AGÊNCIA DE JORNALISMO COMO ESPAÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA

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Transcrição:

1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( x ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA AGÊNCIA DE JORNALISMO COMO ESPAÇO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA Apresentador 1 /autor Carlos Alberto de Souza Apresentador 2 /autor Juliana Spinard Autor 3 Karina Janz Woitowicz Autor 4 Angelica Szeremeta Autor 5 Erik Gaspareto RESUMO A máxima universitária de proporcionar aos acadêmicos ensino, pesquisa e extensão, filosofia que embasa as ações de muitas instituições brasileiras de ensino superior, pode ser constatada de forma clara no curso de jornalismo, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Neste espaço, hoje, além do ensino de qualidade, o curso está colocado entre os melhores do Brasil, há inúmeros grupos de pesquisa e projetos de extensão, sob os cuidados de professores, a maior parte deles doutores. Dos vários projetos de extensão no departamento de comunicação, um dos que tem fortalecido o compromisso de associar extensão e pesquisa na sua produção é o Projeto Agência de Jornalismo, criado em 2003.Uma das preocupações do setor é com a prestação de serviços gratuitos à comunidade, atividades protagonizadas por docentes, bolsistas e alunos voluntários. Por meio da Agência de Jornalismo, os alunos, bem como os professores vêm se inserindo na comunidade, ao mesmo tempo em que oferecem aos alunos oportunidade de experimentar atividades práticas e novas formas produção em comunicação e pesquisa. E o resultado dessas ações acaba se revertendo em produção de conhecimento, por meio de trabalhos científicos apresentados em eventos regionais e nacionais. O crescimento da produção científica vem sendo observada nos dois últimos anos. Por exemplo, em 2011, professores e alunos apresentaram várias comunicações no 9 Conex. Neste ano (2012), o número de apresentações científicas superou as expectativas. Além do Conex foram apresentados trabalhos no Intercom, Encontro de Pesquisa do Paraná, 5 Congresso Nacional de Extensão Universitária da Unopar, em Londrina, e no Fórum Sul-brasileiro de comunicação. Neste artigo, procura-se evidenciar estas produções por meio de um estudo dos trabalhos científicos produzidos na agência. O método envolveu levantamento da produção cientifica, síntese das ação cientificas e pesquisa bibliográfica PALAVRAS CHAVE Jornalismo. Pesquisa científica. Agência de Jornalismo. 1 Doutor, professor do Curso de Jornalismo UEPG carlossouza2013@hotmail.com 2 Graduanda em jornalismo julianaspinardi@gmail.com 3 Doutora, professora de Jornalismo UEPG karinajw@hotmail.com 4 Graduanda em Jornalismo angélica_szeremeta@hotmail.com 5 Graduando em Jornalismo erikkgaspar@gmail.com

2 Introdução Graças a produção científica e o envolvimento dos professores com pesquisa e extensão na Agência de Jornalismo, o setor conseguiu a aprovação em dezembro de 2011 de seis novas bolsas de extensão para 2012. Esta conquista é resultado de uma ação estruturada dentro do setor para a dinamização da produção científica, envolvendo docentes e acadêmicos. Criou-se dentro desta unidade o compromisso de produzir conhecimento e, é claro, de prestar serviços às comunidades e entidades sem fins lucrativos, proporcionando neste contato reflexões acadêmicas e científicas sobre as ações desenvolvidas no meio social. Vários autores têm chamado a atenção para a importância da iniciação científica na graduação, dentre os quais destacaria Goldenberg (2000). Ela destaca a importância da produção científica que deve ser desenvolvida com criatividade, organização, clareza e acima de tudo sabor!. Em A arte de pesquisar, ela convoca os alunos da graduação a se iniciarem em ciência e observa que os professores devem estimular o estudante, devem ensinar a eles o olhar científico (p. 14), que pressupõe planejamento, vontade de conhecer, curiosidade e persistência. Dencker e Viá (2001, p 8) observam que a pesquisa é um elemento estratégico para o desenvolvimento de bases sólidas que permitam uma ação coordenada rumo a novos cenários futuros, cenários estes voltados para o equilíbrio da vida social dentro de parâmetros de justiça e igualdade. Campenhoudt e Quivy (1992), no livro Manual de investigações Sociais, apresentam uma série de dicas aos pesquisadores iniciantes. Os autores chamam a atenção para as várias fases da pesquisa e observam que para se obter êxito em uma investigação é fundamental se fazer planejamento prévio de todas as fases da investigação. Salienta que o trabalho científico pode ser didaticamente detalhados em sete etapas: pergunta de partida, exploração, problemática, construção do modelo de análise, observação, análise de informações e as conclusões. Ou seja, em linhas gerais envolve três fases: ruptura, construção, verificação, tomando em conta os ensinamentos de Bschelard. A ação científica da equipe da Agência gerou uma série de produções. Pode-se destacar os textos A prática Jornalística na Agência de Jornalismo. O artigo, apresentado no Congresso de Ciências da Comunicação, retrata o envolvimento de estudantes em várias tarefas da agência, como por exemplo, produção de vídeos, folhetos, relises, programas televisivos, documentários e informativos. Na verdade, o trabalho dá ênfase a rotina de produção e as tarefas desempenhadas cotidianamente no setor. O propósito da investigação (SOUZA; ROCHA, 2011) foi demonstrar que tal atividade tem se constituído em importante espaço para a prática do jornalismo por parte dos alunos que legalmente são impedidos de estagiarem em empresas de comunicação. No 5 Congresso Nacional de Extensão Universitária, em Londrina, a produção científica dava ênfase as contribuições da extensão para o desenvolvimento de atividades práticas e valorização da experiências acadêmica na UEPG. Também foram apresentados trabalhos sobre a produção de documentários produzidos pela Agência. Neste trabalho, apresentado no 9º Conex, de autoria de Rocha, Cruz, et al. (2011) relata-se a experiência do Núcleo de documentários, com a finalidade de atender as demandas sociais. Dentre o trabalhos produzidos pelo setor há um vídeo sobre o Crack, realizado em parceria com a Promotoria de Justiça de Ponta Grossa. O vídeo alerta sobre o vício e presta orientações as famílias e usuários sobre os malefícios e conseqüências sociais da droga. Além disso, também foram realizadas reflexões teóricas sobre o Programa Televisivo ADE, que originalmente foi gestado dentro da Agência de Jornalismo. Esta trabalho foi apresentado em vários eventos como, por exemplo, no Fórum Sul-Brasileiro de Comunicação, no Rio Grande do Sul, no Conex e também, como já foi observado, no Intercom Sul. Além desses trabalhos, a equipe de agência teve participação efetiva no 5 Congresso Nacional de Extensão Universitária. Dentre os trabalhos apresentados no evento constam Agência de Jornalismo da UEPG; um espaço de produção laboratorial em diálogo com as demandas sociais; Parcerias da agência fortalece a mídia; Crítica de ponta: experiência de ensino em parceria com a Agência de Jornalismo da UEPG. Este teve por objetivo dar visibilidade ao cenário cultural da região dos campos gerais.

3 No Conex do ano passado também foram apresentados os trabalhos: Agência de Jornalismo da UEPG: contribuição para o aprimoramento da formação profissional, programa produzido pela agência de jornalismo é exibido semanalmente na tevê comunitária de Ponta Grossa, Produção de documentários como projeto de extensão: uma proposta da agência. Objetivos O objetivo principal dessa pesquisa é chamar a atenção para a importância da iniciação cientifica na graduação. É importante que os professores da universidade estimulem os acadêmicos ao desenvolvimento da pesquisa e a apropriação dos vários métodos de investigação. Outro propósito importante é mostrar que é possível alavancar a pesquisa nos cursos superiores tomando por base os projetos de extensão. Esta é uma forma sabia e associada à comunidade de produção de conhecimento. É um tipo de pesquisa comprometida com as questões sociais e com a coletividade. É a possibilidade de proporcionar à comunidade e as entidades sociais resultados das suas próprias ações e das atividades desempenhadas pela Agência de Jornalismo. Verificar que tipos de pesquisa e métodos estão sendo empregados nas investigações dos produtos e projetos gestados ou produzidos pela Agência. Outro propósito deste trabalho é verificar o envolvimento de alunos na consecução de atividades científicas.. Metodologia O desenvolvimento da pesquisa envolveu pesquisa bibliográfica, exploratória e análise da produção científica dos professores e alunos que compõem a Agência de Jornalismo, que integra o Departamento de Comunicação da UEPG. A pesquisa bibliográfica deu ênfase a obras que destacam a importância da iniciação científicas nos cursos de graduação. Dentre os autores que deram base ao estudo estão Mirian Goldenberg (2000), Campehoudt; Quivy (1992) Dencker; Viá (2001). O trabalho exploratório envolveu conversas com docentes e pesquisadores da Agência e da UEPG que têm estimulado a associação entre extensão e pesquisa. A análise da produção da agência tem por função destacar a importância desses estudos e os métodos empregados para alcançar os objetivos da investigação. Contudo, a principal preocupação foi demonstrar o crescimentos da pesquisa proporcionada por um projeto de extensão e que isso sirva de exemplo para outros projetos desenvolvidos em instituições de ensino superior, como por exemplos nas universidades estaduais do Paraná. Resultados A pesquisa procura demonstrar que a ação extensionista pode e deve estar associada a pesquisa e os resultados de uma investigação têm por finalidade mostrar que é possível prestar atendimento a comunidade e entidades sociais sem perder o foco da valorização do conhecimento que tais ações podem gerar no seio social, meio acadêmico e para as comunidades e instituições que atuam em cooperação com Projetos de Extensão da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Por meio de pesquisas é possível comprovar ou verificar que as ações protagonizadas pela Agência, neste caso especifico, estão surtindo os efeitos esperados pela comunidade beneficiada. Investigar estas ações é uma forma de contribuir com a sociedade que é a grande financiadora das universidades públicas. No mínimo é o retorno que ela espera deste trabalho colaborativo e cooparticipativo. Conclusões A principal conclusão que se chega, por meio deste estudo, é que é saudável aliar extensão e pesquisa, uma pode complementar a outra. Por meio da pesquisa é possível avaliar a ação dos

4 professores, alunos, bolsistas nas suas atividades em favor da comunidade, da sociedade, bem como o papel desenvolvido pela comunidade, associação ou entidade beneficiada pelo projeto. E importante sempre avaliar a intervenção, a ação social e jornalística desenvolvidas por meio de projetos de extensão. É preciso verificar os resultados desta ação como forma de até mesmo repensar as atividades e programas desenvolvidos em prol das entidades sociais. O projeto de extensão, as atividades extensionistas atendem adequadamente a comunidade, atendem seus anseios e atingem seus objetivos? A intervenção dos professores e pesquisadores é saudável, ajuda as entidades a pensar e a propor suas próprias soluções, a repensar a sua situação no contexto social, cultural, econômico e político em que vivem.

5 Referencias CAMPENHOUDT, Luc Van; Quivy, Raymond. Manual de investigações em Ciências Sociais. Lisboa:Gadiva, 1992 GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. São Paulo:Record, 2000 DENCKER, Ada de Freitas Maneti; VIÁ, Sarah Chucid da. Pesquisa empírica em ciências humanas.são Paulo:Futura, 2001. MARTINS, S.T. A construção da notícia. XIV Congresso de Ciências da Comunicação, 2009. Disponível em: WWW.intercom.br-papers-regionais-sudeste2009-resumos-R14-0528.1pdf. Acesso em01-07-2010. ROCHA, Paula Melani et al. A produção de documentários como projeto de Extensão. 9 Conex. Ponta Grossa, 2011. SOUZA, Carlos Alberto de; ROCHA, Paula Melani. Prática jornalítica na Agencia de Jornalismo da UEPG. XII Congresso da Intercom. Londrina, maio de 2011.