ou da contraprestação pública considerada para o certame vide Acórdão n 1366/2003 TCU Plenário. Verificação 7. Verificar se o fluxo de caixa corresponde ao estudo de viabilidade encaminhado à análise do TCU. Caso não ocorra tal correspondência, deve-se realizar medida saneadora. Verificação 8. Verificar se as premissas indicadas nos estudos de viabilidade foram coerentemente transportadas para o fluxo de caixa: demanda; investimentos; custos operacionais; depreciação; tributos; rentabilidade. Verificação 9. Verificar o inter-relacionamento entre o Demonstrativo de Resultados do Exercício, o fluxo de caixa e as planilhas indicativas de demanda, receita, investimentos e custos operacionais. Verificação 10. Verificar se a demanda estimada está corretamente calculada, de acordo com as previsões de crescimento e evasão, conforme o caso. Verificação 11. Verificar se os tributos calculados observam a legislação aplicável. Verificação 12. Verificar se todos os valores lançados a título de investimentos foram depreciados até o final da concessão. Verificação 13. Verificar se, ao final do fluxo de caixa, foi somada a depreciação e foram deduzidos os investimentos. Caso isso não tenha ocorrido, verificar a existência de justificativa ou entrar em contato com o responsável pelos estudos. Verificação 14. Verificar os parâmetros de cálculo da taxa de desconto (custo de capital próprio e de terceiros) vide Doc 1-002 (Roteiro de Verificação do Cálculo do Custo do Capital). Verificação 15. Em se tratando de PPP, verificar se o pagamento da contraprestação pública tem início após a disponibilização do serviço, observas as peculiaridades do projeto em análise. Quando o critério para julgamento do procedimento licitatório for a menor tarifa, esse valor deve ser resultado do fluxo de caixa operacional do empreendimento. O fluxo de caixa operacional apresenta as rubricas previstas na data-base do projeto (investimentos, custos operacionais, receitas, tributos, entre outras) e indica a Taxa Página 10 de 12

Interna de Retorno (TIR) do mesmo, observadas as condições estabelecidas e o prazo previsto para o empreendimento. A TIR representa a rentabilidade média anual do projeto e é calculada a partir do saldo líquido do fluxo de caixa operacional. Esse indicador deve ser equivalente à taxa de desconto calculada segundo o método do Custo Médio Ponderado de Capitais (WACC). O Valor Presente Líquido (VPL) totaliza o saldo líquido do fluxo de caixa operacional e representa o montante devido quando há pagamento pela outorga da concessão ou contraprestação pecuniária do ente público ao privado (concessão patrocinada). Quando a TIR é adotada como proxy da taxa de desconto, o Valor Presente Líquido (VPL) do fluxo de caixa é igual a zero. Quando se tratar de concessão patrocinada (modalidade de PPP), a tarifa ou qualquer outra variável envolvida no projeto (custo operacional, investimento, tráfego, etc.) pode ser pré-fixada. O resultado do fluxo de caixa será a contraprestação pública a ser repassada ao parceiro privado. Verificação 16. Verificar a consistência e a correção do cálculo da taxa interna de retorno (TIR) e do valor presente líquido do fluxo de caixa livre (VPL). As fórmulas da TIR e do VPL no Excel são as seguintes: =TIR(i;x:y) =VPL(i;x:y) onde, i: taxa de desconto considerada; x: célula do saldo do fluxo de caixa relativo ao primeiro ano da concessão; y: célula do saldo do fluxo de caixa relativo ao último ano da concessão; obs: as fórmulas do Excel sempre devem estar antecedidas pelo sinal = ou de qualquer outra operação aritmética. Verificação 17. Verificar a consistência e a correção do valor econômico obtido do fluxo de caixa (tarifa de serviço público ou contraprestação pública). No caso das concessões tradicionais, a tarifa resultante do fluxo de caixa deve estar associada à planilha de receitas. Nesse caso, a tarifa calculada deve manter inalterada a TIR ou outro indicador de equilíbrio econômico-financeiro estabelecido pelo poder concedente. Em se tratando de concessões patrocinadas ou administrativas (modalidades de PPP), a contraprestação pública constitui uma rubrica de receita do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE), sobre a qual incidem os tributos devidos. O cálculo desse valor anual deve observar as especificações próprias do projeto e deve manter inalterada a TIR ou o custo do capital próprio obtidos pelo método WACC. Em se tratando de concessão administrativa, verificar se está prevista outra fonte de receita, além da contraprestação pública devida ao parceiro privado. Página 11 de 12

Usualmente, utiliza-se a ferramenta Atingir Meta do Excel, disponível na barra Opções/Ferramentas para atingir a TIR estipulada, com variação da tarifa ou da contraprestação, ou para atingir a tarifa ou a contraprestação pública devida, com variação do VPL, conforme o caso. Página 12 de 12