DECISÃO DE ARQUIVAMENTO Nº 15/2012



Documentos relacionados
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Ofícios da Tutela Coletiva

PGT-CCR

PROCURADORIA-GERAL DO TRABALHO CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

INDICE 1 APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES...2

Número protocolo: IC /2010 Assunto: MATÉRIA DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE TAPERA Data protocolo: 24/10/2011

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DO RIO GRANDE DO SUL

TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA MPF PR/SP Nº 0/2010

Interessados: RESPONSÁVEIS: João Paulo Bastos Hildebrandt e Paulo Macedo de Carvalho Mesquita

Ministério Público Federal Procuradoria da República em São Paulo - SP

Diário Oficial Imprensa Nacional

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA-GERAL CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO. Processo PGT/CCR /PP nº /2010

O PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, no uso de suas atribuições legais,

DECRETO Nº , DE 6 DE OUTUBRO DE 2008 Regulamenta o artigo 50 da Lei nº , de 26 de setembro de 2006, o qual dispõe sobre a celebração de

Tribunal de Contas da União

Política de Divulgação de Atos ou Fatos Relevantes da Quality Software S.A. ( Política de Divulgação )

PARECER Nº 327/ MPC

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Ofícios da Tutela Coletiva

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA-GERAL CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO. Processo PGT/CCR /PP nº /2010

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União PARECER

INSTITUTO DE MEIO AMBIENTE DO ACRE IMAC

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA-GERAL CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. (Alterada pelas Resoluções nº 65/2011 e 98/2013) RESOLUÇÃO Nº 20, DE 28 DE MAIO DE 2007.

SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA PORTARIA Nº 6, DE 1º DE FEVEREIRO DE 2012

INSTRUÇÃO NORMATIVA n.º 11, de 21 de maio de 2012.

Estado: CEP: Fone: Fax: CONTA PARA PAGAMENTO Banco: Agência: Conta Corrente: REPRESENTANTE CREDENCIADO (PREENCHIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL)

MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Procuradoria Regional do Trabalho da 04ª Região - Porto Alegre

INSTRUÇÃO Nº 402, DE 27 DE JANEIRO DE 2004

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE RORAIMA

Impetrante: Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva - SINAENCO S E N T E N Ç A

Submetida a defesa à análise do Núcleo de Atos de Pessoal, foi produzida a Nota Técnica de Esclarecimento de fls , no seguinte teor:

INDEXAÇÃO Tomada de Contas Especial; CEF; Adiantamento a Título de Empréstimo; Alegações de Defesa Rejeitadas; Prazo; Recolhimento; Débito;

PROMOÇÃO DE ARQUIVAMENTO

Tribunal de Contas da União

Conselho Nacional de Justiça

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA-GERAL CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Acórdão: /11/3ª Rito: Sumário PTA/AI: Impugnação: 40.

PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 724/2011 REFERENTE À F.A.: RECLAMANTE ELONILCE BARBOSA DA SILVA RECLAMADO CLARO S.

ESTADO DO MARANHÃO SECRETARIA DE ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA GERÊNCIA DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR PROCON-MA

CAPÍTULO I O Sistema Estadual de Vigilância Sanitária SEVISA e o Sistema de Informações em Vigilância Sanitária - SIVISA

Eleição e competências das Comissões de Ética Médica - Resolução: 1657 de 19/12/2002

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

RESOLUÇÃO DP Nº , DE 27 DE JANEIRO DE 2012.

ESTADO DE MATO GROSSO MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL 1ª Promotoria de Justiça Cível de Água Boa/MT

CONSELHO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ANEXO IV REQUERIMENTO

Processo Administrativo nº 05/08

SLEA SISTEMA DE LICENCIAMENTO ELETRÔNICO DE ATIVIDADES DA PREFEITURA DE SÃO PAULO

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA GERAL CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO

decorrentes de descumprimento total ou parcial de contrato fica regulamentado por

RECOMENDAÇÃO nº ª PJ

INQUÉRITO CIVIL Nº MPPR

O COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições legais; e

Considerando a necessidade de uniformização de procedimentos na formalização e instrução de processos de fiscalização no Crea-ES.

Nota Técnica nº 446/2010/COGES/DENOP/SRH/MP. ASSUNTO: Averbação de tempo de serviço. Referência: Processo Administrativo nº

RESOLUÇÃO N 684/2008 TCE Pleno

GoVERNO DO EsTADO DO CEARÁ Secretaria da Fazenda Contencioso Administrativo Tributário Conselho De Recursos Tributários 2" Câmara

INSCRIÇÃO ESTADUAL 2ª ETAPA Últimas Alterações

LEI Nº DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998

GOVERNO DA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Receita. Conselho de Recursos Fiscais

CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA DA REPÚBLICA EM PERNAMBUCO 4º OFÍCIO DA TUTELA COLETIVA

EXTRATO DA SESSÃO DE JULGAMENTO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANCIONADOR. CVM nº RJ2013/13481

Apresentar o resultado final do processo de análise da 2 a parte do Plano de Universalização de Energia Elétrica da Boa Vista Energia S/A BOA VISTA.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ITAÚNA - MG Edital de Chamamento para Cadastro nº 01/2013

149 º

RESOLUÇÃO CRP-16 Nº 005/2012

RIO GRANDE DO NORTE SECRETARIA DA TRIBUTAÇÃO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS ACÓRDÃO Nº 0115 /2015-CRF

Controladoria-Geral da União Ouvidoria-Geral da União

Comunicado CG nº 1021/2015

JUNTA DE REVISÃO FISCAL

MODELO DE RELATÓRIO DO TOMADOR DE CONTAS ESPECIAL

Resposta a Pedido de Impugnação ao Edital Nº 01/2013

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 351, DE 16 DE JUNHO DE 2014

AGUARDANDO HOMOLOGAÇÃO

FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL FMAS

Conselho Nacional de Justiça

Regulamenta o art. 21 da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.

Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família JUSTIFICATIVAS PARA MANUTENÇÃO OU ALTERAÇÃO DE NOTAS PRELIMINARES DA PROVA DE TÍTULOS

Assunto: Emissão de Tempo de Contribuição/Serviço e Averbação de Tempo de Contribuição/Serviço

RESOLUÇÃO Nº 279, DE 27 DE JUNHO DE 2001

Associação Matogrossense dos Municípios

RESOLUÇÃO Nº. 002/ 2013, de 26 de Junho de 2013.

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.494, de 20 de novembro de O Conselho Federal de Contabilidade, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL FMAS

TOMADA DE CONTAS ESPECIAL

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRONIZADO - POP Chave de decisões para atendimento a demandas

REGRAS E PARÂMETROS DE ATUAÇÃO

RESPOSTA A IMPUGNAÇÃO

CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016 Diário Ofi cial Poder Executivo - Seção I São Paulo, 126 (26) 27

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

Elaboração e controle de Declarações para Importação de Pequenas Quantidades

Parecer nº 015/98 - JMS Processo CMRJ nº 04355/97

PARECER ÚNICO SUPRAM CM Nº. 221/2011 PROTOCOLO Nº /2011 Indexado ao(s) Processo(s)

Transcrição:

Inquérito Civil n.º 1.28.000.000886/2009-00 DECISÃO DE ARQUIVAMENTO Nº 15/2012 1. Tratam-se os autos de Inquérito Civil instaurado inicialmente como Procedimento Administrativo, no ano de 2009, a fim de apurar, em síntese, a responsabilidade civil e penal relativa à operação de empreendimento hoteleiro na Via Costeira, no município de Natal, em área de patrimônio da União, sem a respectiva Licença Ambiental de Operação e sem inscrição no Cadastro Técnico Federal, em virtude do qual foram expedidos os Autos de Infração nºs. 598707-D e 598852-D do IBAMA contra o Hotel Porto do Mar (CNPJ nº 10.724.342/0001-080). 2. Foram acostadas às fls. 07/13 do IC, cópias do procedimento nº 02021.000478/2009-63, contendo cópia do auto de infração nº 598852-D à fl. 08. Às fls. 17/23 do IC foram juntadas cópias do procedimento nº 02021.000474/2009-85, contendo cópia do auto de infração nº 598707-D à fl. 18. 3. Em resposta a requisições, a SEMURB apresentou informações às fls. 28/29 do IC e acostou às fls. 30/48 do IC, Termo de Compromisso e de Cooperação Técnica, no qual a SEMURB se comprometeu a fazer a condução dos processos administrativos de licenciamento e atas das reuniões realizadas. 4. O IBAMA, através do ofício n. 0147/2010- DICAF/IBAMA/RN, encaminhou o documento de fl. 58 do IC, esclarecendo que 1

os Hotéis que se encontram na Via Costeira estão cadastrados no Cadastro Técnico Federal, porém apresentam algumas pendências. 5. As defesas apresentadas pelo Hotel Porto do Mar nos procedimentos nº 02021.000478/2009-63 e 02021.000474/2009-85 foram acostadas às fls. 78/93 do IC e 98/108 e o recurso administrativo às fls. 123/137 do IC. 6. A SEMURB apresentou informações às fls. 139/142 do IC, informando que o Hotel Porto do Mar possui Licença Ambiental de Instalação (fl. 145), tendo solicitado Licença Ambiental de Operação em 29/12/2009, que ainda está pendente de análise, cuja capa do procedimento foi anexada às fls. 144 do IC. 7. O IBAMA informou à fl. 160 que apenas o Hotel SEHRS tinha sido autuado anteriormente ao ano de 2009 por exercer atividade potencialmente degradadora sem licença ambiental. Afirmou que o referido processo encontra-se sobrestado e que o Ministério Público Federal e o IBAMA ingressaram com Ação Civil Pública, a qual foi julgada improcedente, não tendo ainda ocorrido o trânsito em julgado. 8. Foi requisitado à COORJU que realizasse pesquisa nos sistemas de registro e acompanhamento de procedimentos administrativos do MPF - SISTEMA ÚNICO, certificando a existência de procedimentos administrativos instaurados (PI, PA, IC) nos últimos cinco anos referentes aos Hotéis da Via Costeira por dano ambiental decorrente da operação dos empreendimentos (p. ex., esgotos e despejo de lixo), tendo esta respondido que não foram localizados outros procedimentos (fls. 161/162 do IC). 2

9. Em resposta à Requisição, a SEMURB informou às fls. 167/168 que a zona onde se encontram os hotéis foi inaugurada há mais de 30 anos e que estes hotéis se instalaram, de certa forma, a convite do Governo do Estado, obtendo alvarás e financiamentos conforme a legislação da época. Afirmou que a emissão de licenças pelo município somente se iniciou entre 1994/95 e que, mesmo assim, em 1997 o Estado emitia suas licenças, a exemplo do Hotel MARSOL. Aludiu que na Via Costeira apenas o Hotel SEHRS obteve licença de instalação e operação junto ao Município. Ressaltou que somente agia quando provocada e sempre exigia a licença de operação nesses casos. Acostou à fl. 176 informação à caneta de que o Hotel Porto do Mar não foi autuado por ausência de Licença de Operação anteriormente a 2009. 10. Através da Requisição n. 170/11 (fl. 150), esta Procuradoria requisitou ao IDEMA que informasse se, antes do ano de 2009, foram autuados por ausência de Licença Ambiental de Operação os hotéis localizados na Via Costeira elencados na requisição, dentre os quais o objeto deste IC. A resposta do IDEMA à aludida requisição foi negativa (fl. 182). 11. Finalmente, a SEMURB esclarece, através do Ofício n. 723/2012, que não há registro em nosso sistema de quaisquer autuações aos estabelecimentos da rede hoteleira situados na Via Costeira, anterior ao ano de 2009, por ausência de Licença Ambiental de Operação (fl. 185). 12. O Hotel Porto do Mar informou à fl. 189 que possui Licença de Operação, tendo acostado a aludida licença às fls. 190/190v. É o relatório. 3

13. Inicialmente, impende ressaltar que o presente inquérito civil tem por fim, apurar, em síntese, a operação do empreendimento hoteleiro Hotel Porto do Mar, no município de Natal, em área de patrimônio da União, sem a respectiva Licença Ambiental de Operação, e sem inscrição no Cadastro Técnico Federal, em virtude do qual foram expedidos os Autos de Infração nºs. 598707-D e 598852-D do IBAMA contra o Hotel Porto do Mar (CNPJ nº 10.724.342/0001-080).. 14. Concluída a instrução verificou-se que o empreendimento possui atualmente Licença Ambiental de Operação, expedida em 10 de agosto de 2011, válida por 04 anos, cuja cópia foi anexada às fls. 190/190v do IC. Ressalte-se que o Hotel Porto do Mar encontra-se em funcionamento há mais de dez anos (fl. 83 do IC), sendo que, conforme as informações do IBAMA, da SEMURB e do IDEMA, o estabelecimento nunca foi autuado anteriormente por ausência de Licença Ambiental de Operação (fls. 160, 176, 182 e 185). Neste sentido, denota-se a boa-fé por parte do Hotel Porto do Mar, uma vez que: a) este, após autuado, buscou, em 29 de dezembro de 2009 (fl. 144), obter a Licença Ambiental de Operação em comento, consoante informação da SEMURB de fl. 141; b) a exigência de Licença Ambiental de Operação de hotéis, diferentemente de indústrias, não era tão usual; c) finalmente, como referido supra, o hotel não havia sido autuado anteriormente pela ausência de Licença Ambiental de Operação. Em verdade, ainda em relação ao item b do parágrafo anterior, se verifica que está havendo uma ampliação da interpretação das atividades sujeitas à Licença Ambiental de Operação. Nesse 4

sentido, para ilustrar, atualmente já se está exigindo Licença Ambiental de Operação até mesmo de condomínios verticais, o que não ocorria no passado, razão pela qual deve se pressupor a boa-fé nessas hipóteses (até prova em contrário), como também ocorre com os hotéis. Frise-se que o empreendimento possuía Licença de Instalação nº 119/1994 (fl. 145). Oportuno mencionar o fato de que, somente com a assinatura do Termo de Compromisso e de Cooperação Técnica firmado, em 04 de março de 2010 (fls. 30/36), entre a Procuradoria da União, a SPU, o IBAMA, o IDEMA, a SEMURB e a DATANORTE, é que ficou resolvido que a SEMURB faria a condução dos processos administrativos de licenciamento (cláusula sexta), o que ocasionou a demora no procedimento de licenciamento em comento. 15. Desse modo, constata-se que o empreendimento atualmente já possui Licença Ambiental de Operação. 16. Destarte, diante das diligências efetivadas, bem como em face das conclusões dos órgãos ambientais municipal e federal, notadamente quanto à existência atualmente de Licença Ambiental de Operação e de registro no Cadastro Técnico Federal (fls. 58), entendemos que restou exaurido o objeto do presente procedimento, tornando-se desnecessário prosseguir com a instrução do presente inquérito civil. 17. No plano criminal, no tocante ao art. 60 da Lei n. 9.605/98, determinou-se a instauração de peças de informação criminal, a fim de analisar a conduta, restando como objeto do presente inquérito civil apenas o aspecto cível do fato. 5

18. Pelas razões supra, já contando a empresa com a Licença Ambiental de Operação e com registro no Cadastro Técnico Federal, não vislumbrando outras providências a serem adotadas nos presentes autos, seu arquivamento é medida que se impõe. 19. Ante o exposto, com fulcro nos 1º e 3º, do art. 9º, da Lei nº 7.347/85 c/c art. 62, inc. IV, da Lei Complementar n. 75/93, regulamentado pelo art. 17, 1.º, 2.º e 3.º, da Resolução n.º 87/2006 do Conselho Superior do Ministério Público Federal, determino o arquivamento deste IC, submetendo a presente decisão para exame, deliberação e, se for o entendimento, homologação por parte da 4 ª Câmara de Coordenação e Revisão. Diante da distinção feita pelo inc. II do art. 2º da citada Resolução n. 87/2006, não há representante a ser comunicado da presente decisão, pois trata-se de comunicação de ilícito feita por autoridade. Em cumprimento ao disposto no art. 16, 1º, inc. I, da Resolução n. 87/2006 do CSMPF, publique-se no Portal do Ministério Público Federal. Após as anotações de praxe nesta PR, remetam-se os autos à 4 ª Câmara de Coordenação e Revisão, em Brasília/DF, sendo observado o prazo de até 3 (três) dias previsto no 1º, do art. 9º, da Lei da Ação Civil Pública. Cumpra-se. Natal/RN, 26 de julho de 2012. FÁBIO NESI VENZON, Procurador da República. 6