TRABALHO E RELAÇÕES DE GÊNERO: ANÁLISE DA FEMINIZAÇÃO DAS PROFISSÕES E OCUPAÇÕES Orientador: Silvia Cristina Yannoulas: Professora adjunta Estudante: Amanda Fontenelli Costa Universidade de Brasília RESUMO O presente trabalho faz parte do desenvolvimento do projeto de pesquisa Trabalho e Relações de Gênero: Análise da Feminização das Profissões e Ocupações, liderado pela Profa. Silvia Cristina Yannoulas (do Departamento de Serviço Social da UnB), aprovado pelo CNPQ no Edital Universal 14/2011 para a área de Serviço Social. Esse projeto está em execução pelas integrantes da linha de pesquisa Trabalho e Relações Sociais do Grupo de Pesquisa TEDis Trabalho, Educação e Discriminação, grupo cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do Cnpq. Logo, tem-se como objetivo compreender e analisar os estudos desenvolvidos na temática feminização e feminilização do trabalho e da educação, a partir da investigação e sistematização da literatura científica, dos artigos publicados em periódicos científicos, dissertações e teses sobre o tema. O objetivo geral do referido relatório se encontra na apresentação das atividades realizadas e numa análise do conteúdo acadêmico-científico versado sobre os significados da feminização das profissões e ocupações, a fim de destacar a importância do tema e suas implicações para a sociedade. O relatório apresentado refere-se igualmente ao trabalho desenvolvido, no grupo de pesquisa TEDIS (Trabalho, Educação e Discriminação) em correlação às atividades de assistência de pesquisa à dissertação de mestrado: A divisão sexual dos trabalhos de cuidado e a co-responsabilização do Estado: uma análise sobre a política de creches do PAC- 2, de Mariana Mazzini Marcondes, no programa de pós-graduação em política social (PPGPS) do departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília.
PALAVRAS-CHAVE: EDUCAÇÃO, CUIDADO, POLÍTICA DE CRECHES, DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO, FEMINIZAÇÃO, PROFISSÕES. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Os conceitos sobre os quais o relatório de atividade individual fundou-se e teve como direcionamento concentram-se no trabalho extensivo do grupo TEDIS (Trabalho, Educação e Discriminação), o qual em seu estudo minucioso e sistemático ressalta a relevância do engajamento acadêmico em temáticas que versem sobre as relações de gênero, e principalmente na dissertação de mestrado A divisão sexual dos trabalhos de cuidado e a coresponsabilização do Estado: uma análise sobre a política de creches do PAC-2. Nesse sentido, o relatório de atividades reconhece a importância do estudo sobre as relações sociais, nas quais se incluem as relações de gênero e de poder, e destaca a necessidade do aprimoramento dos estudos sobre as mulheres e seus papéis sociais, haja vista que apesar dos avanços das lutas feministas, se faz necessário o debate sobre a atual realidade feminina. A opressão das mulheres na sociedade afirma-se sob a concepção de que a natureza feminina é frágil, dependente, irracional e maternal, o que as tornam incapazes para a vida pública, de modo a apresentar a desigualdade de gênero como fruto do determinismo biológico, e não como fundamento construído social e historicamente. O discurso da inferioridade feminina serve a interesses específicos, tornando-o um problema generalizado, que agrava a opressão e exploração do conjunto da classe trabalhadora, ou seja, a desigualdade de gênero é determinada pela localização das mulheres e dos homens no sistema de produção e reprodução de sociedades determinadas, está ligada às transformações ocorridas nas relações humanas desde as primeiras sociedades. A situação das mulheres no mercado de trabalho evidencia como o problema da sua opressão é também um problema de classe, conforme o capitalismo avança, a condição das mulheres se agrava. Uma vez que a própria entrada das mulheres na vida pública, no mundo do trabalho, foi possibilitada devido aos avanços tecnológicos, os quais ao criarem maquinarias que dispensavam o uso da força física, alteravam o perfil do trabalhador, flexibilizando-o, conseqüentemente, com a permissão da entrada das mulheres no mercado de
trabalho, aumentou-se o número de assalariados desvalorizando o trabalho e aumentando a exploração dos trabalhadores. Nota-se que as mulheres são consideradas força de trabalho inferior e a substituição cada vez mais intensa do trabalho masculino pelo trabalho feminino não só aumentou o número de operários como o capital conseguiu reduzir o nível salarial de todos eles. Assim, a desqualificação do trabalhador, que surgiu com o advento da máquina, ajudou à incorporação da mulher ao trabalho social, o que evidencia que a divisão sexual é estimulada pelo capitalismo. A feminização crescente da força de trabalho não foi acompanhada pela igualdade no emprego, os guetos ocupacionais masculinos e femininos permanecem e são reforçados. Dessa maneira, não é diferente no espaço docente, haja vista que a educação é considerada como a forma que os indivíduos encontram para efetivamente participarem da sociedade, como processo que possibilita tanto a integração como o desenvolvimento individual e coletivo, o trabalho docente está relacionado à idéia de educação como um processo pelo qual as sociedades transmitem seus costumes, tradições e valores, ou seja, sua cultura. (Castro, 2001) Baseando-se no mito das qualidades femininas, o qual permite naturalizar qualidades e atributos específicos às mulheres, por exemplo, a docilidade e a habilidade de educar, segundo a lógica de que devido ao dom maternal que as mulheres carregam em função da condição biológica, subentende-se uma predisposição das mulheres em exercerem o magistério, pois, a sala de aula seria uma extensão do compromisso das mulheres com a sociedade, nota-se que o processo de inserção das mulheres na profissão docente ocorrera basicamente devido ao fato que a docência abriu espaço para as mulheres sem que estas fossem reprovadas pela sociedade, reafirmando dentro da lógica do patriarcado, em sua versão moderna, de associação da tarefa educativa com a maternidade."(costa, 1995: 160). Verificando que a profissão docente sofre o processo de feminilização, a dispersão da mãode-obra masculina é constatada, decorrente principalmente pela má remuneração, assim como pela oferta de novas oportunidades de trabalho para os homens. Nesse sentido, a maior participação das mulheres no mercado de trabalho trouxe mudanças estruturais e qualitativas nas atividades por elas desempenhadas, evidenciando-se a necessidade em discutir a questão de gênero e suas correlações, no caso, o
trabalho a ser desenvolvido por meio desse relatório de atividade individual tem como objetivo apresentar a presença das relações de gênero nas diferentes esferas da sociedade, ou seja, objetiva-se o intento de buscar as construções sociais vigentes sobre o masculino e feminino, estudar o processo de feminização e feminilização da e na educação, a qual com o ingresso massivo de mulheres sofre com a redução das remunerações e com a precarização das condições de trabalho, afetando diretamente a qualidade do ensino. METODOLOGIA Primeiramente, fez-se necessário o levantamento e a sistematização das referências bibliográficas utilizadas no trabalho A divisão sexual dos trabalhos de cuidado e a co-responsabilização do Estado: uma análise sobre a política de creches do PAC-2, seguida da criação de gráficos em referência aos dados expressos e por fim a sistematização do glossário de siglas, com o intuito de tabular suscinta e complementarmente as informações argumentadas ao longo da dissertação de mestrado que serviu de cenário-base para a realização das atividades. Essa etapa de trabalho contou com a sistematização das referências bibliográficas de utilizadas e com a criação de quatro gráficos representativos, cujos dados estão dispostos em categorias quantitativas. Em sequência, o Gráfico 1 refere-se à distribuição dos recursos do PAC comunidade cidadão para programas e recursos, o Gráfico 2 expressa a distribuição dos recursos do PAC-2 por eixos temáticos, o Gráfico 3 faz referência à cobertura de políticas de creches e seu aumento ao longo dos anos de 2004 a 2009, por último, o Gráfico 4 expressa a taxa de escolarização de crianças entre 0 a 3 anos de idade. RESULTADOS OBTIDOS O objetivo das atividades realizadas é ressaltar a importância de estudos, pesquisas e demais trabalhos sobre as relações sociais, nas quais se incluem as relações de gênero e de poder. Dessa maneira, ao analisar as políticas de creches do Brasil, percebe-se a importância de um estudo sob a perspectiva do cuidado, capaz de considerar a divisão sexual do trabalho como elemento presente na constituição das referidas políticas. Percebe-se no processo histórico e de construção das políticas públicas do Brasil a presença de inúmeras relações sociais, cada qual com sua própria historicidade e
valores, de modo a influenciarem o teor das políticas, que expressam a dinâmica de uma sociedade. Destaca-se ao longo do trabalho A divisão sexual dos trabalhos de cuidado e a co-responsabilização do Estado: uma análise sobre a política de creches do PAC-2 a abordagem das políticas de creches sob o viés supracitado. Conclui-se que a política referida expressa a atuação estatal e os conceitos correlatos ao educar e ao cuidar, ou seja, manifesta os valores que tais conceitos abarcam. Logo, o reconhecimento da importância do cuidado como elemento promotor da qualidade de vida parte-se do entendimento do mesmo como critério hábil a lidar com questões de cunho afetivo, lhe tornando relevante para o processo da socialização humana. Uma vez que a educação é um dos locus que permite espaços de aprendizagem, interação e socialização, evidencia-se a presença do aspecto cuidado como inerente a ela. Tal perspectiva permite uma indissociabilidade entre o educar e o cuidar, pois as definições que tais aspectos carregam são construtos sociais e culturais, ainda marcados pelo maternalismo e assistencialismo. Dado que o cuidado refere-se a dimensões de natureza física, emocional e afetiva, como é amplamente difundido pelo discurso institucional sobre as creches, percebe-se a exigência aos profissionais ligados à educação de posturas estigmatizadas como atributos feminino: acolhimento e afetividade. O cuidado é compreendido como a parte do ideário do feminino e de sua natureza, e portanto, as profissões que contém em seu repertório de qualidades que as caraterizam itens considerados femininos são desvalorizadas, resultando na hierarquização das profissões a partir da divisão sexual do trabalho. A articulação de processo pedagógico com expansão da infraestrutura e aquisição de mobiliário e equipamentos é outra faceta que nos permite avaliar como a questão do cuidado é incorporada aos pressupostos ideológicos da política de creches. (MAZZINI, 2013) Haja vista que os relatórios das politicas de creches enfocam a perspectiva da infraestrutura como medida avaliativa da qualidade do programa, enfatizando-se a expansão das obras e o cumprimento dos
prazos, dado que os próprios relatórios do PAC-2 são focados nesse aspecto ( ), a leitura desses aspectos mais concretos da política de creches, na perspectiva do cuidado, sinaliza que, ainda que haja avanços notáveis no período, esses estão muito mais adstritos ao campo de um consenso de que é importante afirmar a centralidade do cuidado, ainda que de forma genérica e isolada. E a mera afirmação da indissociabilidade não é suficiente para conferir ao tema a centralidade necessária. (MAZZINI, 2013) O PAC-2 é um instrumento de intervenção estatal voltado para a elevação do nível de investimentos em diversas áreas para o desenvolvimento econômico e social do país. Ao considerar o nível de recursos e investimentos como um dos critérios para identificar a relevância de uma questão social na agenda estatal, buscou-se como parte da metodologia empregada nas atividades realizadas, a partir da argumentação e dos dados disponibilizados na dissertação A divisão sexual dos trabalhos de cuidado e a co-responsabilização do Estado: uma análise sobre a política de creches do PAC-2, a qual referenda e norteia o relatório presente, a criação de gráficos os quais seriam utilizados na dissertação citada. A partir dos dados expostos na página 81 da dissertação A divisão sexual dos trabalhos de cuidado e a co-responsabilização do Estado: uma análise sobre a política de creches do PAC-2, apresentam-se alguns dados de referência ao PAC Comunidade Cidadã. Logo, realizou-se o gráfico expressando a ampliação da rede de creches e pré-escolas: Ademais, no contexto do PAC Comunidade Cidadã, a ampliação da rede de creches e pré-escolas é de especial destaque, respondendo por 33% de seu orçamento. Isso o coloca como principal programa em montante de recursos previstos (as Unidades Básicas de Saúde, segundo programa em termos de recursos previstos, corresponde a 24% do valor do eixo, no total de R$ 5,5 bilhões). Podemos visualizar esses quantitativos abaixo: (MAZZINI, 2013)
Fonte: Elaboração própria, a partir de Mariana Mazzini, via Relatório de Apresentação do PAC-2, p 5 (2010). Nota-se também referência ao financiamento de políticas de cuidado, a respeito da ação Brasil Carinhoso, lançada em 2012, como parte do Programa Brasil Sem Miséria. Com o propósito de retirar da miséria famílias com filhos de até 6 anos (resposta do SIC-MDS, 30 de novembro de 2012), o Brasil Carinhoso consiste, em síntese, em uma transferência de renda complementar às famílias extremamente pobres com filhos de até 6 anos ( ). Mas, para além da transferência de renda, a ação assenta-se sobre outras duas bases: a educação e a saúde, sendo que, em relação àquela, o objetivo é ampliar a oferta de vagas em creches. O Brasil Carinhoso coloca como meta o acompanhamento individualizado por criança, considerando as matrículas de 0 a 4 anos identificadas no Censo Escolar do ano anterior e que sejam beneficiários/as do Programa Bolsa Família (Lei n. 12.722/2012), para disponibilizar às creches públicas ou conveniadas a complementação de recursos. Mas a priorização da política de creches no contexto do PAC-2 deve ser problematizada em comparação aos demais eixos desse programa, como consta no gráfico abaixo: (MAZZINI, 2013)
Fonte: Elaboração própria, a partir de Mariana Mazzini, via Relatório de Apresentação do PAC-2, p 5 (BRASIL, 2010); BRASIL. Relatório de Lançamento do PAC 2. Disponível em: <http://www.pac.gov.br/pub/up/relatorio/c9fba67e144c9237b839e2c5adf32e99.pdf> Ademais, constatam-se ao longo da argumentação do manuscrito de Mariana Mazzini outras referências e dados, as quais expressam diversificados aspectos acerca das políticas de corresponsabilização estatal e de cuidado. Ao lado da análise sobre o nível de recursos e investimentos no setor de políticas de cuidado, nota-se também a disposição sobre outros aspectos, ligados a cobertura das creches e desigualdade de acesso aos serviços, como se apresentam abaixo (nos gráficos 3 e 4 ao lado de referidas citações): Dentre os objetivos da Política Nacional de Educação Infantil (2006) consta a garantia de recursos financeiros para a manutenção e o desenvolvimento da Educação Infantil, e, também, a expansão ao atendimento educacional às crianças de 0 a 6 anos, visando a atingir as metas do PNE e dos planos estaduais e municipais, assegurando a qualidade de atendimento. A meta prevista na Política, referenciada no PNE, é de atender 50% das crianças, ou seja, 6,5 milhões, até 2010. Para atingir essa meta algumas das estratégias anunciadas dizem
respeito ao financiamento, como o apoio aos municípios e distrito federal na construção, reformas, ampliação e aparelhamento das instituições de educação infantil, incluindo aquisição de brinquedos, mobiliário, equipamentos, livros e periódicos. A cobertura de creches de 2004 a 2009 apresentou expressivo aumento, variando em 5% sua ampliação. (MAZZINI, 2013) 8.000.000 7.000.000 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 Total Creche Pré-escola 1.000.000 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Fonte: Elaboração própria, via Resumo Técnico do Censo Escolar 2010 INEP. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br> Gráfico 4 Com efeito, um dos comandos de parâmetro de qualidade da educação infantil é a garantia de oportunidades iguais a meninos e meninas, sem discriminação ( ). O que se constata na realidade, contudo, é bastante diverso, como se pode observar: (MAZZINI, 2013)
Fonte: Elaboração própria, a partir de Mariana Mazzini, via Taxa de escolarização líquida de crianças de 0 a 3 anos, total e segundo raça/cor (2004 a 2009), PNAD/IBGE. Quando consideramos as desigualdades raciais e o acesso ao serviço constatamos que, ainda que em ambos os casos tenha havido ampliação no período considerado, manteve-se quase constante a disparidade de acesso entre crianças brancas e negras(...). Se o que se pretende com a política de creches é a universalização da garantia de direitos, torna-se imprescindível que se considere essas formas de desigualdades para a expansão do serviço, a fim de que os resultados da política busquem realizar a igualdade material. (MAZZINI, 2013) Por fim, conclui-se que, com o levantamento dos dados citados e da referente argumentação, haja vista o objetivo das políticas públicas em garantir o aperfeiçoamento dos aspectos sociais e econômicos da sociedade, e que nelas está inclusa a política de creches, a qual foi analisada sob diferentes prismas, é de suma importância da análise das estruturas estatais responsáveis pelo bem estar social e principalmente dos conceitos que lhe sustentam, como o cuidado e a educação. CONCLUSÃO Reconhece-se a importância do estudo sobre as relações sociais, nas quais se incluem as relações de gênero e de poder, e igualmente, ressalta-se o destaque da necessidade do aprimoramento dos estudos sobre as mulheres e seus papéis sociais uma vez que ao longo do histórico das políticas públicas no Brasil nota-se a presença de inúmeras relações sociais que interferem e atuam sobre o teor dessas políticas, que expressam a dinâmica de uma sociedade. Conclui-se que a política supracitada e analisada ao longo do relatório de atividades expressa a atuação estatal e os conceitos correlatos ao educar e ao cuidar, ou seja, manifesta os valores que tais conceitos abarcam.
Logo, o reconhecimento da importância do cuidado como elemento promotor da qualidade de vida parte-se do entendimento do mesmo como critério hábil a lidar com questões de cunho afetivo, lhe tornando relevante para o processo da socialização humana.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTRO, Maria Rosana de Oliveira. A valorização do docente na perspectiva histórica e atual. Revista virtual de iniciação acadêmica da UFPA, Vol. 1, No 1, março,2001, p. 1-13 MACHADO, Lia Zanotta. Feminismo em movimento. São Paulo: Francis, 2010, segunda edição. VENTURI, Gustavo/ RECAMÁN, Marisol/ OLIVEIRA, Suely de (organizadores). A mulher brasileira nos espaços público e privado. São Paulo:, primeira edição, Editora Fundação Perseu Abramo, 2004 YANNOULAS, Silvia C. Feminização ou feminilização? Apontamentos em torno de uma categoria. Temporalis, ano 11, n.22, jul./dez. 2011., p.271-192 YANNOULAS, Silvia C. (Coord.), A convidada de pedra: mulheres e políticas públicas de trabalho e renda. Brasília: FLACSO; Abaré, 2003. MARCONDES, Mariana Mazzini, A divisão sexual dos trabalhos de cuidado e a co-responsabilização do Estado: uma análise sobre a política de creches do PAC-2. Brasília, 2013. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP, Resumo Técnico censo escolar 2010. Brasília, 2010. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br>