Direito Tributário Toque 5 Questões FCC Parte 2

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1 Olá pessoal! Dando continuidade à análise do estilo Fundação Carlos Chagas (FCC) em questões de Direito Tributário, hoje iremos conferir como o tema Princípios Constitucionais Tributários é explorado por essa banca examinadora. Trata-se ainda de Limitações Constitucionais do Poder de Tributar, concentradas entre os artigos 150 e 152, e um pouco dispersas nos artigos 145, 153, 155 e 156, todos da CF/88. O concurso para o cargo de Auditor-Fiscal do Município de São Paulo está se aproximando, e obter um bom resultado em Direito Tributário é fundamental para aprovação! PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Não causa nenhuma surpresa o fato de que em vários concursos recentes, a FCC cobrou conhecimentos relativos ao princípio da anterioridade. Esse é um assunto tradicional em provas de concurso! (FCC/ Agente Fiscal de Rendas SP/ 2006) De acordo com o princípio constitucional da anterioridade, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou. O referido princípio tributário NÃO se aplica aos impostos sobre: (A) a renda e proventos de qualquer natureza, produtos industrializados e propriedade predial e territorial urbana. (B) importação, exportação, produtos industrializados, renda e proventos de qualquer natureza e propriedade territorial rural. (C) propriedade territorial rural, circulação de mercadorias e serviços, renda e proventos de qualquer natureza e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência. (D) serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos. (E) importação, exportação, produtos industrializados, operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários e imposto extraordinário instituído em caso de guerra ou sua iminência. Solução Essa é uma questão básica sobre o princípio da anterioridade, que cobra conhecimentos acerca de exceções a sua aplicação. A anterioridade, modalidade do postulado da não-surpresa, está gravada na alínea b do inciso III do art. 150 da CF/88: Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; Excepcionar alguns tributos da regra geral de aplicação do princípio da anterioridade, significa dizer que não é preciso esperar o exercício financeiro seguinte para cobrá-los, em caso de instituição ou majoração. Na parte inicial do 1º do próprio art. 150, o legislador constituinte tratou de enumerar tais exceções: Murillo Lo Visco 1 Editora Ferreira

2 Art º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; (...). Na ordem em que aparecem nessa parte inicial do 1º, são exceções ao princípio da anterioridade: a) Art. 148, I - Empréstimo Compulsório (EC), somente na hipótese de ter sido instituído para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; b) Art. 153, I - Imposto sobre Imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II); c) Art. 153, II - Imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE); d) Art. 153, IV - Imposto sobre produtos industrializados (IPI); e) Art. 153, V - Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); f) Art. 154, II Imposto Extraordinário (IEG), na iminência ou no caso de guerra externa. Até aqui a lista de exceções contém dois impostos sobre o comércio exterior (II e IE), um imposto sobre a produção industrial (IPI) e um imposto sobre operações financeiras (IOF), todos de caráter predominantemente extrafiscal. Além dos impostos extrafiscais, as exceções à anterioridade listadas no 1º do art. 150 compreendem ainda dois tributos cuja autorização para instituição é motivada por um acontecimento extraordinário: no caso do empréstimo compulsório, por calamidade pública, por guerra externa ou por iminência de guerra externa; e no caso do imposto extraordinário, por guerra externa ou por iminência de guerra externa. Com o que foi dito até aqui já é possível assinalar corretamente a letra E, gabarito oficial. Mas, antes de passarmos para outra questão, vamos aprofundar um pouco mais nossa análise devido à importância do tema. Ainda sobre exceções, além das já mencionadas, existem duas outras exceções relativas ao restabelecimento de alíquotas (uma forma de majoração de tributos), depois de terem sido reduzidas. Trata-se: a) do ICMS sobre combustíveis e lubrificantes definidos em lei complementar (exceção à anterioridade prevista no art. 155, 4º, inciso IV, alínea b ); b) da Cide-Combustíveis (exceção à anterioridade prevista no art. 177, 4º, inciso I, alínea b ). Não se pode esquecer de mencionar a regra própria de anterioridade das Contribuições destinadas ao financiamento da Seguridade Social. O art. 195 da CF/88, no Capítulo da Seguridade Social, enumera uma série de contribuições que constituem fontes para seu financiamento. No 6º do mesmo artigo, o constituinte estabeleceu uma forma de não- Murillo Lo Visco 2 Editora Ferreira

3 surpresa, conhecida como Anterioridade Nonagesimal ou Anterioridade Mitigada, diferente daquela prevista na alínea b do inciso III do art. 150: Art º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". (grifou-se) Note que nesta forma de não-surpresa, não há que se perquirir o exercício financeiro de publicação da lei. Apenas há que se aguardar o lapso de 90 dias da data de publicação da lei que majora ou modifique contribuição para financiamento da Seguridade Social. Note bem a diferença entre as duas formas de não-surpresa. A anterioridade nonagesimal garante um lapso mínimo de 90 dias entre a publicação e os efeitos da lei que traz gravame aos contribuintes. Já a anterioridade, na forma da alínea b do inciso III do art. 150, se mostra ineficaz porque permite que a lei publicada em 31 de dezembro, produza efeitos já a partir do dia seguinte. Como a anterioridade nonagesimal do 6º do art. 195 alcança apenas contribuições que constituem fontes da seguridade social, havia forte motivação para a ampliação da abrangência desta forma de não-surpresa, garantidora de no mínimo 90 dias de lapso temporal entre publicação e efeitos. Dessa forma, por meio da Emenda Constitucional nº 42, de 2003, foi inserida a alínea c no inciso III do art Trata-se do Princípio da Noventena: Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (grifou-se) A parte final do já mencionado 1º do art. 150 contém as exceções à noventena: Art º (...) e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. Na ordem em que aparecem nessa parte final do 1º, são exceções ao princípio da noventena: a) Art. 148, I - Empréstimo Compulsório (EC), somente na hipótese de ter sido instituído para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; b) Art. 153, I - Imposto sobre Imposto sobre importação de produtos estrangeiros (II); c) Art. 153, II - Imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE); d) Art. 153, III - Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR); Murillo Lo Visco 3 Editora Ferreira

4 e) Art. 153, V - Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF); f) Art. 154, II Imposto Extraordinário (IEG), na iminência ou no caso de guerra externa; g) Art. 155, III Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), apenas quanto à fixação da base de cálculo; h) Art. 156, II Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), apenas quanto à fixação da base de cálculo. Para encerrar a análise das exceções do 1º do art. 150, vamos dispô-las em um quadro resumo, onde se deve ficar muito atento ao IPI e ao IR: Tributo Exceção à Anterioridade Exceção à Noventena Imposto de importação (II) Imposto de exportação (IE) Imposto de renda (IR) Imposto sobre produtos industrializados (IPI) Imposto sobre algumas operações financeiras (IOF) Imposto extraordinário de guerra (IEG) Empréstimo Compulsório, no caso de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA), apenas quanto à fixação da base de cálculo; Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), apenas quanto à fixação da base de cálculo Murillo Lo Visco 4 Editora Ferreira

5 A Fundação Carlos Chagas também explorou conhecimentos acerca das exceções à noventena, no mesmo concurso para Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo: (FCC/ Agente Fiscal de Rendas SP/ 2006) NÃO se aplica o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena criada pela Emenda Constitucional nº 42/2003) ao imposto sobre: (A) circulação de mercadoria e serviços (ICMS) incidente sobre as operações com lubrificantes e combustíveis derivados de petróleo e à contribuição de intervenção no domínio econômico (CIDE) relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados. (B) renda e proventos de qualquer natureza (IR) e à fixação da base de cálculo dos impostos sobre propriedade de veículos automotores (IPVA) e sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). (C) produtos industrializados (IPI) e aos impostos sobre exportação (IE) e importação (II). (D) propriedade territorial rural (ITR) e o imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU). (E) serviços de qualquer natureza e à fixação da base de cálculo do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) e do imposto sobre propriedade territorial rural (ITR). Solução Preste muita atenção a este tipo de questão. Aqui a banca examinadora tenta confundir o candidato, misturando tributos que ora são exceção à noventena, ora exceção à anterioridade, e alguns que não são exceção nem a um nem a outro princípio. Vejamos alguns pontos importantes: 1. ITR não é exceção a nenhum dos dois princípios; 2. ISS não é exceção a nenhum dos dois princípios 3. ICMS sobre combustíveis e lubrificantes definidos em lei complementar e Cide- Combustíveis: são exceções à anterioridade, apenas quando restabelecidas suas alíquotas; não são exceção à noventena. 4. IPI é exceção à anterioridade, e não à noventena; 5. IR é exceção à noventena, e não à anterioridade; 6. quando o assunto for exceção à noventena quanto a fixação da base de cálculo, lembre-se que isso se aplica apenas ao IPVA e ao IPTU. Gabarito: letra B. Que tal aproveitar para aprofundar um pouco mais, ou reforçar na memória, nossos conhecimentos sobre o princípio da anterioridade? Para isso, faremos mais alguns comentários importantes. Relembremos o texto constitucional: Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; Murillo Lo Visco 5 Editora Ferreira

6 Perceba a aplicação deste princípio: Alguns conceitos importantes: a) devem respeitá-lo, indistintamente, União, Estados, Distrito Federal e Municípios; b) seus efeitos devem ser observados quando da instituição ou aumento de qualquer tributo, ressalvadas as exceções constitucionalmente estabelecidas; c) em observância a este princípio os entes políticos, ou a quem estes tenham delegado a capacidade tributária ativa, não podem cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei instituidora ou majoradora. Obsº - Exercício financeiro, no Brasil, corresponde ao ano civil, ou ano-calendário, por força do art. 34 da Lei nº 4.320, de Proteção Constitucional Instituição ou majoração são, sem dúvida, situações gravosas para o contribuinte, sendo esta a razão da proteção constitucional, na forma da nãosurpresa. Onde não havia tributo, passa a existir; ou, onde havia um tributo, passa a existir o mesmo, só que majorado. Instituição de tributo Por instituir pode-se entender passar a exigir. É o exercício da competência tributária. Para que se passe a exigir o tributo, ou em outras palavras, para que seja criado o tributo, é necessário lei - ou ato com força de lei - do ente investido de competência tributária, delineando todas as características essenciais do tributo, necessárias à perfeita caracterização da relação jurídica tributária. Suponha agora a seguinte situação. O Município X instituiu IPTU em Naquela data, com vistas a estimular o desenvolvimento local, a lei instituidora estabeleceu nãoincidência do imposto sobre a propriedade de imóvel destinado a atividades industriais. Em 2004, satisfeito com os efeitos da medida, o Município decidiu reverter a situação, passando a cobrar o tributo também dos proprietários de estabelecimentos industriais. Mesmo que o IPTU sobre bases gerais já tenha sido instituído no passado, trata-se de nova hipótese de incidência, e por isso também deve respeito à anterioridade. Aumento de tributo Também chamado de majoração, pode ser obtido por meio de alargamento de base de cálculo ou aumento da alíquota. Já está pacificado que, em caso de antecipação de data de vencimento do tributo, não há que se falar em anterioridade por não configurar aumento de tributo. Veja a Súmula 669 do STF: Norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da anterioridade. Também já está pacificado que a simples atualização monetária (incomum nos dias de hoje) não configura aumento de tributo, e por isso não há que se falar em anterioridade. Veja uma ementa de julgado do STF: Substituição legal dos fatores de indexação alegada ofensa às garantias constitucionais do direito adquirido e da anterioridade tributária inocorrência simples atualização monetária que não se confunde com majoração do tributo. (...) A modificação dos fatores de indexação, com base em legislação superveniente, não constitui (...) transgressão ao postulado da não-surpresa, instrumentalmente garantido pela cláusula da anterioridade Murillo Lo Visco 6 Editora Ferreira

7 tributária (CF, art. 150, III, b). (RE AgR, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 16/08/02) (grifou-se) Direito Fundamental dos contribuintes O princípio da anterioridade é reconhecido pelo STF como direito fundamental dos contribuintes, sendo imune, até mesmo, ao próprio poder de reforma constitucional titularizado pelo Congresso Nacional. Veja este exemplo: A Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93, que, no art. 2º, autorizou a União a instituir o IPMF, incidiu em vício de inconstitucionalidade, ao dispor, no 2º desse dispositivo, que, quanto a tal tributo, não se aplica o art. 150, III, b e VI, da Constituição, porque, desse modo, violou os seguintes princípios e normas imutáveis (somente eles, não outros): o princípio da anterioridade, que é garantia individual do contribuinte (art. 5º, 2º, art. 60, 4º, inciso IV e art. 150, III, b da Constituição)." (ADI 939, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 18/03/94) (grifou-se) Revogação de Isenção e Anterioridade Mais uma questão interessante sobre o princípio da anterioridade é relativa a sua aplicação no caso de revogação de isenções. A disciplina do CTN não permite que sejam revogadas isenções concedidas por prazo certo e em função de determinadas condições. O STF já se posicionou na mesma linha, declarando que isenções sob condições e com prazo certo geram direito adquirido e, portanto, restam irrevogáveis. A contrariu sensu, é permitido revogação de isenção quando esta não for condicionada ou quando foi outorgada sem prazo definido. Assim chegamos ao ponto que nos interessa. A medida legal que revoga isenção - obviamente quando isso é permitido - não deve respeito à anterioridade: "Revogada a isenção, o tributo torna-se imediatamente exigível. Em caso assim, não há que se observar o princípio da anterioridade, dado que o tributo já é existente." (RE , Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 19/12/96) Medida Provisória e Anterioridade Para concluir nossa análise do princípio da anterioridade, resta tecer alguns comentários acerca da utilização de medida provisória para instituir ou majorar tributos. Antes de explorar a situação, não pode restar qualquer dúvida de que medida provisória é instrumento adequado para este fim! A situação se refere à obediência ao princípio da anterioridade quando for utilizada medida provisória para instituir ou majorar tributos. Apenas quando o tributo objeto da medida provisória for um imposto, a Constituição exige a conversão em lei para que as inovações possam produzir efeitos, ressalvadas algumas exceções. Convertida a medida provisória em lei, inicia-se a aferição do princípio da anterioridade. Em outras palavras, a cobrança do imposto, criado ou majorado por medida provisória, é permitida somente a partir do exercício seguinte ao de conversão daquele instrumento em lei. CF.Art. 62. Murillo Lo Visco 7 Editora Ferreira

8 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. A redação deste dispositivo constitucional é um tanto confusa. De qualquer forma, a interpretação correta fica bem simples se pensarmos o seguinte: o marco zero para ponderar a aplicação da anterioridade, no caso de instituição ou majoração de impostos por meio de medida provisória, é a conversão em lei, e não a própria publicação da medida provisória, como ocorre com os demais tributos não alcançados pelo 2º do art. 62 da CF/88. Assim, se uma medida provisória que majora o ITR fosse publicada em 15 de outubro de 2005 e convertida em lei em 01 de dezembro de 2005, seus efeitos passariam a valer a partir de 01 de janeiro de 2006, pois houve respeito ao 2º do art. 62 (ITR é imposto; não é exceção ao dispositivo; e o início de produção dos efeitos se deu no exercício seguinte ao de conversão da medida provisória em lei). Mas, se a mesma medida provisória tivesse sido convertida em lei em 10 de janeiro de 2006, a majoração somente passaria a valer a partir de 01 de janeiro de 2007, pois somente nessa data haveria respeito ao 2º do art. 62. As exceções a essa regra são os mesmos impostos já excepcionados pela anterioridade (II, IE, IPI, IOF e IEG). Ou seja, nesses casos a medida provisória pode produzir efeitos já a partir da publicação. Com relação aos tributos que não sejam impostos, mas que sejam alcançados pela anterioridade do art. 150, III, b, ou mesmo do art. 195, 6º, a contagem para aferição do respeito a esse princípio é a publicação da medida provisória. Veja o posicionamento do STF: "O prazo nonagesimal (CF, art. 195, 6º) é contado a partir da publicação da medida provisória que houver instituído ou modificado a contribuição." (RE AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 10/11/06) Conhecimentos sobre o princípio da anterioridade podem ser cobrados em questões envolvendo outros princípios. Note que mesmo nesses casos, o mais freqüente são as exceções: (FCC/ Procurador do Município Jaboatão dos Guararapes - PE/ 2006) Quanto às limitações do poder de tributar estabelecidas pela Constituição Federal, é correto afirmar que: (A) é vedado à União cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que aumentou o imposto sobre importação de produtos estrangeiros e o imposto sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionais. (B) os Municípios poderão estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de mercadorias, por meio de tributos intermunicipais. (C) os Estados poderão estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de mercadorias e de pessoas, por meio de tributos interestaduais. (D) a União poderá instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (E) os Estados, o Distrito Federal e os Municípios não poderão estabelecer diferença tributária entre bens de qualquer natureza, em razão da sua procedência ou do seu destino. Murillo Lo Visco 8 Editora Ferreira

9 Solução A letra A está errada, pois como vimos II e IE não são alcançados pela anterioridade. As letras B e C tratam do Princípio de Não Limitação ao Tráfego. Ambas estão erradas, haja vista o que diz a CF/88: Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público; A letra D está errada diante da vedação constitucional dirigida à União, gravada no inciso III do art. 151 da CF/88. Trata-se das chamadas isenções heterônomas, ou seja, a União não pode instituir isenções sobre tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O gabarito é a letra E, pois reproduz fielmente o art. 152 da CF/88, dirigido apenas aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: Art É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Veja mais uma questão envolvendo conhecimentos sobre o princípio da anterioridade, juntamente com outros princípios. Neste caso, o principal item cobrado é a Legalidade: (FCC/ Auditor Tributário Jaboatão dos Guararapes - PE/ 2006) Por ato do Poder Executivo, poderá ser reduzida ou restabelecida a alíquota: (A) da contribuição de melhoria, sem observar o princípio da anterioridade nonagesimal (noventena). (B) da contribuição de interesse das categorias profissionais ou econômicas, que não obedecerá ao princípio da anterioridade e da legalidade. (C) do imposto sobre a renda, sem observar ao princípio da legalidade. (D) do imposto sobre propriedade territorial rural, sem observar o princípio da irretroatividade. (E))da contribuição de intervenção no domínio econômico sobre combustíveis, sem observar o princípio da anterioridade. Solução O princípio da legalidade tributária está gravado no inciso I do art. 150 da CF/88: Art Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; Antes de enumerar as exceções à legalidade, tema objeto da questão acima, vale reforçar: medida provisória é instrumento hábil para instituir ou majorar tributos. As exceções ao princípio da legalidade estão no 1º do art. 153 da CF/88, na seção de Impostos da União: Murillo Lo Visco 9 Editora Ferreira

10 Art º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. (grifou-se) As exceções que constam nesse dispositivo são os quatro impostos marcadamente extrafiscais (II, IE, IPI e IOF). Ainda sobre exceções à Legalidade, além das já mencionadas, existem duas outras exceções. Note que são os mesmos dois tributos excepcionados da anterioridade. Trata-se: a) do ICMS sobre combustíveis e lubrificantes definidos em lei complementar, quanto ao estabelecimento de alíquotas por meio de convênios entre os Estados e o Distrito Federal (exceção à legalidade prevista no art. 155, 4º, inciso IV); b) da Cide-Combustíveis, quanto a redução e restabelecimento de alíquotas por ato do Poder Executivo (exceção à anterioridade prevista no art. 177, 4º, inciso I, alínea b ). Perceba que as exceções à Legalidade Tributária envolvem apenas alteração de alíquotas. Instituição de tributos por meio de lei, ou ato com força de lei, é regra absoluta! Mais um aspecto importante: cuidado com os arts. 21, 26 e 65 do CTN, quando se referem à possibilidade de alteração da base de cálculo dos tributos neles tratados, por meio de ato do Poder Executivo. Essa possibilidade não se coaduna com a ordem constitucional inaugurada pela CF/88. Gabarito: letra E. (FCC/ Procurador do Município Santos - SP/ 2005) Considere as afirmativas abaixo: I. Vedação de cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou. II. Compensação de cobrar tributo que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. Considerando o Sistema Tributário Nacional, I e II referem-se, respectivamente, aos princípios constitucionais da: (A) anterioridade e da não-cumulatividade. (B) anualidade e da capacidade contributiva. (C) imunidade recíproca e da tipicidade. (D) irretroatividade e da uniformidade nacional. (E) isonomia e da estrita legalidade. Solução Essa é uma questão bem tranqüila que traz o enunciado de dois importantes princípios constitucionais. Muito cuidado para não confundir anterioridade (art. 150, III, b ) com irretroatividade (art. 150, III, a ). Gabarito: letra A. Murillo Lo Visco 10 Editora Ferreira

11 Para encerrar a abordagem feita nestes nossos dois últimos encontros antes da prova do próximo domingo, vamos tratar de um tema muito relevante na esfera municipal. Trata-se da progressividade. (FCC/ Procurador do Município Salvador - BA/ 2006) Segundo entendimento pacificado do Supremo Tribunal Federal acerca da progressividade de alíquotas para impostos, é correto afirmar: (A) O IPTU sempre pôde ter alíquotas progressivas em razão do valor venal do imóvel, como forma de atendimento ao princípio da capacidade contributiva. (B) O ITBI não pode ter alíquotas progressivas em razão do valor venal, por não se submeter ao princípio da capacidade contributiva. (C) O ITBI e o IPTU podem ter alíquotas progressivas como forma de atendimento da função social da propriedade. (D) Qualquer imposto pode ter alíquotas progressivas, como forma de atendimento ao princípio da capacidade contributiva. (E) O IPTU pode ter alíquotas progressivas no tempo como forma de atendimento ao princípio da capacidade contributiva. Solução Progressividade, em Direito Tributário, pode ser entendida com uma variação positiva (ou crescente) do tributo, em função do crescimento de alguma outra variável. Exemplo clássico é o Imposto de Renda da Pessoa Física, onde rendimentos maiores sofrem a incidência de alíquotas efetivas maiores, resultando em maior imposto a pagar. No âmbito municipal, o tema progressividade envolve uma situação bastante peculiar, e por isso requer grande atenção. O 1º do art. 145 da CF/88 estabelece que os impostos, sempre que possível, devem ser graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, também chamada de capacidade contributiva. Recorde a redação desse dispositivo: Art º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. (grifou-se) Perceba que capacidade econômica do contribuinte parece estar atrelada a impostos pessoais. Este é o entendimento predominante no STF: devido à incompatibilidade de imposto de caráter real com progressividade decorrente da capacidade econômica do contribuinte, não é admitida a progressividade fiscal desse tipo de imposto com base exclusivamente no artigo 145, 1º da CF/88 (entendimento extraído do RE , Rel. Min. Moreira Alves, DJ 05/09/97). Não resta dúvida de que IPTU e ITBI são impostos reais e, portanto, não se pode associar progressividade a esses impostos, com base unicamente no 1º do art Murillo Lo Visco 11 Editora Ferreira

12 Quanto ao ITBI, não há maiores problemas. Basta lembrar da regra geral. ITBI é imposto real. Sobre imposto real não há que se falar em progressividade em função da capacidade contributiva, baseando-se exclusivamente no 1º do art. 145 da CF/88. Veja como esse entendimento está sedimentado no STF: "Imposto de Transmissão de Imóveis, inter vivos - ITBI: alíquotas progressivas: a Constituição Federal não autoriza a progressividade das alíquotas, realizando-se o princípio da capacidade contributiva proporcionalmente ao preço da venda." (RE , Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 31/03/00). No mesmo sentido: RE , DJ 17/09/99. (grifou-se) O entendimento de que progressividade não se aplica ao ITBI está cristalizado na forma de Súmula do STF, a de nº 656: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel. (grifou-se) Quanto ao IPTU há um detalhe importante. Havia (e ainda há) uma previsão de progressividade para assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. A função social da propriedade urbana é tratada em capítulo próprio da CF/88, entre os arts. 182 e 183. A fim de assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana, o legislador constituinte originário previu no art. 182, 4º, inciso II, uma hipótese de progressividade no tempo: Art º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de: II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; (grifou-se) Perceba que a progressividade no tempo independe de valor do imóvel. Até a Emenda Constitucional nº 29, de 2000, o entendimento era o mencionado acima. IPTU só podia ser progressivo no tempo, não em função do valor do imóvel. Com nova redação do 1º do art. 156 da CF/88, dada pela EC nº 29, de 2000, passou a ser admitida progressividade das alíquotas do IPTU, em função do valor da base de cálculo (o valor venal dos imóveis): Art º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: Murillo Lo Visco 12 Editora Ferreira

13 I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; (grifou-se) Assim, o STF entendeu que somente a partir dessa emenda vale a progressividade do IPTU em razão do valor do imóvel. Este entendimento, inclusive, está presente na Súmula 668 do STF: É inconstitucional a lei municipal que tenha estabelecido, antes da emenda constitucional 29/2000, alíquotas progressivas para o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana. (grifou-se) Continua válido aquele entendimento de que, devido à incompatibilidade de imposto de caráter real com progressividade decorrente da capacidade econômica do contribuinte, não é admitida a progressividade fiscal desse tipo de imposto com base exclusivamente no artigo 145, 1º da CF/88. Para que ao IPTU, imposto real, pudessem ser aplicadas alíquotas progressivas em função da base de cálculo, foi necessário reformar a Constituição! Em resumo, pode-se afirmar que a partir da EC nº 29, de 2000, existem duas aplicações do princípio da progressividade quanto ao IPTU, uma em função do valor do imóvel, e outra, como medida de implementação de política urbana, em função do tempo. Com o exposto podemos responder à questão. Note que a letra A cobra conhecimentos acerca da vigência do princípio da progressividade do IPTU, em função do valor do imóvel. Está errada, pois somente a partir da EC nº 29, de 2000, vale tal progressividade do IPTU. A letra C está errada, pois somente o IPTU pode ter alíquotas progressivas como forma de atendimento da função social da propriedade. Vimos que, com base unicamente no 1º do art. 145, somente impostos pessoais podem ter alíquotas progressivas, como forma de atendimento ao princípio da capacidade contributiva. Foi preciso reformar a CF/88 para que a um imposto real pudesse ser aplicada a progressividade com base no valor do bem. Por isso, a letra D está errada. O IPTU pode ter alíquotas progressivas no tempo como forma de assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana, e não o atendimento ao princípio da capacidade contributiva. Letra E também está errada. O gabarito é a letra B. O ITBI não pode ter alíquotas progressivas em razão do valor venal, por não se submeter ao princípio da capacidade contributiva. Espero que muitos dos temas abordados nestes dois últimos encontros, efetivamente apareçam na prova. Boa prova e até nosso próximo encontro. Abraço a todos. Murillo Lo Visco 13 Editora Ferreira

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