São Paulo, 17 de fevereiro de 2014. Abip/16/2014 Nota dos transformadores de material plástico à sociedade O Setor de Transformados Plásticos do Brasil, que conta com cerca de 11.700 empresas e gera 358 mil empregos diretos na economia, teve em 2013 um ano de estagnação de produção, embora continuássemos a manter e gerar emprego, característica de nossa estrutura mão de obra intensiva e que nos coloca como o terceiro maior empregador da indústria de transformação brasileira. Não obstante, vemos o início de 2014 com grande preocupação, dado que a atividade ainda se mantém fraca e já estamos tendo pressões de custos em função da escalada de preços acima dos preços internacionais de nossas matérias-primas. Este movimento vem tirando competitividade de nossas empresas de transformados plásticos tanto no mercado interno, como no mercado externo, haja vista que nossos concorrentes têm acesso a matéria-prima cerca de 30% mais barata que a brasileira. É evidente que reconhecemos outros custos que a economia brasileira impõe ao setor produtivo, mas no nosso caso, a matéria-prima representa cerca de 50% de nossos custos diretos impactando sobremaneira em nossa competitividade. Vale lembrar que nossos concorrentes atuam em uma lógica de mercado que protege o produto de maior valor agregado e desonera a matéria-prima, diferente de nossa estrutura. No Brasil somos atendidos por um monopólio que recebe benefícios locais, como por exemplo a desoneração do PIS/COFINS e busca constantemente a proteção de seu mercado, mesmo com uma das maiores alíquotas de Imposto de Importação somado a medidas de antidumping, como no caso exemplar do PVC existente há 20 anos e agora recentemente inibindo as importações de PP de quase todos os países que contam com excedente de produção. Estas distorções tiram do mercado nacional as referências dos preços internacionais, deixando o mercado vulnerável à ação do monopólio. Nós, como transformadores brasileiros, queremos gerar produção e valor adicionado dentro do nosso país e utilizar matéria-prima brasileira, gerando emprego em toda a cadeia produtiva nacional. Contudo, não podemos deixar de buscar condições isonômicas de preço e defender a lógica de incentivo à produção de produtos de maior valor agregado. Nossos produtos são demandados por toda matriz industrial e gostaríamos de atender à esta demanda que cresce a cada ano. Nossas empresas ofertam produtos com a mesma qualidade dos concorrentes, empregamos processos
inovativos, maquinários modernos e temos condições produtivas de fornecer para toda cadeia industrial. Porém, os crescentes custos têm nos impedido. Como consequência do preços mais elevados da matéria-prima, os preços dos artigos plásticos também podem se elevar. Estes produtos abrangem embalagens de alimentos, medicamentos, agricultura, automotivo e construção civil, todos itens relevantes para o mercado consumidor e, principalmente, para a composição do índice de inflação brasileiro, um problema social que o Governo vem se empenhando para controlar. Um setor tão importante para a economia nacional sofre um duro golpe, representado pelo encarecimento de matérias-primas em um momento em que toda a indústria de transformação tem tido uma das piores performance. ABIPLAST Associação Brasileira da Indústria do Plástico
SIMPERJ - Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro
SINDIPLAST - Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo SINPLAST - Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul
ABIEF Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis AFIPOL Associação Brasileira dos Produtores de Fibras Poliolefínicas