4 PROGRAMAÇÃO DA SEMANA ACADÊMICA DA BIOLOGIA 4.1 PALESTRAS QUADRO DE PALESTRAS Palestrante Título da Palestra Data Estevão Alves da Silva Renata Bernardes Faria Campos Jacqueline Oliveira Lima Zago Danilo Benette Marques Ricardo Diógenes Dias Silveira Sizumi Cláudia Sato Suzuki Fernanda Telles Márques Interações multitróficas: O papel dos predadores na defesa de plantas contra herbívoros Utilização de formigas como bioindicadores O ENADE no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior: desafios e possibilidades Tempestade cerebral e uma nova luz para a neurociência. Bioinformática e o papel do bioinformata na análise de dados genômicos Profissão: Família e Escola! Onde começa o sucesso? Bulling, mobbing e outros bichos que andam à solta na escola. 14/10/2014 14/10/2014 15/10/2014 15/10/2014 16/10/2014 16/10/2014 17/10/2014 4.1.1 Resumos das Palestras Palestra - 14 de outubro de 2014 Ms. Estevão Alves da Silva Doutorando do Programa de Ecologia e Conservação de Recursos Naturais, da Universidade Federal de Uberlândia UFU Título: Interações multitróficas: O papel dos predadores na defesa de plantas contra herbívoros Resumo: Considerando-se o cerrado um importante bioma do Brasil, tanto pela diversidade quanto pelo endemismo de espécies da flora, é surpreendente o fato de que pouco ainda é conhecido a respeito das interações multitróficas e cadeias alimentares.
Esta situação não ocorre somente no Brasil. Na área neotropical como um todo, somente nos últimos anos tem-se conseguido ampliar o conhecimento sobre a diversidade de interações ecológicas em plantas com nectários extraflorais. Nesta apresentação para a Semana Acadêmica da Biologia, pretendo dar uma abordagem geral sobre as interações entre formigas e herbívoros em plantas com nectários extraflorais, explicitando: as vantagens e desvantagens de uma planta em sustentar determinada espécie de formiga; o dano causado às plantas pela herbivoria de diferentes insetos; as respostas fisiológicas da planta em resposta à herbivoria; como formigas e herbívoros influenciam o valor reprodutivo dos hospedeiros. Estudos sugerem que formigas que se alimentam de nectários extraflorais (NEFs) protegem as plantas contra herbívoros, um clássico exemplo de mutualismo. Porém, alguns herbívoros possuem estratégias para escapar do ataque e/ou contato com as formigas, provocando assim um grande dano às estruturas das plantas. Nesta apresentação, o foco será nestes herbívoros em particular; e tentar entender quais as desvantagens para as plantas em sustentar formigas que não as protegem contra herbívoros. Tais assimetrias em mutualismos formiga-planta (onde as plantas fornecem NEFs para as formigas, porém estas não as defendem contra herbívoros) são pouquíssimo estudadas, mas podem promover um grande avanço nos estudos de interações formiga-herbívoros, principalmente na região neotropical, onde interações entre formigas e plantas com NEFs são onipresentes. Palestra - 14 de outubro de 2014 Prof. Dra. Renata Bernardes Faria Campos Universidade do estado de Minas Gerais UEMG/Universidade Vale do Rio Doce - UNIVALE Título: Utilização de formigas como bioindicadores Resumo: Nesta palestra pretendo descrever o uso de formigas como indicadores no Brasil, com base em uma revisão de cinquenta e oito artigos publicada em 2012 e dar exemplos da aplicação desta ferramenta em estudos ecológicos e ambientais. A análise, que abrange uma gama de cerca de 25 anos, indica um aumento do número de estudos que utilizam formigas como indicadores na última década. Ao final discutirei formas alternativas de superar muitos dos inconvenientes relacionados com a robustez dos resultados e reduzir os custos financeiros, logísticos e de tempo envolvidos com o uso de formigas como indicadores em programas de monitoramento.
Palestra 15 de outubro de 2014 Jacqueline Oliveira Lima Zago Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM Título: O ENADE no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior: desafios e possibilidades Resumo: Em 2014, os alunos dos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Ciências Biológicas devem prestar o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes ENADE. Neste sentido, essa palestra tem como objetivo abordar a avaliação dos estudantes por meio do ENADE no contexto do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) indicando as possibilidades de incluir o curso e a instituição no ranking dos melhores cursos do país e ao mesmo tempo ser instrumento interno de pressão para a valorização do curso, alunos, professores e técnicos frente à gestão da UFTM, bem como em outras instituições participantes do evento. Palestra - 15 de outubro de 2014 Msc. Danilo Benette Marques Universidade de São Paulo USP Ribeirão Preto Título: Tempestade cerebral e uma nova luz para a neurociência. Resumo: Entender como o cérebro funciona é um dos grandes desafios da humanidade. Memória, consciência e transtornos neuropsiquiátricos são temas investigados por diversas áreas do conhecimento mas ainda estão longe de serem plenamente desvendados. Quais os mecanismos celulares da memória? É possível decodificar informações de um cérebro e passar para um robô ou até mesmo para outro cérebro? É possível controlar neurônios para acabar com crises epilépticas, diminuir comportamento depressivo ou para criar ou apagar uma memória?recentemente a neurociência desenvolveu novas técnicas que já permitiram e prometem grandes avanços para o estudo do cérebro. Nesta palestra serão apresentadas algumas destas técnicas, com foco em modelos celulares de memória, registro multiunitário e optogenética, bem como algumas de suas fascinantes contribuições.
Palestra 16 de outubro de 2014 Prof. Ricardo Diógenes Dias Silveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano, - campus Urutaí Título: Bioinformática e o papel do bioinformata na análise de dados genômicos. Resumo: Bioinformática corresponde à aplicação das técnicas da informática, no sentido de análise da informação na área de estudo da biologia. Através da combinação de procedimentos e técnicas da matemática, estatística e ciência da computação são elaboradas várias ferramentas que nos auxiliam a compreender o significado biológico representado nos dados genômicos. Além disso, através da criação de bancos de dados com as informações já processadas, acelera a investigação em outras áreas como a medicina, a biotecnologia, a agronomia, etc. A genômica é um ramo da biologia que estuda o genoma completo de um organismo, a qual teve grandes avanços advindos das inovações das técnicas de bioinformática. Desde que os sequenciadores capilares de DNA em larga escala surgiram, no fim da década de 90, a quantidade de dados biológicos produzidas simplesmente alcançou níveis que fizeram com que análises manuais de seqüências de DNA se tornassem simplesmente alternativas absurdas para o estudo de dados de genoma e transcriptoma. Os primeiros projetos na área eram compostos por profissionais de diferentes áreas e informática e percebia-se uma certa dificuldade de comunicação: enquanto o biólogo procurava uma solução que levasse em consideração as incertezas e erros que ocorrem na prática, o cientista da computação procurava uma solução eficiente para um problema bem definido. Assim, surgiu a necessidade de um novo profissional, que entendesse bem ambas as áreas e fizesse a ponte entre elas: o Bioinformata. Esse profissional deveria ter o conhecimento suficiente para saber quais eram os problemas biológicos reais e quais seriam as opções viáveis de desenvolvimento e abordagem computacional dos problemas em questão. Dado o sucesso e a importância que alcançaram os projetos Genoma e seus desmembramentos, o bioinformata tem sido um profissional requisitado e raro. Palestra 16 de outubro de 2014 Sizumi Cláudia Sato Suzuki Instituto Anauê-Teiño - Projeto Pingo D Água Curitiba - PR Título: Profissão: Família e Escola! Onde começa o sucesso?
Resumo: A abordagem sistêmica-fenomenológica indica caminhos claros para o sucesso e a realização profissional. A família é a base, o primeiro espaço de permissão para o sucesso. Logo em seguida, a vida escolar pode apoiar o desenvolvimento do talento de cada um ou ainda, ser um espaço das primeiras experiências de sucesso, quando a família não tem condições para tal. Sucesso na profissão? Sim! Começa em casa! E a escola é nossa grande aliada. Palestra 17 de outubro de 2014 Prof. Dra. Fernanda Telles Márques Universidade de Uberaba - UNIUBE Título: Bulling, mobbing e outros bichos que andam à solta na escola. Resumo: Nas últimas décadas, conflitos e mal estar relacionados às vivências escolares tornaram-se tema de investigação científica e de larga exploração midiática, resultando, por um lado, em uma maior e legítima preocupação com a qualidade das relações desenvolvidas na escola e, por outro, no entendimento apressado de que a escola é um ambiente sempre marcado pela violência. A fragilidade desta abordagem, centrada em uma visão de mundo polarizada, está tanto em seu alheamento aos contextos em que crianças e adolescentes tornam-se autores de eventos disruptivos, quanto na incapacidade de considerar, de forma mais crítica, os limites e as consequências da aplicação do conceito de violência a todos os embates agressivos ocorridos na escola. A partir de autores como Winnicott (1987) e Costa (1998), a atividade propõe uma discussão da diferença entre manifestações de agressividade e de violência infantojuvenil na escola, para, em seguida, conduzir uma problematização acerca da violência contida em dois processos frequentes no cotidiano escolar: o bullying e o mobbing.