PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE SOCIAL e da ANTERIORIDADE NONAGESIMAL



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Transcrição:

8. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE SOCIAL e da ANTERIORIDADE NONAGESIMAL O princípio da anterioridade tem fundamento no art. 150, III, alíneas b da Constituição Federal. Segundo o qual os entes federados estão vedados de cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. O princípio da anterioridade nonagesimal, ou princípio da noventena como chamam alguns, está fundamentado na alínea c do mesmo artigo. Por este princípio, é vedado aos entes federados cobrar tributos antes de decorridos 90 dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Ambos os princípios aplicam-se à instituição e majoração de tributo e a revogação de benefício. Isso porque a revogação de uma exceção é o mesmo que a criação de um novo tributo para aquele que se beneficia dele, por isso, deve ter a mesma regra de criação de um tributo, ou seja, para ter efeitos, a revogação deve ser anunciada no mínimo 90 dias antes de entrar em vigor. Por exemplo, para que um tributo seja cobrado em 01/01/2013, a lei que o autoriza deve ser criada e publicada até 03 de outubro de 2012. Publicação da lei Entrada em vigor 03/10/2013 01/01/2014 90 dias O princípio da anterioridade visa a proibição da surpresa na tributação, quer dizer, exigindo que a lei tributária seja previamente conhecida, permite que os contribuintes saibam o que os aguarda no campo da tributação. Assim, podem tranquilamente organizar seus negócios, com acentuado grau de certeza e segurança. Exceções São exceções ao princípio da anterioridade o Imposto de Exportação, Imposto e Importação, Imposto sobre operações financeiras, Impostos extraordinários, Empréstimos compulsórios, Imposto sobre Produtos Industrializados, Imposto de renda, (não se aplica apenas a anterioridade nonagésima), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (não se aplica apenas a anterioridade nonagésima), Imposto sobre Veículo Automotor e sobre Propriedade Territorial Rural (fixação da base de cálculo).

PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA A Constituição Federal, em seu artigo 150, III, a consagra o princípio da irretroatividade da lei tributária, segundo o qual é vedado aos entes federados cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei que os instituiu ou majorou. O Código Tributário Nacional, por sua vez, estabelece no seu artigo 105 que a legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e pendentes. Contudo, não cabe falar em fato gerador pendente, porque não existe fato gerador antes da vigência da lei que instituiu o tributo. Não é coerente corroborar com o artigo 105 do CTN, pois o fato gerador é único, ainda que entendam alguns ser composto por diversos atos, ele apenas estará completo com a ocorrência de todos os atos que o compõem. Por exemplo, o proprietário de imóvel pode vendê-lo antes que ocorra o critério temporal, sem que configure a relação jurídico-tributária, isso porque a regra matriz de incidência deste tributo não se completou em virtude do critério temporal. Os fatos ocorridos no passado serão tributados pela lei da época. Exceções A legislação tributária poderá retroagir para beneficiar o contribuinte e quando for expressamente interpretativa de norma pré-existente, conforme prevê o artigo 106 do CTN. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE A Constituição Federal em seu artigo 150, I e o CTN em seu artigo 9º fixam o princípio da legalidade tributária, segundo o qual não podem ser criados e nem majorados tributos sem lei que o estabeleça. Exceções A própria CF e o CTN estabelecem exceções ao princípio da legalidade tributária. É possível a criação e alteração de tributos por Medida Provisória (mudança realizada pela EC 32/2001) e a alteração chamados tributos extrafiscais por meio de decreto. PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO AOS EFEITOS DE CONFISCO A Constituição Federal proíbe expressamente que os tributos tenham efeito de confisco no artigo 150, IV. Contudo, deixou de conceituar o confisco. Por isso, este princípio, também chamado de princípio

do não-confisco e da proibição do confisco, é muito discutido doutrinária e jurisprudencialmente. As discussões giram em torno de saber o quantum é suficiente para que o confisco esteja configurado. Deste modo, este MA traz, nos pontos da doutrina e da jurisprudência, as definições e discussões por elas realizadas. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA O princípio da segurança jurídica não está expressamente na Constituição Federal, porém é decorrente de alguns dos seus preceitos, como do princípio da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade. Tal princípio estabelece, dentre outras coisas, que o contribuinte deve ter o mínimo de previsibilidade que lhe permita administrar os seus bens e negócios, não podendo ser surpreendido no que tange a tributação, vez que interfere diretamente em direitos fundamentais como a liberdade e a propriedade. PRINCÍPIO DA IGUALDADE O princípio da igualdade tributária tem fundamento no artigo 150, II da Constituição Federal que dita ser vedado aos entes federados instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. Ele está estritamente ligado ao princípio da capacidade contributiva, da isonomia e da proibição do confisco. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA Tem fundamento no 1º do artigo 145 da Constituição Federal e fixa que os impostos serão graduados de acordo com a capacidade econômica dos contribuintes. Além disso, ele se relaciona diretamente aos princípio do não confisco, da igualdade, da dignidade da pessoa humana, etc. Conceitos fundamentais --------------------- Imposto de importação (II) - tem função regulatória maior que a arrecadatória, a finalidade é mais econômica do que tributária, portanto, não se aplica os princípios da anterioridade ao exercício social e nem o princípio da anterioridade nonagesimal.

Imposto de exportação (IE) - também tem função regulatória, o governo utiliza para estabilizar os produtos no mercado, e assim como o tributo anterior, não se aplicam os princípios da anterioridade ao exercício social e anterioridade nonagesimal. Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) - também é um imposto regulatório, por isso não se aplica os princípios da anterioridade ao exercício social e ao princípio da anterioridade nonagesimal. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) - também é um imposto regulatório, por isso não se aplica os princípios da anterioridade ao exercício social e ao princípio da anterioridade nonagesimal. Imposto extraordinário fazem frente às despesas extraordinárias (CF, art. 154, II). Empréstimo compulsório - atendem as despesas decorrentes das calamidades públicas de guerra externa ou de sua iminência, não se aplica o princípio da anterioridade ao exercício social e ao princípio da anterioridade nonagesimal (CF, art.148, I). Imposto de renda (IR) - se aplica a anterioridade ao exercício social, porém não se aplica a anterioridade nonagesimal. Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA) - aplica-se o princípio da anterioridade ao exercício social e ao princípio da anterioridade nonagesimal, mas não se aplica em relação à fixação de sua base de cálculo (Art. 155, III) Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) - aplica-se o princípio da anterioridade ao exercício social, mas não se aplica em relação à fixação de sua base de cálculo em relação ao princípio da anterioridade nonagesimal. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não se aplica o princípio da anterioridade social, porém se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal. Irretroatividade imprópria - A irretroatividade imprópria é a situação em que uma lei será criada após a ocorrência de um negócio jurídico, mas antes do fato gerador que será decorrente deste negócio jurídico. Direito positivo --------------------------------- Constituição Federal, art. 150, I V;

Constituição Federal, art. 145, 1º; Constituição Federal, art. 146-A; Constituição Federal, art. 154, II; Constituição Federal, art. 148, I; Código Tributário Nacional, art. 9º; Código Tributário Nacional, art. 21º; Código Tributário Nacional, art. 26º; Código Tributário Nacional, art. 65º; Código Tributário Nacional, art. 105-106; Jurisprudência ---------------------------- - CONSTITUCIONAL. PIS. Decretos-Leis 2.445 e 2.449, de 1988: Inconstitucionalidade. I. I - Inconstitucionalidade dos Decretos-Leis 2.445 e 2.449, de 29.6.88 e 21.7.88, que pretenderam alterar a sistemática da contribuição para o PIS: RE 148.754/RJ, Ministro Rezek para acórdão, Plenário, 24.6.93, RTJ 150/888. II. - Voto vencido do Ministro Carlos Velloso. III. - Agravo não provido. (STF, 2ª Turma, RE-AgR 262331/RJ, relator Min. CARLOS VELLOSO, Julgamento: 06/05/2003, DJ 30-05-2003). "Legitimidade, ao primeiro exame, da instituição de tributos por Medida Provisória com força de lei, e, ainda, do cometimento da fiscalização de contribuições previdenciárias à Secretaria da Receita Federal." (STF, ADIN 1.417-MC, Rel. Min. Octavio Gallotti, julgamento em 7-3-96, DJ de 24-5-96) Decisão liminar do Poder Judiciário: Vistos. Embora nos limites da cognição sumária, a tese pontuada pelos impetrantes tem expressão ligada ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal, a teor do artigo 150, III, c, da Constituição Federal, o que propõe a razoabilidade e a identificação do requisito substantivo atinente ao fumus boni iuris. No Colendo Supremo Tribunal Federal, em situação similar, o Ministro Sepúlveda Pertence frisa que a observância do prazo nonagesimal é que permite a eficácia da lei tributária (ADIN 3694). O periculum in mora é inerente à hipótese. Por esses fundamentos, concedo a liminar, para afastar a exigibilidade da cobrança do IPTU, em relação aos imóveis apontados, com relação ao exercício de 2006. (MS nº 396/2007, em trâmite perante a 5ª Vara Cível da Fazenda Pública de São Paulo)

"O Plenário desta Corte, ao julgar o RE 213.396 (DJ de 1º-12-2000), assentou a constitucionalidade do sistema de substituição tributária para frente, mesmo antes da promulgação da EC n. 03/93. Alegação de que a aplicação do sistema de substituição tributária no mês de março de 1989 ofenderia o princípio da irretroatividade. Procedência. Embora a instituição deste sistema não represente a criação de um novo tributo, há substancial alteração no sujeito passivo da obrigação tributária." (STF, RE 266.602, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 14-9-06, DJ de 02/02/07) TRIBUTÁRIO. PIS. COFINS. REGIME NÃO-CUMULATIVO. PRESTADORA DE SERVIÇOS. DUPLICAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA. PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE, DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA, DA ISONOMIA E DA LIVRE CONCORRÊNCIA. A questão não é de inconstitucionalidade em tese das leis que estabeleceram os regimes não-cumulativos do PIS e da COFINS, mas da sua aplicação a caso concreto quando os seus efeitos implicam violação a princípios constitucionais.(...) O acréscimo do ônus tributário, não corresponde a aumento da capacidade contributiva da Autora, que não teve alteração. Implica, ainda, tratamento discriminatório relativamente aos demais contribuintes, sujeitos ou ao regime comum ou ao regime nãocumulativo em atividade econômica em que a apuração de créditos é significativa. O critério de discriminação (regime de tributação pelo Imposto de Renda, se pelo lucro real ou não), no caso concreto, mostra-se falho e incapaz de levar ao resultado pretendido de distribuição do ônus tributário ao longo de uma cadeia de produção e circulação, comprometendo a própria função do regime não-cumulativo, o que evidencia violação não apenas à isonomia como à razoabilidade. Direito da autora de permanecer recolhendo as contribuições pelo regime comum (cumulativo) relativamente às suas receitas provindas da prestação de serviços e de compensar os valores pagos a maior. (TRF4, APELAÇÃO CÍVEL Nº 2004.71.08.010633-8/RS, Relator LEANDRO PAULSEN) AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. IPTU. PROGRESSIVIDADE. COBRANÇA. IMPOSSIBILIDADE. EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROLE DIFUSO. 1. O artigo 67 da Lei n. 691/84, do Município do Rio de Janeiro, não foi recepcionado pela Constituição do Brasil, eis que estabeleceu a progressividade do IPTU em função da área e da localização dos imóveis, circunstâncias ligadas à capacidade contributiva. Precedentes. (...) (STF, AI-AgR 440881 / RJ. Relator Min. EROS GRAU)

STF, Súmula 668: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. 2.º E 3.º DO ART. 57 DO ATO DAS DOSPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. FIXAÇÃO DE VALORES MÍNIMOS PARA MULTAS PELO NÃO-RECOLHIMENTO E SONEGAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. VIOLAÇÃO AO INCISO IV DO ART. 150 DA CARTA DA REPÚBLICA. A desproporção entre o desrespeito à norma tributária e sua conseqüência jurídica, a multa, evidencia o caráter confiscatório desta, atentando contra o patrimônio do contribuinte, em contrariedade ao mencionado dispositivo do texto constitucional federal. Ação julgada procedente. (STF, ADI 551 / RJ, Tribunal Pleno, Relator Min. ILMAR GALVÃO, DJ 14-02-2003) Voto do Ministro Sepúlveda Pertence: Também não sei a que altura um tributo ou uma multa se torna confiscatório; mas uma multa de duas vezes o valor do tributo, por mero retardamento de sua satisfação, ou de cinco vezes, em caso de sonegação, certamente sei que é confiscatório e desproporcional. PROCESSUAL PENAL. HABEAS-CORPUS. CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS, LEI Nº 8.212/91, ART. 95. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. ANISTIA. PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 11 DA LEI 9639/98. A anistia prevista no parágrafo único do art. 11 da Lei 9639/98 resultou em erro, eis que não apreciada formalmente pelo Congresso Nacional, não tendo, portanto, como atribuir-lhe força de lei a gerar efeitos jurídicos. Com o advento da lei 9.249/95, foi dada a oportunidade do agente, nos crimes contra a ordem tributária, ter extinta a punibilidade se promovido o pagamento do tributo ou contribuição social antes do oferecimento da denúncia. O pagamento do débito depois do oferecimento da peça acusatória não enseja a aplicação do art. 34, da Lei 9.249/95. Habeas-corpus denegado. (HC 18.074/RS, Rel. Ministro VICENTE LEAL, SEXTA TURMA, julgado em 18/12/2001, DJ 04/03/2002, p. 298)

Conceito do não confisco conferido pelo STF - "A proibição constitucional do confisco em matéria tributária nada mais representa senão a interdição, pela Carta política, de qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade - trate-se de tributos não-vinculados ou cuide-se de tributos vinculados -, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, a prática de atividade profissional lícita e a regular satisfação de suas necessidades vitais (educação, saúde e habitação, por exemplo)." (grifos meus) 1 Conceito do não confisco conferido pelo STF - "Em suma, o que caracteriza o confisco é a redução substancial do patrimônio do contribuinte, impedindo-o de realizar sua manutenção, com interferência negativa no sustento da sua própria pessoa e da família, que, segundo o artigo 226 da Carta de 1988, é a base da sociedade e tem especial proteção do Estado." 2 Conceito do não confisco conferido pelo STF - "O confisco tem uma natureza relativa. Não precisa retirar do bolso do servidor tudo o que ele ganha para que haja o confisco. Basta tornar insuportável a sua vida." 3 (grifos meus) Conceito do não confisco conferido pelo STF - "A vedação do tributo confiscatório é limitação generalizadamente aceita, ainda quando não consignada em norma proibitiva expressa dos textos constitucionais, porque resulta da necessidade de ponderada contenção do poder de tributar em favor da eficácia mínima de valores, direitos e garantias fundamentais da Carta Política: recordou-o Mizael Derzi, em nota primorosa à obra prima de 1 STF: ADI MC 1075/DF, Rel. Min. Celso de Mello, j. 17/06/1998. 1 STF: ADI MC 2010/DF, Rel. Celso de Mello, j. 30/09/1999, Pp. 79. 1 STF: ADC MC 8/DF, Rel. Celso de Mello, j. 13/10/1999, Pp. 5. 1 STF: ADI MC QO 2551/MG, Rel. Celso de Mello, j. 02/04/2003, Pp. 2. 1 STF: RE 388312/MG, Rel. Marco Aurélio, Redator para o acórdão Cármen Lúcia, j. 01/08/2011, Pp. 21. 2 STF: ADI MC 2010/DF, Rel. Celso de Mello, j. 30/09/1999, Pp. 135; 3 STF: ADI MC 2010/DF, Rel. Celso de Mello, j. 30/09/1999, Pp. 139;

Baleeiro.(Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar, 1977, Pp. 570)." 4 (grifos meus) Doutrina ---------------------- --------------------- Princípios gerais- No Brasil, a Constituição Federal caracteriza-se por disciplinar rígida e quase exaustivamente o quadro da tributação, descendo a minúcias que a individualizam em confronto com os outros diplomas políticos da atualidade. Esta circunstancia está a indicar que o caminho metodológico mais aconselhável, para ser adotado como ponto de partida dos estudos jurídicos dos tributos, está nos princípios e normas constitucionais discriminadores da competência tributária e reguladores do seu exercício. (José Souto Maior Borges) Princípios gerais- Dizem-se princípios gerais de direito tributário aqueles primados que, explícita ou implicitamente, se irradiam pelo subsistema das normas tributárias, penetrando-as e ativando-as em certa direção (Paulo de Barros Carvalho) Princípio da estrita legalidade - ( ) surgiu ligado à ideia de que os impostos só podem ser criados através das assembleias representativas, e, portanto, a ideia de sacrifício coletivamente consentido (...) se traduz na ideia de que só a lei ordinária, emanada do Poder Legislativo, pode estabelecer os critérios da hipótese de incidência e do mandamento da norma jurídica tributária (Lacombe) Princípio da estrita legalidade - O legislador, ao elaborar a lei, deve, obviamente, obedecer à Constituição. (...) Mais até que o legislador, o administrador público e o juiz por não serem senhores, mas servidores da lei estão intensamente subordinados à Constituição, inclusive a seus magnos princípios. (Carrazza) Princípio da anterioridade O princípio da anterioridade, exigindo que a lei tributária seja previamente conhecida, permite que os contribuintes saibam o que os aguarda, no campo da tributação. Podem, assim, tranqüilamente, organizar seus negócios, com acentuado grau de certeza e segurança. (Carrazza) 4 STF: ADI MC 2087/AM, Rel. Sepúlveda Pertence, j. 03/11/1999, Pp. 21.

Exceções ao princípio da anterioridade - Um tributo recém-instituído ou aumentado é exigível apenas no exercício financeiro seguinte e depois de passados noventa dias de sua instituição ou aumento, ficando excepcionados desta última exigência os impostos previstos no art. 153, I, II, III e V, da Carta Magna (II, IE, IR e IOF), os impostos extraordinários (art. 154, II), os empréstimos compulsórios criados na hipóteses de calamidade pública ou guerra externa (art. 148, I), bem como a fixação da base de cálculo do imposto sobre de veículo automotores (art. 155, III) e do imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (art. 156, I). (Paulo de Barros Carvalho) Princípio da irretroatividade - Leis retroativas, só os tiranos as fazem, e só os escravos se lhes submetem. (Harvey Walker) Princípio da irretroatividade - (...) Com efeito, uma lei tributária não pode ter como pressuposto fatos ocorridos antes dela, uma vez que a capacidade contributiva na época dos fatos (passado) pode não ser a mesma do presente. Não pode o Estado tributar o pobre pelo fato de já ter sido rico. (Lacombe) Exceções ao princípio da irretroatividade - É certo que, por razões ideológicas que nosso Direito encampou, aceita-se que algumas leis tributárias retroajam, desde que elas assim o estipulem. São as que, de alguma forma, beneficiam o contribuinte (lex mitior), como as que lhe concedem uma isenção, um prazo mais lato para o recolhimento do tributo, etc. (Carrazza) Princípio da isonomia - A igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. (Aristóteles) Princípio da isonomia - A igualdade, que se distingue da identidade, é sempre relativa. O que é completamente igual é idêntico. O princípio de que o igual deve ser tratado igualmente não quer dizer idêntico, mas relativamente igual. Quando se pretende aplicar corretamente o princípio da igualdade, deve-se apurar a exata relação, perguntando-se: igual em relação a quê (em que relação)? (Klaus Tipke) Princípio da capacidade contributiva - O princípio da capacidade contributiva hospeda-se nas dobras do princípio da igualdade e ajuda a realizar, no campo tributário, os ideais republicanos. Realmente é justo e jurídico que quem, em termos econômicos, tem muito pague, proporcionalmente, mais imposto do que quem tem pouco. (Carrazza) Princípio da capacidade contributiva - Impostos indiretos, como o ICMS. A essencialidade de suas alíquotas: Não se diga que os impropriamente

chamados impostos indiretos não podem estar sujeitos a tal princípio. Tal afirmação é errônea, visto que a classificação dos impostos em diretos e indiretos não tem qualquer científico e, além disso, tais impostos, hoje, podem ser graduados conforme o grau de essencialidade do produto. (Lacombe) Princípio da proibição aos efeitos de confisco - (...) De evidência que qualquer excesso impositivo acarretará em cada um de nós a sensação de confisco. Porém, o difícil é detectarmos os limites. Haverá sempre uma zona nebulosa, dentro da qual as soluções resvalarão para o subjetivismo. (Paulo de Barros Carvalho) Princípio da proibição aos efeitos de confisco - Certos princípios constitucionais fornecem critérios para a fixação do conceito de confisco. São eles: a) o princípio da garantia do direito de propriedade, e sua decorrência lógica, vale dizer, o direito de herança; b) o princípio da igualdade entre o Estado e o cidadão, e sua decorrência lógica, isto é, a garantia do devido processo legal. (Lacombe) Princípio da proibição aos efeitos de confisco - Confisco tributário consiste em uma ação do Estado, empreendida pela utilização do tributo, a qual retira a totalidade ou parcela considerável da propriedade do cidadão contribuinte, sem qualquer retribuição econômica ou financeira por tal ato 5. 6 Princípio da proibição aos efeitos de confisco - "A temática sobre as linhas demarcatórias do confisco, em matéria de tributo, decididamente não foi desenvolvida de modo satisfatório, podendo-se dizer que sua doutrina está ainda por ser elaborada. Dos inúmeros trabalhos de cunho científico editados por autores do assim chamado direito continental europeu, nenhum deles logrou obter as fronteiras do assunto, exibindo-as com a nitidez que a relevância da matéria requer. Igualmente as elaborações jurisprudenciais pouco têm esclarecido o critério adequado para isolar-se o ponto de ingresso nos território do confisco. Todas as tentativas até aqui encetadas revelam a complexidade do 5 Castilho, Paulo Cesar Baria de. Confisco tributário, p. 39. 6 Plácido e Silva deu o seguinte conceito: Confisco, ou confiscação, é vocábulo que se deriva do latim confiscatio, de confiscare, tendo o sentido de ato pelo qual se apreendem e se adjudicam ao fisco bens pertencentes a outrem, por ato administrativo ou por sentença judiciária, fundados em lei. Plácido e Silva. Vocabulário jurídico. v. 1. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004, pp. 505.

tema e, o que é pior a falta de perspectivas para o encontro de uma saída dotada de racionalidade científica. 7 Bibliografia indicada -------------- -------- -------------- ÁVILA, Humberto Bergmann. Teoria dos princípios - da definição à aplicação dos princípios jurídicos. São Paulo: Editora Malheiros, 2010. ÁVILA, Humberto Bergmann. Teoria da igualdade tributária. São Paulo: Editora Malheiros, 2008. BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio. Conteúdo jurídico do princípio da igualdade. São Paulo: Editora Malheiros, 1995. SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário, 4ª ed., São Paulo: Saraiva, 2012, pp. 63-282. SCHOEURI, Luis Eduardo. Direito Tributário, 2ª Ed., São Paulo: Saraiva, 2012, pp. 267-386. Veja na prática -------------- ------- -------------- Vídeo sobre o princípio da capacidade contributiva e do não confisco. Link direto: http://www.youtube.com/watch?v=smyca9cws0y Vídeo sobre a anterioridade nonagésima. Link direto: http://www.youtube.com/watch?v=xtjv8gkvonm Testes -----------------------------_----- --------------- ----- -- 32. (Prova OAB/MG Exame de Ordem - Abril/2006) Quanto aos princípios constitucionais tributários é CORRETO afirmar que: a) De acordo com o princípio da capacidade contributiva o legislador ordinário, ao instituir impostos, deve dar preferência, sempre que possível, à instituição de impostos pessoais, que deverão ser graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. 7 Paulo de Barros Carvalho. Curso de direito tributário. São Paulo: Saraiva, 2010, p.681.

b) De acordo com o princípio da seletividade, na medida em que a essencialidade do produto aumenta, também deve aumentar a carga tributária incidente sobre a sua venda. c) O princípio da igualdade não autoriza, em nenhuma hipótese, tratamento tributário diferenciado para os contribuintes. d) As alíquotas do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) podem ser alteradas por ato do Poder Executivo, não devendo aguardar o próximo exercício financeiro em virtude de seu caráter extrafiscal. 33. (Prova OAB/MG Exame de Ordem - Abril/2006) Governador do Estado de Minas Gerais ampliou a base de cálculo do Imposto, sobre a Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) com relação ao exercício financeiro de 2005, através de decreto publicado no Minas Gerais, em 01/12/2004- A cobrança do IPVA aumentado se iniciaria em 01/01/2005- Quanto ao referido aumento: a) é constitucional, porque aquele imposto já estava instituído em lei municipal. b) é válido, porque respeitou o princípio constitucional da anterioridade. c) é inconstitucional, porque não respeitou o princípio constitucional da legalidade. d) não pode ser cobrado antes de decorridos 90 dias da data da publicação do decreto. 34. (ESAF/PFN/2004) Com atenção aos princípios do sistema tributário nacional, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação ICMS sujeita-se ao princípio da não-cumulatividade, podendo a lei que o instituir observar o princípio da seletividade. ( ) O imposto sobre produtos industrializados (IPI) sujeita-se ao princípio da não-cumulatividade, em função da essencialidade do produto. ( ) O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza sujeita-se aos princípios da generalidade, uniformidade e progressividade.

( ) O princípio da legalidade tributária remonta à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. a) V, F, F, F b) V, V, V, V c) F, F, V, V d) V, F, V, F e) V, V, V, F 35. (ESAF/AFTE-MG/2005) Considerando os temas limitações constitucionais ao poder de tributar, competência tributária, princípios constitucionais tributários e imunidades, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) Decreto que reduz o prazo de recolhimento de imposto é inconstitucional, porque o prazo integra as exigências do princípio da legalidade. ( ) A competência tributária não exercida por um ente da Federação poderá ser delegada a outro. ( ) O imposto sobre produtos industrializados IPI e o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação ICMS estão sujeitos ao princípio da não-cumulatividade, em função da essencialidade do produto. ( ) É vedado aos Estados instituírem contribuição de melhoria. a) V, F, F, F b) V, F, F, V c) F, V, F, F d) F, F, V, F e) F, F, F, F