QUALIDADE DO LEITE: FATORES QUE INTERFEREM E A IMPORT ツ NCIA DA A ヌテ O DOS PRODUTORES Autor: Izamara de oliveira FERREIRA. izarf.oli@hotmail.com Co-autores: Luiz Fernando Rizzardi SILVESTRI. luizsilvestri@globo.com Christiano Rehbein HAGEMEYER. christhiano@gmail.com Fernanda BOMBARDELLI, fer.bombardelli@gmail.com Sumara Aparecida Katruch de SOUZA, sumara_2@hotmail.com A importância da qualidade do leite para as indústrias e para os produtores deve-se a sua influência nos hábitos de consumo e da produção de derivados. Para verificar a qualidade do leite são realizadas algumas análises de acordo com as normas vigentes, visando garantir um produto com menor risco possível para os consumidores. ノ necessário primar pela qualidade na hora de produzir o leite, pois beneficia os produtores, no que diz respeito, à redução de doenças, conseqüentemente melhora a produção e, assim, reduz custos. Esses cuidados resultam em maior valorização do produto pelos laticínios. Nesse sentido, a qualidade do leite significa ganho para o produtor, para o laticínio e para os consumidores que terão um produto de alta qualidade. (D ワ RR, 2005). Uma das medidas para melhorar a qualidade do leite é a Instrução Normativa N コ 51 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, A IN-51, que entrou
em vigor em 2005, estabelece que pelo menos uma vez a cada mês seja realizado análises de amostras de leite de cada propriedade para monitoramento da qualidade. As amostras devem ser enviadas pela indústria à Rede Brasileira de Laboratório de Controle de Qualidade do Leite (RBQL). As analises referem-se a: contagem bacteriana total, a contagem de células somáticas, a determinação do teor de gordura, lactose, proteína, sólidos totais e desengordurados, pesquisa de resíduos de antibióticos e de indicadores de fraude e adulterações (CANI e FRANGILO, 2008). Adicionalmente o mesmo autor afirma que a saúde dos animais e a alimentação adequada também inferem em um leite de qualidade, um produto que conserva as suas características ao longo de todas as etapas para sua obtenção e não oferecendo riscos a saúde humana. Os fatores que interferem na qualidade do leite são: a presença de colostro, a falta de higiene durante a ordenha e com os equipamentos utilizados, a demora para o resfriamento do produto, a alimentação da vaca e o leite de animal com mamite. O presente estudo objetiva apresentar os principais fatores que interferem na qualidade do leite, verificando a sua relevância nos municípios, onde esta sendo realizada a pesquisa. Os municípios são os seguintes: Guarapuava, Pitanga, Turvo, Santa Maria do Oeste, Nova Tebas, Iretama, Lunardelli e Manoel Ribas. Esses participam do Programa Universidade Sem Fronteiras, por meio do Projeto Propostas de ações de desenvolvimento da pecuária leiteira: Otimização, Gestão e Novas Perspectivas, na, cujo objetivo é otimizar uma ferramenta de gestão que proporcione os pequenos produtores de leite, a fazer maior aproveitamento dos seus insumos de sua propriedade, a fim de melhorar sua produção e conseqüentemente sua lucratividade. Esta pesquisa é de natureza qualitativa, pois constitui um meio adequado para avaliar a efetividade de um plano ou da implantação de um programa. Para sua realização foram utilizados dados bibliográficos e entrevistas com produtores. As fontes de evidencias são questionários aplicados com doze propriedades dos oito
que participam do Programa, os quais fazem parte da região central do Paraná. A escolha dos produtores feita com auxílio Do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural EMATER, sendo todos considerados como pequenos produtores A busca pela melhoria da qualidade do leite é resultado de fatores referentes à educação e o treinamento dos produtores, sendo necessária a conscientização desses quanto ao cumprimento das medidas higiênico-sanitárias e da estocagem, para assim, ter condições de ofertar ao consumidor um produto compatível com a legislação vigente, tanto no âmbito industrial como comercial (CAVALCANTI). O cuidado dos produtores com a qualidade do leite está crescendo, isto fica evidente por meio da pesquisa que verificou que 58% das propriedades realizam o dipping antes e depois da ordenha. Contudo, muitas medidas podem ser estabelecidas por parte dos produtores, para melhorar a qualidade. O dipping consiste na desinfecção dos tetos antes e depois da ordenha, diminuindo assim o risco de mastite, especialmente a causada por patógenos ambientais. A mastite ambiental como é chamada, resulta da entrada de agentes através do fluxo reverso de leite contaminado, devido à entrada excessiva de ar no sistema de ordenha e ao deslizamento das teteiras. A realização do pré-dipping pode reduzir em até 80% o número de bactérias, diminuindo também a contagem de células somáticas. Essa limpeza antes da ordenha age também sobre bactérias psicrotróficas, que interferem na qualidade do produto final. Já o pós-dipping é um meio de controlar a mastite contagiosa, pois durante a ordenha, ocorre a disseminação de patógenos através das mãos do ordenhador da unidade de ordenha, do material de limpeza do úbere e da pele da ponta do teto (GOULART, 2008) Contudo, no que diz respeito ao processo de resfriamento, pode se verificar que somente três produtores dispõem desta ferramenta, que é de grande importância para a conservação do leite na temperatura ideal, pois, o número de microorganismo do leite cru varia conforme a contaminação inicial, o tempo e a temperatura de armazenamento. (CAVALCANTI, 2008). Adicionalmente Dürr afirma que o leite deve ser refrigerado na propriedade, por meio da utilização de tanques
de refrigeração por expansão direta ou por imersão de latões em água gelada, desde que o leite seja mantido no máximo por 48 horas a uma temperatura inferior a 7 コ C. Em relação ao sistema de ordenha, cinco produtores utilizam a ordenha mecânica. Este tipo de ordenha requer cuidados referentes à higienização adequada, a manutenção e o funcionamento da ordenhadeira, pois, do contrario pode favorecer o aumento de novas infecções e a ocorrência de mastites no rebanho. Todas essas medidas se fazem necessário porque se verificou que entre as principais doenças, a mastite foi a mais citada por seis propriedades, portanto, apesar de crescer a preocupação com a qualidade do leite, é necessário considerar os cuidados necessários para evitar a ocorrência da doença. Por fim, fica evidente que a qualidade do leite é um fator muito importante, assim, requer a conscientização do produtor quanto à responsabilidade obedecer às normas vigentes. Mostra-se que são cuidados simples que podem evitar danos a saúde no animal, e prejuízos ao produtor quando esta vendendo um produto de baixa qualidade, que terá pouca valorização. ノ necessário que o produtor esteja atento a saúde dos animais, a queda na produção e as análises realizadas mensalmente, para assim acompanhar e estabelecer quando necessário. Acompanhar esses fatores permite verificar onde pode melhorar para evitar prejuízos. Por fim, ressalta-se a importância da busca de orientação, para conhecer as melhores técnicas na prevenção de doenças e de fatores que interfiram na qualidade do leite. Referências CAVALCANTI, Eliane Resende Costa. Fatores que interferem na qualidade do leite. Disponível em: http://74.125.45.104/search? q=cache:n4tnzyanu3kj:www.cefeturutai.edu.br/documentos/artigo_leite.doc +fatores+que+interferem+na+qualidade+do+leite&hl=pt-br&ct=clnk&cd=1&gl=br. Acesso em 7/11/2008. CANI, Pedro Carlos; FRANGILO, Rosane Freitas. Como Produzir leite de
qualidade. Vitória-ES. 2008. Disponível em: http://www.seag.es.gov.br/wpcontent/uploads/2008/05/861.pdf-. Acesso em 10/11/2008. D ワ RR, João Walter. Como Produzir Leite de alta qualidade. Brasília, 2005. Disponível em: www.cna.org.br/site/down_anexo.php?q=e22_15640como +produzir+leite+de+alta+qualidade.pdf. Acesso em 08/11/2008. GOULART, Maria Tereza Fiúza. Utilização da desinfecção de tetos no controle da mastite. Equipe Unileite. 2008. Disponível em: http://www.rehagro.com.br/siterehagro/publicacao.do?cdnoticia=1596. Acesso em 7.11.2008